Neste cantinho de pensar há tanta bestagem que mais uma não importa. Assim é que ousamos nos dirigir aos pensadores que se preocupam com a qualidade do futuro a que chegarão outras gerações em consequência das ações ambientalmente desastrosas como resultado das ideias jurassicamente fixas no ajuntamento de riqueza para pedir a estes novos pensadores, verdadeiros anjos-da-guarda das futuras gerações, que observem o fato de que o motor que sempre moveu o mundo, o modo de produção, que a partir da Idade Moderna tinha deixado de depender exclusivamente da terra, veio depois do advento das fábricas, passou a depender exclusivamente delas, e que agora, com o advento nova tecnologia das informações, passou a depender do conhecimento.
O pensador Ladislau Dowbor levanta
interessantíssimas observações a respeito, inclusive que essa tecnologia,
diferentemente da tecnologia das fábricas, produz sem consumir a matéria prima
porque sendo o conhecimento sua matéria prima, ele permanece com a fonte que o
passou adiante. Realmente, uma grande reviravolta da qual resultarão
consequências ainda imprevisíveis.
É aqui que este cantinho de pensar
pede perdão por se intrometer e lembrar que se o futuro da humanidade corre
perigo, deve-se ao modo como tem sido usado o resultado das inovações, e não
destas em si mesmas. Se um veículo bem
conduzido tem sempre mais chance de sucesso em alcançar seu destino, a mesma
regra pode ser aplicada à condução das inovações.
Se a riqueza produzida pelas
fábricas, em vez de ser usada para promover bem-estar, foi empregada para criar
imensas fortunas privadas e teve como contraponto a criação da imensa pobreza
que ao infelicitar o mundo torna duvidoso o futuro, o que é realmente motivo de
desconforto para pessoas espiritualmente superiores, sendo os frutos das novas
tecnologias empregados em benefício da coletividade em vez de servirem para
fazer a riqueza dos vários Bill Gates do mundo, a preocupação deve se voltar
para a finalidade a que é destinada a produção proveniente da nova tecnologia
em vez de se ater a esta.
Nenhuma surpresa desagradável ocorrerá
caso o resultado da nova produção seja usado de modo a possibilitar que todos indistintamente
possam satisfazer suas necessidades em vez de ser desperdiçada em Torres de
Babel ou para que débeis mentais possam se pavonear infantilmente na revista
Forbes como os mais ricos do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário