quarta-feira, 7 de outubro de 2020

ARENGA 450

 

 

O título do livro JESUS, O HOMEM MAIS AMADO DA HISTÓRIA, de Rodrigo Alvarez, e o destino que a humanidade deu ao homem mais amado da história mostra o quanto distante da realidade está quem fala em civilização humana porque civilizar-se inclui evoluir espiritualmente além das diversas manifestações artísticas. Não há vislumbre de evolução espiritual em seres capazes de tamanha brutalidade prá cima de alguém por pregar paz e sensatez. Tal comportamento é declaração de prevalência do instinto animal sobre a sabedoria que justifica as guerras e a destruição do meio ambiente de que depende a vida.

O que é interessante nisso tudo é que os seres humanos procedem como procederam em relação a Cristo, não obstante o reconhecimento de sua importância demonstrado no fato de tê-lo transformado no divisor da história em antes e depois de seu suposto nascimento. A realidade de ter sido tratado com porrada em vez de pão de ló, sendo tão importante, é prova de inexplicável e inaceitável estupidez que também aparece em livros apologizando a riqueza, despontando entre estas imbecilidades o livreco Danem-se Os Normais, de João Estrela Bettencourt e Mariana Torres.

A exaltação da riqueza corresponde a desprezar os ensinamentos de Cristo. No entanto, nem é preciso perguntar aos autores de tais livros se há vantagem em seguir tais ensinamentos para saber que a resposta seria afirmativa. Se a grande riqueza dá origem à pobreza que é fonte de sofrimentos como sobreviver de tráfico de drogas, prostituição e disputar nos lixões com ratos e urubus restos de comida, evidente tratar-se de estupidez opor-se aos ensinamentos do mestre contrários a tudo isto.

Se já somos quase oito bilhões de pessoas no planeta e chegam mais oitocentos e cinquenta mil a cada ano, em vez de colocar em poucas mãos montanhas de riqueza, o procedimento certo estaria em distribuir corretamente a riqueza existente, se não de forma igualitária, jamais na desproporcionalidade absurda adotada pela perversa cultura capitalista.

Já existe estupidez em demasia no comportamento humano. A que existe já causa infelicidade bastante para motivar reflexões a respeito da necessidade de mudar desse rumo estúpido de se deixar levar pelas mentiras com as quais os viciados em ajuntar riqueza procuram justificar-se porque não pode haver justificativa para miséria existente se é possível um padrão de vida de três mil dólares mensais para cada família de quatro pessoas no mundo, conforme consta do livro O CAPITALISMO SE DESLOCA, de Ladislau Dowbor.

 

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