O mundo está uma
desarrumação tão grande quanto a insanidade mental da humanidade que se
materializa espetacularmente na estupidez de destruir não só o que construiu,
mas também as construções da natureza. Estudiosos têm se manifestado contra
esta estupidez. O mestre do saber, doutor Ladislau Dowbor, é um destes
abnegados batalhadores pela causa nobre de dar sentido à vida da sociedade
humana. Mas, no livro A ERA DO CAPITALISMO IMPRODUTIVO, página 14, ao dizer ter
estudado economia para entender como se mantém tanta barbárie e primitivismo no
relacionamento humano ele cria confusão na cuca de quem vê nas pessoas que
fazem a economia e não na economia o motivo pelo qual falta sentido à vida na
Terra. Um exemplo de desatino é a afirmação de economistas de ser progresso o
incremento das indústrias se a ninguém mais é dado o direito de saber que o
aumento das chaminés das indústrias está na razão direta da destruição das
condições de vida. Portanto, qual a finalidade de um progresso que se faz
acompanhar da inviabilização do mais precioso bem, a saúde?
Nem deixa de ser a mesma
falta de lógica da crença religiosa, a crença em haver vantagem no
desenvolvimento econômico, se, no frigir dos ovos, significa produzir riqueza
que no frigir de mais ovos vai parar nas mãos dos malditos Reis Midas do mundo,
de modo a ser totalmente inútil ao único desenvolvimento realmente capaz de
produzir bem-estar, a civilização do povo por meio do sistema educacional
proposto por Paulo Freire, com introdução de matéria no currículo escolar que
estimule nas crianças a capacidade de raciocinar. Em vez disso, o que se tem?
Inclusão de ensino religioso que, ao contrário, atrofia a capacidade de
raciocinar ao insinuar que Cristo nasceu em vinte e cinco de dezembro, razão
pela qual se deve festejar trocando presentes em torno de mesas fartas e que
elas, as crianças, não devem se preocupar com quem não tem comida nem mesa
porque eles são amados por deus.
O pleno emprego dos
economistas, então, é um desatino de pocar a boca do balão (lembram desta sábia
construção?) porque para cada criação de um emprego chegam ao mercado de
trabalho centenas de novos mendigantes de emprego. Além disso, para os
economistas, é inexistente o desempregado desenganado que parou de procurar
emprego.
O doutor Ladislau levanta
uma questão fundamental para a desarrumação, uma realidade que embora visível,
os protagonistas têm mantido longe das vistas do povo graças ao pão e circo que
consegue prender a atenção dele nos grandes peitos e bundas recheados de
silicone de “famosas” e “celebridades”, ao lado de notícias sobre trepadas. Se
não é possível negar as maravilhas da companhia feminina, elas ficam ainda mais
maravilhosas se restritas ao casal. Sem testemunhas.
A realidade que só o
doutor Ladislau e mais ninguém parece ter percebido é ser o mundo governado por
grupos de parasitas que por meio de agiotagem no sistema financeiro endeusado
por papagaios de microfone que vomitam loas a bancos, ao agribiuzinesse
produtor de câncer e exportador de nossa água e fertilidade do solo. Os tais
grupos econômicos enriqueceram tanto que assenhoreando dos governos ditam
regras que não obstante serem prejudicais à sociedade, são cumpridas sem
contestação graças ao bom mocismo exigido por Papai Noel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário