quinta-feira, 22 de outubro de 2020

ARENGA 460

 

O mundo está uma desarrumação tão grande quanto a insanidade mental da humanidade que se materializa espetacularmente na estupidez de destruir não só o que construiu, mas também as construções da natureza. Estudiosos têm se manifestado contra esta estupidez. O mestre do saber, doutor Ladislau Dowbor, é um destes abnegados batalhadores pela causa nobre de dar sentido à vida da sociedade humana. Mas, no livro A ERA DO CAPITALISMO IMPRODUTIVO, página 14, ao dizer ter estudado economia para entender como se mantém tanta barbárie e primitivismo no relacionamento humano ele cria confusão na cuca de quem vê nas pessoas que fazem a economia e não na economia o motivo pelo qual falta sentido à vida na Terra. Um exemplo de desatino é a afirmação de economistas de ser progresso o incremento das indústrias se a ninguém mais é dado o direito de saber que o aumento das chaminés das indústrias está na razão direta da destruição das condições de vida. Portanto, qual a finalidade de um progresso que se faz acompanhar da inviabilização do mais precioso bem, a saúde?

Nem deixa de ser a mesma falta de lógica da crença religiosa, a crença em haver vantagem no desenvolvimento econômico, se, no frigir dos ovos, significa produzir riqueza que no frigir de mais ovos vai parar nas mãos dos malditos Reis Midas do mundo, de modo a ser totalmente inútil ao único desenvolvimento realmente capaz de produzir bem-estar, a civilização do povo por meio do sistema educacional proposto por Paulo Freire, com introdução de matéria no currículo escolar que estimule nas crianças a capacidade de raciocinar. Em vez disso, o que se tem? Inclusão de ensino religioso que, ao contrário, atrofia a capacidade de raciocinar ao insinuar que Cristo nasceu em vinte e cinco de dezembro, razão pela qual se deve festejar trocando presentes em torno de mesas fartas e que elas, as crianças, não devem se preocupar com quem não tem comida nem mesa porque eles são amados por deus.

O pleno emprego dos economistas, então, é um desatino de pocar a boca do balão (lembram desta sábia construção?) porque para cada criação de um emprego chegam ao mercado de trabalho centenas de novos mendigantes de emprego. Além disso, para os economistas, é inexistente o desempregado desenganado que parou de procurar emprego.

O doutor Ladislau levanta uma questão fundamental para a desarrumação, uma realidade que embora visível, os protagonistas têm mantido longe das vistas do povo graças ao pão e circo que consegue prender a atenção dele nos grandes peitos e bundas recheados de silicone de “famosas” e “celebridades”, ao lado de notícias sobre trepadas. Se não é possível negar as maravilhas da companhia feminina, elas ficam ainda mais maravilhosas se restritas ao casal. Sem testemunhas.

A realidade que só o doutor Ladislau e mais ninguém parece ter percebido é ser o mundo governado por grupos de parasitas que por meio de agiotagem no sistema financeiro endeusado por papagaios de microfone que vomitam loas a bancos, ao agribiuzinesse produtor de câncer e exportador de nossa água e fertilidade do solo. Os tais grupos econômicos enriqueceram tanto que assenhoreando dos governos ditam regras que não obstante serem prejudicais à sociedade, são cumpridas sem contestação graças ao bom mocismo exigido por Papai Noel. 

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