quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

ARENGA 464


400 mil poupadores tungados por bancos morreram sem ver acordo de reparação. Com este título, pode-se tomar conhecimento no blog do Josias de Souza, da resposta à pergunta sobre o que mais teria chamado a atenção dele, o entrevistado, Dr. Luiz Fernando Casagrande, advogado dos poupadores roubados. Eis a resposta do advogado: “Primeiro, a constatação de que temos o Judiciário mais caro do mundo em relação ao PIB. Mesmo assim, não conseguimos resolver em duas décadas um litígio que atingia 2 milhões de pessoas. O Judiciário é caro e ineficiente. Em segundo lugar, me impressionou muito a força que os bancos têm no STJ. Eles ganharam todas as teses que levantaram para reduzir o montante da dívida. Isso forçou os poupadores a aceitarem um acordo que não contempla o que eles queriam.” Esse “queriam”, está mal colocado porque, na verdade, não só queriam, como também tinham pleno direito. O dinheiro teria de ser devolvido com o mesmo poder de compra que tinha na época em que foi desapropriado pelo governo. Portanto, o “queriam” não esclarece toda a realidade.

Demonstrações de que povo é sinônimo de burro de carroça estão à toda prova. Entre os comentários à entrevista acima citada, um deles diz que em nosso país só há espertos e canalhas que fazem do povo bobo. Verdade que nosso povo é um burro que puxa carroça mais pesada que a carroça de outros povos. Entretanto, todos os povos do mundo não fazem outra coisa senão também puxarem sua carroça. Falta um despertar para a realidade de viver a humanidade uma farsa monumental. Tudo são falsidades, e o povo do mundo inteiro, ricos e as várias espécies e subespécies de não ricos haverão de amargar as consequências de uma vida fundamentada em falsidades. Fala-se numa tal de democracia como se fosse uma bênção para os sofrimentos humanos, quando, na verdade, é uma grande mentira. Ficando a escolha dos mandatários a cargo do povo, o resultado é serem eleitos aqueles que mais promovem o sofrimento desse mesmo povo que os escolheu. Tomando-se por exemplo os Estados Unidos, país cujo espírito tem a forma de cifrão. Ali, apesar de uma destas pesquisas idiotas revelar que a senhora Hillary Clinton é a personalidade mais admirada por aquele povo da bunda branca, ela perdeu a eleição para o monstruoso Trump de cujas ações decorrerão ainda maiores sofrimentos não só para aquele povo adorador de riqueza e infelicitado pelo medo dos inimigos, mas também para o mundo inteiro ante a opção feita pelo presidente escolhido de manter a agressão à natureza para não prejudicar a sede de riqueza dos Reis Midas. O engodo da democracia, entre nós, está refletida na eleição dos declarados inimigos do povo que perseguem abertamente os funcionários públicos cumpridores do dever de zelar pela sociedade, e protegem os criminosos de forma tão aberrante a ponto de se perdoar o crime de corrupção por ser considerado um crime não violento, quando, na realidade, é muito mais violento do que o crime à mão armada que vitima apenas um, enquanto o crime de corrupção vitima a sociedade inteira.

A humanidades só terá infelicidades enquanto perdurar a cultura do acúmulo de riqueza e de pobreza, cultura que se perpetuará enquanto o povo não passar de massa de maldar nas mãos de um por cento da humanidade. A vida só poderá ser agradável quando o povo sair da condição de massa bruta e for capaz de entender o que se passa por trás de notícias como esta no jornal Folha de São Paulo: “Os brasileiros que andam céticos sobre o futuro ganharam de presente nos últimos dias do ano duas histórias que fazem pensar no que ainda dá certo no país. Mesmo quem nunca tinha prestado atenção na cantora Anitta pôde perceber como ela foi longe. Aos 24 anos, rebolando numa favela carioca com um biquíni de fita isolante, sem vergonha de expor as imperfeições do próprio corpo, ela atraiu a atenção de milhões de pessoas para o clipe de sua nova música na internet.” Algo de verdadeiramente estranho acontece com um povo que se liga em coisas assim estando diante de uma situação em que as maiores autoridades não só protegem os crimes contra a administração pública, mas também os praticam. Não menos necessária de ponderação é a notícia que os papagaios de microfone dão sobre o fato de Neymar chegar de jatinho em Barra Grande, na Bahia, onde há um luxuoso hotel que dizem ser de propriedade de Duda Mendonça, portanto, adquirido com dinheiro roubado do povo que nem sequer desconfia dos motivos pelos quais professores recebem salários miseráveis e são agredidos, enquanto jogador de futebola vai curtir descanso milionário. A falsidade da vida é tão grande que mediocridades são elevadas à categoria de “famosos”, “celebridades” e reis, na verdade, personalidades simplesmente ridículas e ávidas por riqueza, que se acham realmente importantes, o que se deve a ser elevado seu grau de ignorância. O fato de multidões prestigiarem estes idiotas lembra o conto de Machado de Assis A Igreja do Diabo, no qual tendo o Diabo resolvido fundar sua igreja, teve multidões ao pé de si, do mesmo modo que a turba de mendigos espirituais de atores de Hollywood correm atrás do estelionatário fundador da igreja da Cientologia.

Sendo o povo o verdadeiro responsável pelos recursos de custear as despesas da sociedade humana, nunca, jamais, em tempo algum, pode ele permanecer na condição de mero espectador do que está sendo feito desses recursos. Absolutamente nada pode justificar uma apatia tão grande a ponto de ser indiferente aos gastos astronômicos com templos religiosos, palácios e mais palácios para políticos, imensas fortunas absorvidas em esporte e corrupção. Aliás política e religião são os dois gumes da peixeira de escalpelar o povo. Na página 32 do livro 1808, de Laurentino Gomes, tem-se o seguinte sobre a política e a igreja: D. João Morava no palácio de Mafra, mistura de palácio, igreja e convento. Tinha 264 metros de fachada, 5.200 portas e janelas e 114 sinos. O refeitório media cem metros de comprimento. Sua construção levou 34 anos e chegou a mobilizar 45.000 homens. O mármore tinha vindo da Itália. A madeira, do Brasil. Ficou pronto em 1750, no auge da produção de ouro e diamantes em Minas Gerais. Além dos aposentos da corte e de seus serviçais, havia trezentas celas usadas para alojar centenas de frades. Era nesse edifício gigantesco e sombrio que D. João passava seus dias longe da família, entre reuniões com ministros do governo e missas, orações e cânticos religiosos”.

Enquanto pais desnaturados não perceberem o engodo da religião estarão levando suas inocentes crianças para as igrejas onde aprenderão a serem tão estúpidas quanto eles ao acreditarem que seu bem-estar depende de Deus e não da política. Aprenderão haver um motivo nobre no gesto ridículo do Papa beijando o pé do presidiário ou um boneco em forma de criança, coisas sobre as quais faz-se necessário meditar profundamente. O Natal que a massa bruta encara com respeito, na verdade, é um meio de aumentar a riqueza dos Reis Midas do Mundo. Em matéria intitulada O NATAL DAS CRIANÇAS CLANDESTINAS, publicada no blog Outras Palavras, escola de alfabetização política, o jornalista Nuno Ramos de Almeida declara com todas as letras: Para mim, o Natal sempre foi uma merda. A religiosidade é a maior das mentiras que envolve a humanidade. Por trás do manto de bondade há um mundo de maldade. Na página 362 do livro Deus Um Delírio, acusado de hostilidade contra a religiosidade, seu autor, Richard Dawkins, diz o seguinte: “... essa hostilidade que eu ou outros ateus às vezes expressamos contra a religião limita-se a palavras. Não vou atacar ninguém com bombas, decapitar ninguém, apedrejar ninguém, queimar ninguém em fogueiras, crucificar ninguém nem lançar aviões contra arranha-céus só por causa de uma discordância ideológica”. Entretanto, tais ponderações passam ao largo da capacidade de entendimento da malta ignorante com os filhos escanchados no pescoço rumo às igrejas. A religiosidade é algo tão estúpido que analfabetos contestam cientistas. Para os religiosos, na verdade brutamontes espirituais, as coisas do mundo só existem há seis mil anos e nós já surgimos no mundo do mesmo modo como somos hoje.

Enquanto o povo, principalmente a parte jovem dele, permanecer na condição de massa de moldar nas mãos dos escravocratas e imbecis ricos donos do mundo a vida não será diferente da vida do burro de carroça cuja atividade se limita a produzir uma riqueza da qual não usufrui, comer, trepar e cagar. Ou a massa bruta de povo substitui por civilidade a personalidade do bicho que já fomos, ou então estará eternamente destinada a levar ferro. É o próprio representante da classe que ajuda os ricos a atochar o ferro no povo que assim o declara. Ninguém menos do que o economista Joseph E. Stiglitz, no primeiro parágrafo do prefácio do livro O Mundo Em Queda Livre, diz o seguinte: “Na grande recessão que começou em 2008, milhões de pessoas, nos Estados Unidos e em todo o mundo, perderam casas e empregos. Muitos mais sofreram a angústia de temer que lhes ocorresse o mesmo, e quase todos os que pouparam dinheiro para a aposentadoria ou para a educação dos filhos viram seus investimentos reduzir-se a apenas uma fração do seu valor. A crise, que teve início nos Estados Unidos, logo se tornou global: dezenas de milhões de pessoas pelo mundo afora perderam seus empregos – só na China foram 20 milhões – e dezenas de milhões caíram na pobreza”.

Esse é o destino da massa bruta de povo que ignora o malefício que recairá sobre seus filhos em decorrência do compra-compra. Como urubus ante uma carniça, avançam os biltres aos montes para as lojas, queimam o dinheirinho sofrido no pipocar de fogos de artifício, esperneiam no axé, no futebola e nas igrejas, para regozijo de seus escravizadores, enquanto é tão fácil pensar de qual fonte provém tanta estupidez. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 17 de dezembro de 2017

ARENGA 463


Ana Hickmann responde com bom humor comentário sobre sua bunda: 'Tenho um bumbumzinho'Ana Hickmann responde com bom humor comentário sobre sua bunda: 'Tenho um bumbumzinho'O mundo é muito interessante. São mais de sete bilhões de seres humanos divididos em dois grupos de idiotas: enganados e enganadores. No frigir dos ovos, estão todos enganados. Os enganadores não são mais do que um por cento dos seres brutos que compõem a humanidade. Tirando fora estes idiotas, sobram os idiotas enganados que por nem desconfiar serem enganados, vivem a curtir as festas com as quais os enganadores lhes enganam. Entretanto, quem observou a vida durante oitenta e um anos percebe que ambos estão enganados. Os enganadores, embora dizendo ter a paz e a felicidade por objetivo, vivem infelizes e desassossegados pelo medo de se tornarem objeto do desespero dos enganados. Estes, embora também visando o mesmo objetivo de felicidade, são tão infelizes quanto aqueles porque parte deles está agrilhoada a um emprego que lhes suga a vitalidade em troca do sustento, portanto, escravos em todo o sentido da palavra. Pior ainda que os enganados pelo emprego são os que nem emprego têm por ser impossível haver emprego para todos, restando-lhes o desassossego da fome. O escritor Edmilson Movér me disse um dia que minhas ideias só seriam entendidas daqui a duzentos ou trezentos anos. A princípio, não vi fundamento no que ele disse visto não ser eu intelectual e falar a mesma linguagem chula do povo. Assim, não conseguia entender o porquê da dificuldade de ser entendido. Mais recentemente, todavia, começo a perceber haver razão no raciocínio do meu amigo escritor e ensaísta. Quanto mais velho e experiente fico, quanto mais contato tenho com o povo, também mais convencido fico de ser inteiramente impossível que as pessoas possam perceber outra realidade que não esta falsa realidade repassada de geração a geração através de pais absolutamente equivocados ao ensinar a seus filhos serem Deus e dinheiro as coisas mais importantes da vida. Este é um entendimento tão equivocado que embora tendo cada um dos mais de sete bilhões de seres humanos por objetivo primeiro e acima de tudo uma vida tranquila, absolutamente nenhum deles logrou alcançá-la. Continuará inalcançável tal objetivo enquanto seus perseguidores se apoiarem em falsos os princípios tais como a submissão a falsos líderes sem se cogitar da necessidade de participar o grupo inteiro da administração pública da qual depende sua qualidade de vida, ficando tamanha responsabilidade a cargo de apenas alguns seres totalmente desprovidos do altruísmo inerente aos líderes, o que se deve ao fato de ser ainda demasiadamente forte nos seres humanos a falta de percepção da necessidade de cooperação e solidariedade entre eles. Esta é uma condição indispensável para se poder levar a vida com menor dose de sofrimentos. A modalidade de ser a riqueza pública entregue a meia dúzia de seres humanos tão brutos quanto os demais fracassou e continuará no fracasso enquanto o interesse da massa bruta de povo continuar fora do que se passa nos bastidores da política, dando preferência a assuntos do tipo desta notícia na imprensa: Ana Hickmann responde com bom humor comentário sobre sua bunda.Ana Hickmann responde com bom humor comentário sobre sua bunda: 'Tenho um bumbumzinho'

O fato de não ter ainda o ser humano superado o estado de natureza bruta foi observado pelo Grande mestre do Saber Richard Dawkins de acordo com o pensamento exposto na página 40 do livro O Gene Egoísta, de que para se construir uma sociedade na qual os indivíduos cooperem generosa e desinteressadamente para o bem-estar comum não se deve contar com ajuda da natureza biológica uma vez que nascemos egoístas. Aqui o grande pensador acionou a tecla que faz aparecer na tela toda a causa da infelicidade humana e que outra não é senão o fato de serem as pessoas tão natureza quanto os bichos do mato, razão pela qual ainda decorrerão anos luz sem que a humanidade seja capaz de alcançar desenvoltura mental suficiente para entender que a vida coletiva não pode abrir mão de um sentimento altruístico. É tão extraordinária a insignificante da capacidade de percepção do ser humano que eles estão convencidos de terem sido criados há apenas seis mil anos por uma entidade mitológica e a partir de um punhado de terra. Entretanto, se a vida não for destruída antes do surgimento de uma juventude inteligente, a humanidade poderá escolher melhor caminho. O próprio autor de O Gene Egoísta, na mesma página 40, dá uma dica nesse sentido da seguinte forma: “Os nossos genes podem nos instruir para sermos egoístas, mas não somos necessariamente forçados a obedecê-los a vida toda. Pode penas ser mais difícil para nós aprender o altruísmo do que seria se estivéssemos geneticamente programados para sermos altruístas”. Esta conclusão do Grande Mestre do Saber mostra que a humanidade pode muito bem passar da animalidade para a espiritualidade quando assim o desejar.

É de se observar, entretanto, que mesmo os Grandes Mestres do Saber não se empenham diretamente na necessidade de se ter por objetivo primeiro a qualidade de vida acima de qualquer outra coisa, inclusive das especulações filosóficas que nada têm a ver com o objetivo por todos visado de ter uma vida com o menor número possível de sofrimentos. É mesmo Richard Dawkins que mostra à humanidade a desnecessidade de se viver tão mal que se perde em elucubrações alheias ao objetivo de se viver melhor, como se vê do capitulo de O Gene Egoísta, intitulado – Por Que As Pessoas Existem? – que começa assim: “A vida inteligente de um planeta atinge a maioridade no momento em que compreende pela primeira vez a razão de sua existência. Se criaturas superiores vindas do espaço um dia visitarem a terra, a primeira pergunta que farão, de modo a avaliar o nível da nossa civilização, será: “Eles já descobriram a evolução?”. Ora, o nível de evolução espiritual de um povo pode ser aferido pela qualidade de vida desfrutada por esse povo, o que independe de conhecer a realidade de ser ele fruto da evolução e não da mentira da Criação. O bem-estar coletivo é fruto da boa aplicação do erário. Quando a humanidade aprender esta verdade, o mundo será infinitamente melhor. Nada, absolutamente nada pode justificar os gastos com milhões de armas e homens treinados para brigar. Enquanto perdurar tal mentalidade, haverá uma igreja e uma farmácia a cada esquina e infelicidade em todo canto. Inté.

 

  

domingo, 10 de dezembro de 2017

ARENGA 462


“A Folha de São Paulo apresenta a seus leitores, com exclusividade, a coleção Grandes Nomes do Pensamento Brasileiro. Nela, estão reunidos alguns dos mais importantes autores e obras clássicas da história e da economia, da sociologia e da literatura, que permitem redescobrir o país e toda a riqueza e complexidade da cultura brasileira. Às voltas com a comemoração dos 500 anos do Descobrimento, o leitor vai entender como e por que o Brasil se tornou o que é”.

Assim começa a apresentação dos dois volumes de OS DONOS DO PODER, de autoria do intelectualíssimo doutor Raimundo Faoro. Entusiasmado com a possibilidade de encontrar uma obra que desvendasse o mistério que mantém um país de imensas riquezas como o Brasil em situação de tal penúria que a única coisa ouvida de seu povo é justificado queixume de misererê. Além disso, também intrigado pela realidade ainda não explicada de ser o povo do mundo inteiro submetido à obrigação de cumprir fielmente o dever de sustentar uma plêiade de parasitas que em troca de muita mentira e discursos vazios se autodenominam EXCELÊNCIAS, REIS e RAINHAS, todos com contas nos infernos fiscais, esnobes que se consideram semideuses,  acreditando encontrar no livro Os Donos do Poder, que um brasileiro desnudasse tal mistério, comprei os dois volumes da obra citada, mas perdi tempo e dinheiro porque os intelectuais não fazem outra coisa senão tergiversar inutilmente sobre questões que nada têm a ver com nossa qualidade de vida, dando a impressão de estar tudo muitíssimo bem, embora esteja o tudo tão mal que o mundo se encontra à beira da extinção. Foi apenas mais uma das decepções a que são acometidos todos aqueles que superaram o analfabetismo político e passaram a saber que as tergiversações dos intelectuais quando não são apenas demonstração de erudição inútil, como se vê da página 273 do primeiro volume de Os Donos do Poder, quando o autor emprega a palavra PRÓDROMOS para expressar PRELIMINARES, COMEÇOS, OU PRINCÍPIOS. Tais tergiversações podem mesmo ser grandemente nocivas à evolução social rumo a uma sociedade civilizada como é a declaração do intelectualíssimo senhor Vargas Llosa ao afirmar que o capitalismo teve pleno êxito em proporcionar bem-estar social, ou ainda dos egressos das Harvards e das Sorbones do mundo que afirmam ser a concorrência a forma ideal para se viver em sociedade, quando ninguém que não seja tão imbecil a ponto de se ligar em igreja e futebola sabe perfeitamente que a desunião fomentada pela competição da concorrência é a fonte de onde provêm todos os males do mundo uma vez que ela se apoia na enganação, esperteza, mentira, falsidade e desonestidade, elementos indispensáveis à formação das grandes riquezas oriundas da competição que pessoas amorais em sua monumental ignorância social exibem mundo afora, numa clara demonstração de ter sido a criminalidade convertida em mérito. Absolutamente nada justifica que filósofos modernos como Huberto Rohden, na página 19 do livro Porque Sofremos, afirme ter Deus criado o homem, ignorando que segundo o historiador Edward McNall Burns, página 792 de História da Civilização Ocidental, segundo volume, já por volta de quinhentos anos antes de Cristo o pensador Anaximandro recusava esta teoria cuja falsidade veio finalmente a ser confirmada depois pelos estudos de Darwin e seus seguidores. Mesmo um adolescente menos imbecil do que os futucadores de telefone pode perceber a semelhança entre nós e os demais animais. Tivesse o ser humano sido criado por Deus seria algo muito melhor do que um saco ambulante de bosta e doenças. Além disto, será que também como os analfabetos que lotam as igrejas o filósofo contesta a ciência ao afirmar que o mundo existe há mais de seis ou sete mil anos e que somos frutos de uma lenta evolução que vem ocorrendo há milhões de anos? Como perder tempo com inutilidades é o forte dos intelectuais, o filósofo acredita que a palavra CRIAR é mixuruca para expressar a ação de Deus e a substitui por CREAR. Quem duvidar, dê uma olhadinha na página 19 do livro Porque Sofremos. A religiosidade é uma estupidez tão grande que seus adeptos têm seu Deus como uma suntuosidade cuja capacidade não tem limites, mas que não foi capaz de fazer com que o homem procedesse como desejava ao ser enganado por algo tão insignificante como uma cobra.

Tão inútil quando o CREAR e o PRÓDROMOS dos filósofos e os intelectuais é saber no que o Brasil se tornou. Em que se tornou o Brasil? Para desgosto de quem evoluiu de povo para gente, ele se tornou em algo tão repugnante que seus políticos deram origem à afirmação de que OS POLÍTICOS E AS FRALDAS PRECISAM SER TROCADOS COM FREQUÊNCIA PELO MESMO MOTIVO. E o motivo é a sujeira. Realmente, no Brasil a política exala o mesmo cheiro do conteúdo das fraldas. A coisa atingiu níveis tão alarmantes de desmandos que embora ninguém desconheça serem as assembleias de “representantes” do povo um antro de criminalidade, a mais alta corte de justiça do país atribui à bandidagem que as integram o direito de absolver seus membros da condenação imposta por algum juiz cumpridor do dever.  Se nas outras partes do mundo, disfarçadamente, o povo faz papel de burro de carroça ao trabalhar para sustentar parasitas em troca da ração que lhe mantém vivo, aqui no Brasil dispensa-se o disfarce e os parasitas debocham na cara do seu povo festeiro apesar de infeliz. Aqui, abertamente, funcionários do mais alto escalão da justiça acobertam crimes de políticos corruptos de forma tão acintosa que agridem verbalmente a imagem dos funcionários de segundo escalão que por estarem mais em contato com a ansiedade social tentam combater a ação perniciosa de tais criminosos. Bandidos cujos crimes dão origem à miséria da qual provém a violência que infelicita o povo contam com aliados em absolutamente todas as instituições públicas e privadas, não excluindo nem mesmo as de ensino, o que denuncia ter sido as instituições de ensino transformadas em escolas que ensinam criminalidade. O fato de ter sido o juiz Sergio Moro hostilizado por estudantes brasileiros e portugueses em Portugal quer dizer que os jovens atuais, mirando um futuro desonesto, repudiam a ação daquele juiz contra criminosos. Para encurtar conversa, a imprensa diz que os imbecis do Brasil comem cinco mil vezes mais a quantidade de veneno que comem os imbecis da Europa que também o comem. Ou não é um completo imbecil quem come veneno sabendo que ele mata? Inté.

 

 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

ARENGA 461


Pela manhã, é só decepção para quem tem o hábito de procurar saber as notícias que a imprensa publica sobre a sociedade. Elas trazem cada vez maiores dissabores para quem gostaria de viver de modo diferente dos pequenos animais destinados a servir de pasto para animais maiores nas selvas. Só estão a gosto nesse mundo pessoas obtusas cujas necessidades se limitam à materialidade dos festejamentos, igrejas e riqueza, comportamento proveniente de uma ignorância tão monumental que impede a estes biltres mentais a percepção da triste realidade de se estar caminhando rumo ao nada uma vez que a disposição física necessária para tais atividades tem prazo para acabar. Vive-se a cultura da falsidade, do engodo e da desfaçatez. Duas reportagens no jornal Folha de São Paulo de 03/12/2017, levam à conclusão da falência da cultura que orienta a humanidade desde a formação dos grupos humanos e da instituição dos governos pretensamente destinados a conter a brutalidade humana manifestada através dos crimes. A primeira reportagem, intitulada SEGUNDO MAIOR NAUFRÁGIO DO MUNDO AINDA ESCONDE SEGREDOS EM ILHABELA, conta que a monstruosidade humana causou propositalmente o naufrágio do transatlântico Príncipe de Astúrias, matando por afogamento 477 pessoas, para que fossem roubadas 11 toneladas de ouro. A segunda reportagem, intitulada POLÍTICA ATRAPALHOU A LAVA JATO, DIZ EX-PROCURADOR DA OPERAÇÃO NA SUÍÇA, deixa evidente o fracasso dos governos como responsáveis pela contenção da barbaridade humana uma vez que as instituições governamentais sendo comandadas por seres humanos também bárbaros, portanto também criminosos, inviabiliza a execução dos fins a que se destinam os governos. É o que deixa evidente a realidade materializada na violência que toma conta do mundo por conta de ações criminosas praticadas pelos representantes dos governos, posto que como seres humanos também são possuídos da barbárie comum a todos os seres humanos como mostra este trecho da segunda reportagem de que tratamos, comprovando ser o crime o verdadeiro interesse dos representantes dos governos: “Stefan Lenz, o procurador que comandava, até outubro do ano passado, as investigações da Lava Jato na Suíça, responsabiliza a articulação de forças políticas nos dois países pelo "fracasso nos esforços" para intensificar a cooperação bilateral. A proposta de criar uma força-tarefa conjunta foi anunciada em março de 2016, mas até hoje ainda depende de iniciativas do Ministério da Justiça brasileiro. Lenz, que era conhecido como o "cérebro" da Lava Jato no país europeu, declarou, em sua primeira entrevista ao Brasil desde que pediu demissão do cargo, também haver ingerência nas investigações suíças”. Aí está, pois, a dura realidade de ser o crime e a proteção a criminosos a ação tanto do governo do submundo, o Brasil, quanto ao governo do primeiríssimo mundo, a Suíça. Assim, uma vez que não se pode contar com os seres também bárbaros dos governos para combater o barbarismo, fica a humanidade condenada a viver sob o império da violência, do medo e da infelicidade enquanto não se dispuser a meditar sobre a questão levantada pelo filósofo Thomas Paine há mais de duzentos anos de que o sofrimento pode ser aliviado se os homens compreendessem os princípios do bom governo. Como é impossível um bom governo na atual conjuntura, necessário se faz trocar o que temos por algo que seja capaz de fazer com que os recursos públicos tenham por destino o bem-estar social. É o mesmo Paine que afirma também na página 27 do livro Senso Comum que o governo em seu pior estado é um mal intolerável. Uma vez que todos os governos do mundo sempre estiveram em seu pior estado, sendo portanto, um mal intolerável, é burrice das maiores permanecer sofrendo de mal intolerável sem buscar a cura. Toda infelicidade humana está na crença de ser possível estar bem num mundinho particular porque a realidade é que ou estejamos todos bem ou ninguém estará bem.  

É flagrante o descompasso entre como se comporta o ser humano e como deve se comportar, realidade observada pelo filósofo Martin Hollís na página 13 do livro Filosofia, Um Convite, ao afirmar que a humanidade tem tentado compreender a natureza por razões outras que não aquelas que procuram tornar a vida mais fácil e mais conveniente. Tanto isto é verdade que os seres humanos ainda vivem sob a mesma escravidão mostrada na página 404 do livro História Geral e do Brasil, de Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, numa gravura que faz referência à situação da sociedade francesa por época da grande revolução, e na qual consta um pobre camponês vergado sob o peso de um representante da nobreza e outro do clero que carrega nas costas, do mesmo modo como o asno leva sua carga e também do mesmo modo como os seres humanos arca com o peso da vida faustosa de seus falsos líderes políticos e religiosos. A submissão humana à servidão tem origem no tipo de educação engendrado pela artimanha dos comandantes do mundo cuja finalidade é impedir o desenvolvimento mental e espiritual. Paulo Freire, na página 32 de Pedagogia do Oprimido, diz da necessidade de uma educação que leve os oprimidos à reflexão das causas da opressão, o que nem de longe interessa aos opressores porque se as pessoas ficarem esclarecidas a ponto de compreender que seu bem-estar depende da política não concordariam com a estupidez de entregar a falsos líderes o dinheiro de comprar educação, saúde e segurança.

Os seres humanos serão infelizes enquanto se comportarem como criancinhas nos parques infantis, carentes de condução, permanecendo como objeto da política sem dela participar. No livro 1808, Laurentino Gomes dá dois exemplos da dependência e necessidade imperiosa que o povo tem dos governos. Na página 31, refere-se ao estado de abandono em que se sentiu o povo português quando seu governo, para fugir de Napoleão Bonaparte, protegido pela força naval da Inglaterra, deixou o país rumo à colônia Brasil: “Seus habitantes ficaram entregues aos interesses e à cobiça de qualquer aventureiro que tivesse força para invadir suas cidades e assumir o trono”. Antes, na página 29, supõe o Brasil na mesma situação de Portugal: “Imagine que, num dia qualquer, os brasileiros acordassem com a notícia de que o presidente da República havia fugido para a Austrália, sob a proteção de aviões da Força Aérea dos Estados Unidos. Com ele, teriam partido, sem aviso prévio, todos os ministros, os integrantes dos tribunais superiores de Justiça, os deputados e senadores e alguns dos maiores líderes empresariais. E mais: a esta altura, tropas da argentina já estariam marchando sobre Uberlândia, no Triângulo Mineiro, a caminho de Brasília. Abandonado pelo governo e todos os seus dirigentes, o Brasil estaria à mercê dos invasores, dispostos a saquear toda e qualquer propriedade que encontrassem pela frente e assumir o controle do país por tempo indeterminado”. O que se conclui de tudo isto, é que a humanidade ainda se encontra no mesmo barbarismo que levou Josué a passar a fio de espada os habitantes de Jericó por ordem de Deus, os assírios a vazar os olhos dos vencidos nas guerras, os espetáculos do Coliseu, os cinco mil crucificados na Via Ápia. Não é sem razão que o filósofo Adrian Raine afirma na página 11 do livro Anatomia da Violência estar o crime relacionado com as forças das trevas de nosso passado evolutivo. Na verdade, em termos de civilização, muito pouco avançamos. Tal realidade fica sobejamente constatada na indiferença emocional dos criminosos do colarinho branco em relação a suas pobres vítimas. Entretanto, a selvageria será abandonada a partir do momento em que a atenção humana perceber o engodo do pão e circo e reconhecer haver apenas insignificância nas vulgaridades dos “famosos” e das “celebridades”, voltando, sensatamente sua atenção para assuntos dos quais depende seu bem-estar. Só assim chegará a humanidade à conclusão de que o passado é indigno de seres que podem pensar, conclusão que levará inevitavelmente a cuidar de promover um futuro onde a tranquilidade supere a intranquilidade. Inté.

 

 

 

 

   

 

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

ARENGA 460


Houve época em que os reis eram considerados deuses. Logicamente, na condição de divinos, haveriam de dar preferência a uma ligação com o reino do céu. Hoje entretanto, a realeza prefere o reino do inferno, do inferno fiscal. Está aí, provando o que se deve esperar dos falsos líderes enquanto perdurar a cultura de deixar o destino a cargo das “autoridades”. No país dos mais civilizados entre aspas do mundo, aspas justificadas pelo fato de não existir civilização em parte alguma do mundo, porquanto o termo CIVILIZAÇÃO indica uma sociedade na qual seus integrantes tenham alcançado elevação mental capaz de organizar um mundo diferente do mundo dos irracionais, realidade da qual a sociedade humana se distancia anos luz uma vez que são predadores da própria espécie. Na “civilizada” Inglaterra, sua rainha e líder máxima daquele povo da bunda alvejada, uma senhora que nada aprendeu durante sua longa vida, provando serem bem outras as preocupações dos falsos líderes, acumula riqueza no inferno fiscal, riqueza tirada do lombo daquele povo “civilizado”. Tal realidade evidencia a recusa da humanidade em tirar os olhos do que já foi para direcioná-los rumo ao que deve ser. A existência de reis é a prova material da recusa da humanidade em sair do mesmismo para se aventurar com dignidade e sabedoria rumo a novos horizontes. Tal comportamento não condiz com o dinamismo próprio da juventude porque a impressão passada pelos jovens é de terem sido apossados por espíritos fugidos de sarcófagos que moldam neles uma personalidade infensa a sentimentos nobres uma vez que, como Reis Midas, também têm por única atividade a cata de riqueza. Da educação a que são submetidos os jovens resultam velhos amorais ou imorais, criminosos sorrateiros e covardes de cujos crimes resultam maiores danos sociais do que os crimes à mão armada. Não há termos de degradação moral que justifiquem o despudor, e a falta de vergonha em velhos carecas ou de cabelos brancos sendo conduzidos à prisão perante seus filhos e à sociedade por roubo. Diz-se pelaí que mesmo nas coisas ruins há algo de bom. Uma propaganda confirma esta afirmação. Sendo a propaganda a arte de explorar a estupidez humana, o que fica evidente na propaganda do governo que termina com a expressão GOVERNO FEDERAL, ORDEM E PROGRESSO! Se a situação em que se encontra o Brasil é de ordem e progresso, precisa ele entrar mais que depressa na desordem e no regresso por ser o que aí está exatamente o contrário do que deve ser. Entretanto, apesar da falsidade e das mentiras contidas nas propagandas, uma propaganda que há muito desapareceu da televisão dá um exemplo de tamanha grandeza espiritual que se incorporada à personalidade do ser humano faria do mundo o lugar ideal para se passar o período de permanência na vida. A propaganda mostrava uma corrida de deficientes mentais em que um dos competidores leva um tombo tão violento que não consegue se levantar e todos os competidores, inclusive aqueles que se encontravam na frente, voltaram para socorrer o acidentado, numa demonstração de elevado espírito de cooperação, exatamente o que falta nas pessoas consideradas civilizadas como demonstra o procedimento da rainha da Inglaterra e sua ação individualista e egoísta de acumular fortuna nos infernos fiscais.

Chega de pisar e repisar o que é. É hora de se cogitar do que deve ser uma vez que o que é dá provas irrefutáveis de não poder continuar sendo. Vive-se de modo tão inexplicável que o erro continua prevalecendo sobre o certo. Se galileu foi perseguido por concluir acertadamente que a Terra gira em torno do sol, se Lutero foi perseguido por dizer ser estelionato a venda de passaporte para o céu, da mesma forma, também por dizer a verdade, a Operação Lava Jato está sendo perseguida pela bandidagem de colarinho branco. Apesar disto, a propaganda quer fazer crer tratar-se de ordem e de progresso. É preciso virar o disco e sair do mesmismo de dizer que tá tudo errado porque isto é mais do que evidente. Os livros, por mais eruditos que sejam seus autores, nenhum deles cogita de uma nova ordem para ocupar o lugar da cultura mumificada de cada um por si fundamentada no analfabetismo político que faz parte da ignorância generalizada que os livros deveriam combater em vez de fomentar. No livro História Geral e do Brasil, de Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo, editora Scipione, na página 90, consta a seguinte pergunta: POR QUE A VACA É SAGRADA NA ÍNDIA? Ora, não só a vaca, quanto tudo o que se refere a divindades é fruto exclusivo da ignorância. A ilusão sobre divindades é transmitida de pais prá filhos desde que o homem inventou seres celestiais a quem apelar por proteção, seres estes que foram sendo substituídos por outros até serem reduzidos em apenas um. Esta mentira monumental vem perdendo força à medida que a ignorância aos poucos vai dando lugar ao conhecimento. Tanto é assim que os indianos já comem junto com a carne das vacas o deus que eles acreditavam existir nela. No futuro, se houver um futuro, as novas gerações encararão com pasmo coisas ridículas como conversar com estátua, ser morto nas igrejas onde se vai buscar proteção, representantes de Deus fazendo pose na revista Forbes ou beijando o pé do pária social. Na página 235 do livro Evolução Espontânea, editora Batterfly, como sendo da autoria de Swami Beyondananda, consta a seguinte declaração: “Acredito que tenhamos sido criados para evoluir. Caso contrário, Jesus teria dito “não façam nada até eu voltar”, o que também é parte do mesmismo. A inovação está na pesquisa segundo a qual, como Deus, Jesus também nunca teria existido. Realmente, só a inocência pode admitir um pai que entrega seu filho a inimigos para pregá-lo numa cruz. Absolutamente tudo em que se acredita é uma grande mentira. A causa do comportamento humano de produzir a própria infelicidade reside na recusa de parar prá pensar. Inté.   

 

 

 

 

 

terça-feira, 7 de novembro de 2017

ARENGA 459


Eitcha sociedade pai dégua, esta merda de sociedade brasileira, sô! Por aqui acontecem coisas do arco da velha. Uma empresa de bilionários chamada Samarco Mineração causou um estrago tão grande que as “autoridades” submissas aos donos da empresa, fingindo preocupação com o social, multaram setenta vezes a empresa causadora do desastre que matou uns e arruinou outros, mas ela não pagou nenhuma das multas.  Tem candidato à presidente da república que apesar de condenado à prisão tem a preferência da massa bruta de eleitores, o que lembra a mesma massa bruta aplaudir os militares de 1964 cujo estrago pode ser conhecido na reportagem de Mauro Santayana intitulada A Crise da Razão Política e a Maldição de Brasília. Se eleito o candidato condenado à prisão, como os demais chefes de quadrilha, administrará esta sociedade de ladrões de dentro da cadeia? Mas, como presidiário, se vier a ficar impedido de governar, para que, então, ser votado se eleição custa uma nota preta que os jovens imbecilizados pagarão satisfeitos enquanto futuca telefone, sem atinar ser por coisas assim que eles precisam fazer dívidas para estudar? Afinal, dinheiro público é para ser torrado mesmo porque povo existe para ser ferrado pelas “autoridades”. A situação é tão inusitada que bandidos perseguem os representantes da lei e da ordem. Os super-heróis aqui seriam enquadrados pelos advogados dos bandidos ricos como brutamontes desrespeitadores dos direitos humanos da bandidagem e o Coringa perseguiria Batman. Taí prá todo mundo ver os advogados de Geddel procurando para punir quem denunciou a existência dos cinquenta e um milhões que ele roubou da sociedade e escondia. Agora, digaí, ó meu, você aí da igreja, do futebola e da futucação de telefone, diga se o cara foi apanhado com aquela grana escondida, o que prova o roubo, é preciso alguma coisa mais a fazer senão enfiá-lo no xilindró pelo resto da vida pelo crime de deixar crianças sem o leite, sem escola, hospital, mesmo sendo vítima de balas? Estes advogados são tão inimigos da sociedade quanto os bandidos com os quais dividem o produto do roubo. Faz-se extremamente necessário rever esta moda maluca de ser legal uma profissão cujo objetivo é livrar bandidos da ação da justiça. Enquanto esta sociedade está a cair aos pedaços de tanta podridão, a papagaiada de microfone devorteia como mariposa em torno da lâmpada sobre o que disse o presidente ou o ministro, se qualquer Zemané sabe ser mentira deslavada o interesse das “autoridades” no que diz respeito à sociedade. Nesse exato momento, nos Estados Unidos, em consequência da loucura de transformar a atividade de viver em perseguir dinheiro e puxar o saco de Deus, outro jovem, desta vez um ex-professor de religião, matou dezenas de religiosos, entre eles crianças, inclusive uma filha do pastor que para a turba é portador da palavra divina. A loucura que levou este último dos muitos jovens que assim procederam matando outros jovens levará do mesmo modo outros jovens a também matar crianças por culpa exclusive de seus pais desnaturados que lhes ensinam os caminhos das igrejas. Diante de tal monstruosidade, o que faz a autoridade maior do país vitimado, o presidente Donald Trump? Envia pêsames às famílias enlutadas. Precisa maior evidência de que as autoridades estão cagando e andando para o povo? Será que a papagaiada de microfone é tão burra a ponto de não saber que nada vale o que dizem as “autoridades”? Pergunte-se a todas as autoridades do mundo se são as igrejas o lugar apropriado onde se buscar paz e proteção que a resposta unânime será afirmativa. Entretanto, Como encontrar paz e proteção num lugar onde se encontra tiro de fuzil? As igrejas estão para os ratos de igreja assim como as ratoeiras estão para os ratos de queijo.

Na verdade, há pessoas inteligentes entre os papagaios de microfone, que embora sabendo de tudo tintim por tintim, mas por força do vínculo com o emprego são obrigadas a jogar o jogo de seus patrões, os ricos donos do mundo que impedem a possibilidade de existir uma sociedade menos infeliz graças à sua ação nefasta de condenar noventa e nove por cento da humanidade à escravidão do trabalho, numa loucura tão grande que os escravizadores, escravizam-se a si mesmos ao se tornarem reféns da usura e do medo de que os escravos do trabalho avancem sobre suas caixas-fortes, o mesmo medo que tinham das senzalas os ricos escravizadores das do século dezessete em suas Casas Grandes. Apesar de tanta insensatez, os papagaios de microfone e os filósofos de aluguel tergiversam inutilmente sobre o que é, mas sem fazer referência ao porquê de ser assim, o que se deve ao fato de ter sido deixada a atividade de pensar a cargo dos meios de comunicação manuseados pela papagaiada de microfone mantenedores da cultura nefasta de um sistema tão inconsistente que tem por base uma forma de escravidão denominada emprego. É o que diz com todas as letras a seguinte notícia na imprensa: “O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, diz que é necessário reduzir direitos para garantir empregos.”

Até mesmo a forma de escravidão através do emprego fracassará apesar de aceita pelos próprios escravos simplesmente por ser impossível haver empregos para todos que dele dependem. Apesar disso, a papagaiada de microfone faz grande alarido para festejar a boa notícia de ter alguém ingressado no mercado de trabalho. A explicação para a contradição do que dizem os papagaios de microfone está no fato de que nenhuma pessoa em sã consciência tem o desprendimento necessário para ousar ir de encontro à vontade do dono de seu emprego uma vez que isto equivaleria a deixar ao léu seus entes queridos. Quem tem todo fim de mês onde buscar o sustento nem de longe quer saber de pôr em risco tal comodidade. Este é o grande impasse que impede a evolução para uma sociedade com menos sofrimentos uma vez que representando a vontade dos donos dos seus empregos, os papagaios de microfone que moldam o comportamento da massa bruta de povo são obrigados a fazê-la acreditar nas mentiras com as quais seus patrões escravizam os carneiros de Deus para que eles produzam a riqueza escondida nos infernos fiscais. Dispensada a capacidade de pensar para seguir o berrante dos meios de comunicação, a manada limita suas ações apenas ao momento presente, ignorando a velhice que a espreita e um futuro desastroso que aguarda por seus descendentes. Quando, por ordem de seus patrões, os ricos donos do mundo, a papagaiada de microfone discorre sobre cotação de moedas, sistema financeiro, apologia do pão e circo, dos bancos, do agribiuzinesse ou o que disse ou deixou de dizer determinada “autoridade”, estão causando um mal imensurável à sociedade porque destas coisas resulta uma sociedade com apenas um por cento dos sócios possuindo uma riqueza equivalente à riqueza dos noventa e nove por cento dos outros sócios, o que inviabiliza qualquer sociedade, realidade exposta pela atual insanidade que toma conta do mundo em função da grande massa de pobres cujo único direito é contemplar de olhos cumpridos a imensa riqueza que há em volta de si.

Para se aguentar de pé, a insensata cultura de ostentar riqueza para fazer figa à pobreza é preciso que o povo seja submetido a um analfabetismo político tão violento a ponto de lhe interessar mais a notícia sobre o resultado do exame de urina do jogador de futebola do que esta notícia do blog Outras Palavras, escola de alfabetização política, através de matéria intitulada PRÉ-SAL: ESTRATÉGIA DE ABUTRES, onde se lê coisas assim: “No leilão das jazidas brasileiras, corporações globais adotam curiosa artimanha. Atuam à sombra da Petrobras, à espera de que esta, exaurida pelo governo, passe-lhes a parte do leão”. Desta forma, a humanidade vive iludida ao deixar seu destino a cargo de terceiros. Vive-se uma falsidade tão grande que as duas maiores autoridade mundiais o Papa e o presidente americano deixam claro sua falta de sinceridade quanto ao interesse pela sociedade. Enquanto o primeiro beija o pé de um infeliz, o segundo se recusa a proteger as futuras gerações das consequências funestas decorrentes da loucura de trocar os recursos naturais necessários à vida pelas fortunas a serem acumuladas nos infernos fiscais. Os seres humanos estarão fudidos enquanto tiverem seu destino nas mãos dos Reis Midas do mundo. Inté.

 

  

 

 

domingo, 5 de novembro de 2017

ARENGA 458


Por ter contrariado Deus, conforme 2 Samuel 24:13-15, o rei Davi teve por castigo optar por uma destas três penalidades: QUE SEU REINO FOSSE AFLIGIDO POR SETE ANOS DE FOME – QUE ELE, O REI DAVI, FOSSE PERSEGUIDO PELOS SEUS INIMIGOS DURANTE TRÊS MESES – QUE HOUVESSE PESTE SOBRE SUA TERRA DURANTE TRÊS DIAS. Davi escolheu a última opção e de Dã até Betseba a peste matou setenta mil homens do povo. Decorridos milhares de anos, o povo continua na mesma obrigação de se sacrificar até à morte pelos seus líderes divinos e políticos, realidade que expõe de modo incontestável o fato de vir a humanidade desde sempre caminhando no caminho da insensatez e do erro. A necessidade que tem um ser humano de outro ser humano torna imprescindível a vida em sociedade, razão pela qual faz-se necessário extinguir os resquícios do instinto dos tempos de cada um por si ainda tão presente que leva a criança ao egoísmo de querer só para si aquilo que lhe desperta interesse. Este egoísmo humano é considerado pelos filósofos de aluguel como integrante da personalidade do ser humano, no que estão completamente errados. A personalidade é moldada pelo aprendizado. Assim sendo, a partir de quando for ensinado às crianças ser a cooperação pressuposto do qual não pode abrir mão a vida em sociedade, a atração pelo egoísmo desaparecerá do mesmo modo como desaparece a atração pelo fogo quando se aprende o perigo que ele representa. Toda dificuldade se resume na necessidade de ensinar mentiras às crianças. Se a humanidade vive em sofrimento, deve-se à insensatez de deixar a cargo de falsos líderes a responsabilidade de determinar o que deve ser ensinado às crianças. Se lhes são ensinadas mentiras como ser a competição superior à cooperação, jamais poderão organizar uma sociedade diferente da sociedade de irracionais em que vivem os seres humanos destruindo-se mutuamente. Em não se conhecendo a verdade, vive-se tão iludido quanto os habitantes do Mito da Caverna com que Platão demostrou o poder que tem a mentira depois de tomar foros de verdade. Se analisadas à luz da razão, absolutamente todas as coisas nas quais os seres humanos têm por verdade são mentiras, e Deus é a maior delas. Em consequência desta mentira abandonam-se os assuntos dos quais depende a qualidade de vida. De sã consciência, pode alguém encontrar algo socialmente positivo no gesto ridículo em que o Papa lava e beija o pé de um infeliz presidiário? Nada significa para o povo o fato de serem os representantes de Deus detentores de grandes fortunas como mostra a revista Forbes? Por que será que ensinar às crianças sobre Deus é mais importante para os falsos líderes do que ensiná-las como viver bem em sociedade? Entre o céu e a Terra há menos coisas do que as que estão por trás da decisão da ministra do STF tornando obrigatório o ensino religioso nas escolas públicas. Estas pobres e inocentes crianças que a imprensa noticia serem mortas por terem ido a igrejas foram literalmente assassinadas por seus pais, monstros espirituais que transmitem para seus filhos o gene da religiosidade conforme observação do ensaísta Edmílson Movér de ter a humanidade desenvolvido um gene da religiosidade.

Efetivamente, em função da religiosidade vive-se um mundo tão falso que analfabetos torcem o nariz para conhecimentos científicos sobre o universo. Estão certos de haver uma proteção divina não obstante ser o sofrimento a marca registrada da humanidade porque a realidade inegável uma vez que é visível é ser maior a religiosidade onde também é maior o analfabetismo que dá origem ao atraso fomentado pela ignorância. Esta verdade indiscutível deveria ser o bastante para levar à convicção de inexistir outra proteção fora da que a administração pública pode proporcionar. Como a administração pública tem por objetivo ajudar aos Midas do Mundo a satisfazer sua fome de riqueza, nenhuma proteção divina evita esta situação atual tão desgraçada que não se pode mais comer, beber e respirar sem ingerir veneno junto com os alimentos, a água e o ar, nem sair às ruas com tranquilidade. Enquanto a vida deteriora, a massa bruta de povo lota os templos religiosos em vez de se dirigirem às prefeituras para se informar do que está sendo feito com a imensa fortuna produzida com seu trabalho. Em função do aprendizado de haver vantagem em amar Deus e dinheiro a humanidade foi envolvida no manto das falsidades que a faz só pensar em dinheiro, orar, acender velas e colocar flores nos lugares onde mortes ocorrem em consequência da loucura a que são levados jovens justamente como consequência do tipo de vida determinado por Deus e pelo dinheiro.

Embora pareça impossível haver inteligência em pessoas tão estúpidas que mesmo sob ameaça de terem seus filhos um futuro duvidoso face às ameaçadas de cada vez maior número de doenças decorrentes da inversão que faz do dinheiro mais importante que saúde permaneçam indiferentes a esta realidade assombrosa. Entretanto, é inegável que aos poucos o esclarecimento chega e mais pessoas tomam conhecimento da realidade de não ser possível à humanidade livrar-se de destino tão ruim enquanto não participar das decisões que envolvem a qualidade de vida coletiva. Entregar tais decisões à responsabilidade de falsos líderes resulta em fabulosos palácios onde a palavra dificuldade é desconhecida para seus habitantes contrastando com a miséria da qual resultam corredores de hospitais abarrotados de infelizes chorões. Este nosso belo país de triste sorte tem mostrado ao mundo a necessidade de uma cultura diferente desta de depender a sociedade da vontade dos falsos líderes, aberração materializada no empenho do nosso governo em legalizar o trabalho escravo que até o momento se escondia atrás do emprego. Chega de escravidão! Chega do converseiro fiado dos papagaios de microfone obedientes aos insensatos ridos donos do mundo. Inté.   

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

ARENGA 457


Da mediocridade mental nasce a insensatez que sustenta a cultura louca de ajuntar toda a riqueza num lugar só e a pobreza no resto do mundo. Tanto é insensata a massa bruta de povo que trabalha para produzir uma riqueza da qual não usufrui, quanto quem acredita nunca chegar o dia em essa massa bruta e escravizada reivindicará direitos correspondentes ao seu pesado fardo de produzir a riqueza do mundo do mesmo modo como a burguesia fez na França de 1789. O pão e circo danifica com tal virulência a capacidade de raciocínio que a atividade de viver foi transformada numa mediocridade tão grande que apesar de tantos sofrimentos os festejamentos são o assunto principal da humanidade, e seus promotores, pessoas tão ridículas que não obstante sua mediocridade mental se acham realmente dignas de fama e celebridade. Na verdade, são marionetes cujos cordões são manuseados pelo pão e circo. Apesar desta realidade, não só eles, os “famosos” e as “celebridades”, se acham realmente importantes, mas é o próprio povo que os vê como pessoas realmente importantes. Tal situação põe a nu a inexplicável verdade de se viver uma grande irrealidade uma vez que apresentar programas medíocres de televisão ou ter a personalidade igualmente medíocre a ponto de ter baixarias por assunto principal não justifica a importância que a sociedade dá a estes analfabetos políticos como mostra esta notícia na imprensa: Neymar não gostou de ver Bruna Marquezine sentada no colo de rapaz nos EUA”. É tudo uma irrealidade tão real que a massa bruta de povo é conduzida pelos meios de comunicação que através de infinitos papagaios de microfone faz com que a mediocridade se torne coisa importante. Até a presente data, desde que se tem notícia do elemento povo, tem ele tido o destino de capacho onde os Reis Midas do mundo limpam as botinas reais. Está aí na imprensa matéria intitulada DROGAS, A HIPOCRISIA DECLARADA, publicada pelo blog Outras Palavras na qual se constata a realidade de que nos Estados Unidos, o governo faz vistas grossas às mortes provenientes da ingestão de drogas químicas para não prejudicar o lucro da indústria farmacêutica que as fabrica.

É chegada a hora de escravos reivindicarem dignidade, e escravizadores, sabedoria. Já existe evidências suficientes de ser um grande fracasso manter o povo na irracionalidade dos irracionais porque quando sua capacidade de pensar livrar-se das peias com as quais o pão e circo restringe sua mobilidade pode ser que a malta bruta venha a ter o mesmo comportamento de um elefante enlouquecido no meio da multidão. Já se viveu muito tempo na mentira. A decantada democracia, por exemplo, não passa de monumental mentira. A ilusão de ser o povo que escolhe seus governantes acaba de ser desfeita pela eleição do atual presidente da república do país carro-chefe mundial da decantada democracia, os Estados Unidos, cuja escolha do presidente da república não dependeu da vontade dos americanos porque segundo a imprensa noticia foi a vontade do governo da Rússia que decidiu a eleição. O que corre por trás disto, o povo americano que se imagina civilizado não saberá enquanto a atenção da massa bruta daquele povo estiver dominada tão absolutamente pelo pão e circo que ao lado das vítimas do último atentado terrorista o festejamento do Halloween demonstra apavorante insensibilidade ante o sofrimento alheio. São as próprias autoridades do sistema democrático que denunciam sua falsidade. Recentemente tivemos em nossa republiqueta de bananas dois ministros do Supremo Tribunal Federal trazendo a público o fato de haver ministros usando seu altíssimo posto para proteger ladrões de outros órgãos do governo que roubam o erário, o que põe abaixo aquilo que Montesquieu acreditava ser o mérito maior da democracia, a divisão do governo em três poderes que funcionariam harmônica e independentemente entre si, de modo que cada poder fiscalizaria o outro para melhor desempenho da tarefa de bem administrar os recursos públicos em benefício da sociedade. A verdade, entretanto, conforme mostram os nossos ministros é que os três poderes se imiscuíram numa confraria criminosa para esfolar o rabo do povo enquanto ele reza ou esperneia no axé e no futebola.

Faz-se extremamente necessário ligar-se inteligentemente nos assuntos pertinentes ao bem-estar social com clarividência e lógica. O comentário nos meios de comunicação de estar a polícia trabalhando para descobrir a causa do crime praticado pelos assaltantes que mataram um militar num arrastão no Rio de Janeiro denuncia comportamento de barata tonta porque não é preciso procurar a causa. Ela é a cultura enviesada de permitir que os meios necessários à sobrevivência sejam accessíveis apenas a alguns gatos pingados, enquanto a população em peso seja relegada ao triste destino de apenas sobreviver das migalhas que os donos do poder e do mundo deixam cair de suas mesas fartas. O que humanidade precisa fazer é parar para pensar em outra coisa diferente de dinheiro, o que equivale a deixar de ser tão estúpida. Inté.

     

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

ARENGA 456


“Os conflitos e lutas nacionais pelo império são ingredientes comuns daquilo que se chama política de poder. A expressão designa a cata de poder por estados soberanos, como um fim em si mesmo ou como meio para consecução de outros fins. Os métodos empregados têm incluído tradicionalmente quase todas as formas de burla e trapaça já inventadas pela astúcia humana. Nações que mantêm oficialmente relações pacíficas espionam-se umas às outras, emitem ameaças e contra-ameaças, formam alianças e contra-alianças, e tentam lograr-se mutuamente. Por fim, quando o mêdo (sic) e a cobiça passam a prevalecer sobre tudo mais, recorrem à guerra. Embora se costume encobrir a realidade crua com o verniz dos chás de embaixadas e das formalidades oficiais, a regra fundamental da política de poder é a lei das selvas”. Este retrato perfeito de política é conclusão a que chega o historiador Edward McNall Burns e está na página 756 do segundo volume do livro História da Civilização Ocidental, editora Globo. Estas poucas palavras expõem de forma completa a origem da infelicidade humana porquanto a humanidade não tem outra escolha senão a de ser governada pelo tipo de política descrita pelo historiador, dura realidade que deverá levar à opção pelo bom senso de decretar o fim da atual fase da história humana pela simples e clara realidade de terem os governantes por finalidade a obtenção de riqueza arrancada do lombo dos governados com a qual satisfazer sua sede incontida de poder refletida na vida faustosa que levam em seus monumentais palácios. Deste procedimento resulta que os seres humanos jamais poderão alcançar o objetivo perseguido por cada um deles de poder viver na paz da tranquilidade junto com seus entes queridos. Há tão grande distorção que este desejo também é desejado pelos próprios administradores públicos que impedem sua realização para os outros e para si mesmos porquanto de suas ações resultam-lhe a infelicidade de uma vida de mentiras e falcatruas das quais muitas vezes levam à solidão da cadeia. Da cultura política descrita acima pelo grande historiador, resultaram o militarismo e o armamentismo a consumirem fabulosos recursos empregados na arte de matar da qual resulta apenas a tristeza que acompanha o sofrimento. Este modo distorcido de viver, por mais força que tenham a religiosidade e o pão e circo, o quase nada de inteligência de que dispõe o ser humano haverá de levá-lo à conclusão de estar vivendo a um tipo de vida inferior à do asno porquanto o asno recebe de quem o explora os meios necessários para viver. Por mais desprovido da capacidade de raciocinar que seja um indivíduo, ao perceber estar sendo ludibriado por algum tipo de esperteza que o prejudica, reagirá inevitavelmente. Assim, a falta de sintonia com a realidade, a enganação a que os seres humanos são submetidos desde sempre haverá de provocar neles a reação e a derrocada da cultura atual da qual resulta a humanidade ter sido submetida pelos governantes à mesma escravidão da qual resultava haver sensatez na expressão “VÃO, E MORRAM COM HONRA!” pronunciada pelo comandante dos gladiadores no filme Spartacus, determinando que homens subissem à arena onde se digladiariam até à morte para deleite de imperadores e da massa vil também conhecida como povo cujos componentes berravam e se extasiavam quando um gladiador trespassava outro com a espada, do mesmo modo como extasiam hoje quando um boxeador quebra o queixo de outro ou quando uma marionete do pão e circo espeta uma espada no coração de um touro depois de tê-lo enraivecido tanto que o pobre animal perde a noção e lança furiosamente sobre o palhaça ovacionado pela malta asquerosa de povo.

Os brasileiros, o povo mais indigno do mundo, prestarão à humanidade grande benefício de mostrar à juventude do mundo a premente necessidade de mudar de rumo, levando-a a buscar uma vida digna num ambiente no qual a mediocridade não possa ser motivo para que alguém venha a ser célebre e famoso. Sendo a desfaçatez do disfarce a única coisa que diferencia da nossa as sociedades tidas como civilizadas, é inteiramente impossível que a juventude destas sociedades supostamente civilizadas não venham a se inclinar por um tipo de sociedade diferente da sociedade brasileira uma vez que por aqui senador faz tráfico de droga, presidente da república suborna deputados e senadores, ministros da mais alta corte de justiça se declaram publicamente coniventes com criminosos ricos, candidato à presidência da república deste belo país de triste sorte em campanha apesar de condenado à cadeia, uma instituição chamada foro privilegiado que isenta criminosos ricos da condenação, livros como O Chefe, Honoráveis Bandidos e Privataria Tucana acusam ex-presidentes da república de crimes hediondos sem nenhuma consequência, bandidos comandam suas quadrilhas de dentro da prisão, senador é traficante de droga. Nossa sociedade, desta forma, é o espelho no qual se mirar a humanidade a fim de perceber que ele reflete imagem diferente daquilo que se espera: uma sociedade capaz de colocar os administradores públicos no mesmo nível dos trabalhadores outros, obrigados ao cumprimento do dever. O não cumprimento deste dever por parte dos responsáveis por ele dá origem à indiferença dos administradores públicos em relação à sociedade que administram como prova a inversão de ser a capacidade criativa usada em benefício do indivíduo em vez da sociedade. Os benefícios decorrentes do aparato tecnológico ficam restritos apenas aos ricos e, paradoxalmente, negados aos elementos asquerosos de povo, mas accessíveis a seus empregados, os administradores públicos.

Assim, ante a inegável realidade de serem os administradores públicos os promotores da desorganização social, e ainda não haver sido engendrado outro modo de organização social capaz de prescindir da cultura de entregar a eles a responsabilidade pelo destino da coletividade, cabe repensar a vida em termos práticos, deixando para depois as preocupações intelectuais em saber se espírito e alma são coisas diferentes, sobre vida depois da morte, sobre a briga entre Platão e Nietzsche a respeito destas coisas. As especulações intelectuais, embora façam parte da salutar curiosidade humana, não podem ter preferência sobre especulações a respeito de uma forma de vida melhor do que a monstruosidade vivida atualmente da qual resulta o justificado medo generalizado uma vez que a qualquer momento pessoas podem se tornar alvos de balas e explosões. Custa nada pensar. Nenão? Inté.

 

 

 

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

ARENGA 455


A última aquisição de livro que fiz, de autoria do jovem escrevedor de best sellers Eduardo Moreira, intitulado O QUE OS DONOS DO PODER NÃO QUEREM QUE VOCÊ SAIBA, cujo título dá a impressão de versar sobre o mal proveniente das forças ocultas, ao contrário, não é mais do que produto delas. O livro representa prova material de ser real o mundo irreal e ilusório imaginado por Platão no Mito da Caverna. Vive-se uma irrealidade tão flagrante que os livros mais vendidos, os tais de best sellers, não são mais do que mentiras monumentais pregando comportamento antissocial. Representam ideias implantadas através de lavagem cerebral pelas forças ocultas em jovens através das Harvards do mundo, criação diabólica dos ricos donos do mundo cuja finalidade é convencer jovens inteligentes de haver vantagem na acumulação de riqueza nas caixas-fortes dos infernos fiscais, paranoia da qual resulta a violência que dá origem à infelicidade que aflige o mundo. O livro do jovem Eduardo Moreira, eleito um dos melhores economistas brasileiros pela revista Investidor Institucional, faz apologia do sistema financeiro que em termos de sociabilidade é a maldição da qual resulta a miséria que fomenta a violência mundo afora.  É a repetição do recado do feioso secretário americano Henry Kissinger quando afirmou ser a competição o comportamento ideal para a vida em sociedade, o que é a materialização de uma irrealidade tão real que para ter sucesso a atual organização social precisa castrar a capacidade de meditar, o que é feito com eficiência pela cultura do enriquecimento implantada desde o berço e da qual resultam jovens inteligentes comportando-se de forma desinteligente ao fazerem apologia de comportamentos antissociais, sem qualquer preocupação quanto ao futuro das inocentes crianças nas quais será também inoculado o germe da cultura do enriquecimento, do que resultará num círculo do eterno vício de se cultivar a infelicidade de que dá notícia a matéria publicada no Jornal do Brasil, intitulada A FESTA DE PARIS E A FESTA DA COMUNIDADE, onde se lê o seguinte: “... o hospital vira um centro de contaminação, para onde os necessitados recorrem porque precisam de ajuda e saem de lá com menos saúde do que quando entraram, vindo em seguida a morrer.” Ante esta realidade brutal, por também viver num mundo irreal, certo presidente da república dizia ao povo que a saúde em nosso país estava tão perfeita que até dava vontade de ficar doente para ser tratado por tão eficiente assistência.

Se a capacidade de pensar para chegar a conclusões é a única coisa que nos distingue das feras, da supressão desta capacidade pela religiosidade e o pão e circo resulta no que temos aí: seres humanos infelizes por terem trocado sua tranquilidade pelo engajamento num engalfinhamento brutal por dinheiro. Todas as atividades essências como alimentação, transporte, segurança, saúde, foram transformadas em fonte de enriquecimento privado. Prá onde quer se volte há fomentadores da ilusão de haver vantagem em se acumular riqueza de um lado, não obstante resultar desse comportamento o oposto de acumular pobreza do outro lado. Como de tal procedimento resulta a insanidade da violência em que vive o mundo, a humanidade precisa despertar para a necessidade de se viver num mundo real. Poder-se-ia começar a mudança debruçando sobre a seguinte notícia: “Mensagem do Papa Francisco ao povo brasileiro pelos 300 anos de Nossa Senhora Aparecida”. Não pode ter na cabeça senão esterco quem vê alguma coisa de real em termos de tranquilidade para os seres humanos na imbecilidade de se deslocarem cento e cinquenta mil pessoas todo ano, muitos dos quais em seus carrinhos pepas presenteados por Deus, para levar dinheiro e comprar proteção no fabuloso templo construído a custo de ouro para abrigar uma estátua de santa achado na lama e que atrai doadores de dinheiro como açúcar atrai moscas. Se Deus fez o mundo, não poderia fazer Seu próprio dinheiro?

Em pé de igualdade com a ilusão da religiosidade está também a ilusão do pão e circo fomentada por falsos líderes como eficiente meio de prender a atenção da massa ignorante da realidade dos fatos, como se vê da matéria intitulada COOPTADO PELO ESTADO, FUTEBOL SE POPULARIZOU NO REGIME COMUNISTA, publicada no jornal Folha de São Paulo, onde se lê: “No regime comunista, o futebol foi cooptado pela máquina estatal para afirmar elementos nacionais e suas instituições. O ditador Josef Stálin (1878-1953) não era um fã do esporte mas soube usá-lo a seu favor”. Vive-se tão flagrante ilusão que no mundo inteiro as brincadeiras são levadas mais a sério do que a necessidade de se voltar a atenção para o processo de viver. Vive-se de forma aleatória quando a verdade é que deve haver um planejamento para a vida, de se pensar sobre a vida e a melhor forma de vivê-la. Fazendo isto, chega-se inevitavelmente à conclusão de estarmos vivendo de maneira errada uma vez que no mundo inteiro a infelicidade progride tão assustadoramente grande que os jovens estão enlouquecendo, e comer, beber água e respirar estão se tornando fonte de doenças, e as autoridades que a sociedade paga para protegê-la de seus inimigos viraram-lhe as costas e estão a proteger justamente eles. Enquanto tudo isto acontece, a juventude futuca telefone e se anima para votar em Luciano Huck para presente da república. Custa nada pensar, nenão? Inté.

 

 

 

 

sábado, 21 de outubro de 2017

ARENGA 454


A cultura atual do barbarismo moral e político responsável pelo comportamento que faz dos humanos ainda mais selvagens que as feras não pode ser substituída de um dia para outro por outra cultura que estabelecesse comportamento civilizado. Não pode simplesmente porque as raízes do câncer da imoralidade, da mentira e da falta de vergonha da falsa liderança dos líderes políticos já se apossaram do cérebro dos seres humanos de forma tão envolvente que é preciso muita boa vontade e esforço de cada um por si mesmo para que se possa chegar a uma maturidade mental capaz de distinguir o falso do verdadeiro. A natureza dá uma “mãozinha” para a superação da dificuldade de se mudar de opinião porque o aprendizado através do senso comum, da observação das coisas da vida, aos poucos vai convencendo de não ser realidade muito aquilo que até então tem sido considerado realidade. Este aprendizado empírico acaba por conduzir à verdade, dando origem a novos comportamentos, ainda que a um prazo medido em anos luz. A história mostra que aos poucos determinada cultura cede lugar para outra cultura diferente a partir do momento em que o desenvolvimento mental, lento, é verdade, mas inegável, leva à conclusão da necessidade de se mudar de caminho. Depois de séculos, a cultura da mentira de ser necessário matar quem não acreditasse em Deus foi substituída pela cultura de não haver nada de errado em não se acreditar em deus. Aliás, observando direitinho, a convicção dos descrentes de que o bem estar social depende da boa aplicação dos recursos públicos em vez de depender de Deus torna-os mais úteis à sociedade do que a ratazana de igreja que têm pavor a quem toma uísque e torce o nariz para quem fuma maconha, ao tempo em que, ao contrário dos descrentes que por recomendação do seu Deus imaginário, no que diz respeito aos desvalidos, sua preocupação não passa do ato de dar esmola, enquanto que os descrente, ao contrário, chegaram à conclusão de que tal comportamento interessa mesmo é às “autoridades” que assim passam a contar com grande contingente de idiotas que em nome da piedade adiam indefinidamente a extinção da existência de quem precise de esmola. Desta forma, por agirem contrariamente aos verdadeiros interesses de uma sociedade civilizada, os ratos de igreja deram origem ao seguinte comentário entre duas pessoas que passavam ao largo do alvoroço de certo grupo religioso. Um dos dois homens perguntou ao outro do que se tratava aquela aglomeração, ao que o outro respondeu tratar-se de uma reunião de infiéis.

Realmente, em termos de avanço rumo à civilização os retrógados amantes da religiosidade representam atraso imensurável o que demonstram na prática de serem contra tudo que é de novo, embora a novidade sempre supera o ranço das mentalidades mumificadas que levaram estes energúmenos mentais a condenar fossem divulgadas realidades como o fato de não ser a Terra o cento do sistema solar, de não se poder intervir cirurgicamente no corpo humano por ser criação divina, de ser contra o aborto ainda sendo o feto malformado, o divórcio. O cúmulo da maldade dos ratos de igreja se materializa na monstruosidade da indiferença às infelizes e inocentes criancinhas abandonadas ao próprio destino, quando se sabe que crianças precisam de proteção e orientação. Não há maldade que supere o cinismo de se afirmar que as crianças abandonadas pela sociedade sejam as responsáveis pelo seu próprio sofrimento. Foi também o processo da evolução mental que produziu a queda da cultura de serem os governantes escolhidos em função do nascimento, passando a serem escolhidos pelo povo através de voto popular. Mas esta cultura também já está a caducar porque a vontade do povo foi substituída pela vontade dos ricos. Tendo os ricos o cérebro feito de ouro cravejado de diamantes, sua ganância estúpida de tomar para si a riqueza do mundo dá origem a males sociais dos quais decorrem sofrimentos terríveis por falta dos recursos que eles mantêm em seu poder apenas para deleite pessoal de fazer pose na revista Forbes. O cotidiano no decorrer do tempo fará com que esta realidade penetre nas pessoas independentemente de suas vontades e lhes convencerá de viverem uma vida de grande mentira e tão medíocre quanto a vida do asno, limitada a comer, trepar e cagar. Uma vez firmado o conhecimento da verdade, também ela cria suas raízes e se torna difícil de ser desacreditada, principalmente quando dos novos comportamentos por ela determinados resultar em elevação espiritual capaz de levar a humanidade à paz e à tranquilidade que deveriam ser o objetivo primeiro de cada ser humano. Como o resultado da soma decorre da união das parcelas, da união de seres humanos pacíficos e socialmente educados resultará uma sociedade também pacífica e agradável para ser vivida, objetivo que deveria entusiasmar a juventude.

Constatada a realidade de se poder trocar uma cultura por outra, é tempo de se concluir que o procedimento de entregar dinheiro às “autoridades” para que elas o empreguem em benefício da sociedade é um procedimento tão inútil quanto o meu procedimento de quando fumava maconha e entreguei um dinheiro a um guardador de carros lá em Ilhéus para me comprar um pouco da “mercadoria”. Simpático, cheio de ginga, capaz de botar no bolso o melhor malandro carioca do tempo em que a malandragem não causava tantos estragos, o cara simplesmente desapareceu. Tempos depois, estacionando no mesmo lugar, ele veio me cumprimentar e lamentar por eu ter desaparecido e não ter ido receber a “encomenda”. – Por acaso, teria acontecido alguma coisa com vossa pessoa? – Perguntou com ar de preocupado. O comportamento inescrupuloso das “autoridades” é ainda mais cínico do que o comportamento do meu comprador de maconha porque elas nem mesmo precisam fingir preocupação. Agem tão desavergonhadamente que estamos diante de uma situação inexplicável em que apesar de ser crime comprar voto, o presidente da república compra votos dos deputados a preço de ouro que o povo paga satisfeito enquanto faz oração, esperneia no futebola e futuca telefone para saber com quem determinada “celebridade” está trepando. A humanidade dá um fora monumental ao ficar de longe à espera que as “autoridades” resolvam a questão de fazer com que todos tenham acesso aos benefícios da educação, saúde e segurança. A triste verdade é que o interesse das “autoridades” pelo bem-estar das pessoas é o mesmo que tinham as “autoridades” de outrora pelos escravos no tempo do império, conforme se vê pelo que consta da página 212 do livro 1889, de Laurentino Gomes, editora Globo Livros, no seguinte teor: “A primeira lei brasileira de combate ao comércio negreiro, aprovada em 1881 por pressão do governo britânico, nunca pegou. Era, como se dizia na época, “uma lei para inglês ver”. Mesmo oficialmente proibido e condenado por tratados internacionais, o tráfico continuou de forma intensa e sob as vistas grossas das autoridades”.

A humanidade só tem mijado fora do pinico. Sua mais extraordinária burrada é empregar a capacidade criativa para beneficiar individualidades em vez da sociedade em geral, o que vai de encontro ao princípio da coletividade usado por determinados grupos como meio de alcançar seus objetivos mais facilmente. Na Idade Média, grupos de categorias de trabalhadores se juntavam nas Corporações de Ofício para proteção de suas classes profissionais. É também visando sucesso coletivo que se formam os clubes esportivos e os partidos políticos, mesmo sendo inconfessáveis os objetivos de ambos. As antigas Corporações de Ofício vieram posteriormente a ser substituídas pelos sindicatos que passaram a servir de trampolim para transformar seus dirigentes em parasitas sociais como malandros federais na feliz expressão do nosso poeta Chico Buarque. Não dá mais para esconder a realidade de vivermos uma irrealidade materializada em fatos tais como pessoas de elevada capacidade de entendimento serem obrigadas a se nivelar com a massa bruta e também se declararem apaixonadas pelo pão e circo dos esportes e das igrejas. Inté.