Por ter
contrariado Deus, conforme 2 Samuel 24:13-15, o rei Davi teve por castigo optar
por uma destas três penalidades: QUE SEU REINO FOSSE AFLIGIDO POR SETE ANOS DE
FOME – QUE ELE, O REI DAVI, FOSSE PERSEGUIDO PELOS SEUS INIMIGOS DURANTE TRÊS
MESES – QUE HOUVESSE PESTE SOBRE SUA TERRA DURANTE TRÊS DIAS. Davi escolheu a
última opção e de Dã até Betseba a peste matou setenta mil homens do povo. Decorridos
milhares de anos, o povo continua na mesma obrigação de se sacrificar até à
morte pelos seus líderes divinos e políticos, realidade que expõe de modo
incontestável o fato de vir a humanidade desde sempre caminhando no caminho da
insensatez e do erro. A necessidade que tem um ser humano de outro ser humano
torna imprescindível a vida em sociedade, razão pela qual faz-se necessário
extinguir os resquícios do instinto dos tempos de cada um por si ainda tão
presente que leva a criança ao egoísmo de querer só para si aquilo que lhe
desperta interesse. Este egoísmo humano é considerado pelos filósofos de aluguel
como integrante da personalidade do ser humano, no que estão completamente
errados. A personalidade é moldada pelo aprendizado. Assim sendo, a partir de
quando for ensinado às crianças ser a cooperação pressuposto do qual não pode
abrir mão a vida em sociedade, a atração pelo egoísmo desaparecerá do mesmo
modo como desaparece a atração pelo fogo quando se aprende o perigo que ele
representa. Toda dificuldade se resume na necessidade de ensinar mentiras às
crianças. Se a humanidade vive em sofrimento, deve-se à insensatez de deixar a
cargo de falsos líderes a responsabilidade de determinar o que deve ser ensinado
às crianças. Se lhes são ensinadas mentiras como ser a competição superior à
cooperação, jamais poderão organizar uma sociedade diferente da sociedade de
irracionais em que vivem os seres humanos destruindo-se mutuamente. Em não se
conhecendo a verdade, vive-se tão iludido quanto os habitantes do Mito da
Caverna com que Platão demostrou o poder que tem a mentira depois de tomar
foros de verdade. Se analisadas à luz da razão, absolutamente todas as coisas
nas quais os seres humanos têm por verdade são mentiras, e Deus é a maior
delas. Em consequência desta mentira abandonam-se os assuntos dos quais depende
a qualidade de vida. De sã consciência, pode alguém encontrar algo socialmente
positivo no gesto ridículo em que o Papa lava e beija o pé de um infeliz
presidiário? Nada significa para o povo o fato de serem os representantes de
Deus detentores de grandes fortunas como mostra a revista Forbes? Por que será
que ensinar às crianças sobre Deus é mais importante para os falsos líderes do
que ensiná-las como viver bem em sociedade? Entre o céu e a Terra há menos
coisas do que as que estão por trás da decisão da ministra do STF tornando
obrigatório o ensino religioso nas escolas públicas. Estas pobres e inocentes
crianças que a imprensa noticia serem mortas por terem ido a igrejas foram literalmente
assassinadas por seus pais, monstros espirituais que transmitem para seus
filhos o gene da religiosidade conforme observação do ensaísta Edmílson Movér de
ter a humanidade desenvolvido um gene da religiosidade.
Efetivamente,
em função da religiosidade vive-se um mundo tão falso que analfabetos torcem o
nariz para conhecimentos científicos sobre o universo. Estão certos de haver
uma proteção divina não obstante ser o sofrimento a marca registrada da
humanidade porque a realidade inegável uma vez que é visível é ser maior a
religiosidade onde também é maior o analfabetismo que dá origem ao atraso
fomentado pela ignorância. Esta verdade indiscutível deveria ser o bastante
para levar à convicção de inexistir outra proteção fora da que a administração
pública pode proporcionar. Como a administração pública tem por objetivo ajudar
aos Midas do Mundo a satisfazer sua fome de riqueza, nenhuma proteção divina
evita esta situação atual tão desgraçada que não se pode mais comer, beber e
respirar sem ingerir veneno junto com os alimentos, a água e o ar, nem sair às
ruas com tranquilidade. Enquanto a vida deteriora, a massa bruta de povo lota
os templos religiosos em vez de se dirigirem às prefeituras para se informar do
que está sendo feito com a imensa fortuna produzida com seu trabalho. Em função
do aprendizado de haver vantagem em amar Deus e dinheiro a humanidade foi
envolvida no manto das falsidades que a faz só pensar em dinheiro, orar,
acender velas e colocar flores nos lugares onde mortes ocorrem em consequência
da loucura a que são levados jovens justamente como consequência do tipo de
vida determinado por Deus e pelo dinheiro.
Embora
pareça impossível haver inteligência em pessoas tão estúpidas que mesmo sob
ameaça de terem seus filhos um futuro duvidoso face às ameaçadas de cada vez
maior número de doenças decorrentes da inversão que faz do dinheiro mais
importante que saúde permaneçam indiferentes a esta realidade assombrosa.
Entretanto, é inegável que aos poucos o esclarecimento chega e mais pessoas
tomam conhecimento da realidade de não ser possível à humanidade livrar-se de
destino tão ruim enquanto não participar das decisões que envolvem a qualidade
de vida coletiva. Entregar tais decisões à responsabilidade de falsos líderes
resulta em fabulosos palácios onde a palavra dificuldade é desconhecida para
seus habitantes contrastando com a miséria da qual resultam corredores de
hospitais abarrotados de infelizes chorões. Este nosso belo país de triste
sorte tem mostrado ao mundo a necessidade de uma cultura diferente desta de
depender a sociedade da vontade dos falsos líderes, aberração materializada no
empenho do nosso governo em legalizar o trabalho escravo que até o momento se
escondia atrás do emprego. Chega de escravidão! Chega do converseiro fiado dos
papagaios de microfone obedientes aos insensatos ridos donos do mundo. Inté.
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