quarta-feira, 30 de setembro de 2015

ARENGA 164

Completamente desafinado da realidade o poeta que escreveu a música cuja letra diz “Cada um por si e Deus por todos nós”. Esta afirmação infeliz concorda com o crime ideológico cometido pelo Secretário de Estado Americano Henry Kissinger da bunda branca, representante do inferno que afirmou ser ideal um sistema baseado na competição, onde o mais hábil consegue sempre um lugar ao sol, e o resto que se arrume. Tal afirmação é a descrição exata da disputa da carniça pelas hienas. Modo de vida ideal é aquele em que existe irmandade entre os viventes. O ser humano deve usar da faculdade de raciocinar que a natureza lhe deu para adotar comportamento diferenciado dos outros animais, mas não é brigando entre si para tomar o que possui o vizinho como aconselha o feioso secretário americano que se vai alcançar tal estágio de civilização. Ao contrário, o resultado do procedimento de cada um por si e Deus por todos é que a imprensa noticia ser alguém assassinado nas grandes cidades do Brasil a cada meia hora. Não há como se viver com um mínimo de atribulações sem que se desenvolvam ações nesse sentido. Deixar que a proteção divina se encarregue disso é abrir mão de viver de forma agradável. Um exemplo bíblico mostra a quem crê na existência de Deus que Sua proteção não serve de nada porque ninguém menos que o  incrédulo e depois fervoroso crente São Paulo que afirmava categoricamente: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”, Foi assassinado! É. isso mesmo. Apesar de tanta certeza de estar protegido, foi assassinado. Mas a turba, como os irracionais, segue na cegueira da manada rumo ao precipício. 
A cada instante é preciso pedir licença a mestre Nietzsche para usar a ideia dele de “escrever em todos os muros do mundo”, e escrever neles que esta ideia de esperar que Deus faça resulta em nada ser feito. Estas pessoas que lotam igrejas, por acaso não sabem da quantidade de infelicidade que as igrejas estão distribuindo? Pessoas esclarecidas como poetas jamais deveriam alimentar nos ignorantes a irrealidade da existência de Deus. Um breve olhar à volta mostra que os lugares onde impera maior ignorância são também os mais religiosos. Nenhum dos frequentadores de igreja jamais leu um livro de sociologia. Nem mesmo a bíblia eles leem. A simples posse daquele livro maligno representa segurança para os pobres de espírito. Os religiosos adultos são mais inocentes do que criança inteligente. O autor do livro Pequenas Histórias da Bíblia mostrou isso na figura de uma criança que estranhava coisas da bíblia inteiramente fora da realidade, mas que os adultos abraçam como grande sabedoria. É por conta desta infantilidade dos adultos que pessoas intelectualmente adultas devem evitar insinuações falsas que induzem a comportamento falso. As igrejas até já inventaram sofrer explosões quando estão lotadas só para terem a desculpa de desabar em cima dos adoradores de Deus. E as pessoas com a cabeça cepada fora do corpo pela religião, não dizem nada para os palermas a caminho das igrejas com os filhos escanchados no pescoço? Um vendedor de coco verde disse que eu não creio em Deus, mas só respiro porque Ele fez o vento para eu respirar. Será que este monte de babacas não percebe que fiscalizar o erário dá melhor resultado do que orar? Vai ser burro assim na casa do chapéu, pô. Como pode alguém de conhecimento puramente empírico contestar a opinião de pessoas que dedicaram a vida a adquirir conhecimento sobre a realidade da vida e do universo? Embora mais usada para fazer maldades, a ciência também tem o lado bom de evitar a dor de cólica renal. O fanatismo esconde o fato de não se ter notícia de um ateu analfabeto, mas é um fato indicativo da realidade de ser mais forte o sentimento religioso nos ambientes de mais baixo nível de escolaridade. É preciso acordar para a necessidade de tomar conta de si mesmo porque fora disso o resultado é toda esta merda que aí está. Nem mesmo os quinhentos mil zeros do Enem deveriam justificar a crença em que a infelicidade decorre por falta de observação da palavra de Deus. O fanatismo é tão exuberante que os tementes a Deus escrevem a palavra “palavra” com maiúscula. Todos os pichadores do mundo devem pichar em todos os muros do mundo que a espera por Deus atrasa o início da construção de uma humanidade sadia e menos burra a ponto de destruir toda a água do planeta e estar a fazer uma algazarra dos diabos porque existe água em Marte. Será que a água restante por aqui vai dar prá evitar que a mulherada tenha de ir trabalhar azeda até enquanto espera poder tomar banho com a água de Marte? Esta é a humanidade cuidada por Deus. Eu cuidaria muito melhor dela porque eu montaria um sistema de educação que ensinasse as pessoas a viver de modo harmonioso, o que pode ser ensinado e aprendido. Se pode aprender vagabundear pelo espaço em busca de água, pode também aprender que viver despreocupado é melhor que viver com a testa franzida. Inté.     














segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ARENGA 163



A notícia no jornal diz que o excesso de controle estatal prejudica o Brasil e que está falido o sistema de administração pública vigente. Quem é empregado para escrever tem de escrever sob pena de perder o emprego. Daí as sandices. Não pode haver limite para o controle estatal uma vez que é desse controle que depende o bem-estar social. É a inversão da finalidade visada pelo controle estatal que causa a falência de sua administração, conforme esclarece a segunda parte da notícia. Considerando que a brutalidade humana não pode dispensar o cassetete, deve este ser empunhado com o rigor necessário para manutenção da paz social sem a qual não se pode desfrutar do bem-estar individual perseguido até mesmo pelo instinto dos irracionais. Portanto, quanto maior o controle estatal sobre a racionalização dos gastos, o emprego correto do erário, o cuidado com o que aprendem as crianças, com a saúde coletiva, com o zelo pela boa qualidade da água, do ar e da comida consumidos pela população, maior será o benefício decorrente desse controle. Como, então se falar em excesso de controle, se não há limite para ele assim como não há limite para a paz e a tranquilidade? A notícia estaria correta se fizesse referência ao excesso de descontrole estatal verificado nas ações criminosas das autoridades ao agirem de modo a prejudicar a sociedade de que deveriam cuidar. Aí, sim, a menor atitude nesse sentido constitui excesso porque as autoridades são constituídas para proteção da sociedade. A coisa se deve ao fato de que a ninguém interessa a correlação entre o que se ouve e lê e a realidade. Ouvir que bancos e agribiuzinesse beneficiam a sociedade são prova da falsidade em que vivem indiferentes as pessoas porque os bancos depenam a sociedade e o agribiuzinesse além de envenená-las dá origem à seguinte notícia constante de matéria publicada no blog Outras Palavras, que precisa ser lido por quem deseja sair do analfabetismo político: Proprietários de terra devem quase R$ 1 trilhão à União. Como dizer que desta safadeza resulta benefício social, se o governo pretende anistiar os falcatrueiros do agribiuzinesse do pagamento de tão vultosa quantia? E depois tem a desfaçatez de afirmar que a falta de dinheiro se deve à Previdência Social.

A realidade, pois, é haver falta e não excesso de controle estatal, salvo na mentalidade bruta do ser humano que considera controle estatal a monstruosidade descrita por Jorge Orwell no livro 1984, quando um casal se sentia feliz por se encontrar fora do alcance do controle estatal, embora estivesse num cubículo de calor insuportável e infestado de ratos. Entretanto, considerando que controle estatal é sinônimo de bem-estar e tranquilidade para a população, quanto maior for este controle, melhor. Inté. 

 
 

ARENGA 162


 
Uma vez Tom Cavalcante apresentou ao público da televisão um pretendente ao mundo fútil dos “famosos” e das “celebridades”. Era um pobre coitado de um ridículo de fazer pena. Causava constrangimento o grotesco do espetáculo apesentado por aquela pobre criatura e que se resumia à capacidade de colocar grande quantidade de coisas na boca enorme. O sentimento de ridículo que o “artista” despertava correspondia ao que deve sentir quem tem motivos reais para fama e celebridade ante os “famosos” e as “celebridades” cujos conhecimentos correspondem aos daquela criança que ao ser indagada pela mãe se tinha gostado da nova professora, respondeu ter notado tratar-se de pessoa muito religiosa porque ao examinar seu trabalho exclamava “Santo Deus”, “virgem Maria” “Valha-me Deus”. Um bilhete escrito por uma destas “celebridades” causaria as mesmas exclamações até mesmo em espécime de povo. Quem admira tais mediocridades mentais é por ser também medíocre mental, circunstância que deu origem a esse converseiro besta cujo mote foi uma notícia na imprensa dando conta da necessidade de reinventar a política, notícia esta que tem tudo a ver com os admiradores das “celebridades” e dos “famosos”.
A política nasceu quando um grupo de primitivos deliberou que dois ou três deles, ou mais, conforme o tamanho do grupo, não iriam à caça para ficar protegendo mulheres, crianças, velhos e as coisas de que necessitavam. Na verdade, a preocupação maior era com as mulheres por serem as fabricantes das crianças necessárias para aumentar o grupo porquanto a sobrevivência dependia da maior capacidade de defesa conta a força bruta das feras e de outros primitivos, razão pela qual as mulheres eram frequentemente objeto de rapto. Assim, concordaram em fornecer aos que ficavam de guarda, parte do alimento que conseguissem como pagamento justo uma vez que estas pessoas também precisavam comer e beber. Teria sido este o embrião da política, cuja finalidade, como se vê, era proteger o também embrião de sociedade.
Entretanto, no curso da história, a política passou a proteger apenas as pessoas encarregadas da tarefa de proteger o grupo, sendo de despertar atenção o conformismo de todos os membros de todos os grupos humanos com esta inversão injustificável. Assim, pois, o autor da matéria versando sobre a necessidade de reinventar a política foi iluminado pela sabedoria dos Grandes Mestres do Saber por ser exatamente o de que carecem os seres humanos: OUTRO TIPO DE POLÍTICA! Sendo ela a arte de bem administrar os recursos públicos, há algo de muito estranho com uma administração na qual não se pode ter nada de necessário sem que se tenha dinheiro, não obstante a realidade de não ter dinheiro a maioria das pessoas do grupo. É justamente aqui que está a conexão entre política, “celebridades” e “famosos” porque no sistema vigente os executores da política são escolhidos por pessoas tão imaturas que encontram motivo de fama e celebridades nos “famosos” e nas “celebridades”, pessoas, portanto, de mentalidade infantil, consequentemente, sem o discernimento necessário para exercer função tão relevante. Aí estão palhaço, jogador de futebola, boxeador, cantores, transformados em legisladores, o que é mais do que evidente haver erro monumental em se permitir que crianças determinam quem vai ter a responsabilidade de cuidar da sociedade. Assim, todo o alvoroço em torno de muda ministro prá lá, muda ministro prá cá, reforma isso, reforma aquilo, e do disse-me-disse do papagaiamento nos meios de comunicação, tudo se resume a nada enquanto forem as autoridades escolhidas por uma juventude menos interessada no futuro dos filhos do que em saber do resultado do exame de urina do jogador de futebola, quantas vezes determinada “celebridade” trepou, que o “famoso” não usa cueca e a “famosa” não usa calcinha. Inté.
 

 

 





sábado, 26 de setembro de 2015

ARENGA 161

A falta de vergonha, cinismo, estupidez e instinto de rato do brasileiro envergonhariam a humanidade caso ela também não padecesse dos mesmos males. O mundo precisa de um novo Iluminismo. Mas um Iluminismo que ilumine as mentes de todos os seres humanos. Não vale um movimento iluminista como aquele ocorrido no século XVIII em reação ao absolutismo, quando a atividade de governar era concentrada nas mãos de um rei que sozinho tomava todas as decisões, por mais importantes que fossem para o destino da sociedade, mas que resultou em coisa nenhuma porque o poder de decisão continua sendo tão restrito que nem mesmo suprimiu a existência de reis. O advento da atividade comercial aliado à brutalidade humana fez com que os mais brutos que o normal explorassem os brutos desavisados, e de tanto levar vantagem acabaram ajuntando riqueza suficiente para lhes dar o poder de convencer a sociedade bruta de ser necessário adorá-los, do mesmo modo como o poder da religião convence da necessidade de se adorar Deus. Entretanto, assim como é desnecessário adorar Deus porque não existe nenhum Deus, e é um grande desperdício a existência de templos suntuosos e um exército de parasitas vivendo a tagarelar sobre coisa alguma, do mesmo modo não se justifica manter uma plêiade de “autoridades” em suntuosos palácios custando imensa fortuna para exercerem atividades também prejudiciais à sociedade como demonstra a Operação Lava Jato. O modo de proceder no qual alguns exploram os demais vem se arrastando através das sucessivas gerações, começando só atualmente leve possibilidade de uma clarividência sobre o erro monumental da conformação em se permanecer na situação inexplicável em qualquer lógica de se produzir a riqueza que existe no mundo para que seja ela desfrutada apenas por alguns gatos pingados. Se é preciso passar necessidades, para que, então, trabalhar e pagar impostos? Como haver justificativa para que os pobres paguem mais imposto do que os ricos e que volta e mais o governo anistia ricos de suas dívidas tributárias como está fazendo agora com os monstruosos Midas do agribiuzinesse? Que dizer da notícia na imprensa segundo a qual o PT possui dinheiro suficiente para comprar a vitória nas próximas eleições? Então eleição é comprada? O que justifica tantos desatinos?
ANALFABETISMO POLÍTICO é a resposta para estas perguntas. Nada mais que o analfabetismo político mencionado pelo filósofo Bertold Brecht. A índole de rato do ser humano não permite que a sociedade seja indiferente ao mundo da política. O resultado desta indiferença produziu no mundo inteiro uma casta elevada à categoria de deuses, parasitas aos quais a humanidade é obrigada a reverenciar, tratar de excelências e providenciar para que nada lhes falte. A sensibilidade dos poetas levou Manoel Bandeira à percepção deste erro na poesia Vou-me Embora prá Pasárgada, que pode ser lida na amigona Wikipédia, e cujo primeiro verso é assim: Vou-me embora prá Pasárgada/ Lá sou amigo do rei/Lá tenho a mulher que eu quero/Na cama que escolherei/Vou-me embora pra Pasárgada.
Assim, enquanto a malta estiver ligada em igreja, axé, futebola, “famosos” e ‘celebridades”, infinitamente longe da percepção de Manoel Bandeira, célebre e famoso sem aspas, os trouxas continuarão desempenhando seu eterno papel ridículo de trouxas, obrigados a providenciar xoxotas não para reis e seus amigos. Inté.
 
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

ARENGA 160




Está na imprensa um fato aparentemente sem importância, mas que reflete a impossibilidade de continuar a vida social nos termos em que tem se pautada até aqui. Ao saber que do helicóptero do governo que a transporta escaparam chamas pela descarga, a presidente Dilma teria exclamado: “DO MEU HELICÓPTERO?”. Como a manada não se interessa por outra coisa que não igreja, axé, futebola, “famosos” e “celebridades”, nada há de estranhar no espanto da ridiculamente presidentA, como a ela se referem os ridículos papagaios de microfone e os não menos ridículos analistas políticos num converseiro inútil uma vez que a política foi substituída por reles politicagem. Entretanto, a exclamação de dona Dilma reflete o ato falho através do qual se percebe o quanto está deturpado o sentido da administração pública. A cultura equivocada da indistinção entre o público e o privado não faz parte de política, mas de politicagem. O helicóptero que o subconsciente de dona Dilma leva crer ser dela, na verdade, é do povo que pagou a conta de sua aquisição. Como resultado de se dispor do patrimônio público ao bel-prazer de quem dispões do direito de portar a chave do cofre resulta o desbaratamento do erário e o caos social que aí está.
A ordem necessária ao sucesso de qualquer sociedade deu lugar à inconveniência dos desmandos. Em consequências, o mundo está de cabeça para baixo. Ao comentar a tristeza causada pela brutalidade das cenas de crianças mortas no mundo pela violência, uma pessoa extremamente religiosa me aconselhou a nem ligar para isso porque aquelas crianças foram levadas por Deus e se encontram na mais absoluta felicidade em Seus braços. Aí está o principal motivo pelo qual a vida não pode continuar nesse rumo. Semear a indiferença ao sofrimento alheio é o papel da religião, ao contrário da crença geral de ser ela fonte de solidariedade nos sofrimentos humanos. Para o bem das futuras gerações faz-se necessário salvar de Deus a humanidade para que ela vá à luta de implantar a paz no lugar das guerras. Havendo a compreensão da realidade de sermos os responsáveis por nós mesmos haverá adequação dos comportamentos individuais às exigências da vida coletiva, o que levará a uma sociedade harmoniosa e sem tanto sofrimento. Inté.

 
 
 




terça-feira, 22 de setembro de 2015

ARENGA 159




Os intelectuais também incorrem em falhas nas suas incursões pelo mundo das ideias, o que incentiva quem não sabe escrever mas precisa fazê-lo por estar convencido da necessidade de levar aos jovens, a força capaz de mudar o mundo, a necessidade de pensar sobre a vida em vez de apenas vivê-la. O professor e historiador Laurentino Gomes, por exemplo, na página 27 do livro 1889, sobre a Proclamação da República, comete equívoco monumental ao afirmar que os brasileiros estão interessados em tomar conhecimento do seu passado em busca de explicações para o Brasil de hoje. Equivoca-se muito mais feio ainda quando afirma que os brasileiros estão preocupados com o futuro do país. Vai ainda mais longe nos equívocos ao acreditar que os brasileiros estão interessados em estudar história. Que qué isso, fessô? Garanto e assino embaixo que entre seus próprios alunos pinta um ou outro gato pingado interessado em outros conhecimentos que não aqueles estritamente necessários para obter aprovação no vestibular que os capacitará a ganhar dinheiro. A cultura do enriquecimento inculcada na mentes das crianças não lhes permite outra atividade mental senão aquelas destinadas ao aperfeiçoamento nas atividades capazes de proporcionar lucro, a correia que movimenta o mundo com seus habitantes disputando uns contra os outros quem tem garras maiores com as quais depenar o que as tem menores.

Ainda que inteligente as pessoas, a exclusividade dada à atividade fabril e lucrativa impede que esta inteligência dê asas à imaginação para que ela se estenda por ambientes mais elevados. Os brasileiros, então, cuja falta de inteligência é notória, são mais facilmente induzidos ao comportamento de burro de carroça para cuja atividade não envolve inteligência. Há máquinas pelaí que apenas técnicos estrangeiros põem em funcionamento. O resultado do exame de urina do jogador de futebola desperta interesse infinitamente maior no brasileiro do que o conhecimento de qualquer outra coisa, principalmente no que diz respeito às condições em que viverão seus filhos, ou seja, no futuro.

Quando o Brasil ainda engatinhava, esteve por aqui o Grande Mestre do Saber Charles Darwin. Lembra o jornalista bisbilhotador Alex Ferraz do jornal Tribuna da Bahia ter Darwin afirmado que o brasileiro não tem as qualidades que dão dignidade ao ser humano. De lá para cá, de forma alguma, teria ocorrido mudança tão significativa a ponto de despertar nestes seres indignos interesse em se elevarem espiritualmente, o que só se consegue através do conhecimento que só a leitura proporciona. Não existe sinal de avanço rumo à civilização em nenhum lugar do mundo. As sociedade nas quais seus cidadãos desfrutam de algum bem-estar, esta comodidade é proporcionada às custas do mal-estar proveniente da espoliação que as sociedades supostamente civilizadas fizeram sobre as outras sociedades, principalmente das denominadas repúblicas de banana. Assim, estando as sociedades mais velhas ainda na fase bruta de avançar sobre outras sociedades para lhes roubar o que têm, com o que fica provado não estarem as sociedades avós ainda interessadas em atividade intelectual, muito menos ainda as sociedades que se sentem orgulho em ser capacho daquelas. Inté.

 

 
 
 






quarta-feira, 16 de setembro de 2015

ARENGA 158





A saga de um povo moralmente degenerado, burro e imprestável acompanha o brasileiro desde sempre. Ensina o mestre Laurentino Gomes nas páginas 188 e 206 do livro 1889, que no ano de 1867, Benjamin Constant se referiu ao Brasil como “nosso desgraçado país” e que às vésperas da proclamação da república o monarquista Deodoro da Fonseca disse que o povo brasileiro não estava preparado para o regime republicano por lhe faltar educação e respeito. Como se vê, esse povo nojento, ignorante, ladrão e imprestável para outra coisa diferente de brincadeira, vulgaridades, igrejas, “famosos” e “celebridades” amargará no pelo de asno que tem no lugar de pele, muitos sofrimentos em função de sua recusa em evoluir espiritualmente. Pré-macacos que são os brasileiros, toda esta confusão em torno de dinheiro que tomou conta dos noticiários não passa de uma grande pré-macaquice uma vez que há montanhas de dinheiro escondido pelaí. Caso contrário, de onde vêm o abastecimento das contas nos infernos fiscais, o custo dos monumentais terreiros para brincadeiras, a riqueza dos parasitas denominados “famosos” e “celebridades”, os gastos astronômicos com a manutenção da classe parasitária das “excelências”, os lucros estratosféricos dos bancos e das empreiteiras? Entretanto, em meio a tanta burrice, a Cidade de Manacapuru, no Estado do Amazonas, confirmando a regra de que toda regra tem exceção, inteligentemente elegeu uma prostituta para a Câmara de Vereadores. Embora o jornal diga tratar-se de protesto, protesto não é. Trata-se de revolução pacífica, portanto, capaz de produzir reais e benéficos efeitos sociais porquanto se a política no mundo inteiro nunca deixou de ser exercida por quem se prostitui espiritualmente ao vender sua consciência a interesses escusos, substituir quem aluga a personalidade por quem aluga a xoxota é atitude inteligente porquanto a materialidade é inferior à espiritualidade.

Desta forma, os habitantes de Manacapuru mostram ao mundo uma inovação salutar que poderá beneficiar a humanidade levando à política a dar um passo rumo à realidade uma vez que ela sempre foi orientada pela falsidade das mentiras mirabolantes como a alegação de depender a estabilidade social de empregos enquanto postos de administração pública são ocupados por bilionários que não precisam de emprego. É a própria política tirando emprego de quem precisa trabalhar. Além do mais, muitas prostitutas são pessoas honradas e merecedoras de crédito, o que não acontece entre os políticos. Inté.

    

 

 

 

 
 
 


 

 

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

ARENGA 157




Povo nunca foi flor que se cheirasse. Sem nenhuma propensão ao raciocínio ou a diferenciar-se dos irracionais, o povo procede sempre de modo contrário ao indicado pela razão e o bom senso, o que acontece, por exemplo, quando as mulheres procuram sufocar com os finos perfumes dos frascos a fragrância íntima incomparavelmente superior em exuberância que a natureza deu às fêmeas. Tão exuberante que entre os irracionais, menos brutos que os humanos, os machos têm a libido despertada para acasalamento pelo cheiro íntimo da fêmea. A falta de conexão com a realidade reduz a vida do povo ao dever de não deixar faltar sustança à sociedade e robustecer as contas bancárias dos ricos donos do mundo. Nesse momento, os patrões das “autoridades” brasileiras ordenam ao ministro da fazenda que aumente o imposto de renda porque em comparação com o povo dos países civilizados o povo brasileiro paga muito menos imposto de renda. Não é sem razão a referência a pastores e ovelhas, o que equivale a dizer tosquiadores tosquiados. O Jornalista Ricardo Boechat, que apesar de se declarar apreciador do circo denominado futebola cuja finalidade não é desconhecida por pessoas inteligentes como ele, expôs uma realidade imperceptível a quem é povo ao lembrar uma coisa que escapa à percepção da macacada alvoroçada a correr atrás do Papa, axé e futebola. Disse o jornalista e que o povo ignora que os habitantes dos lugares civilizados recebem de volta em serviços os impostos que pagam. Realmente. Não deixa de ser inexplicável a realidade brasileira de pagar o povo a carga tributária das mais altas do mundo e nada receber em troca. Apesar disso, tal povo vive em festas e tão satisfeito em sua personalidade infantil que a cada fim de ano se ajuntam imensas multidões país afora para disputar na São Silvestre qual o imbecil que chega na frente numa corrida de milhares de babacas ofegantes a aspirar veneno no ar mais pestilento do país em São Paulo. No Rio de Janeiro, como se não bastasse a fumaça das fábricas e dos carros, imensa multidão de adultos imbecis, com o mesmo entusiasmo de crianças, se extasiam com o pipocar, a luminosidade e a fumaceira proveniente da queima de toneladas de fogos e de dinheiro. Entretanto, a indiferença em relação aos assuntos relacionados com o bem-estar social não é privilégio dos primitivos das repúblicas de banana.  Em matéria publicada no blog Outras Palavras, intitulada PARA DECIFRAR O CÓDIGO DO “NOVO” CAPITALISMO, consta o seguinte: “Quando eclodiu a crise financeira de 2007-2008, o sociólogo Richard Sennett acreditou que as pessoas iriam se rebelar contra as atitudes e o funcionamento do sistema financeiro internacional, responsável por rombos e falências cujas repercussões ainda estão presentes na economia mundial. Mas as pessoas não se comportaram da maneira que supôs que iria acontecer”.
A única diferença entre povo dito civilizado e povo como o brasileiro é que os primeiros andam por ruas limpas e policiadas, têm água e comida de melhor qualidade. Do ponto de vista da espiritualidade, entretanto, a brutalidade do mundo das feras também existe no mundo dos “civilizados” que se divertem com o Kickboxing e a cultura bárbara de enfurecer touros e espetar-lhe espadas até à morte. Mas se morre por violência tanto lá quanto cá. Inté.

 

 

 

 

 

 
 
 





terça-feira, 8 de setembro de 2015

ARENGA 156




Por que será que no país de Joaquim Barbosa, Sergio Moro, Heloisa Helena e Eliana Calmon as pessoas de quem mais se ouve falar são Lula, Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha? Refletir sobre isso leva à conclusão de que as pessoas agem sob influência de forças malignas que as leva a fugir do bem como o diabo foge da cruz. Uma vez sob o domínio do mal, despreza-se o bem. Ao povo nada mais apropriado que o “Eles Não Sabem o Que Fazem” porque realmente não sabe o que faz quem é arredio à política e deixa que as coisas por lá fiquem a cargo de quem estão. A indiferença pela política é a única causa de existir o mundo cão no lugar de um mundo são no qual não houvesse motivo para medo. Mas a indiferença da população deixa o campo livre para que os responsáveis pela ordem pública instalem a desordem com ajuda da religião que difunde a presunção de ser o homem impotente para mudar alguma coisa. O conformismo com a desordem equivale a trabalhar para sua manutenção, o que é contrassenso porquanto a desordem beneficia os inimigos da sociedade que dela aproveitam para promover as coisas que a Operação Lava Jato está mostrando. Sendo os desordeiros apenas gatos pingados em relação às pessoas ordeiras, por que, então, estas pessoas nada fazem para que predomine a ordem? Dá o que pensar esse negócio aí. Os meios de comunicação fazem referência apenas à desordem, mas não apontam o caminho da ordem e nem as causas da desordem, o que é esquisito. Dos meios de comunicação ouve-se o contrário da realidade. Ouve-se que os bancos beneficiam as pessoas, recomenda-se comprar remédio por conta própria, tomar refrigerante, fazer compras desnecessárias e um montão de comportamentos na verdade prejudiciais tanto aos indivíduos quanto à sociedade. A vida está necessitando que se dedique a ela a atenção dispensada às brincadeiras, aos “famosos” e às “celebridades”.
O ser humano é capaz de resolver qualquer problema que tenha solução e não é por ser social o problema da falta de segurança, saúde e educação que não possa ser resolvido. A falta de solução está é na inocência de esperar que ela venha justamente de quem se beneficia da falta de solução, pondo em risco tanto sua própria segurança quanto a da população. O papel de bobo que os enganadores impõem ao povo acabará por levá-lo ao desespero e à violência que já pode ser vista com os apupos sofridos por figuras até então importantes no mundo da administração pública, e em absolutamente nada diferem de todas as demais. É tão flagrante a intenção de manter a desordem que os interessados nela, conscientes da incapacidade mental do povo, apresentam exatamente a causa da desordem como solução para ela. É o que se afere do fato de se entregar a responsabilidade pelo destino da atividade econômica do país ao banqueiro Henrique Meireles, ligado a interesses de grupo econômico americano. Sabendo-se como sabe quem não seja completamente asno que o bem-estar individual depende do bem-estar social e que só pode existir mediante aplicação correta do erário, como esperar que um banqueiro seja contra a monstruosidade antissocial dos infernos fiscais em detrimento de gastos com educação, saúde e segurança, pilares de uma sociedade sadia por todos almejada? Esperar que a solução para os desmandos caia do céu é burrice da maior. Por que não botar mão à obra e busca-la? Inté.

 

 
 
 





  





   



quarta-feira, 2 de setembro de 2015

ARENGA 155




ESCÂNDALO DA MÁFIA DA LOTERIA ESPORTIVA é o título de matéria jornalística. Merece especial atenção o fato de pessoas capacitadas intelectualmente se deixarem levar juntamente com a malta ignorante de entusiastas da armadilha escondida por trás das “práticas esportivas”. As aspas se justificam porque os esportes servem de diversão apenas aos obtusos incapazes de saber que a partir dos romanos as práticas esportivas passaram a distrair a malta bruta de povo do mesmo modo como os parques infantis distraem as crianças. Se na religiosidade há a esquisitice de analfabetos se igualarem a cientistas ao se julgarem possuidores de conhecimentos sobre o universo, no mundo dos esportes acontece o contrário: pessoas de conhecimento se equiparam aos analfabetos quanto à verdadeira finalidade dos esportes que outra não é senão a declarada na notícia do jornal. Algo de muito esquisito está por trás de tanto entusiasmo com brincadeiras em meio à violência brutal que supera muitas guerras, mas este algo só pode ser percebido por quem leu na cartilha dos Grandes Mestres do Saber. Para estes, é sintomático o ar de entusiasmo na feição ou na voz dos papagaios de microfone da televisão ou das rádios quando fazem referência a esportes. Tudo se resume à realidade de vivermos uma sociedade fundamentada no ludíbrio. Nesse exato momento, em São Paulo, milhares de idiotas disputam uma palhaçada denominada São Silvestre respirando mais veneno do que respiram normalmente com a única finalidade de saber quem é capaz de correr mais, enquanto a papagaiada de microfone faz alarde daquela imbecilidade apreciada por outra grande quantidade de imbecis indiferentes às consequências decorrentes da notícia no jornal que se estende da seguinte forma: A Loteca envolvia fraude nos resultados dos jogos de futebol nos anos 80, uma complexa engrenagem de suborno montada pelos zebrões dos jogos e que envolvia jogador, técnico, dirigente, juízes e jornalista que formavam uma rede de corrupção”.
O que leva quem pode pensar a ser tão bobo a ponto de pagar ingresso, viajar grandes distâncias, vibrar, por um resultado já definido pela corrupção mostrada nesse outro trecho da notícia? A Máfia da Loteria Esportiva foi denunciada em 1982, pela revista Placar, dirigida pelo jornalista Juca Kfoury, que na ocasião foi ameaçado por ter publicado a fraude envolvendo jogadores de futebol, árbitros, técnicos, dirigentes numa complexa engrenagem de suborno montada pelos “zebrões” dos jogos de futebol da Loteria Esportiva, a Loteca. A Placar desvendou essa máfia que sustentou durante anos uma rede de corrupção que lesava toda a sociedade brasileira. Aí está: LESAVA TODA A SOCIEDADE BRASILEIRA! Então, minha gente, diante destas coisas, onde fica a diversão entusiasticamente insinuada pela papagaiada de microfone? O motivo pelo qual escritores escrevem livros afirmando que a competição é mais vantajosa para a sociedade do que a cooperação é o mesmo motivo pelo qual os papagaios de microfone endeusam as práticas esportivas. Qual será ele? Não será possível saber sem conhecer algo das lições dos Grandes Mestres do Saber. Inté.

 
 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

ARENGA 154



O livro Uma Breve História do Cristianismo desnuda a fabulosa mentira que embala a estupidez humana da crendice. São representantes de Deus degolados aos montes. Havia matadouros perto de altares a fim de sacrificar animais para agradar Deus. Como entender seres que podem raciocinar admitir um ser cuja elevação espiritual não tem limites e que se compraz com a morte de inocentes animais? O fato de ser o imperador quem nomeava o chefe religioso mostra bem tratar-se apenas de política. Ao se tomar conhecimento dos absurdos em torno da religiosidade, como, por exemplo, sepultar alguém com a cabeça sobre pedras a fim de poder ver o sol nascer, e o retorno de Cristo, leva à convicção de se fundamentar a religiosidade sobre dois pilares: desconhecimento de sua história ou simplesmente monumental burrice. O mundo é uma farsa maior que o próprio mundo. Nem podia ser diferente levando-se em conta que mentalmente todos os povos do mundo ainda se encontrarem na fase de pré-macaco. Nas repúblicas de banana, então, os habitantes nem chegaram ainda a pré-macacos. Perguntado sobre a possibilidade de ser candidato a presidente da república, o doutor Joaquim Barbosa respondeu que não haveria de se dar bem na política por ser sincero. A sinceridade da resposta do doutor Barbosa fará com que as futuras gerações se envergonhem da pusilanimidade de seus ascendentes por permitirem que a administração pública passasse a ter por finalidade transferir a riqueza pública para as mãos de um punhado de Reis Midas em detrimento da absoluta maioria da população que em função desta disparidade se torna carente de tudo, situação da qual decorre a violência que toma conta do mundo. Sobre os ombros da pusilanimidade dos conformados com tal situação recairá a responsabilidade de permitir que o futuro de seus filhos se torne infinitamente mais desagradável do que a barbaridade do presente.
Considerando a realidade de depender o comportamento do adulto daquilo que é ensinado às crianças, os pais são os responsáveis pela indiferença da juventude em viver um mundo de mentiras e das falsidades às quais se refere o doutor Joaquim Barbosa em entrevista na revista Veja: “Uma das características da prática jurídica brasileira é a dualidade entre o que está escrito nas normas, nas leis, e a sua execução prática”. É tudo uma grande mentira. Aí está, sob o conformismo dos pais, a grande safadeza da transferência da Previdência Social para o sistema financeiro e a agiotagem bancária como resultado de ter a administração pública por objetivo beneficiar os Reis Midas do mundo em detrimento da sociedade, situação que só se sustenta em função do analfabetismo político repassado de geração a geração. Inté.