segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ARENGA 163



A notícia no jornal diz que o excesso de controle estatal prejudica o Brasil e que está falido o sistema de administração pública vigente. Quem é empregado para escrever tem de escrever sob pena de perder o emprego. Daí as sandices. Não pode haver limite para o controle estatal uma vez que é desse controle que depende o bem-estar social. É a inversão da finalidade visada pelo controle estatal que causa a falência de sua administração, conforme esclarece a segunda parte da notícia. Considerando que a brutalidade humana não pode dispensar o cassetete, deve este ser empunhado com o rigor necessário para manutenção da paz social sem a qual não se pode desfrutar do bem-estar individual perseguido até mesmo pelo instinto dos irracionais. Portanto, quanto maior o controle estatal sobre a racionalização dos gastos, o emprego correto do erário, o cuidado com o que aprendem as crianças, com a saúde coletiva, com o zelo pela boa qualidade da água, do ar e da comida consumidos pela população, maior será o benefício decorrente desse controle. Como, então se falar em excesso de controle, se não há limite para ele assim como não há limite para a paz e a tranquilidade? A notícia estaria correta se fizesse referência ao excesso de descontrole estatal verificado nas ações criminosas das autoridades ao agirem de modo a prejudicar a sociedade de que deveriam cuidar. Aí, sim, a menor atitude nesse sentido constitui excesso porque as autoridades são constituídas para proteção da sociedade. A coisa se deve ao fato de que a ninguém interessa a correlação entre o que se ouve e lê e a realidade. Ouvir que bancos e agribiuzinesse beneficiam a sociedade são prova da falsidade em que vivem indiferentes as pessoas porque os bancos depenam a sociedade e o agribiuzinesse além de envenená-las dá origem à seguinte notícia constante de matéria publicada no blog Outras Palavras, que precisa ser lido por quem deseja sair do analfabetismo político: Proprietários de terra devem quase R$ 1 trilhão à União. Como dizer que desta safadeza resulta benefício social, se o governo pretende anistiar os falcatrueiros do agribiuzinesse do pagamento de tão vultosa quantia? E depois tem a desfaçatez de afirmar que a falta de dinheiro se deve à Previdência Social.

A realidade, pois, é haver falta e não excesso de controle estatal, salvo na mentalidade bruta do ser humano que considera controle estatal a monstruosidade descrita por Jorge Orwell no livro 1984, quando um casal se sentia feliz por se encontrar fora do alcance do controle estatal, embora estivesse num cubículo de calor insuportável e infestado de ratos. Entretanto, considerando que controle estatal é sinônimo de bem-estar e tranquilidade para a população, quanto maior for este controle, melhor. Inté. 

 
 

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