A notícia
no jornal diz que o excesso de controle estatal prejudica o Brasil e que está
falido o sistema de administração pública vigente. Quem é empregado para escrever
tem de escrever sob pena de perder o emprego. Daí as sandices. Não pode haver
limite para o controle estatal uma vez que é desse controle que depende o
bem-estar social. É a inversão da finalidade visada pelo controle estatal que
causa a falência de sua administração, conforme esclarece a segunda parte da
notícia. Considerando que a brutalidade humana não pode dispensar o cassetete,
deve este ser empunhado com o rigor necessário para manutenção da paz social
sem a qual não se pode desfrutar do bem-estar individual perseguido até mesmo
pelo instinto dos irracionais. Portanto, quanto maior o controle estatal sobre
a racionalização dos gastos, o emprego correto do erário, o cuidado com o que
aprendem as crianças, com a saúde coletiva, com o zelo pela boa qualidade da
água, do ar e da comida consumidos pela população, maior será o benefício decorrente
desse controle. Como, então se falar em excesso de controle, se não há limite
para ele assim como não há limite para a paz e a tranquilidade? A notícia
estaria correta se fizesse referência ao excesso de descontrole estatal
verificado nas ações criminosas das autoridades ao agirem de modo a prejudicar
a sociedade de que deveriam cuidar. Aí, sim, a menor atitude nesse sentido
constitui excesso porque as autoridades são constituídas para proteção da
sociedade. A coisa se deve ao fato de que a ninguém interessa a correlação
entre o que se ouve e lê e a realidade. Ouvir que bancos e agribiuzinesse
beneficiam a sociedade são prova da falsidade em que vivem indiferentes as
pessoas porque os bancos depenam a sociedade e o agribiuzinesse além de
envenená-las dá origem à seguinte notícia constante de matéria publicada no
blog Outras Palavras, que precisa ser lido por quem deseja sair do
analfabetismo político: Proprietários de terra devem quase R$ 1 trilhão à
União. Como dizer que desta safadeza
resulta benefício social, se o governo pretende anistiar os falcatrueiros do
agribiuzinesse do pagamento de tão vultosa quantia? E depois tem a desfaçatez
de afirmar que a falta de dinheiro se deve à Previdência Social.
A realidade, pois, é haver falta e não excesso de controle estatal, salvo
na mentalidade bruta do ser humano que considera controle estatal a
monstruosidade descrita por Jorge Orwell no
livro 1984, quando um casal se sentia feliz por se encontrar fora do alcance do
controle estatal, embora estivesse num cubículo de calor insuportável e
infestado de ratos. Entretanto, considerando que controle estatal é sinônimo de
bem-estar e tranquilidade para a população, quanto maior for este controle,
melhor. Inté.
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