Povo nunca
foi flor que se cheirasse. Sem nenhuma propensão ao raciocínio ou a
diferenciar-se dos irracionais, o povo procede sempre de modo contrário ao indicado
pela razão e o bom senso, o que acontece, por exemplo, quando as mulheres
procuram sufocar com os finos perfumes dos frascos a fragrância íntima
incomparavelmente superior em exuberância que a natureza deu às fêmeas. Tão
exuberante que entre os irracionais, menos brutos que os humanos, os machos têm
a libido despertada para acasalamento pelo cheiro íntimo da fêmea. A falta de
conexão com a realidade reduz a vida do povo ao dever de não deixar faltar
sustança à sociedade e robustecer as contas bancárias dos ricos donos do mundo.
Nesse momento, os patrões das “autoridades” brasileiras ordenam ao ministro da
fazenda que aumente o imposto de renda porque em comparação com o povo dos
países civilizados o povo brasileiro paga muito menos imposto de renda. Não é
sem razão a referência a pastores e ovelhas, o que equivale a dizer tosquiadores
tosquiados. O Jornalista Ricardo Boechat, que apesar de se declarar apreciador
do circo denominado futebola cuja finalidade não é desconhecida por pessoas
inteligentes como ele, expôs uma realidade imperceptível a quem é povo ao
lembrar uma coisa que escapa à percepção da macacada alvoroçada a correr atrás
do Papa, axé e futebola. Disse o jornalista e que o povo ignora que os
habitantes dos lugares civilizados recebem de volta em serviços os impostos que
pagam. Realmente. Não deixa de ser inexplicável a realidade brasileira de pagar
o povo a carga tributária das mais altas do mundo e nada receber em troca.
Apesar disso, tal povo vive em festas e tão satisfeito em sua personalidade
infantil que a cada fim de ano se ajuntam imensas multidões país afora para
disputar na São Silvestre qual o imbecil que chega na frente numa corrida de
milhares de babacas ofegantes a aspirar veneno no ar mais pestilento do país em
São Paulo. No Rio de Janeiro, como se não bastasse a fumaça das fábricas e dos
carros, imensa multidão de adultos imbecis, com o mesmo entusiasmo de crianças,
se extasiam com o pipocar, a luminosidade e a fumaceira proveniente da queima
de toneladas de fogos e de dinheiro. Entretanto, a indiferença em relação aos
assuntos relacionados com o bem-estar social não é privilégio dos primitivos
das repúblicas de banana. Em matéria
publicada no blog Outras Palavras, intitulada PARA DECIFRAR O CÓDIGO DO “NOVO” CAPITALISMO, consta o seguinte: “Quando eclodiu a crise financeira de 2007-2008, o
sociólogo Richard Sennett acreditou que as pessoas iriam se rebelar contra as
atitudes e o funcionamento do sistema financeiro internacional, responsável por
rombos e falências cujas repercussões ainda estão presentes na economia
mundial. Mas as pessoas não se comportaram da maneira que supôs que iria
acontecer”.
A única
diferença entre povo dito civilizado e povo como o brasileiro é que os
primeiros andam por ruas limpas e policiadas, têm água e comida de melhor
qualidade. Do ponto de vista da espiritualidade, entretanto, a brutalidade do
mundo das feras também existe no mundo dos “civilizados” que se divertem com o Kickboxing e a cultura bárbara
de enfurecer touros e espetar-lhe espadas até à morte. Mas se morre por
violência tanto lá quanto cá. Inté.Será necessário haver tanta pobreza, choro, sofrimento? Que jovens pobres tenham que se endividar para estudar? Estará certa a conduta tradicional de terem as pessoas de trabalhar para sustentar as autoridades vivendo em palácios e com todas as suas necessidades pagas, inclusive riqueza pessoal para levar quando deixarem seus postos de trabalho? Há necessidade de tantas autoridades? Que tal matutarmos sobre estas coisas? Este é o objetivo deste blog. Nenhum mal haverá de fazer.
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