No que diz
respeito à superação das injustiças sociais, tema que deveria merecer o melhor
das preocupações dos seres humanos posto que sem isto jamais será alcançado o
bem-estar por todos desejado, em vez de haver progresso, há regresso. Se no
século XIX Marx convocava os trabalhadores do mundo para que se unissem na luta
contra a estupidez humana do individualismo egoísta, e se na primeira metade do
século XX Politzer dizia que os trabalhadores queriam saber a causa da
injustiça social (isto consta da página 16 do livro Princípios Fundamentais de
Filosofia), é porque tanto Marx quanto Politzer, dois grandes pensadores,
tinham motivo de esperança em que a classe trabalhadora viesse a realizar o
ideal de engendrar uma sociedade menos injusta. Mas, e hoje? Pode alguém contar
com a massa bruta de imbecis para outra coisa que não seja espernear no
futebola e no axé, quando não estão conversando com estátuas como faziam os
Vikings, ou virando a bunda para o céu em orações, ao tempo em que se destroem
mutuamente por discordar da maneira de agradar a um deus tão medíocre que faz
questão de ter o saco babado? Qualquer atitude inteligente desta massa bruta
está fora de cogitação porque sua capacidade de raciocinar decresce à medida
que cresce a sofisticação dos meios de comunicação pertencentes aos ricos donos
do mundo aos quais interessa um povo domesticado que lhes segue como os
cãezinhos seguem ao babacas que lhes puxam pela cordinha, e de mentalidade tão
medíocre a ponto de ser convencido de que esfarrapados mentais são celebridades,
e que se deixa envolver completamente pela ação destruidora de inteligência do
pão e circo que se manifesta de forma espetacular nos assuntos do Yahoo
Notícias sobre as mediocridades ali tratadas de celebridades, assuntos que
apesar de chulos absorvem a atenção da pobre juventude alienada.
Como
haveria de se comportar esta triste juventude futucadora de telefone para
avisar às rádios onde está chovendo ou congestionado o tráfego, diante de um
exercício de redação sobre estas questões levantadas pelo Grande Mestre o Saber
Georges Politzer: “POR QUE ESTUDAR FILOSOFIA?”
e “QUE FILOSOFIA ESTUDAR?” Certamente levaria uma nota abaixo de zero. A
pobre juventude foi propositalmente arrastada a uma mediocridade mental tão monumental
que tanto desconhece a necessidade de pensar quanto que filosofar significa
pensar. Acostumada na mediocridade dos papagaios de microfone sobre as bundas e
as trepadas das “celebridades” a mente dos jovens se tornou incapaz de pensar
que a qualidade do futuro a esperar por eles depende de coisas muito mais
importantes do que riqueza. É por isto que o Grande Mestre do Saber recomenda a
necessidade de pensar.
Quanto à
segunda pergunta do Mestre, deve-se pensar sobre um tipo de vida condizente com
dignidade porquanto a capacidade de raciocinar, privilégio do ser humano, assim
o exige. Entretanto, cadê a dignidade se a vida das pessoas é até inferior à
vida das bestas uma vez que estas não se matam por riqueza como fazem os
humanos? Inté.