Na
contracapa do livro História do Pensamento Ocidental, do laureado filósofo
Bertrand Russel que frequentou as Harvards do mundo, consta que este seu livro
trata dos temas que nortearam as preocupações da humanidade durante mais de
dois mil e quinhentos anos. Ao se inteirar do conteúdo do livro, entretanto,
percebe-se girar em torno do que disseram ou não disseram os filósofos de todas
as épocas. Mas, do ponto de vista do bem-estar social, sem o qual inexiste o
bem-estar individual, teria tanta importância o que disseram os filósofos a
ponto de nortear as preocupações da humanidade? Tal afirmação é posta em cheque
diante do que disse um filósofo que dedicou sua vida em prol do bem-estar
social, Carl Marx, ao afirmar que os filósofos se preocupam em analisar o
mundo, quando o que realmente de que se necessita é modificar o mundo. É
impossível de sã consciência negar a veracidade desta realidade diante da
generalização da violência, fome e sofrimento que toma conta do mundo, não
obstante as análises dos filósofos.
É quase
totalmente absoluta a verdade de que os livros dos intelectuais em nada
contribuem com aquilo que realmente deve nortear a preocupação da humanidade:
DESFRUTAR DE BEM-ESTAR DURANTE O CURTO PERÍODO DEVIDA. Mas acontece que as tergiversações
dos intelectuais em nada contribuem para que se tenha comida na mesa e alívio
para as doenças com que a natureza nos castiga ou os sofrimentos causados por
outros seres humanos em função da presença do instinto de bicho. A satisfação
das necessidades não tem nada a ver com as ponderações de Sócrates ou Platão
sobre ser eterna a ideia de cavalo e ser efêmero o cavalo, ou da questão
levantada por Schopenhauer de que as coisas não passam de representação da mente.
A
humanidade está à mercê do casuísmo de deixar a vida a cargo de deus e de se
ter sorte ou não ter. A qualidade de vida depende exclusivamente de quem vive,
o que é escondido debaixo de sete chaves pela canalha que deturpa a realidade,
induzindo a massa bruta de povo a crer na falsidade de esperar que seu
bem-estar depende de frequentar igrejas e não da boa aplicação do erário. A
cegueira humana chega ao extremo da estupidez de se considerar como boa
educação recolher a bosta do cachorro com o qual se procura suprir o isolamento
a que se condenou o ser humano em sua ignorância tão absoluta que atribui fama
e celebridade a toupeiras mentais cujos maiores atributos são o tamanho da
bunda, a capacidade de chutar bola, ou esmurrar-se mutuamente até que um
desmaie.
É por
ignorar que a qualidade de vida depende de quem carrega o fardo de viver, que
na vida os seres humanos têm por atividades as mesmas que têm os irracionais:
trabalhar para sobreviver, comer, trepar e cagar. Inté.
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