quinta-feira, 28 de outubro de 2021

ARENGA 621

 

Nem só o Reino Unido tem seu Frankenstein. Os americanos de bundas brancas também têm o seu na figura espiritualmente monstruosa do ex-Secretário de Estado Henry Kissinger.   Se absolutamente nenhum intelectual pode honestamente desconhecer que para se dar bem como todo mundo deseja a humanidade não pode prescindir de integração e harmonia, eis que aquela figura socialmente desprezível tem o desplante de dizer à humanidade em defesa da cultura capitalista o seguinte: “A competição selecionará o mais eficiente, um processo que, por definição, envolve vencedor e perdedor”. 

Apesar da grande influência que exerceu na administração pública mundial, para esta figura esquisita e tão desprezível quanto seus patrões ajuntadores de riqueza, nenhuma importância tem o sentimento de solidariedade humana, comportamento que não é praticado nem mesmo pelas marionetes inocentes do pão e circo, os jogadores de futebola, as "celebridades", "famosos" e reis de pau oco.  

Há razão de sobra para o que foi dito neste cantinho de pensar que a maior das contradições da humanidade seria a indiferença, ante os aleijões verbais de falsos líderes, na verdade, aproveitadores que despudoradamente pregam o apocalipse para uma plateia de mortos-vivos tão alheios à realidade quanto à facilidade que têm de ser ludibriados como crianças por opiniões de consciências prostituídas provenientes de lambedores das botas do sistema vigente.  

Inutilizada a capacidade de raciocinar, elimina-se a análise do que se ouve, e desta forma não se separa da mentira a realidade de não haver vantagem em ser os “vencedores” do Frankenstein americano porque estes, na verdade, são aproveitadores da boa-fé ou indiferença de inocentes que nem sequer sabem das maldades de que são vítimas ao concordar em ser “os perdedores”.

A realidade de não haver vantagem na prática do “levar vantagem” pode ser vista na sociedade americana de modo irrefutável: de tanto levar vantagem perdeu a paz e vive a perspectiva de se tornar vítima de terrorismo a qualquer momento. Portanto, o caminho a ser caminhado é um caminho que lave a comunidade humana a um processo especulativo de buscar as causas da sua infelicidade que, na realidade, decorre do fato de deixar o planejamento da vida a cargo do individualista egoísta defendido por  tipos como o Frankenstein americano se no século XVII, Cesare Beccaria afirmava a necessidade de cooperação quando disse que as vantagens da sociedade devem beneficiar todos da coletividade.

Portanto, jovens, para evitar de virem a ter o destino dos dinossauros, lembrem-se de que têm cérebro e tratem de usá-lo uma vez que ruminar um mesmismo burro é inaceitável se se pode raciocinar e distinguir o certo e o errado. Além do pão e circo, há motes incontáveis convidando do raciocínio. Um exemplo? Aqui vai: Se o STF é o guardião máximo da justiça, por que o sonho de todo colarinho branco quer ser julgado lá? 

 

 

   

terça-feira, 26 de outubro de 2021

ARENGA 620

 

Quanto mais alto nos elevamos, menores parecemos aos olhos de quem não sabe voar. Disse Nietzsche, o mestre dos mestres, referindo-se à superioridade espiritual de quem tendo se ligado nos ensinamentos dos Grandes Mestres aprendeu sobre a vida o nem de longe imagina quem passa pela vida, como é dito, em brancas nuvens. Isto é, incapazes de perceber a riqueza espiritual a que se pode chegar meditando sobre as coisa que são ditas. Ao fazer isso, entende-se quanta coisa nos disse o velho Sócrates com o só sei que nada sei. Realmente, é tão apouco o que sabemos do que acontece nos bastidores do poder que nos desgoverna que não é exagero dizer que nada sabemos do que se passa por lá. Ouve-se fazer em comprar deputados como se fossem mercadorias. Ouve-se que bandido rico não sofre penalidade como bandido pobre. Que advogados famosos dividem com os ladrões de grandes somas para evitar que eles sejam punidos. Que em comparação com o que pagam os pobres, ricos não pagam imposto. Que as autoridades responsáveis pela garantia do bem-estar social cometem crimes contra a sociedade e que legalizaram segredo para certos tipos de gastos com o dinheiro do povo. Também é dito que a privatização de estatal é vender e ficar com o dinheiro de uma coisa feita com o dinheiro do povo. Que presidentes de companhias estatais  recebem salários que somados a penduricalhos superam quinhentos mil reais e que jogadores de bola e cantores de axé também ganham disso a mais enquanto um trabalhador recebe mil e cem. São tantas coisas inacreditáveis que são ditas e que por não podemos saber se correspondem à realidade, confirma-se o só sei que nada sei de mestre Sócrates. Se apenas um terço do que é dito corresponder à realidade, fica esclarecido o motivo pelo qual nosso país está num atoleiro dos diabos.

Também se ouve que a história é farta em coisas desconexas como as mencionadas. No livro História da Civilização Ocidental, do fabuloso historiados Edward Mc Nall Burns, sobre a Revolução Francesa, consta o seguinte na página 592: “Havia mais de dois séculos que a burguesia francesa se locupletava com os lucros de um comércio expansionista, enquanto as classes inferiores comiam pelo menos algumas migalhas caídas da mesa dos ricos”. Quem não sabe voar, conforme mestre Nietzsche, lê isso sem que se lhe desperte algo tão estranho como a disparidade entre uma classe que se locupleta e outra que para viver depende de migalhas caídas da mesa dos locupletadores. Trata-se de uma situação claramente adversa à existência de sociedade civilizada, impossível de acontecer com tamanha diferença entre seus componentes. Enquanto houver um único ser humano infeliz, a humanidade também será infeliz. Como disse mestre Beccaria, as vantagens que a sociedade obtém devem ser usufruídas por todos os seus membros. Os que leem os mestres são os que veem lá embaixo os que não leem.   

Na economia política é onde a contradição humana se manifesta com esplendor. Fundamentada no princípio do levar vantagem para se tornar rico e proporcionar empregos, vem a humanidade se afundando cada vez mais na falsa realidade de quanto mais empregos for capaz de proporcionar o empresário, maior o benefício social decorre de sua atividade. Este é um raciocínio típico de quem não sabe voar. Quem vê de lá de cima, os que sabem voar e, portanto, sabem o que é mais valia, vê diferente de quem não pode ver do alto e que por isso mesmo não percebe que quanto maior for o número de empregados, mais fatias de mais valia se somem para fazer a riqueza do empresário. Outra coisa que só se vê do alto é a realidade de que ao empresário interessando apenas lucro quanto maior, melhor, como, então se esperar de tal pessoas interesse por bem-estar social? 

 Na verdade, é impossível apontar qual é a maior das contradições humanas. Veja-se, por exemplo que a humanidade foi extremamente sábia ao perceber que a brutalidade dos tampos de bicho-fera precisava ser contida. Mas, ao mesmo tampo, foi extremamente burra em não perceber não haver ninguém que não fosse bicho-fera e, assim, entregou a bichos-feras a responsabilidade de elaborar leis e exercer a autoridade, resultando desta burrice uma sociedade infeliz.

Como são infindáveis as contradições, pessoas mais capacitadas em intelectualidade e que escrevem “best-sellers” ou são indiferentes aos motivos da infelicidade humana ou são demasiadamente prolixas em suas ponderações. Darwin escreveu um calhamaço de 574 páginas para provar que somos resultado da transformação que a partir de algum primata a evolução fez chegar ao que somos. Para tanto, fala de erva-de-passarinho, couve-flor, peixe com eletricidade e mil e um devorteios, quando nada mais é preciso para provar esta realidade do que nossa semelhança com os bichos. Como eles, também somos sensíveis ao excesso de frio ou calor, respiramos, enxergamos, comemos outros bichos, bebemos água, produzimos excrementos e reproduzimos da mesma forma. O fato de não admitir esta verdade se deve ao fanatismo religioso que, como a rocha, depois de estratificada, é tão difícil de ser desfeita que embora cientistas e filósofos afirmam ser produto da inocência, levados pela religiosidade e imbuídos de uma fé cega, analfabetos matam e morrem por conta da uma crendice estúpida. 

    

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

ARENGA 619

 

Em troca da despensa abastecida, comentaristas e cientistas de politicagem da consciência prostituída aproveitam do analfabetismo político da massa bruta de povo que segundo mestre Bertold Brecht é a causa dos males do mundo e implantam na bola que ela tem onde gente tem cabeça, uma falsa ideia daquilo que seja atividade de governar. Nunca faltaram na história da humanidade lambe-botas de qualquer sistema político vigente seja ele por mais corrompido que seja. Estas tristes criaturas fazem o papel ridículo de arautos dos ajuntadores de riqueza, indiferentes à realidade de que por falta da riqueza retida em suas mãos é que existem pobreza, miséria e violência.  

Causa profunda tristeza em quem por ter superado a fase obtusa de povo  percebe não haver horizonte apontando para rumo diferente disto que aí está uma vez que até o momento ainda não foi sentida a impossibilidade de se ter resultado senão desastroso enquanto permanecer a cultura de entregar a ladrões para administrar a riqueza da qual depende a organização social. O que é preciso realmente ser feito, este cantinho de pensar não se cansa de repetir, é um despertar para nova cultura porque mesmo admitindo a hipótese improvável de haver um governo em qualquer parte do mundo chefiado por um ser dotado das qualidades de líder, tal governo não sobreviveria para completar obras de real interesse social antes de ser derrubado e seus integrantes assassinados pelos brutamontes ajuntadores de riqueza que se apoderaram do mundo.  

É revoltante ouvir a desfaçatez com que um papagaio de microfone do programa Bastidores do Poder da Rádio Bandeirantes AM de São Paulo distorcia desavergonhadamente a verdade ao dizer que o governo existe para socorrer os pobres porque os ricos podem cuidar de si mesmos. Isto é de uma canalhice sem tamanho com pobres diabos desprovidos de raciocínio que se deixam conduzir feito boiada por vaqueiros tornados comentaristas políticos, na verdade nada mais que papagaios de microfone.

A verdadeira função de governo, senhor Cláudio Humberto, comentarista de politicagem da Bandeirantes AM, é promover uma sociedade na qual inexistam pobres. Não é e nunca teve algum governo a função de socorrer pobres como você diz. O senhor, que fez parte da equipe do governo corrupto do ex-presidente Collor, juntamente com a múmia Delfin Neto, que fez parte do governo imposto pelo capitalismo americano e que assassinou jovens idealistas no século passado, ao induzirem a juventude a erro, cometem o mesmo estelionato dos representantes de deus ao induzirem inocentes a comprar feijão santo, água milagrosa e conversar com estátua. Os senhores, portanto, são propagadores de notícias falsas e, como tais, devem responder a processo no pouco que ainda resta de justiça nesse belo país de triste sorte e povo.

A verdadeira função de governar é fazer com que todos possam prover-se do necessário a fim de satisfazer suas necessidades independentemente da caridade de Bolsa Família, Bolsa Menstruação e auxílio para compra de osso. E para esse fim nada mais é preciso do que observar o que disse Cesare Beccaria no primeiro parágrafo da introdução do seu livro Dos Delitos E Das Penas: “As vantagens da sociedade devem ser distribuídas entre todos os seus membros”.

Governo, senhor Cláudio Humberto, é para garantir este procedimento por meio do qual se elimina a hipótese da existência tanto de parasitas exageradamente ricos que nem mesmo podem saber o que fazer com tanto dinheiro, quanto de pobres necessitando de esmola. É para isto que existe o governo, contrariamente ao babaovismo do sistema vigente por parte de quem afirma ter o governo a função socorrer pobres.


segunda-feira, 18 de outubro de 2021

ARENGA 618

 

No século XVIII, um italiano chamado Cesare Beccaria escreveu um livro chamado Dos Delitos E Das Penas, no qual demonstrou ser mais compreensivo e solidário do que deus e a justiça brasileira com quem incorreu no erro e na infelicidade de eliminar a vida de um semelhante. Enquanto deus recomendou em Mateus 35:15,21 que deve ser morto aquele que matou, e enquanto a justiça brasileira impõe a estes infelizes sofrimento impiedoso em cárceres imundos e doentios, quando, por outro lado, manda para casa ladrões de milhões e para a prisão uma mulher pobre que roubou um pouco de comida, Beccaria, na contramão destas insanidades, aconselhou que o criminoso fosse educado para que pudesse ser capaz de entender a necessidade da vida social e os deveres imprescindíveis que dela decorrem.

Mas, que diabo será que faz a humanidade ser tão estúpida que ignora os conselhos sábios e põe em prática os maus conselhos? Veja-se, por exemplo que Beccaria também aconselhou o seguinte: “As vantagens da sociedade devem ser distribuídas equitativamente entre todos os seus membros”. É o que se tem? Não é. O que se tem é serem acatados os conselhos de consciências prostituídas que a soldo de ricos perdulários e ignorantes de sociabilidade que recomendam uma política baseada na iniciativa privada, fundamentada num monstro chamado mercado, que na verdade é uma ferrenha disputa especulativa de vida ou morte entre monstros entrincheirados no sistema financeiro parasitário, tão obcecados por riqueza que de suas bocas escorre baba de dragão quando diante da perspectiva de avançar de garras e presas sobre mais um milhão. Estes parasitas são grandemente prejudiciais à sociedade porque ao tomar para si apenas as vantagens alcançadas pela sociedade, evitam que elas possam servir a todos como aconselhou Beccaria, dando origem a multidões de infelizes e revoltados despossuídos de tudo que, por sua vez, darão origem à violência e os males dela decorrentes. De tal modo está a estupidez enraizada na personalidade humana que se endeusa uma tal de democracia cujo mérito maior é deixar a responsabilidade pela escolha das autoridades a cargo de uma estúpida massa bruta de povo ou proletariado sem a menor noção de cidadania e cujo maior desejo de cada um de seus integrantes é se tornar também um rico parasita da sociedade.

Assim, desde que se tem notícia da humanidade depois da formação de grupos é como se fosse incapaz de perceber a necessidade de solidariedade entre os seres humanos visto nunca ter deixado de haver exploradores e explorados. Ironicamente, é como se nada tivesse mudado em relação aos tempos anteriores do barbarismo de bicho-fera se se acredita que as guerras têm a paz por objetivo e se fomenta a violência latente no espírito colocando armas na mão da população.

     

 

  

 

quarta-feira, 13 de outubro de 2021

ARENGA 617

 

 

Um livrinho escrito por quem mal sabe escrever, intitulado Buscar Causas Em Vez De Lamentar Efeitos traz maior contribuição à luta pela superação do analfabetismo político do que todos os vários livros de autores célebres repousando inúteis ali na estante, entre eles A Existência de Deus Comprovada Por Um Filósofo Ateu, escrito pelo filósofo francês Dany-Robert Dufour, último desperdício do meu escasso dinheirinho. A palavra ateu vem do grego, povo cujo destaque em evolução mental, segundo o historiador Edward Mac Nall Burns, se deveu à descrença. Realmente, é notório para quem pensa, o fato de ser a crendice própria de mentes involuídas, fato facilmente observável mediante a realidade de ser maior a religiosidade onde também é maior a ignorância. Só a cegueira mental não deixa a malta humana perceber o engodo que é a religiosidade. A falsidade da crença religiosa mostra-se inegável ante a realidade impossível de ser negada posto que visível o fato de que a religiosidade aumenta à proporção que também aumenta o despreparo mental, a falta de conhecimento, enfim o analfabetismo ou insignificante nível de alfabetização. Como não perceber este fato se apenas pessoas desprovidas do elemento intelectualidade escrevem foi deus que mim deu em carrinhos ordinários?  

Mas, o que não faltam são argumentos tentando provar o que não pode ser provado posto que baseado apenas em crenças. Nenhuma ciência poderá admitir que alguém volte à vida depois ter morte comprovada ou que somos criações divinas se nossa semelhança com as feras e a constatação da ciência dizem o contrário. Os argumentos em torno da existência de deus não resistem à menor análise. Esta afirmação de ter um ateu provado a existência de deus, então, é risível. A letra A da palavra ATEU significa justamente inexistência de deus assim  como Amoral significa inexistência de moral, Analfabetismo significa inexistência de alfabetização, etc.  Portanto, se o ateu é aquele para quem deus não existe, não pode um ateu provar a existência do que não existe. Trata-se de mais uma baboseira de intelectual que nada tem a ver com aquilo de que mais carece a humanidade: encarar a realidade, abandonar as crendices e o atraso mental a fim de poder desfrutar de melhor qualidade de vida.

Desviar dos problemas que afligem os seres humanos é do interesse daqueles que disso se aproveitam. Sem interesse em buscar as causas de seus sofrimentos é o que querem os causadores desses sofrimentos. Para manter o povão entretido, longe e bem distante de onde deveria estar o melhor de sua atenção é que existem filósofos, escritores, intelectuais, comentaristas de politicagem e uma plêiade de papagaios de microfone a serviço dos algozes do povo. 

Portanto, para bem de todos, principalmente da juventude e seus descendentes, o assunto primordial não pode deixar de ser o que está sendo feita com a riqueza que a comunidade produz. Ao prestar atenção percebe-se que só uma minoria parasitária que nada produz é quem dela desfruta enquanto feito verdadeiros babacas, aqueles que mais direito deveriam ter estão requebrando os quadris, fazendo orações, torcendo por esse ou aquele grupo de bonecos do pão e circo dos times de futebola ou, ainda pior, por esse ou aquele político. 

     

 

 

terça-feira, 12 de outubro de 2021

AREGA 616

 

Embora multidões ainda pensem em encontrar nas igrejas solução para seus problemas, quem se elevou espiritualmente acima das multidões de seres não pensantes aprendeu que é na política onde está a solução de todos os problemas que infelicitam o mundo. E se a política estabelece uma forma de vida na qual a grande maioria da população do mundo é explorada em benefício de parasitas ajuntadores de riqueza, tal sanidade se deve justamente porque a não pensando, os seres não pensantes deixam de buscar na política solução para seus males.

Desconhecendo o quanto é importante a política em suas vidas as multidões de seres não pensantes a quem infelizmente cabe elevar aos postos de mando os executores da política, tanto por analfabetismo político quanto por falta de opção visto que entres os pretendentes inexiste um só que não seja de mau caráter, resulta em tão mal escolha que os ocupantes dos postos de mando transformaram o mundo em enorme palco para festejamentos, guerras e doenças.

Este triste estado de calamidade universal perdurará enquanto a humanidade for constituída de seres não pensantes como recomenda a religiosidade. É para atrofiar a capacidade de raciocinar que a religiosidade ensina que os mistérios de deus devem ser acatados sem necessidade de entendê-los porque um simples questionamento sobre estes tais de mistérios divinos é quanto basta para desnudar sua falsidade. Por que, fora das histórias mal contadas da bíblia nunca mais deus foi visto? Por que nos lugares mais atrasados é onde a religiosidade tem maior predominância? Se deus queria provar seu poder, por que não conseguiu fazê-lo?

Ou a humanidade desperta para a realidade de ser vítima de uma cultura totalmente adversa a seus reais interesses ou absolutamente todos os seres humanos estarão impedidos de desfrutar de boa qualidade de vida durante sua curta existência de infelizes amealhadores de riqueza que de nada lhes servirá na sepultura e de pobres diabos escravizados por um emprego no qual gasta sua vitalidade na construção da riqueza dos amealhadores de riqueza.

 

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

ARENGA 615

 

A notícia no jornal dando conta de que o TSE promete eleições limpas no Brasil é um convite à meditação. Tudo é tão sujo nesse belo país de triste sorte e povo bailarino de axé e ratazana de igreja que por aqui a sujeira é tão exorbitante que a própria justiça evita punição de criminosos. Como a massa bruta de povo é isenta da atividade meditativa, tal notícia não desperta em ninguém a falsidade que contém. Como limpa a eleição se falsas propagandas e trapalhões especializados em convencer incautos, os tais de marqueteiros, convencem os eleitores politicamente analfabetos a votar nesse ou naquele espertalhão que depois de deixar o poder no qual se chegou pobre sai rico e se chegou rico sai muito mais rico? 

 Eleição não é limpa em nenhum lugar no mundo porquanto resulta da vontade infantil de povo que por ser desprovido do discernimento necessário para ter vontade própria, tem sua vontade conduzida para a direção indicada por quem for mais hábil na arte de enganar. Eleição é nada mais que uma forma de dar direito a alguém para morar em palácios suntuosos onde a vida corre às mil maravilhas se para cada palácio existe uma população disposta a arcar com absolutamente todas as despesas, por mais absurdas que sejam.

A vida requer reflexão, meditação, conclusão. Entretanto, tais atitudes escapam até nas pessoas de quem não se espera comportamento de irracional a exemplo do intelectual Jessé Souza, autor de vários livros que em nada contribuem para aparar as arestas da estupidez humana, entre eles Subcidadania Brasileira, que na página 20 diz o seguinte: “O que separa o americano do brasileiro é que o primeiro legaliza a corrupção...”. Como se admitir a legalização do crime? Se ela é praticada visto ter sido a humanidade escravizada pelos parasitas ajuntadores riqueza que mandam nos governos, deve ser energicamente refutada, principalmente pelos intelectuais.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

ARENGA 614

 

 

Não pode haver sensatez na opinião pública em virtude de não ser ela a resultante da soma das opiniões individuais. Aquilo que a papagaiada de microfone a soldo dos donos destes microfones chamam de opinião pública é, na verdade, a opinião de seus patrões, avaros ajuntadores de riqueza e esparramadores de pobreza e miséria. Vai daí o ridículo de se falar em eleições limpas visto que a decisão tomada por influência vinda de fora não é legítima. Portanto, a decisão dos analfabetos políticos em votar em determinado pretendente à posse da chave do cofre do erário é ilegítima posto que influenciada pela arte de explorar a estupidez humana, a propaganda. Os bailarinos de axé, a ratazana de igreja comedora de hóstias  e compradora de feijão milagroso e nem a laia de torcedores ignoram totalmente estar votando em quem gastou mais dinheiro tirado diretamente do seu próprio bolso para fundo partidário e do bolso de empresários para onde voltará quadriplicado uma vez ter o empresário por único objetivo o enriquecimento a qualquer custo. Veja-se, por exemplo, este trecho de mestre Ladislau Dowbor  nas páginas 15/16 de seu livro O capitalismo se Desloca: "Já somos quase oito bilhões de habitantes, aumentando num ritmo de 80 milhões ao ano, todos querendo consumir mais. Estamos destruindo a natureza e o planeta em ritmo absurdo, enfileirando a mudança climática, a destruição da biodiversidade, a degradação dos solos, a contaminação da água doce, a poluição dos oceanos com plásticos e outros resíduos, a geração de bactérias resistentes pelo uso de antibióticos na criação de animais. Basta olhar as imagens de crianças nos lixões que cercam tantas cidades do mundo, em disputa com ratos e urubus, para se dar conta do drama". É isto aí que resulta da atividade de ajuntar dinheiro dos empresários.  

E como pensar não sempre dá bom resultado, não haveria um contrassenso do tamanho do mundo esta arenga malandra de depender o bem-estar social da atividade empresarial? Empreender para os avarentos ajuntadores de riqueza nada tem a ver com escolas, hospitais, segurança pública, enfim, desenvolvimento social. Tem, sim, unicamente o objetivo de especular no proxenetismo do sistema financeiro que se alastra como praga pelo mundo fomentando um parasitismo tamanho que atividade meramente especulativa rende muitas e muitas vezes mais que atividade produtiva sem contar que aquela atividade não prescinde de atividades criminosas como lavagem de dinheiro inclusive proveniente do tráfico de drogas, o que é afirmado por diversos autores, entre eles Stephen Platt em Capitalismo Criminoso, subtítulo Como as Instituições Financeiras Facilitam o Crime.

 

sábado, 2 de outubro de 2021

ARENGA 613

 

 

Nem mesmo os economistas comprovadamente favoráveis à luta por justiça social deixaram tão claramente exposta a necessidade de se combater o acúmulo de riqueza como foi o historiador Edward McNall Burns. Na página 624 do segundo volume de História da Civilização Ocidental, ao fazer referência às consequências do governo do endiabrado Napoleão Bonaparte, entre os frutos negativos o historiador cita o fato de não ter Napoleão pensado em impor restrição à atividade econômica dos ricos. Bingo! Matou a cobra e mostrou o pau (o pau que matou a cobra, claro). Jamais um economista foi tão explícito sobre a inconveniência social de se permitir que pessoas pobres de espírito e sociabilidade, mas ricas em selvageria e desumanidade explorem a classe trabalhadora por meio da escravidão do emprego e acumulem fortunas tão grandes que por não terem o que fazer com tanto dinheiro, esbanjam em futilidades e, numa atitude de escárnio, pavoneiam-se como os mais ricos do mundo para uma plateia de desesperados que não podem satisfazer suas necessidades primárias.

Cabe observar que mesmo os economistas não vendidos como são os que insuflam o compra/compra como ato de prosperidade social, quando, na verdade, o objetivo do compra/compra é enriquecer cada vez mais os ricos e destruir a natureza, mesmo os economistas que se colocam contra tamanha insanidade não vão tão diretamente à causa da desarrumação do mundo como foi o historiador quando mencionou ser desastrosa a política de permitir o acúmulo de riqueza. Não é precisa ser inteligente para saber que desta prática resulta em acúmulo de pobreza. 

 Não deve haver mais espaço no atual ponto de evolução humana para se permitir o instinto de bicho que orientava o primitivo a levar para a caverna tudo que os braços conseguissem abraçar continue orientando avarentos a açambarcarem tudo aquilo que lhe permita sua avidez mórbida por riqueza. 

A teoria do estado mínimo defendida por economistas da consciência prostituída tem por objetivo abrir o campo à ação mesquinha e antissocial da avareza dos ajuntadores de riqueza. Filósofos mostraram à humanidade que levou o Estado nasceu da necessidade de conter a brutalidade inata do ser humano que embora negada por outros filósofos mostra sua fúria incontida no horror das guerras e na indiferença ao sofrimento do semelhante. Assim, tendo o Estado o dever nobre de assegurar paz e harmonia, deve ser forte o bastante a fim de ter sucesso nesta atividade. 

No entanto, o que se tem é que em função do único e verdadeiro poder que existe no mundo, o poder do dinheiro, grupos de avarentos ajuntadores de riqueza chamaram a si o poder que cabia ao estado de promover justiça social e implantaram um regime de injustiça social, mantendo a humanidade envolvida em brincadeiras para que não perceba o malogro de uma situação em que moleques incapazes de fazer um O com um copo enriqueçam enquanto jovem tem de ralar a bunda em bancos escolares por mais de uma dezena de anos sem ter a mesma facilidade. É, pois, de se perguntar: para que serve, um Estado que apesar de custar os olhos da cara da sociedade é inútil?