Nem só o Reino Unido tem seu
Frankenstein. Os americanos de bundas brancas também têm o seu na figura
espiritualmente monstruosa do ex-Secretário de Estado Henry Kissinger. Se
absolutamente nenhum intelectual pode honestamente desconhecer que para se dar
bem como todo mundo deseja a humanidade não pode prescindir de integração e
harmonia, eis que aquela figura socialmente desprezível tem o desplante de
dizer à humanidade em defesa da cultura capitalista o seguinte: “A
competição selecionará o mais eficiente, um processo que, por definição,
envolve vencedor e perdedor”.
Apesar da grande influência que
exerceu na administração pública mundial, para esta figura esquisita e tão desprezível
quanto seus patrões ajuntadores de riqueza, nenhuma importância tem o
sentimento de solidariedade humana, comportamento que não é praticado nem mesmo
pelas marionetes inocentes do pão e circo, os jogadores de futebola, as "celebridades", "famosos" e reis de pau oco.
Há razão de sobra para o que foi dito
neste cantinho de pensar que a maior das contradições da humanidade seria a
indiferença, ante os aleijões verbais de falsos líderes, na verdade, aproveitadores
que despudoradamente pregam o apocalipse para uma plateia de mortos-vivos tão
alheios à realidade quanto à facilidade que têm de ser ludibriados como
crianças por opiniões de consciências prostituídas provenientes de
lambedores das botas do sistema vigente.
Inutilizada a capacidade de raciocinar, elimina-se a análise do que se ouve, e desta forma não se separa da mentira a realidade de não haver vantagem em
ser os “vencedores” do Frankenstein americano porque estes, na verdade, são aproveitadores
da boa-fé ou indiferença de inocentes que nem sequer sabem das maldades de que
são vítimas ao concordar em ser “os perdedores”.
A realidade de não haver vantagem na prática do “levar vantagem” pode ser vista na sociedade americana de modo irrefutável: de tanto levar vantagem perdeu a paz e vive a perspectiva de se tornar vítima de terrorismo a qualquer momento. Portanto, o caminho a ser caminhado é um caminho que lave a comunidade humana a um processo especulativo de buscar as causas da sua infelicidade que, na realidade, decorre do fato de deixar o planejamento da vida a cargo do individualista egoísta defendido por tipos como o Frankenstein americano se no século XVII, Cesare Beccaria afirmava a necessidade de cooperação quando disse que as vantagens da sociedade devem beneficiar todos da coletividade.
Portanto, jovens, para evitar de virem a ter o destino dos dinossauros, lembrem-se de que têm cérebro e tratem de usá-lo uma vez que ruminar um mesmismo burro é inaceitável se se pode raciocinar e distinguir o certo e o errado. Além do pão e circo, há motes incontáveis convidando do raciocínio. Um exemplo? Aqui vai: Se o STF é o guardião máximo da justiça, por que o sonho de todo colarinho branco quer ser julgado lá?