quinta-feira, 28 de outubro de 2021

ARENGA 621

 

Nem só o Reino Unido tem seu Frankenstein. Os americanos de bundas brancas também têm o seu na figura espiritualmente monstruosa do ex-Secretário de Estado Henry Kissinger.   Se absolutamente nenhum intelectual pode honestamente desconhecer que para se dar bem como todo mundo deseja a humanidade não pode prescindir de integração e harmonia, eis que aquela figura socialmente desprezível tem o desplante de dizer à humanidade em defesa da cultura capitalista o seguinte: “A competição selecionará o mais eficiente, um processo que, por definição, envolve vencedor e perdedor”. 

Apesar da grande influência que exerceu na administração pública mundial, para esta figura esquisita e tão desprezível quanto seus patrões ajuntadores de riqueza, nenhuma importância tem o sentimento de solidariedade humana, comportamento que não é praticado nem mesmo pelas marionetes inocentes do pão e circo, os jogadores de futebola, as "celebridades", "famosos" e reis de pau oco.  

Há razão de sobra para o que foi dito neste cantinho de pensar que a maior das contradições da humanidade seria a indiferença, ante os aleijões verbais de falsos líderes, na verdade, aproveitadores que despudoradamente pregam o apocalipse para uma plateia de mortos-vivos tão alheios à realidade quanto à facilidade que têm de ser ludibriados como crianças por opiniões de consciências prostituídas provenientes de lambedores das botas do sistema vigente.  

Inutilizada a capacidade de raciocinar, elimina-se a análise do que se ouve, e desta forma não se separa da mentira a realidade de não haver vantagem em ser os “vencedores” do Frankenstein americano porque estes, na verdade, são aproveitadores da boa-fé ou indiferença de inocentes que nem sequer sabem das maldades de que são vítimas ao concordar em ser “os perdedores”.

A realidade de não haver vantagem na prática do “levar vantagem” pode ser vista na sociedade americana de modo irrefutável: de tanto levar vantagem perdeu a paz e vive a perspectiva de se tornar vítima de terrorismo a qualquer momento. Portanto, o caminho a ser caminhado é um caminho que lave a comunidade humana a um processo especulativo de buscar as causas da sua infelicidade que, na realidade, decorre do fato de deixar o planejamento da vida a cargo do individualista egoísta defendido por  tipos como o Frankenstein americano se no século XVII, Cesare Beccaria afirmava a necessidade de cooperação quando disse que as vantagens da sociedade devem beneficiar todos da coletividade.

Portanto, jovens, para evitar de virem a ter o destino dos dinossauros, lembrem-se de que têm cérebro e tratem de usá-lo uma vez que ruminar um mesmismo burro é inaceitável se se pode raciocinar e distinguir o certo e o errado. Além do pão e circo, há motes incontáveis convidando do raciocínio. Um exemplo? Aqui vai: Se o STF é o guardião máximo da justiça, por que o sonho de todo colarinho branco quer ser julgado lá? 

 

 

   

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