sexta-feira, 27 de julho de 2018

ARENGA 507


As candidaturas de Luciano Huck a presidente da república e de Romário a governador do Rio de Janeiro expõem a realidade de haver algo de estupidamente errado com a política. Sendo ela, a política que determina as condições de vida da humanidade, fica claro a necessidade de uma nova política porque desta que está aí resultou uma insegurança tão grande e geral que ninguém está a salvo de a qualquer momento ser vítima da violência. Embora intelectuais e analistas políticos discorram incansável e enfadonhamente sobre política, ninguém se preocupa com o motivo pelo qual pessoas incapazes de redigirem um texto sobre algum assunto ainda que trivial por absoluta falta de conhecimento podem ser chefes de governo com aprovação das velhas raposas da política como Fernando Henrique Cardoso e Miro Teixeira? Antes da resposta, abre-se um parênteses para observar a propriedade da expressão “velhas raposas” atribuída aos políticos mais experientes.  porque o interesse e a ação deles na política é o mesmo interesse e ação da raposa no galinheiro. Fechado o parêntese, a resposta à questão de não se exigir qualificação intelectual para chefes de governo é simples: É que a “res publica” ou recursos públicos são considerados coisa de ninguém. Esta é a razão pela qual ninguém se interessa pelo resultado de sua administração. Quanto ao interesse das “velhas raposas” em ter como chefe do galinheiro, digo, do governo, pessoas de nenhuma qualificação moral ou intelectual é que a falta de discernimento e absoluta incapacidade administrativa destas pessoas, decorrente de seu analfabetismo, torna tais criaturas marionetes tão facilmente manobráveis que a chave do galinheiro, digo, do cofre, fica à mercê das “velhas raposas”.

O fato de haver algo errado com a política só não é percebido pelo povo por lhe ser vetada a atividade de pensar. Embora as aulas de filosofia, ciência que objetiva o desenvolvimento da atividade de pensar, não sejam absorvidas pela juventude porque as mentes dos jovens estão preocupadas com o exame de urina do jogador de futebola, a matéria filosofia está sendo retirada do currículo escolar, o que certamente ocasionará aos intelectuais oportunidade para demonstrar erudição através de grande, inútil e enfadonha tergiversação sobre o assunto. Mas na verdade tal procedimento visa dificultar à massa bruta de povo a percepção de sua condição de burro de carroça puxando um mundo de parasitas, realidade que aparece em notícias como esta, intitulada LUCRO DE BANCOS É MAIOR QUE GASTO COM BOLSA FAMÍLIA, onde se lê: Ganhos de cinco famílias banqueiras vão superar os R$ 30 bilhões do programa com 39 milhões de famílias. O Segundo maior banco privado do país, o Bradesco, fundado por Amador Aguiar, em 1943, divulgou ontem lucro líquido recorrente de R$ 5,161 bilhões no segundo trimestre. É por isto que se proíbe à massa bruta de povo o contato com a filosofia porque só mesmo não pensando para se encarar como normal uma política da qual resulte tão brutal realidade.

A tarefa de viver está envolta num manto de falsidades que só são aceitas em função da incapacidade de pensar implantada nas pessoas desde tenra idade graças em função de dois fatores: A MALDADE HUMANA E A FACILIDADE COM QUE O CÉREBRO PODE SER CONDUZIDO. Esta realidade pode ser percebida quando o banqueiro paga a “celebridade” Rodrigo Santoro para se dirigir ao povo e sugerir-lhe “benesses” do Bradesco.

Custa nada sonhar com um mundo habitado por gente em vez de povo. Nenão? Inté.   

 

 

 

 

 

 

 

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quinta-feira, 26 de julho de 2018

ARENGA 506


Para saber o motivo da desarrumação do mundo não é preciso ler nenhuma das seiscentas e quarenta e três páginas do livro A desordem Mundial, do intelectualíssimo Luiz Alberto Moniz bandeira, calhamaço chatíssimo e próprio para intelectuais e seus livros bons de venda porque eles estão mais preocupados em pavonear sua intelectualidade em esbanjamento de erudição do que em explicar o motivo pelo qual há desordem no mundo, o que fica plenamente explicado tomando-se conhecimento da seguinte frase do historiador Henry Thomas na página dezesseis do livro História da Raça Humana: O HOMEM É UMA CRIATURA ESTÚPIDA. Os dicionários definem a estupidez como falta de inteligência. Assim, não se pode esperar que seres desprovidos de inteligência sejam capazes de ações inteligentes que pusessem ordem no mundo. A estupidez humana aparece de modo espetacular nas suas duas principais prioridades: Deus e riqueza, justamente as causas da infelicidade humana por serem duas irrealidades. Simples assim. É nociva a crença na existência de Deus porque ela implanta outra falsa crença: a de não ser preciso lutar por um destino melhor uma vez que Deus estabelece o destino de cada um. Simples assim: deixando-se o destino individual ao acaso, deixa-se também ao acaso o destino da humanidade porque ele é a somatória dos destinos individuais, enquanto que a nocividade da crença na riqueza é que ela depende da competição que desembocou na realidade insustentável e perigosa de haver um rico para milhões de pobres a lamber os beiços, de olhos grandes sobre a riqueza dele.

Não há maior estupidez do que pensar o futuro apenas no que diz respeito a dinheiro; há estupidez em apodrecer a água do planeta e ir procurá-la em Marte porque ainda que se ligue um cano na água de lá e a traga prá cá, ela custará tão caro que a imensa massa bruta de povo não aguentará a sede e avançará sob o que quer que a impeça de beber a água marciana azul ou verde. Há estupidez em não meter de pronto políticos na cadeia. Ter dúvida sobre seus crimes, como faz a (in)justiça), equivale a se encontrar as penas da galinha que falta no galinheiro e ter dúvida se ela foi morta pela raposa encontrada lá dentro. Há estupidez em não condicionar a quantidade de usuários à quantidade de recursos naturais; há estupidez no consumismo, na crença de que emprego seja sinônimo de bem-estar social, na necessidade de se acalmar o Mercado em vez da violência que leva jovens às drogas, ao suicídio e a disparar armas sobre outros jovens. Tudo é só estupidez. Até nas ações das quais resultaram melhores condições de vida como proteção contra o desabrigo e a saúde provêm do instinto e não da inteligência porque a anta também evita os dissabores da natureza. A desinteligência materializa-se plenamente na ação de usar o avanço científico para criação de riqueza para poucos em vez de ser usado para o bem comum.

Portanto, apenas a frase do historiador “o homem é uma criatura estúpida” esclarece com mais eficiência do que o livro chatíssimo A Desordem Mundial o porquê da desordem. Assim, passa-se a palavra à juventude, quando houver uma juventude menos estúpida do que atual. Inté.   

 

quarta-feira, 25 de julho de 2018

ARENGA 505


O mundo dos esportes é a parte visível do pão e circo que aparece não só na algazarra que a papagaios de microfone faz em torno da palavra gô, mas também na expressão de alegria assumida por eles e elas quando passam a se referir sobre goleadas. O mundo do pão e circo tem extensão tão ampla quanto a incapacidade da massa bruta de povo em perceber seus tentáculos. Só os hiperbóreos são capazes de perceber o motivo que faz o pai de Neymar ser motivo de notícia na imprensa. Pois é. Por trás disso daí rolam tantas coisas do arco da velha quanto rolam também no fato da papagaiada de microfone demonstrar estupefação ante a morte da estudante brasileira em tiroteio na Nicarágua, enquanto aqui, debaixo das barbas dos papagaios e dos cosméticos das papagaias de microfone muitas pessoas morrem diariamente nas mesmas condições. Assunto sobre o qual a papagaiada de microfone deveria papagaiar é o motivo pelo qual os jovens brasileiros precisam deixar o Brasil. O fato de nada se falar sobre o assunto, por desconhecimento ou pela obrigação imposta pelos donos dos microfones através dos quais a papagaiada orienta a massa bruta quanto o que comprar, onde comprar, que remédio tomar, para onde viajar, em que banco deve ter o rabo esfolado, enfim, como devem agir as pessoas, tudo isto faz parte do pão e circo. A expressão pão e circo significa a anulação da capacidade de raciocinar em virtude de se ter a mente envolvida não só com fantasias como vida depois da morte, Papai Noel, milagres, beijos do Papa no pé do infeliz, mas também com futilidades como a matéria na imprensa cuja manchete é EM BUSCA DA XOXOTA PEERFEITA e assuntos relacionados à viadagem da realeza britânica. O condicionamento mental pelo pão e circo é tão absoluto que não permite uma à mente ocupar-se com os assuntos importantes da vida, tais como o fato de virem os seres humanos desde sempre destruindo o que construíram independentemente dos esforços e gastos na construção. As destruições e reconstruções do suntuoso Templo de Salomão, em Jerusalém, na antiguidade, e os bombardeios atuais são a materialização da louca insensatez humana da qual resulta uma sociedade às avessas porque baseada em competição entre os próprios integrantes da sociedade humana girando eternamente em torno de um mostro denominado economia, definida por Machado de Assis como filha da avareza, no conto A Igreja do Diabo.

No mesmo conto, aliás, ao dizer que do mesmo modo como aconteceu com São Pedro, Cristo, São Paulo, Maomé, enfim, com a cambada da religião, também o Diabo com sua pregação antirreligiosa conquistou inúmeros seguidores, o grande escritor faz referência à estupidez da tendência que têm os seres humanos em se deixar levar por líderes em vez de traçar seu próprio destino. O resultado deste comportamento desinteligente é que do destino traçado pelos seus líderes resultou em milhões e milhões de homens em armas das mais sofisticadas, com gastos monumentais, visando destruição, ao lado de uma pobreza igualmente monumental.

Terá realmente a humanidade de ser tão insensata? Com a palavra, a juventude. Inté.   

 

segunda-feira, 23 de julho de 2018

ARENGA 504


 A imprensa noticia que o governo desperdiça cento e setenta e três bilhões de reais em programas sem retorno. Ora, só uma estupidez lapidar é capaz de ainda imaginar que os governos existem para outra coisa. Aí estão os monumentais palácios onde a vida se assemelha aos contos de fada, os passeios mundo afora e o enriquecimento também noticiado pela imprensa em matéria jornalística cuja manchete era a seguinte: Estão todos ricos, referindo-se esse “todos” aos integrantes do governo. O enriquecimento ou o aumento da riqueza é o motivo pelo qual ricos empresários ocupam cargos públicos. Como a razão de ser da imprensa é falar, falar e falar, a papagaiada de microfone rodopia em torno dos fatos, quando o que se faz necessário é advertir a juventude dos horrores que estarão à espera de seus descendentes a continuar a vida sendo vivida com total indiferença às necessidades dos necessitados, os quais, em relação aos abastados, somam infinita maioria de infelizes descontentes. De acordo com o livro Grandes Batalhas, de Luiz Octavio de Lima, por conta de descontentamento com o modo dos políticos, nada menos do que vinte e uma revoltas ocorrerem no Brasil, tendo por consequência mortes, violência sexual, enfim, sofrimentos. Ante a realidade do atual e justificado descontentamento com a política, não se justifica a indiferença com que a juventude, a maior prejudicada, permaneça fazendo parte da massa bruta de povo interessada apenas no pão e circo, indiferente ao total descaso quanto à necessidade de uma vida digna, o que depende indiscutivelmente de uma política responsável. O descaso com o povo chega ao cúmulo do escárnio quando um deputado propõe que o SUS cobre pelo já péssimo tratamento da saúde dos pobres e a criação de um tribunal de justiça ainda mais conivente com os criminosos ricos do que o STF. O verdadeiro caráter antipovo da política já não precisa mais dos subterfúgios com os quais disfarçava. Atualmente, ministros da mais alta corte de justiça, indiferentes à perigosa insatisfação da massa bruta de povo, juntamente com advogados que ganham rios de dinheiro com o trabalho antissocial de defender ladrões do erário, com escárnio, açulam a ira de uma população indignada e impotente ante tais desmandos.

Foi tudo transformado numa esculhambação tão grande que se faz necessário arrumar tudo antes de ser preciso reconstruir depois de uma inevitável destruição com mortes, violência sexual e muita infelicidade, principalmente para a juventude festiva e indiferente ao dia de amanhã. Erram fragorosamente os seres humanos ao desconhecer a realidade de ser o dinheiro o único responsável pelo bem-estar. No entanto, sendo esta a realidade, pior do que o desperdício do dinheiro público é ser proposital este desperdício. Cada obra pública, em função dos conluios mostrados pela Lava Jato, custa várias vezes o necessário. As tais privatizações são uma forma de desbaratamento dos recursos públicos sob a alegação de que o governo deve ser enxuto. Ao contrário, o governo deve ser gigantesco. Deve ser atribuído ao Estado o nada escapa de uma ação corretiva atribuída a Deus porque é do dinheiro público que depende o bem-estar social do qual depende o bem-estar individual. As privatizações são formas de conluio entre os políticos declaradamente inimigos da população e o empresariado que, por conta da cultura do cada um por si, é também inimigo de uma sociedade livre de injustiça. Para disfarçar a canalhice das privatizações o governo engana a massa bruta de povo criando Agências Reguladoras supostamente encarregas de fazer cumprir fielmente o dever de bem administrar um patrimônio construído com dinheiro do povo e entregue à responsabilidade de Reis Midas disfarçados de empresários que facilmente subornam os funcionários das tais agências e, como os bancos, também esfolam impiedosamente o rabo da massa bruta de povo que, por não pensar, vive justamente para ter o rabo esfolado. É o olho grande no rabo da massa bruta de povo que dá origem à disputa ferrenha dos candidatos por segundos de aparição na televisão. Acostumados a se deixar levar pela mídia, graças ao sistema democrático tido como melhor apenas por ainda não se ter inventado algo melhor, os eleitores votam naquele que aparece mais e têm mais tempo para fingir interesse por uma administração correta através de frases de efeito quando corruptos bradam de dedo em riste ser necessário acabar com a corrupção.

 O único setor da sociedade que poderia chegar à conclusão de ser necessário procurar um sistema menos desinteligente de administração pública, a juventude, o pão e circo fez dela uma massa amorfa de imbecis futucadores de telefone capazes de considerar como seres merecedores de fama e celebridade verdadeiras nulidades intelectuais cujo mundo gira em torno de dinheiro, langerries, calcinhas, cuecas e bundas. No Yahoo, frequentado por jovens, há fartura de tais assuntos. A disputa de unhas e dentes pelo tempo de TV, enfim, é a materialização da realidade de ser a propaganda a arte de explorar a ignorância humana. As propagandas marteladas incessantemente no pé do ouvido da massa bruta de povo faz mentira virar verdade. A propaganda na qual o ator Rodrigo Santoro recomenda ao povo as vantagens do Bradesco materializa esta realidade uma vez que é por falta dos bilhões e bilhões que os banqueiros arrancam da sociedade que, para infelicidade das criancinhas, a violência decorrente da pobreza produzida pela falta desse dinheiro está assumindo contornos de irreversibilidade como afirma o próprio ministro da Segurança Nacional, razão pela qual, em busca de segurança, deixam seu país sessenta e dois por cento de brasileiros imbecis e sem amor-próprio que não têm vergonha de ser mal recebidos pelos presunçosos brutamontes dos países que se consideram civilizados, mas cuja mentalidade é tão rasteira que seus cidadãos se encantam com viadagem de príncipes, e, a fim de não deixar cair a peteca do pão e circo, um deles pagou setenta e cinco milhões de Euros para que um pobre ignorante de sociabilidade procurasse evitar gô para o Liverpool. A tecnologia anulou na juventude a sagacidade que caracteriza o jovem mentalmente sadio e o resultado não será nada bom. Inté.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

ARENGA 503


Ser candidato no México é quase uma sentença de morte - Desde o início da campanha eleitoral, ao menos 114 políticos e candidatos foram assassinados. Esta notícia na imprensa dispensa toda futricagem da papagaiada de microfone que, como comadres futriqueiras, futricam enjoativamente sobre candidaturas, planos de governo, coligações, Centrão, Esquerda, Direita e a PQP, tudo encheção de saco e perda de tempo porque as reuniões de candidatos e as coligações políticas têm para a massa bruta de povo o mesmo resultado das reuniões e das coligações entre facções mafiosas para determinar as área sobre as quais terão direito de extorquir as pessoas através da venda de proteção e drogas. Falar nisso, cadê o senador e seu filho apanhados com meia tonelada de cocaína? A movimentação de urubus revoando em torno da carniça, é a mesma movimentação de candidatos em torno da chave do cofre que guarda o erário. Se a voracidade dos primeiros visa a carne morta, a dos segundos visa a carne viva da massa bruta de povo que gasta a vitalidade em troca da comida que lhe garante energia para produzir a riqueza da qual não desfrutará por ser propriedade de apenas um por cento da humanidade.

 A realidade de não visarem os candidatos o interesse público, em poucas palavras foi demonstrada pelo maior dos comentaristas, Ricardo Boechat, ao observar que nenhum dos pretendentes atuais à chave do cofre se manifesta a respeito das graves ameaças que põem em perigo as futuras gerações e que já pesam sobre as atuais em consequência das agressões ao meio ambiente.

Apesar de totalmente contrárias aos interesses da população, as atuais condições de vida resultantes da liderança política, não terão elas a mínima chance de mudar enquanto não houver uma juventude capaz de perceber o que há por trás do fato esquisito de se considerar pessoas semianalfabetas em letras e totalmente analfabetas em sociabilidade mais importantes do que pessoas como Florestan Fernandes, Heloisa Helena, Joaquim Barbosa, Eliana Calmon e os jovens da Lava Jato. Nenhuma das “celebridades” e dos “famosos” endeusados pela massa bruta de povo é capaz de escrever dez linhas a respeito do que seja a vida em sociedade. Entretanto, a grande imprensa martela incessantemente notícias sobre estas nulidades mentais. Por que será que assuntos sobre futebola, langerries, calcinha, bundas e exame de urina de jogador de futebola ocupam maior espaço na grande imprensa do que os assuntos relacionados à qualidade de vida? O mundo ficará melhor quando este mistério deixar de ser mistério para a massa bruta de povo porque não é mistério nenhum para quem aprendeu com os Grandes Mestres do Saber que a animalidade existente no “levar vantagem” ainda é o mote que orienta a humanidade. Na página 15 do livro O Livro da Economia consta a afirmação de Joan Robinson de que o estudo da economia serve para aprender a não ser enganado pelos economistas. Não é por falta de frases de efeito que o mundo virou esta merda total. Ainda que todas as pessoas do mundo estudassem economia para não serem enganadas pelos economistas, ainda assim, haveriam de ser enganadas por outros enganadores uma vez que a tapeação é necessária à cultura da competição defendidas pelos sábios da “sabedoria” aprendida nas Harvards do mundo.

É por conta da necessidade de roubar, de ser desonesto, crápula e cretino que as disputas esportivas não podem contar apenas com alguém que contabilize os pontos de cada competidor. Precisam, além disso, de um juiz que impeça as fraudes. Como a desonestidade é inerente à cultura do cada um por si, também é comum a expressão “juiz ladrão” mesmo nas altas cortes de justiça, fato que levou honrada e competente ministra Eliana Calmon a observar a existência de bandidos de toga. Foi a tão ilustre e esclarecida pessoa que a massa bruta de povo negou a oportunidade de representá-la no senado. Inté.

  

 

quinta-feira, 19 de julho de 2018

ARENGA 502


O estado de degradação humana deveria convencer da falsidade da existência de uma Providência Divina, e o fato de apenas um por cento da humanidade estar de posse de noventa e nove por cento da riqueza do mundo deveria convencer da falsidade de ser a competição a melhor forma de se viver em sociedade. As pessoas não chegam a esta conclusão porque estão acostumadas a ter o falso por verdadeiro, comportamento que lhes é imposto por uma força exterior que modela a mentalidade humana graças à incapacidade de raciocinar por si próprias, razão pela qual a humanidade dependente de uma liderança que jamais a levará a um porto seguro. Mao Tsé-Tung é o último exemplo histórico da inutilidade de liderança no que diz respeito ao processo evolutivo da civilização humana. Na introdução do seu livro, O Livro Vermelho, consta que a influência da liderança de Mao foi capaz de provocar convulsões nos estaleiros de Londres e rebeliões entre os estudantes universitários de todo o mundo. Entretanto, de que adiantou toda esta movimentação se o mundo continua cada vez pior e o povo cada vez mais submisso à servidão? Na página 17 consta que Mao convocou a classe operária do mundo para se unir a fim de combater a agressão imperialista e os lacaios do imperialismo. Ora, tal discurso não teve efeito prático algum porque proletariado é povo, e povo que saber mesmo é de pão e circo. Na página 18 o grande líder chinês fala sobre a industrialização e modernização da agricultura chinesa como meio de promover o bem-estar do povo chinês. Na realidade, tal modernização beneficia mesmo é o agribiuzinesse através do qual os lacaios do imperialismo fazem o povo comer veneno e acumulam imensas fortunas nos infernos fiscais. Mas a maior demonstração de inutilidade da liderança maoísta está na orientação para emprego da violência como meio de evoluir para uma sociedade justa, portanto, civilizada, constante da página 24. A violência, inerente aos seres brutos, é justamente a causa do infortúnio do ainda bruto ser humano. A marcha rumo à civilização jamais será iniciada por espontânea vontade da massa bruta de povo como queria Mao porque o raciocínio do povo é fabricado justamente na indústria dos lacaios do imperialismo combatido pelo grande líder chinês e implantado no povo por um séquito de baba-ovos, ou papagaios de microfone, que garantem e assinam embaixo ser melhor do que qualquer outro o sistema que lhes paga o salário, mesmo sendo um sistema tão torpe e sem vergonha no qual os administradores públicos fogem da obrigação de trabalhar usando do eufemismo de que Estado melhor é o que menos trabalha. Então, deve a massa bruta de povo sustentar uma plêiade de parasitas aboletados em suntuosos palácios apenas para coçar o saco, entregando a tarefa de executar o trabalho que lhes compete a ladrões sedentos de riqueza como são os ricos empresários, uma vez ser impossível ser rico e honesto ao mesmo tempo, a tarefa de executar o trabalho que lhes compete? A humanidade nunca terá destino diferente do destino de manada rumo ao matadouro enquanto cada ser humano for incapaz de se conscientizar da realidade de estar vivendo de modo tão errado que sua vida em nada difere da vida de matança das feras.

Mas, nem tudo em Mao é tão inútil quanto sua esperança na massa bruta de povo cujos espécimes considerados mais civilizados ainda se encantam com realeza e viadagem de príncipe. Na página 27 do mesmo livro, O Livro Vermelho, Mao adverte sobre o perigo proveniente dos inimigos sem armas. Quem superou a fase bruta de povo percebe que da ação criminosa dos inimigos que não precisam de arma para roubar uma vez que detêm a chave do cofre que guarda o dinheiro público resulta em danos maiores à sociedade do que o roubo dos inimigos com arma na mão. Entretanto, a maior contribuição de Mao para o bem da humanidade está na observação constante da página 31 de que o socialismo acabará por substituir o capitalismo. Realmente, a necessidade de satisfazer as necessidades impostas pela natureza acabará convencendo as necessitados o erro de se conformar na em tal condição, e, da mesma forma, convencendo também aos responsáveis pela existência de necessitados do grande erro de sua crença de haver seres humanos que não precisam de comida, roupa, morada, instrução e dignidade. Inté.

 

domingo, 15 de julho de 2018

ARENGA 501


Palavras são o instrumento de produzir a comunicação com a qual a opinião pública é manipulada a ponto de fazer com que adultos tenham o mesmo comportamento de crianças. Do ponto de vista da maturidade intelectual que dignifica o homem, nada mais ridículo do que adultos, como crianças, ante o resultado de um jogo de futebola, se emocionar a ponto de ir às lágrimas e sentir orgulho por vestir uma camisa do tipo da que veste o jogador, marionete manipulada pelas Forças Ocultas que a Lava Jato principia a desocultar ao trazer a público o conluio entre empresários e os falsos líderes. O Grande Mestre do Saber indiano, Krishnamurti, certamente por perceber a facilidade com que o cérebro pode ser conduzido e o perigo decorrente desta condução em função da maldade humana, recomendou não só a necessidade de evitar qualquer tipo de liderança, mas também que só por meio da mudança nos indivíduos será possível haver mudança na sociedade. Como os indivíduos permanecem na condição estúpida de povo, os falsos líderes, através de um séquito de baba-ovos ou papagaios de microfone, impede a mudança necessária à existência da mudança que tornasse sua vida capaz de evitar os sofrimentos evitáveis tais como uma velhice chorosa nos corredores dos hospitais. Efetivamente, o mundo estará cada vez pior enquanto os indivíduos, como robôs, continuarem sendo manipulados por interesses inconfessáveis de falsos líderes políticos, na verdade marionetes dos brutamontes espirituais, verdadeiros monstros sedentos de riqueza que abominam a palavra sociabilidade, embora obrigados a viver em sociedade. É, enfim, através de palavras que os falsos líderes do mundo convencem a massa bruta de povo de estar bem em sua condição de massa bruta. Ante tamanha importância, a palavra deve ser usada com a mesma precisão com que os profissionais da saúde e da culinária usam o bisturi e os condimentos. Entretanto, para desgraça da humanidade, que embora na desgraça acha-se feliz, não é o que acontece. A palavra é usada para deformar ou esconder a verdade e substituir a realidade por falsidades. A falta de sintonia entre a palavra e a realidade está presente até mesmo nos melhores livros. O capítulo segundo do livro Mitologia, de Thomas Bulfinch, por exemplo, apesar de ser um deleite do ponto de vista do esclarecimento da espiritualidade dos inocentes povos antigos, principia com as seguintes palavras: “A criação do mundo é um problema que, muito naturalmente, desperta a curiosidade do homem, seu habitante. OS ANTIGOS PAGÃOS, QUE NÃO DISPUNHAM, SOBRE O ASSUNTO, DAS INFORMAÇÕES DE QUE DISPOMOS, PROCEDENTES DAS ESCRITURAS, tinham sua própria versão sobre o acontecimento, que era a seguinte:” Antes de serem criados o mar, a terra e o céu, todas as coisas apresentavam um aspecto a que se dava o nome de Caos. Uma informe e confusa massa, mero peso morto, na qual, contudo, jaziam latentes as sementes da coisas. A terra, o mar, e o ar estavam todos misturados; assim, a terra não era sólida, o mar não era líquido e o ar não era transparente. Deus e a Natureza intervieram finalmente e puseram fim a essa discórdia, separando a terra do mar e o céu de ambos. Sento a parte ígnea a mais leve, espalhou-se e formou o firmamento; o ar colocou-se em seguida, no que diz respeito ao peso e ao lugar. A terra, sendo a mais pesada, ficou para baixo, e a água ocupou o ponto inferior, fazendo-a flutuar. Nesse ponto, um deus – não se sabe qual – tratou de empregar seus bons ofícios para arranjar e dispor as coisas na Terra. Determinou aos rios e lagos seus lugares, levantou montanhas, escavou vales, distribuiu os bosques, as fontes os campos férteis e as áridas planícies, os peixes tomaram posse do mar, as aves, do ar, e os quadrúpedes, da terra. Tornara-se necessário, porém, um animal mais nobre, e foi feito o homem. Não se sabe se o Criador o fez de materiais divinos, ou se na Terra, há tão pouco tempo separada do céu, ainda havia algumas sementes celestiais ocultas. Prometeu tomou um pouco dessa terra e, misturando-a com água, fez o homem à semelhança dos deuses”. As palavras escritas com letras maiúsculas fazem crer que as informações provenientes das Escrituras são capazes de explicar o fenômeno da Criação, quando, na verdade, a explicação das Escrituras segundo a qual as coisas passaram a existir porque Deus mandou que elas existissem, o que teria ocorrido há cerca de seis mil anos apenas, é uma fantasia tão fantasiosa quanto a explicação dos antigos pagãos, e mais cedo ou mais tarde a ciência acabará por torná-la objeto da curiosidade literária apenas, do mesmo modo como é hoje a Mitologia Grega. Dia haverá em que se chegará à realidade de ser menos importante saber sobre a origem do mundo do que saber o motivo pelo qual ele é tão infeliz.

Os raros seres humanos que perceberam estar a vida sendo vivida de modo equivocado e que se dispuseram a pregar melhor forma de vida, paz e irmandade entre os brutos seres humanos, perderam seu tempo. Todo seu esforço teve o mesmo resultado que teria o esforço de alguém que se embrenhasse selva a dentro objetivando ensinar boas maneiras às feras. O estado de REFINADA SELVAGERIA que na página 403 do livro História da Raça Humana o historiador Henry Thomas atribui à Inglaterra, França e Alemanha do século XVII, continua existindo e existirá enquanto a humanidade se mantiver na condição de meros espectadores de um destino decidido por falsos líderes temporais e espirituais, comportamento condenado pelo também Grande Mestre do Saber Krishnamurti, aboletados em suntuosos palácios, constituindo uma corte tão cara quanto inútil, cujo custo seria suficiente para que não houvesse um só faminto no mundo. O povo ainda se constitui numa massa tão bruta que embora fornecendo a seus falsos líderes recursos para as despesas com a administração pública, quando recebe deles algo como uma simples ponte que lhes permite passar para o outro lado do rio sem entrar n’água, tal benefício é recebido como se fosse atitude de filantropia, com discursos, foguetório e pavoneamento em vez de mera obrigação, a mesma que tem qualquer empregado de apresentar a seu empregador a tarefa devidamente cumprida, como faz também o aluno ante o professor.

Para que o ser humano mereça a superioridade que ele se atribui em relação aos irracionais seria necessário ter comportamento diferenciado do comportamento dos bichos, o que está longe de ser realidade. Embora tenha engendrado processos que melhoraram a tarefa de viver, continua incapaz de viver de modo agradável. Se um quer ler, dormir, ou ter a paz necessária para amargar algum dos infortúnios com os quais a natureza é pródiga em brindar suas criaturas, outro quer festa e foguetório. As guerras são a materialização da desarmonia entre os seres humanos. Desarmonia tão grande que os torna inferiores aos irracionais que só matam porque a natureza não lhes dá outra opção. Na página 23 de um dos meus livros de cabeceira, História da Raça Humana, o historiador Henry Thomas, depois de discorrer sobre a pré-história da raça humana, resume da seguinte maneira a conclusão a que chegou: “vemos assim, neste breve esboço da pré-história, que, há vinte e cinco mil anos, os nossos antepassados semelhantes ao macaco já possuíam muitas das virtudes e quase todos os vícios que caracterizam o homem nos tempos atuais. No que diz respeito às virtudes, progredimos pouco; e quanto aos vícios, ainda os conservamos, graças à tenaz ignorância da raça humana”. E, mais adiante, na página 24: “Partindo de um plano pouco mais elevado que o dos macacos, o homem pré-histórico relutante dos Períodos Glaciais, apareceu há cerca de dez ou doze mil anos, num plano que se achava muito pouco abaixo daquele que ocupa, em média, o homem atual”. Pouco depois, na página 25: “O homem é um aluno terrivelmente atrasado na escola da vida”.

Desta forma, que a juventude saia do seu estado de torpeza mental e reflita se não estaria melhor o mundo de seus descendentes se os papagaios de microfone que papagaiam sobre Mercado, Sistema Financeiro, Empresários, Consumo, PIB, Cotação de Moedas, Copa do Mundo, Fórmula Um, fossem substituídos por pensadores dedicados a pensar sobre a vida, entre os quais Sócrates, Platão e Aristóteles, como acontecia na antiga cidade grega de Atenas. Se as lições daqueles pensadores não foram aprendidas, o historiador Henry Thomas explicou o motivo quando disse ser o homem um aluno terrivelmente atrasado na escola da vida. Duas ilustrações, uma na página 329 do livro O Livro da Economia, editora Globo Livros, e outra na página 148 do livro O Livro da Política, da mesma edita, são o retrato fiel da estupidez humana. Na primeira ilustração, soldados perfilados ante um homem que os examina do mesmo modo como o fazendeiro examina seu rebanho. Abaixo, os seguintes dizeres: “Sani Abacha (o nome do imponente senhor) tomou o poder na Nigéria em 1994. Sua ditadura corrupta estava acima dos tribunais, o que permitiu que sua família se apropriasse de US$5 bilhões de dinheiro público. Na segunda ilustração, vê-se uma imponente senhora ricamente vestida passando indiferente por outra senhora sentada na sarjeta, de cabeça baixa, implorando por caridade.

Com a palavra, a juventude. Inté.