domingo, 25 de setembro de 2016

ARENGA 319






Tudo à nossa volta são mentiras, engodos, falsidades, insanidades. Pais criminosos ensinam às suas crianças a se tornarem analfabetas políticas ao ensinar-lhes comportamentos antissociais fazendo-as dependentes das divindades em vez de ensinar-lhes estar errado que um trabalhador assalariado pague o mesmo imposto que um bilionário paga ao comprar um quilo de feijão. As igrejas e as brincadeiras existem exatamente para castrar nas pessoas a capacidade de raciocinar, o que as torna tão mentalmente insignificantes quanto os seres desprovidos de raciocínio. Exemplos da mediocridade intelectiva estão à mostra, mas a desnecessidade de se pensar sobre o que se ouve, absurdo recomendado pela religiosidade, impede a percepção da irrealidade vivida. Um exemplo: Uma notícia na imprensa dá conta do seguinte: “Se o aquecimento global continuar no ritmo atual a civilização estará no rumo de uma catástrofe da qual resultaria a extinção de milhões de espécies que nada têm a ver com o egoísmo dos seres humanos que se julgam superiores”. A realidade de dependermos da existência das outras espécies é ignorada pelos frequentadores de igreja, axé e futebola, embora mais importante para a vida do que fazer orações. Entretanto, matança muito maior praticou o Deus adorado pela malta ignorante, sem que fosse levado em conta a circunstância de que os bichos nada tinham a ver com o pecado dos homens, motivo pelo qual, por várias vezes na bíblia, Deus promoveu matança dos infelizes animais passados a fio de espada em Jericó e da totalidade deles mortos afogados no episódio do dilúvio. E olha que os bichos daquela época eram mais inocentes do que os modernos porque há entre estes alguns que tomam sorvete, vão ao dentista e ao psiquiatra.

É um destrambelhamento generalizado a vida que se vive. Pode haver maior absurdo do que destruir a natureza para fazer imensas riquezas cuja finalidade é dar a brutamontes espirituais o direito de fazer pose na revista Forbes? É, ou não é, absurdo total conformar-se em ser governado por bandidos? Pode-se conformar com a situação de representantes do povo se mancomunarem e criarem leis que os absolvam de crimes cometidos contra o povo? A que destino será levada a juventude por um sistema de governo onde os poderes que o constitui em vez de fiscalizar um ao outro face à rapinagem própria dos seres humanos se juntam todos em ações criminosas? Loucura, pura loucura. Se governos de povos bárbaros disfarçam seus crimes, motivo pelo qual são aqueles povos tidos como civilizadas, os governos das repúblicas de banana dão uma banana para a opinião pública e deitam e rolam na tarefa brutal e sem futuro de espoliar a massa bruta de povo. Chega-se ao cúmulo de jornal publicar a seguinte notícia: “Com pouco dinheiro, a eleição deste ano será desinteressante”. Porque haveria eleição de precisar de mais dinheiro do que o suficiente para haver lugar, urna e os funcionários responsáveis pelo recebimento do voto? Loucura, só loucura, principalmente em se aceitar pacificamente as loucuras de desequilibrados mentais pela cultura do enriquecimento de poucos a custo do empobrecimento de muitos. Tal situação não pode nem deve continuar. Carece de mudança urgente, mas mudança inteligente da qual não faça parte a violência porque ela não leva à paz, objetivo primordial a ser visado pela humanidade.

Autoridades responsáveis pelo equilíbrio social são mentalmente desequilibradas em seus pronunciamentos. Quando o banqueiro e ministro do Tesouro Nacional, Henrique Meireles, declara que os estados precisam fazer ajustes em vez de dependerem da União, falta ao banqueiro/ministro um equilíbrio de raciocínio para perceber que União e estados são figuras de ficção e, como tais, como poderiam assumir a materialidade necessária para produzir recursos? Um deputado honrado e que talvez por isso mesmo não seja mais deputado, Raul Ferraz, tendo em vista a realidade de que não se planta feijão nos estados ou na União, mas sim nos municípios, malhou exaustivamente a tecla da tese municipalista segundo a qual seriam dispensados os gastos astronômicos com os governos federal e estaduais por sua inteira inutilidade uma vez que os municípios poderiam ser administrados por si próprios. Ficou o dito pelo não dito porque complicar é mais conveniente que simplificar para os parasitas acastelados à sombra de mil e uma mordomias entre as quais se incluem institutos que preservem sua memória nefasta e toneladas de presentes.

A canalhice exposta na notícia de que os Bancos do Brasil e Bradesco (na verdade o povo) devem socorrer a construtora Odebrecht com empréstimo de R$ 500 milhões é mais uma loucura contra a qual se deve espernear por ser mais uma cusparada na cara do povo imbecil que depois de sair dos ônibus, trens, carros pebas doados por Deus, vão para as igrejas e para os terreiros de brincadeira em vez de consultarem seus travesseiros onde está a justiça de dar tal destino ao resultado do seu trabalho. Não menos entristecedora é a notícia na imprensa que Zagallo, de cadeira de rodas, emociona-se ao desfilar com a tocha olímpica, fato que demonstra pobreza espiritual ao não perceber o ridículo que é um velho ser levado pelas artimanhas dos ricos donos do mundo a segurar um bastão com fogo na ponta, sem ter a mínima ideia da sacanagem que rola por trás daquela cena, na verdade, entristecedora. Encerrando esse lengalenga, a notícia de que Chico Mendes faz parte do calendário de santos da Igreja Episcopal mostra a inferioridade das formas do bem face às do mal. Estas selam o destino de quem se mete a besta de contrariar os interesses do agribiuzinesse que os papagaios de microfone afirmam ser beleza pura. Inté.

 

 

 

 

 

 
  
 


 

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

ARENGA 318


Como o beija-flor da fábula e seu pingo d’água sobre o incêndio, também é extremamente necessário que aqueles seres humanos que conseguiram superar a fase bruta de povo lancem um pingo de luz sobre a escuridão mental em que vivem os habitantes deste belo país de triste sorte cuja mediocridade é um espanto. Nesse exato momento, ao lado de notícias sobre o resultado de exame de urina de jogador de futebola, da “celebridade” que deixou a xoxota à vista ou que tem mais silicone na bunda e nos peitos, o “famoso” que tem a rola maior, se é ou não é importante o tamanho dela, assuntos estes, condizentes com a mentalidade de frequentadores de igreja, axé e futebola. Ultimamente, ao lado destes importantíssimos assuntos, a imprensa brasileira de propriedade dos ricos donos do mundo acrescenta ao seu festival de técnicas ardilosamente arquitetadas para não deixar que as mentalidades saiam da mediocridade, passou a versar sobre a discussão do estupro. Como não podia deixar de ser, o assunto é tratado de modo tão estúpido quanto seus leitores e ouvintes. Em polvorosa, a papagaiada de microfone, principalmente do sexo feminino, sente-se indignada porque boa parte dos biltres do sexo masculino acredita que a roupa provocante da mulher contribui para a prática do crime de grudunhar a fêmea independentemente de sua vontade. Falta aos pobres mentais que fazem a pergunta para a pesquisa, aos que respondem, aos que divulgam e aos que ouvem o resultado, a capacidade de enxergar um palmo além do nariz a fim de perceber o que está por traz dos crimes de estupro. Se nos países tidos como socialmente evoluídos a mentalidade de seus habitantes não impede a ocorrência de crimes, quanto mais em repúblicas de banana habitadas por macacos apaixonados pelos Estados Unidos, país berço da criminalidade, mas que é exemplo para a macacada a alardear o "Halloween" e o "Black Friday".
À prática do ato sexual se levado por um impulso natural ao qual é impossível resistir. Quando se é educado socialmente e se toma conhecimento da necessidade de certos comportamentos, chega-se à parceira por meio da chamada conquista. Quando não, toma-a na marra porque o macho dispões de maior força física, o que lhe permite dominar a fêmea, mais fraca. É tudo uma questão de força. A natureza exerce sobre o ser humano maior poder de fazer cumprir sua exigência do que a convenção social. Desse modo, o não preparado para a vida social, uma vez dominado pela libido exacerbada ante a quantidade xoxotas, bundas e peitos expostos por toda parte, é vencido e se rende à tentação de derrubar a fêmea e montar em cima. Ainda outro dia, à minha frente ia uma mulher usando uma calça fina que dividia sua bunda e deixava as duas nádegas praticamente expostas. Fui tomado por uma vontade só não irresistível porque resisti. Mas a vontade era de colocar a mão entre as duas parte da bunda dela. É inútil esperar que bichos com forma de seres humanos no auge de sua potencialidade vital se contenham por força de normas sociais estabelecidas em leis.
Os frequentadores de igreja, axé e futebola contra argumentarão estes argumentos alegando que pessoas educadas cometem o mesmo crime. No entanto, incorrem na falta de atinar para o fato de haver não só mentes doentias incapazes de receber orientação, mas também que a orientação dada pelo sistema deseducacional de enriquecimento só ensinam a ganhar dinheiro. Não ensina a necessidade de bom relacionamento entre as pessoas, sendo de menor importância o ressentimento espiritual também chamado de trauma causado a alguém por determinado comportamento. A formação de técnicos especializados em produzir dinheiro dispensa a consideração ao próximo. Inté.   

ARENGA 317






A VERDADE LIBERTA. Grande verdade! Mas, onde está a verdade? Na bíblia? Nos compêndios de Economia? Nos discursos inflamados de líderes políticos? NUNCA! A verdade que liberta é aquela que dá ao ser humano o conhecimento de si mesmo. Ao se tomar conhecimento da verdadeira verdade o homem se torna independente. Ao contrário, enquanto convencido de que a verdade é o que dizem os papagaios de microfone, os escritores assalariados e os filósofos que filosofam por força de um contrato de emprego, a verdade será tão verdadeira quanto a verdade na qual acreditavam os habitantes da Caverna de Platão. É por conta desta verdade que a humanidade está a ponto de ser varrida da face da Terra. A verdade só pode ser conhecida através dos ensinamentos dos Grandes Mestres do Saber. É preciso separar seus ensinamentos verdadeiros dos falsos ensinamentos dos egressos das Harvards do mundo, integrantes do Mercado de Opiniões Econômicas e Religiosas como as provenientes da Fundação Templeton. Enquanto a humanidade seguir os passos indicados pelos embusteiros que pregam o crescimento econômico como forma de chegar ao bem-estar social, absurdo a ser energicamente refutado, a infelicidade será a recompensa por tal estupidez. Como ouvir impassível sobre benefícios provenientes do agribiuzinesse, se dele provém a situação de criancinhas comerem veneno e ter sua velhice atormentada por cânceres e degenerescências mentais? No entanto, papagaios de microfone afirmam desavergonhadamente por conta de seus empregos que o agribiuzinesse é benéfico à sociedade por proporcionar emprego, quando, é o contrário. O agribiuzinesse expulsa os pequenos agricultores para as cidades tornando-as superpopulosas, violentas e doentias. Pior ainda é que toda essa maldade é financiada com o dinheiro suado do povo iludido com religião, axé e futebola. Como se vê. Mentiras, só mentiras. Inté.
  

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

ARENGA 316





              

Os seres humanos não gostam de raciocinar nem um palmo depois do agora imediato, sobretudo no que diz respeito à sua própria vida. Podendo raciocinar, por que viver o ser humano orientado unicamente pelo instinto? Sim, porque apenas acatar sem meditar a respeito daquilo que se acata é comportamento do irracional guiado apenas pelo instinto e que obedece sem precisar saber o porquê. O escritor do livro Guia Politicamente Incorreto da Economia Brasileira, por exemplo, começa seu trabalho (página 19) dando um magnífico exemplo da cegueira humana no que diz respeito àquilo que dista apenas um pouco do próprio nariz. Lá está dito que nos começos deste país vivia-se o desconforto da escuridão nas casas e nos engenhos por falta de óleo para a iluminação rústica da época, enquanto baleias nadavam perto das praias, fonte riquíssima de óleo para abastecer as candeias e as tochas que forneciam uma iluminação infinitamente superior àquela alimentada por madeira. Afirma o autor do livro citado que o frei Vicente ao escrever o primeiro livro de História do Brasil, em 1627, disse que por graça de Deus aprendeu-se a matar as baleias e que para maior sucesso celebravam-se missas onde os barcos eram benzidos pelo padre celebrante, com o que se matavam trinta a quarenta baleias por temporada e que o óleo retirado das baleias era uma fonte de luxo da luz artificial. Do ponto de vista da racionalidade esta narração encerra uma contradição monumental. Embora seja inegável o conforto decorrente das inovações, não se deve simplesmente passar ao largo das consequências decorrentes do conforto.  A comodidade custa tão caro que condena o homem à infelicidade de ser inimigo da natureza. Os frequentadores de igreja, axé e futebola teriam perfeita ideia do que significa ser inimigo da natureza se não tivessem a mentalidade tacanha que não lhes permite saber a verdade de ser a natureza o único Deus que existe, sendo portanto, o único pecado, desrespeitá-la. Faz-se apologia às criações das quais resultam comodidade sem se levar em conta o custo desta comodidade. Não é outra a advertência contida na sabedoria da recomendação de se medir as consequências decorrentes do ato que se vai praticar a fim de saber se o prazer a ser obtido vale a pena. Diz-se acertadamente ser irreversível o progresso. Mas não se justifica fazer de conta que não existe a realidade de que em consequência do progresso resultarão grandes sofrimentos. Se não se pode deter o progresso, não se deve simplesmente ignorar as consequências da estupidez da matança de animais, do “ir às compras”, de se viver uma inquietação tão frenética que lembra a migração das formigas. Há sabedoria na simplicidade. A absoluta maioria das necessidades são na verdade pseudo necessidades criadas pela mentalidade monstruosa que dependura a imagem de Cristo acima da cabeça do gerente de banco.

Tudo bem quanto à irreversibilidade do progresso, mas e quanto as consequências, é sensato ignorá-las? De modo algum. Se são ignoradas é porque o ser humano não gosta de raciocinar. Será que vale realmente a pena ajuntar uma riqueza que servirá para engordar a conta bancário do hospital? Os pobres que chegam às luxuosas UTIs dos hospitais cobertos de mármore morrem menos infelizes do que os pobres de espírito cobertos de ouro, mas com o corpo espetados por todo tipo de geringonça que lhe assegura uma vida infinitamente pior que a tranquilidade da morte. O Sermão Pelo Bom Sucesso Das Armas De Portugal Contra As De Holanda é outra grande demonstração da incapacidade dos seres humanos de elevar sua mente além um pouco sequer. O mesmo sentimento brutal que orientava os holandeses a matar e infelicitar pela busca de riquezas era o mesmo sentimento brutal que movia os portugueses na mesma direção. Por que, então, invocar a figura desse tal de Deus para tomar partido em benefício de uma das duas partes, ambas ignorantes de sociabilidade e, por isso mesmo, beligerantes?

É de se lamentar a existência de uma juventude apegada à religiosidade e capaz de escutar sem perceber coisas como, por exemplo, a inutilidade da declaração do Papa de que a corrupção gera pobreza e sofrimento. Por acaso, isto é alguma novidade? E que tal esta outra pérola de Sua Santidade ao afirmar que quando seguimos a lógica evangélica da integridade, nos transformamos em artesãos de justiça? Ora, no evangelismo não existe lógica nem justiça porque sua origem, a bíblia, prega castigos, violência, guerras e morte. Os ateus constituem maior fonte de justiça e lógica porque eles buscam uma vida com o mínimo possível de sofrimentos, objetivo que deveria ser perseguido tenazmente pelos seres pensantes, mas que apesar de pensantes, produzem a própria infelicidade ao escolherem a desarmonia da competição. Os ateus, ao contrário, sabem perfeitamente que só se pode evitar os sofrimentos através da harmonia entre os seres humanos, o que inexiste na religião, uma vez que ela prega o sofrimento como necessário e exigido por Deus. O comportamento lógico está na razão inversa da insensatez da mentalidade humana. O povo foi transformado num amontoado de monstros mentais. Enormes multidões se aglomeram ante espetáculos tão medíocres que lembram o espanto do Grande Mestre do Saber Ariano Suassuna ante a música de sucesso popular que dizia SE VOCÊ QUISER ME CONQUISTAR, VAI TER DE REBOLAR. Ô, Ô, Ô. Da mesma forma, apenas a insensatez, a falta de lógica, o atraso mental, o medo de inovar, enfim, o apego às tradições mumificadas justificam a figura de representantes de Deus consumindo inutilmente recursos fabulosos suficientes para proporcionarem a seus “fregueses” o bem-estar que eles perdem tempo implorando aos céus. Tudo leva à triste constatação de que povo existe apenas para sustentar palácios e autoridades inteiramente inúteis. Supere-se a brutalidade humana que as autoridades poderão ser descartadas. Absolutamente nada pode justificar a pose das autoridades acasteladas em luxuosíssimos palácios, como se não passassem de reles empregados, e o povo, seu patrão. Uma vez que predominam os desmandos, toda a humanidade incorre na sentença do Grande Mestre do Saber Leonardo da Vince: “QUEM SE SUBMETE AOS DESMANDOS NÃO PASSA DE CONDUTOR DE COMIDA. A ÚNICA MARCA QUE DEIXA DE SUA PASSAGEM PELO MUNDO SÃO LETRINAS CHEIAS”. Esta preciosidade de conclusão nos foi lembrada pelo jornalista bisbilhotador do jornal Tribuna da Bahia, Alex Ferraz. Inté.

 

 

 
 
 


 

sábado, 17 de setembro de 2016

ARENGA 315


               


 
Não é por falta de conversa fiada que os seres humanos estão mal.  Estarão cada vez em pior situação enquanto não lhes forem aparadas as arestas da ignorância social de teimar em viver uma vida individual, vivendo em comunidade. A vida comunitária não é apenas a melhor maneira de se viver, é a única. Portanto, não se pode vivê-la sem observar a disparidade entre esta realidade e o “cada um por si”. A afirmação de ser a ignorância a fonte de todos os males do mundo peca por não limitar esta ignorância à política porque é dela, também chamada de analfabetismo político pelo mestre Bertold Brecht, que a classificou como a origem de todos males que afligem o mundo. O analfabetismo político só pode ser superado por esforço individual, o que ocorrerá apenas quando cada indivíduo se disponha a superar a indiferença com as coisas da política, procurando analisar se corresponde à realidade aquilo que lhe dizem os políticos. Nesse exato momento, os chamados caciques do PSDB FHC e Aécio Neves dizem ao povo ser deslealdade do ministro que gravou o presidente da república aconselhando-o a agir desonestamente. Ora, então o ambiente político é o mesmo ambiente de uma quadrilha de assassinos onde o encarregado de assassinar alguém trai sua organização ao dar um jeito de evitar a morte daquele que deveria morrer. É ou não é uma situação inteiramente inaceitável? É realmente esquisito que um ministro grave conversa do presidente. Mas, ainda mais esquisito é que o presidente da república recomende o ministro a agir desonestamente. Os analfabetos políticos, entretanto, por serem analfabetos políticos são incapazes de perceber a fonte da desarrumação social da qual resulta um por cento da população mundial com noventa e nove por cento da riqueza do mundo. Tem ou não tem razão o filósofo quando afirma que o ignorância política é a causa de todo o sofrimento? Cabe observar que os promotores do analfabetismo político, os ricos donos do mundo que colocam marionetes nos postos de comando da administração pública, agem contra eles mesmos porque desta situação de alguns gatos pingados com imensa riqueza e enorme multidão na miséria resultara numa violência tão grande que também alcançará quem estiver escondida atrás de suas montanhas de riqueza.

O analfabeto político jamais descobrirá quanta armadilha lhe é colocada no caminho como a do livro O Guia Politicamente Incorreto da Economia cujo primeiro capítulo tem o título de LUCRO É ALEGRIA. Isto é de uma safadeza sem limite. É nada mais nem menos que apologia à cultura antissocial do “cada um por si”, ou do “é meu” uma vez que lucrar, na realidade, é espoliar alguém. A contrapartida da cultura do lucro são contas abarrotadas nos infernos fiscais enquanto crianças esquálidas morrem de fome. Livros que pregam a cultura do “é meu” têm a mesma finalidade das “celebridades” e dos “famosos”. O que separa estes biltres dos intelectuais autores de tais livros é o nível cultural. O que os une é o pagamento por seus trabalhos. Cabe, portanto, procurar cada um por si mesmo vencer o analfabetismo políticos a fim de descobrir que estas figuras representam os grilhões dos tempos passados. A juventude nem imagina o tamanho da vantagem que levaria se pensasse sobre isso. Inté. 

 

 

 

 
 
 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

ARENGA 314


Bate com a realidade a afirmação de ser a imprensa o espelho da alma social. Interessante é a constatação de que o espelho da imprensa reflete a mesma alma para todos os povos. Se individualmente cada ser humano pode criar sua própria alma, seu modo de pensar, sua compreensão e descobertas sobre o funcionamento da vida, diferentemente das individualidades, a imprensa reflete para todas as coletividades almas gêmeas afetadas pelo mosquito que atrofia o cérebro. Tomando a título de exemplo uma publicação da imprensa brasileira cujo espelho reflete a alma desta sociedade considerada manada por sua incapacidade de raciocinar que a leva a ser considerada uma das mais atrasadas do mundo, e seu povo o mais estúpido, safado, ladrão, imoral, cretino, sem vergonha, entre tantos outros atributos todos negativos, de um lado, e, de outro lado, uma notícia da imprensa dos americanos das bundas brancas, uma sociedade considerada tão perfeita que a macacada de cá sente orgulho em poder dizer pelaí que já fez compras em Me Ame, exibir retrato dos filhos ao lado de Mickey, Minnie e Pluto, imbecilidades desse tipo, pois, apesar de tanta maravilha, a alma refletida pelo espelho da imprensa de lá, do povo da bunda alvejada, é idêntica à alma refletida pelo espelho da imprensa de cá, do povo escravizado pelo colarinho alvejado. Para não dizer que é conversa fiada de quem não sabe escrever e coisa e tal, aqui está a prova material da alegação: Sabrina Sato falou sobre sua verruga na testa. Está aí na imprensa brasileira esta demonstração da qualidade da alma que seu espelho reflete. Setenta e cinco por cento dos americanos acreditam que a corrupção é generalizada em seu país e que há desigualdade de tratamento. (Está em www.heritage.org/index/). As duas notícias, pois, demonstram que o espelho destas duas sociedades reflete para ambas almas de idêntica incapacidade de raciocinar porque a verruga de dona Sabrina está à vista tanto quanto a corrupção e a desigualdade de tratamento entre os americanos visto que o sistema de administração pública mundial visa cuidar apenas dos interesses dos ricos donos do mundo cujo único interesse é aumentar cada vez mais suas riquezas, o que não pode ser feito sem corrupção. Está aí na imprensa de cá a notícia de que os investidores da banca de lá retirarão seus investimentos em função da onda moralizadora levantada pela Operação Lava Jato, o que significa só lhes interessar ambiente corrupto. Tá certo ou tá errado? Inté.

 


 

ARENGA 313


A putada que ganha dinheiro vendendo opiniões encomendadas pelos brutos ricos donos do mundo dispõe de vasto mercado onde faturar. São milhões gastos para convencer a juventude a beber água choca com tinta e açúcar, milhões para convencer que futucar telefone é beleza pura, milhões para fazer crer haver o que ser apreciado nos espiritualmente ninguém “famosos” e “celebridades”, milhões para impedir que a mente seja capaz de elevar-se acima dos pés do jogador de futebola, milhões para convencer que as brincadeiras são mais importantes do que compreender como funciona a atividade de viver coletivamente, milhões dados de presente à imprensa para esconder a verdade através de sua papagaiada de microfone, pelaí. No momento, a putada que vende opiniões no lugar “das partes” como se faz nos bregas, bate em duas teclas falsas. Uma delas é a mentira descarada de ser deficiente a previdência porque o que não falta nesse país de analfabetos políticos é dinheiro. O impostômetro mostra esta realidade. Mas como os patrões dos prostitutos da consciência têm complexo de Midas e precisam amontoar muito dinheiro nos infernos fiscais, mandam que seus deformadores de opinião bradem mundo afora que o país vai quebrar por conta das despesas com as aposentadorias dos trabalhadores que depois de lutarem anos a fio e fazerem jus a um descanso digno, mas que em vez disso vão se ver em palpos de aranha quando esse governo formado por colarinhos alvejados encurtarem ainda mais os parcos recursos de suas aposentadorias para que não haja necessidade de encurtar as remessas para a agiotagem nos países “civilizados” que fazem vista grossa para a origem da dinheirama que a canalha arranca da classe ignorante de trabalhadores criminosamente convencidos de valer a pena não se incomodar com sua escravidão terrena porque ela será sobejamente compensada pelas delícias do céu ao lado de um tal de Deus do qual só se tem notícia, mas que nunca mostra a cara. Os lambe-botas dos ricos donos do mundo não se pejam em afirmar que o BRA de Brasil é também o de Bradesco, o que explica o porquê de não sobrar dinheiro para o sossego dos aposentados.

Outra tecla falsa sobre a qual os patrões canalhas dos prostitutos da consciência lhes mandam fazer estardalhaço é sobre a necessidade de um tal de crescimento econômico, geração de emprego, afirmações tão falsas que do crescimento econômico resulta a degradação da qualidade de vida, e sobre a geração de emprego a falsidade está aí estampada na substituição de trabalhadores por máquinas e a dispensa de dezoito mil funcionários pelo Banco do Brasil.

Os papagaios de microfone, escritores assalariados aos quais vêm se juntar filósofos que filosofam por força de contrato trabalhista assinado com a imprensa dos ricos donos do mundo, têm a função moralmente desonrosa de sustentar o mundo desonroso das mentiras entre as quais a educação. O que é educar, senão aprender a usar do raciocínio para ser diferente dos irracionais? Mas, é isso que se aprende? Morris West cita no livro O Advogado do Diabo, um doutor que afirma nascer a pessoa já com o dia da morte marcado na palma da mão. Sendo doutor é por ter sido educado nos moldes do que a papagaiada de microfone chama de educação. Entretanto, a tal doutor não ocorre a falsidade de tal afirmação por que não faria sentido algum ter uma mulher de passar nove meses sob os incômodos e prejuízos físicos provenientes de uma gravidez cujo resultado seria um filho em cuja mão estivesse registrado que morreria antes de nascer. Não existe sistema educacional. O que existe é formação de peritos em ganhar dinheiro que beneficiará em última análise à sanha insaciável dos ricos donos do mundo. Não tem outra finalidade a formação de médicos especializados em cada órgão do corpo como se eles fossem independentes uns dos outros em vez de trabalharem em perfeita harmonia.

Mais uma vez o Grande Mestre do Saber Morris West, também no livro O Advogado do Diabo, em que descreve as manhas e artimanhas que envolve o ridículo da transformação da lembrança de um morto em santo. Na página 46, nos dá um bom exemplo da ignorância convenientemente resultante da “educação” vigente no mundo ao se referir ao modo como as pessoas do povo encaram a vida, o que se deve ao que aprenderam através da artimanha denominada de educação: “Encaram a pobreza e a ignorância como cruzes que devem ser carregadas, não como injustiças que devem ser remediadas. Acreditam que quanto mais sacerdotes, monges e freiras houver, melhor para o mundo”.

está, pois, o resultado do que se aprende. Ensine cidadania às crianças que o mundo será maravilhoso. Inté.

 

 

 

 

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

ARENGA 311


É possível haver quem não tenha ainda percebido que o acumulo de riqueza num lugar resulta em acúmulo de pobreza em outro lugar? Embora burrice seja apanágio de povo, a evidência desta realidade não permite mais ser ignorada. Por que motivo, então, ela continua tão escondida que não pode aparecer nos comentários às notícias na imprensa que admitem comentários? Mais do que simples: A imprensa pertence ao mundo rico dos capitalistas para os quais a verdade é tão perigosa quanto veneno. É justamente esse o motivo pelo qual o modo de administração pública sob orientação capitalista está fadado a ser substituído por alguma coisa diferente do que aí está. O Grande Mestre do Saber, o professor e sociólogo polonês Zygmunt Bauman acaba de lançar um livro chamado Babel (talvez uma alusão a confusão), versando sobre a incerteza do que virá para ocupar o lugar do momento vivido. O resumo, segundo o amigão Google, é o seguinte: “Estamos entre o que deixou de ser e o que ainda não é. Nenhum dos movimentos sociopolíticos que ajudaram a minar as bases do velho mundo está pronto para herdá-lo. Não surgiu nenhuma ideologia ou visão consistente que prometa dar forma a novas instituições para este novo mundo.” Aí está, pois, a afirmação de um sábio quanto à realidade de ter chegado aos estertores o atual modelo de administração pública vigente no mundo. Nem podia ser diferente porque é inteiramente impossível mentir indefinidamente. Um dia a verdade vem à tona. O que segura ainda o atual modo escravagista de administração pública do mundo é a existência de uma rede imensa de formadores de falsas ideias de um lado, e, de outro lado, um estado mental mais do que deplorável do povo que não lhe permite perceber o engodo no qual esta imensa rede formada por papagaios de microfone e escritores assalariados o envolve. O povo foi reduzido a uma espécie que de gente tem apenas o aspecto. No mais, foi transformado numa espécie de bicho mais bruto ainda do que os outros bichos. Nenhum bicho só bicho seria capaz de suportar o barulho do ambiente onde vi mais de vinte mil bichos com aspecto de gente felizes e se balançando diante de estrondo de uma aparelhagem acústica através da qual esganava um grupo chamado Biquíni Cavadão. Me lembrou Ariano Suassuna espantado pela letra da música de grande sucesso que era assim: “Se você quiser me conquistar, vai ter de rebolar, ô, ô, ô”. O volume era tão brutalmente elevado que as ondas sonoras faziam tremer o blusão no meu corpo, ao tempo em que os ouvidos pareciam estourar. Valeu ter passado por lá para mais esta constatação de baixeza espiritual da massa bruta de povo. A esta mentalidade  inferior em todos os sentidos foi reduzido o povo, condição indispensável para a manutenção do insustentável sistema de administração pública mundial denominado capitalismo. Povo está para o capitalismo assim como a manada está para o pecuarista. George Orwell escreveu um livro chamado Revolução dos Bichos onde conta a história de uma fazenda na qual os bichos aprenderam a pensar, motivo que os levou a não mais se sujeitarem à submissão. É este o motivo pelo qual o capitalismo evita que o povo aprenda a pensar, sob pena de descobrir que noventa e nove por cento do seu total não passam de burros de carga para os restantes um por cento.

Apesar da irracionalidade, começam alguns espécimes de povo a descobrir haver alguma coisa errada. É aquela história de ouvir o galo cantar sem saber de onde vem o canto. Cabeças cepadas fora do corpo, cadáveres pelas ruas, violência superior à repressão, ônibus transformados em fogueiras, barricadas, protestos de todas as formas, tudo isto indica a procura do lugar onde o galo canta, o que indica haver grandes possibilidades de vir esse galo a se tornar canja. Inté.