Tudo à
nossa volta são mentiras, engodos, falsidades, insanidades. Pais criminosos
ensinam às suas crianças a se tornarem analfabetas políticas ao ensinar-lhes
comportamentos antissociais fazendo-as dependentes das divindades em vez de
ensinar-lhes estar errado que um trabalhador assalariado pague o mesmo imposto
que um bilionário paga ao comprar um quilo de feijão. As igrejas e as
brincadeiras existem exatamente para castrar nas pessoas a capacidade de
raciocinar, o que as torna tão mentalmente insignificantes quanto os seres
desprovidos de raciocínio. Exemplos da mediocridade intelectiva estão à mostra,
mas a desnecessidade de se pensar sobre o que se ouve, absurdo recomendado pela
religiosidade, impede a percepção da irrealidade vivida. Um exemplo: Uma notícia
na imprensa dá conta do seguinte: “Se o
aquecimento global continuar no ritmo atual a civilização estará no rumo de uma
catástrofe da qual resultaria a extinção de milhões de espécies que nada têm a
ver com o egoísmo dos seres humanos que se julgam superiores”. A realidade
de dependermos da existência das outras espécies é ignorada pelos
frequentadores de igreja, axé e futebola, embora mais importante para a vida do
que fazer orações. Entretanto, matança muito maior praticou o Deus adorado pela
malta ignorante, sem que fosse levado em conta a circunstância de que os bichos
nada tinham a ver com o pecado dos homens, motivo pelo qual, por várias vezes
na bíblia, Deus promoveu matança dos infelizes animais passados a fio de espada
em Jericó e da totalidade deles mortos afogados no episódio do dilúvio. E olha
que os bichos daquela época eram mais inocentes do que os modernos porque há
entre estes alguns que tomam sorvete, vão ao dentista e ao psiquiatra.
É um
destrambelhamento generalizado a vida que se vive. Pode haver maior absurdo do
que destruir a natureza para fazer imensas riquezas cuja finalidade é dar a
brutamontes espirituais o direito de fazer pose na revista Forbes? É, ou não é,
absurdo total conformar-se em ser governado por bandidos? Pode-se conformar com
a situação de representantes do povo se mancomunarem e criarem leis que os
absolvam de crimes cometidos contra o povo? A que destino será levada a
juventude por um sistema de governo onde os poderes que o constitui em vez de
fiscalizar um ao outro face à rapinagem própria dos seres humanos se juntam
todos em ações criminosas? Loucura, pura loucura. Se governos de povos bárbaros
disfarçam seus crimes, motivo pelo qual são aqueles povos tidos como
civilizadas, os governos das repúblicas de banana dão uma banana para a opinião
pública e deitam e rolam na tarefa brutal e sem futuro de espoliar a massa
bruta de povo. Chega-se ao cúmulo de jornal publicar a seguinte notícia: “Com pouco dinheiro, a eleição deste ano será
desinteressante”. Porque
haveria eleição de precisar de mais dinheiro do que o suficiente
para haver lugar, urna e os funcionários responsáveis pelo recebimento do voto?
Loucura, só loucura, principalmente em se aceitar pacificamente as loucuras de
desequilibrados mentais pela cultura do enriquecimento de poucos a custo do
empobrecimento de muitos. Tal situação não pode nem deve continuar. Carece de
mudança urgente, mas mudança inteligente da qual não faça parte a violência
porque ela não leva à paz, objetivo primordial a ser visado pela humanidade.
Autoridades
responsáveis pelo equilíbrio social são mentalmente desequilibradas em seus
pronunciamentos. Quando o banqueiro e ministro do Tesouro Nacional, Henrique
Meireles, declara que os estados precisam fazer ajustes em vez de dependerem da
União, falta ao banqueiro/ministro um equilíbrio de raciocínio para perceber
que União e estados são figuras de ficção e, como tais, como poderiam assumir a
materialidade necessária para produzir recursos? Um deputado honrado e que
talvez por isso mesmo não seja mais deputado, Raul Ferraz, tendo em vista a
realidade de que não se planta feijão nos estados ou na União, mas sim nos
municípios, malhou exaustivamente a tecla da tese municipalista segundo a qual
seriam dispensados os gastos astronômicos com os governos federal e estaduais
por sua inteira inutilidade uma vez que os municípios poderiam ser
administrados por si próprios. Ficou o dito pelo não dito porque complicar é mais
conveniente que simplificar para os parasitas acastelados à sombra de mil e uma
mordomias entre as quais se incluem institutos que preservem sua memória
nefasta e toneladas de presentes.
A canalhice
exposta na notícia de que os Bancos do Brasil e Bradesco (na verdade o povo) devem
socorrer a construtora Odebrecht com empréstimo de R$ 500 milhões é mais uma
loucura contra a qual se deve espernear por ser mais uma cusparada na cara do
povo imbecil que depois de sair dos ônibus, trens, carros pebas doados por
Deus, vão para as igrejas e para os terreiros de brincadeira em vez de
consultarem seus travesseiros onde está a justiça de dar tal destino ao
resultado do seu trabalho. Não menos entristecedora é a notícia na imprensa que
Zagallo, de cadeira de rodas, emociona-se ao desfilar com a tocha olímpica,
fato que demonstra pobreza espiritual ao não perceber o ridículo que é um velho
ser levado pelas artimanhas dos ricos donos do mundo a segurar um bastão com
fogo na ponta, sem ter a mínima ideia da sacanagem que rola por trás daquela
cena, na verdade, entristecedora. Encerrando esse lengalenga, a notícia de que Chico Mendes faz parte do calendário de santos da
Igreja Episcopal mostra a inferioridade das formas do bem face às do mal.
Estas selam o destino de quem se mete a besta de contrariar os interesses do
agribiuzinesse que os papagaios de microfone afirmam ser beleza pura. Inté.