segunda-feira, 12 de setembro de 2016

ARENGA 313


A putada que ganha dinheiro vendendo opiniões encomendadas pelos brutos ricos donos do mundo dispõe de vasto mercado onde faturar. São milhões gastos para convencer a juventude a beber água choca com tinta e açúcar, milhões para convencer que futucar telefone é beleza pura, milhões para fazer crer haver o que ser apreciado nos espiritualmente ninguém “famosos” e “celebridades”, milhões para impedir que a mente seja capaz de elevar-se acima dos pés do jogador de futebola, milhões para convencer que as brincadeiras são mais importantes do que compreender como funciona a atividade de viver coletivamente, milhões dados de presente à imprensa para esconder a verdade através de sua papagaiada de microfone, pelaí. No momento, a putada que vende opiniões no lugar “das partes” como se faz nos bregas, bate em duas teclas falsas. Uma delas é a mentira descarada de ser deficiente a previdência porque o que não falta nesse país de analfabetos políticos é dinheiro. O impostômetro mostra esta realidade. Mas como os patrões dos prostitutos da consciência têm complexo de Midas e precisam amontoar muito dinheiro nos infernos fiscais, mandam que seus deformadores de opinião bradem mundo afora que o país vai quebrar por conta das despesas com as aposentadorias dos trabalhadores que depois de lutarem anos a fio e fazerem jus a um descanso digno, mas que em vez disso vão se ver em palpos de aranha quando esse governo formado por colarinhos alvejados encurtarem ainda mais os parcos recursos de suas aposentadorias para que não haja necessidade de encurtar as remessas para a agiotagem nos países “civilizados” que fazem vista grossa para a origem da dinheirama que a canalha arranca da classe ignorante de trabalhadores criminosamente convencidos de valer a pena não se incomodar com sua escravidão terrena porque ela será sobejamente compensada pelas delícias do céu ao lado de um tal de Deus do qual só se tem notícia, mas que nunca mostra a cara. Os lambe-botas dos ricos donos do mundo não se pejam em afirmar que o BRA de Brasil é também o de Bradesco, o que explica o porquê de não sobrar dinheiro para o sossego dos aposentados.

Outra tecla falsa sobre a qual os patrões canalhas dos prostitutos da consciência lhes mandam fazer estardalhaço é sobre a necessidade de um tal de crescimento econômico, geração de emprego, afirmações tão falsas que do crescimento econômico resulta a degradação da qualidade de vida, e sobre a geração de emprego a falsidade está aí estampada na substituição de trabalhadores por máquinas e a dispensa de dezoito mil funcionários pelo Banco do Brasil.

Os papagaios de microfone, escritores assalariados aos quais vêm se juntar filósofos que filosofam por força de contrato trabalhista assinado com a imprensa dos ricos donos do mundo, têm a função moralmente desonrosa de sustentar o mundo desonroso das mentiras entre as quais a educação. O que é educar, senão aprender a usar do raciocínio para ser diferente dos irracionais? Mas, é isso que se aprende? Morris West cita no livro O Advogado do Diabo, um doutor que afirma nascer a pessoa já com o dia da morte marcado na palma da mão. Sendo doutor é por ter sido educado nos moldes do que a papagaiada de microfone chama de educação. Entretanto, a tal doutor não ocorre a falsidade de tal afirmação por que não faria sentido algum ter uma mulher de passar nove meses sob os incômodos e prejuízos físicos provenientes de uma gravidez cujo resultado seria um filho em cuja mão estivesse registrado que morreria antes de nascer. Não existe sistema educacional. O que existe é formação de peritos em ganhar dinheiro que beneficiará em última análise à sanha insaciável dos ricos donos do mundo. Não tem outra finalidade a formação de médicos especializados em cada órgão do corpo como se eles fossem independentes uns dos outros em vez de trabalharem em perfeita harmonia.

Mais uma vez o Grande Mestre do Saber Morris West, também no livro O Advogado do Diabo, em que descreve as manhas e artimanhas que envolve o ridículo da transformação da lembrança de um morto em santo. Na página 46, nos dá um bom exemplo da ignorância convenientemente resultante da “educação” vigente no mundo ao se referir ao modo como as pessoas do povo encaram a vida, o que se deve ao que aprenderam através da artimanha denominada de educação: “Encaram a pobreza e a ignorância como cruzes que devem ser carregadas, não como injustiças que devem ser remediadas. Acreditam que quanto mais sacerdotes, monges e freiras houver, melhor para o mundo”.

está, pois, o resultado do que se aprende. Ensine cidadania às crianças que o mundo será maravilhoso. Inté.

 

 

 

 

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