quinta-feira, 28 de maio de 2015

ARENGA 115


A religião faz um mal imenso à sociedade ao ensinar ao homem que só Deus é capaz de lhe proporcionar o bem-estar encontrado na paz de espírito, quando só o próprio homem pode fazer isso. Ao aprender desse modo enviesado que a religião ensina, o homem se omite à espera da ação divina para resolver seus problemas, ação esta que nunca chegou e nem chegará. A manada que pasta nesse belo e azarado recanto do planeta, totalmente desprovida das qualidades que dão dignidade ao homem, como observou o Grande Mestre do Saber Charles Darwin, vive cheia de problemas desde os idos de 1550 quando os jesuítas apareceram por aqui para apresentar Deus aos índios. A consequência desta apresentação foi o extermínio dos pobres índios e relegados ao abandono os que ainda vivem. Portanto, para ter sorte melhor que os índios, o melhor a fazer é sair fora desta pasmaceira de esperar por Deus e meter mãos à obra na busca por alcançar a paz espiritual. Ela, entretanto, só poderá ser alcançada depois de se chegar a uma sociedade materialmente desprovida de necessitados, o que não ocorrerá buscando cada um acumular riqueza. É crime contra todos os valores humanos impedir por egoísmo que o vizinho também alcance a sua posição cômoda, como fazem os açambarcadores dos recursos que deveriam servir à sociedade. Mas para que isto ocorra se faz necessário que o convencimento da necessidade de Deus seja substituído pelo convencimento da necessidade de irmandade entre todos. Apesar de ser o próprio povo a afirmar que quem quer vai, quem não quer manda, em vez de ir ele mesmo buscar sua paz e comodidade, fica a esperar que Deus lhas dê. 
 Duas evidências indiscutíveis provam a afirmação de ser melhor agir do que esperar. A primeira é que os adeptos da ação por iniciativa própria são pessoas da categoria de gente, ao contrário dos que preferem esperar pela ação divina, todos da categoria de povo. Entre estes, inclusive, analfabetos, “celebridades” e “famosos”. Como segunda evidência igualmente convincente da vantagem de buscar o direito de ter dignidade em lugar de ficar esperando com cara de pamonha é a percepção de que enquanto se espera as coisas pioram. Assim, pessoas da espécie gente deixaram de lado as orações e procuram meios de influenciar os desavisados, que não são poucos, de que o lugar certo para onde voltar as vistas no sentido de botar ordem nas causas dos sofrimentos desnecessários é na direção do governo em vez da igreja. Apesar da lógica e da evidência de depender de dinheiro o bem-estar procurado na oração, as pessoas da categoria de gente que pensam desse jeito são execradas pelas pessoas da categoria de povo para quem a religiosidade deve ser considerada um bem tão precioso que supera a saúde, o que é tão inadmissível quanto levar crianças à igreja para torná-las incapazes de distinguir o falso do verdadeiro, como seus atoleimados pais. Inté.

 

 

 

sábado, 23 de maio de 2015

ARENGA 114


Esse negócio de inventar ter sonhado como motivo para escrever é uma coisa muito boa para quem precisa escrever, não sabe escrever, mas tem de escrever por esperneio. É assim que inventei de ter sonhado que algumas pessoas num barco com capacidade limitada precisavam fazer uma travessia para um lugar inóspito onde passariam dois dias. No lugar para onde iam, embora já se tenha dito ser inóspito, custa nada dizer que não havia comida nem bebida, razão pela qual todos deviam levar a provisão necessária para quatro dias, contando um dia de viagem prá lá e outro prá cá, o que fazia ser mais bem-vindo quem comesse e bebesse pouco, porque quanto menos peso na mochila, maior a garantia de segurança da frágil embarcaçãozinha amarrada que balançava à espera. Estas pessoas, no sonho, representavam os politiqueiros, e a embarcação representava a politicagem. Do mesmo modo como era mais valorizado o passageiro que tivesse menos peso nas costas, também entre os politiqueiros acontece de acontecer que aquele a carregar menos safadeza no lombo é o mais bem-vindo ao pedaço. É o que se constata ante a disputa entre adversários politiqueiros pelo lugar de menos safado. Estão sempre a dizer que a safadeza por ele cometida foi inventada pelo adversário. Como mestre criador de safadezas, portanto, o adversário supera o discursante, que por ser aprendiz não pode fazer as grandes safadezas que não passam de fichinhas para seu adversário, motivo pelo qual deve ser preferido.

Esse critério agrada a quem é povo, mas desagrada a quem é gente. Esta distinção entre povo e gente e o método de saber quem é povo e quem é gente mereceu de Portugal o Premio Camões, superior ao Nobel, cuja prenda maior, foi concedida a este mal amanhado blog, cerimônia realizada em Brasília, onde o blog apresentou o método infalível de saber quando estamos diante de um espécime da espécie de povo ou quando estamos diante de um espécime da espécie de gente, procedimento facilitado pelo fato de estarmos em Brasília. Colocamos o espécime a ser identificado como povo ou como gente numa posição de onde se via de um lado aquela igreja que Niemayer fez simbolizando mãos voltadas para cima, a casa de Deus, e, do outro lado, a parafernália que compõe a administração do país, a casa do governo. Isto feito, foi proposto ao espécime a ser identificado como gente ou como povo que apontasse para a casa de Deus ou para a casa do governo de acordo com sua opinião sobre onde está o poder de fazer com que as crianças abandonadas viessem a ser cidadãos em vez de presidiários. Caso ele aponte para a igreja, será um espécime de povo, caso aponte para o governo será espécime de gente. A recompensa em dinheiro por tamanha contribuição à cultura foi gasto em fazer pessoa do povo passar a ser gente para escapar da profecia da lenda que explica nossa origem como sendo obra de um Deus que não era o Deus da bíblia carregada debaixo de sobacos, mas outro tipo de deus que teria feito os nobres com barro, e os pobres com lama. Entretanto, corre um fuxico pelaí, de que os historiadores da época em que se cultuava o respeito à solidariedade humana, por esta razão retiraram os registros nos quais constava a declaração de magos proeminentes sobre o surgimento de um povo condenado a sair de festa para entrar em igreja de onde saia para entrar em festa, e que seria feito da bosta dos que foram feitos de lama. Inté.

 

 

 

ARENGA 113

               Enquanto a manada abarrota igrejas dos mais variados tipos e terreiros de brincadeiras, os representantes que ela escolheu aprontam cada vez maiores sacanagens prá cima do rebanho que forma o festivo povo brasileiro vindo ao mundo com a única finalidade de cultivar e exacerbar a falta de vergonha e a desonestidade, qualidades cuja origem é muito bem explicadinha nos mínimos detalhes pelo professor Laurentino Gomes em seu fabuloso livro 1808. O professor mostra com honestidade uma História do Brasil completamente diversa daquela apresentada às crianças, retocada com tintas de romantismo e patriotismo, quando o que houve mesmo foi muita falta de nobreza, sobra de baixeza e mau caratismo, ingredientes que moldaram a personalidade deste povo manada de uma espécie estranha e portadora de imenso instinto de rato. Tudo em sua sociedade é sem pé nem cabeça como esta declaração na imprensa: “Brasil precisa recuperar orgulho de sua origem, dizem indígenas”. Se nem mesmo os portadores de bíblias debaixo do sobaco sabem como foi nossa origem, que dirá os pobres índios. Se o pronunciamento dos índios é motivado pelo desconhecimento de história, outros pronunciamentos como o do responsável pela segurança pública do Rio de Janeiro quando diz ser inadmissível a Morte de médico na lagoa, vai na mesma linha de desconhecimento da realidade. Como inadmissível se o que não falta por lá são mortes? O que é realmente inadmissível é um grupo de bovinos se arvorar a sociedade. O resultado não podia ser outro senão o que aí está: representantes saídos do meio do povo, escolhidos pelo povo, para enriquecer através de todo tipo de mutreta feita para ser custeada pelo povo que representa. Uma delas, de possíveis graves consequências, foi acabar com a obrigação de se estampar no rótulo dos produtos o aviso de ser geneticamente modificado. Segundo a ciência, não se pode afirmar ser a transgenia inofensiva à saúde. Há cientistas que afirmam a possibilidade de serem estes produtos capazes de dar origem a células cancerígenas. É por estas e outras que até mesmo quem não sabe escrever precisa escrever contra os desgostos por ser realmente um grande desgosto ser obrigado a viver no meio de manada e presenciar o crime pavoroso cometido pela corja constituída de “representantes”. Pensando melhor, eles são representantes legítimos do povo porque não sendo gente nem eles e nem o povo, igualam-se perfeitamente representantes e representados. Isto fica demonstrado na seguinte situação: Os representantes enganam o povo dizendo que estão cuidando dele com grande empenho. Como povo não passa de povo, acredita e ficam todos felizes, parasitas e parasitados. Desta situação resultam mães alimentando satisfeitas suas crianças com produto passível de causar câncer, mas sem interesse em saber a realidade sobre o assunto. Parte desse desinteresse deve-se à esperança de proteção por parte da santa ou do santo da predileção, e o restante é devido à ignorância mesmo. O resultado desse comportamento desinteressado, muitas vezes termina em choro no corredor do hospital de onde volta sem atendimento depois de esperar por horas, embora seu “representante” Lula lhe garanta que o atendimento à saúde está uma perfeição de fazer inveja.
A mutreta de esconder que o produto é transgênico é mais uma das formas de retribuir aos gringos das bundas brancas do agribiuzinesse o pagamento do empréstimo travestido de doação para campanha, mutreta que leva embora boa parte do lombo da manada. Não é por coisa diferente destas coisas que um Mestre do Saber afirmou ser uma verdadeira doença o mal-estar causado pela companhia do povo. Todo mundo lembra o que o general Figueiredo falou sobre o povo, lembra não? Pois é. Todo o mal-estar que aflige as pessoas educadas decorre dos não educados, o que equivale a dizer educados pelos meios de comunicação que ministram uma educação às avessas. Senhores já adiantados nos anos se reúnem nos meios de comunicação para dizer ao povo como é que as coisas são ou devem ser. Entre eles há quem diga que o homem sem Deus é capaz de matar; que o agribiuzinesse é beleza pura; que o esporte é tão importante que até educa; que a coisa mais meritória da vida é ser dono de um monte de riqueza; que fora da igreja não há salvação. Cada um desses setores sopra num berrante estrondoso que o povo segue ora um, ora outro, mas segue a todos, e cada um leva ao desastre, como se pode ver: O agribiuzinesse que os meios de comunicação apreciam faz com que cada brasileiro coma 5,2 quilos de veneno todo ano; o esporte garante que jogar bola muito bem graças a Deus é tão relevante que dá vida de rei; do ajuntamento de riqueza resulta pobreza, violência e ignorância ainda maior que a ignorância dos ricos; Nas igrejas fala-se apenas em Deus e seus ajudantes, cada um com uma réplica de gesso ou mesmo de ouro, e os pais ensinam às crianças que todo aquele pessoal ali representado protege de todo tipo de mal, e as crianças crescem pensando que é mesmo, embora até mesmo dentro das igrejas a infelicidade alcança os bichos de dois pés por meio de bomba, tiro e golpes de faca. É preciso tomar muito cuidado com aquilo que se ouve pelaí. Inté.
 
 


   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 21 de maio de 2015

ARENGA 110


Uma jovem das mais belas, senão a mais bela, como diz o próprio nome, Isabela, sendo a beleza física tão grande quanto a beleza espiritual que a diferencia do resto da juventude e do mundo individualista no qual viver é apenas modo de dizer. É verdade que ela, a garota de quem tratamos, não escapou do convencimento criminoso que os meios de comunicação implantam na personalidade dos jovens para transformá-los em compradores de telefones a serem futucadores. Tirando fora esse elo da corrente da submissão ao monstro Mercado, no mais, a garota aqui referida dá aula de cidadania e responsabilidade social aos mestres do atual sistema político que orienta o mundo sem observar que progresso precisa ser regulado pela racionalidade. Do mesmo modo como não se permite que um menino prodígio produza algo num laboratório caseiro que exponha a casa e seus moradores a perigo, também não se deve permitir que o desenvolvimento tecnológico destrua os meios de vida junto com a natureza, a casa da humanidade. Esse negócio de ser irreversível o progresso precisa levar em consideração que nada deve ser irreversível quando capaz de produzir malefícios. Acontece com o próprio ser humano, por vezes ter de cepar fora do corpo um de seus membros infeccionado e que danificaria a totalidade do organismo, não havendo motivo para não se proceder com a mesma cautela em relação ao corpo social. Crime dos mais hediondos cometem os papagaios de microfone, assalariados pelo insensato mundo dos ricos para insuflar nos jovens o convencimento de estar certo o que está errado. Progresso do qual resultam rios transformados em esgoto; jovens transformados em robôs incapazes do mais leve raciocínio lógico; corredores de hospital transformados em vales de lágrimas; partidos políticos transformados em quadrilhas de bandidos; crianças transformadas em inimigas mortais da sociedade da qual só recebem maus tratos; políticos cuja atuação não vai além de acusações recíprocas de canalhices e mentiras. De tal progresso devemos fugir todos, em nome da inteligência que os seres humanos tem e que precisam usar sob pena de serem amaldiçoados pelos descendentes, herdeiros de uma herança maldita em forma de secas, cheias, fome, doenças, tornados, vulcões e furacões, situação que não tem nada a ver com o pecado de Adão como acreditam os jovens por orientação religiosa sob os aplausos da politicagem que muito se beneficia com isso.
Entretanto, retomando o rumo da prosa, se falava de uma bela e inteligente jovem que não teve ainda tempo de aprender a realidade de que a brutalidade orienta o comportamento no mundo. Durante a refeição, Sara disse que Bel, sua sobrinha, a garota de quem falamos, não ia cobrar pelo tempo gasto na orientação escolar que passava para um garoto, alegando não se sentir motivada a receber pagamento por não estar certa de que o garoto tivesse realmente ganho algum aprendizado em decorrência do seu trabalho. Quase que sem pensar, comentei que para poder viver quem nasceu do lado de fora do mundo dos ricos, como nós nascemos, nesse sistema esquisito de viver, é necessário vender a força trabalho. A beleza interior da garota de quem falamos está a conduzi-la na direção oposta à indicada pelo monstruoso sistema capitalista que abomina o sentimentalismo, reduzindo-o a pieguices de palavras escolhidas para elogios derretidos e chatos, sempre acompanhados de um presente. O brutal sistema capitalista não abriga o nobre comportamento da cooperação descoberto pelos primitivos que perceberam a necessidade da união. Seus posteriores modernos estabeleceram a desunião e a violência apregoadas pelos escritores grã-finos egressos das mais famosas universidades do mundo. Para esta gente, é pura bobagem da garota porquanto sua responsabilidade só vai até ao cumprimento do dever de ter competência para o exercício da atividade a que se propôs executar e que a execute sem poupar esforço para que o faça com a maior perfeição possível. Daí por diante, vez que caberia ao garoto aprender o que lhe foi ensinado, acaba a responsabilidade de sua orientadora escolar, sendo injusto que ela pense em recusar o pagamento a que fez jus. A indiferença a tudo que não seja dinheiro é o comportamento eficiente para o sistema capitalista, coisa mais esquisita já vista no mundo. Baseia-se na motivação de riqueza que sempre nutriu o imaginário da humanidade composta quase que absolutamente de religiosos, que não passam de mendigos espirituais.
Livros enaltecendo a riqueza pessoal devem ser queimados pela inquisição do bom senso porque nem o mundo tem recursos suficientes para enriquecer a todos, nem todo mundo vai ficar a vida toda contente em apenas olhar a riqueza dos que conseguiram ficar ricos. A brutalidade do sistema capitalista não condiz com sentimentos nobres como os da bela Bel. Ao contrário, é um mundo para brutamontes como a figura física e espiritualmente monstruosa do mago da economia dos bundas brancas do norte, o senhor Henry Kissinger, ao afirmar que a melhor maneira de se viver é viver tomando as coisas dos outros para depositar no inferno fiscal. A indiferença entre esta personalidade e a personalidade da garota preocupada quanto ao aprendizado do aluno a quem ministrava aulas faz a diferença entre um mundo bom e um mundo cão habitado por idiotas com seus filhos escanchados no pescoço rumo à igreja onde serão também eles transformados em idiotas, perpetuando assim a idiotice que levará a humanidade ao caos.
No comportamento da garota Bel vislumbra-se ânimo de solidariedade humana, única forma de que dispõem os seres humanos para conseguirem o bem-estar inutilmente buscado dentro de uma montanha de dinheiro tomada na mão grande dos trabalhadores por quem não se mira no exemplo de Bel. Inté.

      

 

terça-feira, 19 de maio de 2015

ARENGA 108

               Esse negócio de inventar ter sonhado como motivo para escrever bestagem é uma coisa muito boa para quem precisa escrever, não sabe escrever, mas tem de escrever por esperneio. É assim que inventei de ter sonhado que algumas pessoas num barco com capacidade limitada precisavam fazer uma travessia para um lugar inóspito onde passariam dois dias. No lugar para onde iam, embora já se tenha dito ser inóspito, custa nada dizer que não havia comida nem bebida, razão pela qual todos deviam levar a provisão necessária para quatro dias, contando um dia de viagem prá lá e outro prá cá, o que fazia ser mais bem-vindo quem comesse e bebesse pouco, porque quanto menos peso na mochila, maior a garantia de segurança da frágil embarcaçãozinha amarrada que balançava ao sabor das ondas à espera. Estas pessoas, no sonho, representavam os politiqueiros, e a embarcação representava a politicagem. Do mesmo modo como era mais valorizado o passageiro que tivesse menos peso nas costas, também entre os politiqueiros acontece de acontecer que aquele a carregar menos safadeza no lombo é o mais bem-vindo ao pedaço. É o que se constata ante a disputa entre adversários politiqueiros pelo lugar de menos safado. Estão sempre a dizer que a safadeza por ele cometida já era praticada há muito tempo, não havendo, por tanto, razão para estranheza.

Estando nós em Brasília, passando pela igreja que Niemayer fez simbolizando mãos voltadas para cima, ocorreu um método infalível para separar gente de povo. Basta pedir que a pessoa olhe para a igreja ou para o Congresso indicando conforme sua opinião quem seja responsável pela transformação das crianças em bandidos. Quem olhar para a igreja é povo e quem olhar para o Congresso e gente. Simples assim. Inté.

 
 

    

 

 

 

 

domingo, 17 de maio de 2015

ARENGA 107

               Quando da inauguração da Rede Record de Televisão, viu-se aquela cena ridícula de Edir Macedo e o presidente Lula, um com a mão por cima da mão do outro para apertar o botão que daria início ao funcionamento da máquina diabólica de convencer que o consumismo, o agribiuzinesse, os bancos, fazem bem à sociedade. Agora, com o mesmo intuito sinistro, a presidente da república e autoridades se fazem presentes ao lado do mesmo Edir Macedo para inaugurar o imenso posto de arrecadação denominado Templo de Salomão. Decorrerão anos luz antes de vir o povo a compreender o significado destes dois acontecimentos, tempo em que a humanidade permanecerá subjugada pelos grilhões da parceria demoníaca entre política e religião. Estas duas instituições subjugam a humanidade desde a formação do primeiro grupo humano. Como esta realidade só pode ser conhecida através de leitura, tanto a política como a religião impedem que se leia. A política dificulta ao máximo o acesso aos estudos através do Exame Vestibular, um funil estreito para permitir passar apenas poucos pretendentes que em vez de aprender sociabilidade irão aprender a amar o dinheiro e a desnecessidade de escrúpulos para adquiri-lo. Portanto, nenhum interesse em se adquirir cultura outra que não a do enriquecimento. À religião cabe na parceria satânica da manutenção da escravidão a anulação da capacidade pensar e raciocinar através da máxima de que os mistérios de Deus não são para serem discutidos, mas apenas acatados, com o que estimula a desnecessidade de meditar sobre o que se houve, engessando a inteligência e o desenvolvimento espiritual.
                Ontem, ao estacionar, fui abordado por um jovem que me pedia para entrar no estabelecimento em frente e lhe pagar uma lata de leite. Subitamente, salta de um carro um senhor que abordou o jovem de forma violenta, revista o infeliz, encontra um celular e desferiu tremendo tapa na cara do pobre jovem que permaneceu indiferente a tudo aquilo resignado à sua infelicidade. Desisti do que ia fazer, constrangido, infeliz, e pensando: Seria aquele homem policial? Não seria por isso que os bandidos matam os policiais? Viria aquele pobre jovem a ser um matador de policiais? Quantos jovens naquele estado há no mundo? O que será dos filhos cujos pais levam para as igrejas e o futebola e nada ensinam sobre estas coisas? Qual será o futuro desta sociedade liderada pela parceria maligna política/religião?
                Embora inegável a evolução espiritual, ela é demasiadamente lenta. Se hoje ninguém é torrado na fogueira por dizer que Deus não passa de uma mentira descarada, se nenhum representante de Deus se arvora a contestar um astrônomo sobre os movimentos da Terra, por outro lado, a quase totalidade dos seres humanos ainda acredita na existência de um Deus bom, mas que segundo o livro Números 15:32-36 mandou matar um homem a pedradas porque precisava de acender um fogo e apanhava lenha num dia de sábado. Só a infelicidade de ser impedido de conhecer a explicação que os estudiosos do nosso passado nos dá sobre como surgiu a religiosidade, ou seja, a ignorância, justifica a religiosidade. Nem precisa ficar constrangido para usar a palavra BURRICE porque não é outra coisa que leva o povo a protestar por ridículos dois ou três centavos gastos com sacolas plásticas e passagem de ônibus enquanto bilhões são desbaratados na tampa dos seus narizes de bichos ridículos. Inté.