sábado, 23 de maio de 2015

ARENGA 113

               Enquanto a manada abarrota igrejas dos mais variados tipos e terreiros de brincadeiras, os representantes que ela escolheu aprontam cada vez maiores sacanagens prá cima do rebanho que forma o festivo povo brasileiro vindo ao mundo com a única finalidade de cultivar e exacerbar a falta de vergonha e a desonestidade, qualidades cuja origem é muito bem explicadinha nos mínimos detalhes pelo professor Laurentino Gomes em seu fabuloso livro 1808. O professor mostra com honestidade uma História do Brasil completamente diversa daquela apresentada às crianças, retocada com tintas de romantismo e patriotismo, quando o que houve mesmo foi muita falta de nobreza, sobra de baixeza e mau caratismo, ingredientes que moldaram a personalidade deste povo manada de uma espécie estranha e portadora de imenso instinto de rato. Tudo em sua sociedade é sem pé nem cabeça como esta declaração na imprensa: “Brasil precisa recuperar orgulho de sua origem, dizem indígenas”. Se nem mesmo os portadores de bíblias debaixo do sobaco sabem como foi nossa origem, que dirá os pobres índios. Se o pronunciamento dos índios é motivado pelo desconhecimento de história, outros pronunciamentos como o do responsável pela segurança pública do Rio de Janeiro quando diz ser inadmissível a Morte de médico na lagoa, vai na mesma linha de desconhecimento da realidade. Como inadmissível se o que não falta por lá são mortes? O que é realmente inadmissível é um grupo de bovinos se arvorar a sociedade. O resultado não podia ser outro senão o que aí está: representantes saídos do meio do povo, escolhidos pelo povo, para enriquecer através de todo tipo de mutreta feita para ser custeada pelo povo que representa. Uma delas, de possíveis graves consequências, foi acabar com a obrigação de se estampar no rótulo dos produtos o aviso de ser geneticamente modificado. Segundo a ciência, não se pode afirmar ser a transgenia inofensiva à saúde. Há cientistas que afirmam a possibilidade de serem estes produtos capazes de dar origem a células cancerígenas. É por estas e outras que até mesmo quem não sabe escrever precisa escrever contra os desgostos por ser realmente um grande desgosto ser obrigado a viver no meio de manada e presenciar o crime pavoroso cometido pela corja constituída de “representantes”. Pensando melhor, eles são representantes legítimos do povo porque não sendo gente nem eles e nem o povo, igualam-se perfeitamente representantes e representados. Isto fica demonstrado na seguinte situação: Os representantes enganam o povo dizendo que estão cuidando dele com grande empenho. Como povo não passa de povo, acredita e ficam todos felizes, parasitas e parasitados. Desta situação resultam mães alimentando satisfeitas suas crianças com produto passível de causar câncer, mas sem interesse em saber a realidade sobre o assunto. Parte desse desinteresse deve-se à esperança de proteção por parte da santa ou do santo da predileção, e o restante é devido à ignorância mesmo. O resultado desse comportamento desinteressado, muitas vezes termina em choro no corredor do hospital de onde volta sem atendimento depois de esperar por horas, embora seu “representante” Lula lhe garanta que o atendimento à saúde está uma perfeição de fazer inveja.
A mutreta de esconder que o produto é transgênico é mais uma das formas de retribuir aos gringos das bundas brancas do agribiuzinesse o pagamento do empréstimo travestido de doação para campanha, mutreta que leva embora boa parte do lombo da manada. Não é por coisa diferente destas coisas que um Mestre do Saber afirmou ser uma verdadeira doença o mal-estar causado pela companhia do povo. Todo mundo lembra o que o general Figueiredo falou sobre o povo, lembra não? Pois é. Todo o mal-estar que aflige as pessoas educadas decorre dos não educados, o que equivale a dizer educados pelos meios de comunicação que ministram uma educação às avessas. Senhores já adiantados nos anos se reúnem nos meios de comunicação para dizer ao povo como é que as coisas são ou devem ser. Entre eles há quem diga que o homem sem Deus é capaz de matar; que o agribiuzinesse é beleza pura; que o esporte é tão importante que até educa; que a coisa mais meritória da vida é ser dono de um monte de riqueza; que fora da igreja não há salvação. Cada um desses setores sopra num berrante estrondoso que o povo segue ora um, ora outro, mas segue a todos, e cada um leva ao desastre, como se pode ver: O agribiuzinesse que os meios de comunicação apreciam faz com que cada brasileiro coma 5,2 quilos de veneno todo ano; o esporte garante que jogar bola muito bem graças a Deus é tão relevante que dá vida de rei; do ajuntamento de riqueza resulta pobreza, violência e ignorância ainda maior que a ignorância dos ricos; Nas igrejas fala-se apenas em Deus e seus ajudantes, cada um com uma réplica de gesso ou mesmo de ouro, e os pais ensinam às crianças que todo aquele pessoal ali representado protege de todo tipo de mal, e as crianças crescem pensando que é mesmo, embora até mesmo dentro das igrejas a infelicidade alcança os bichos de dois pés por meio de bomba, tiro e golpes de faca. É preciso tomar muito cuidado com aquilo que se ouve pelaí. Inté.
 
 


   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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