A juventude
não pode ser tratada de outra forma senão a cacete. Sem essa de obrigatoriedade
de se respeitar opinião alheia. Respeita-se uma opinião quando nela há ao menos
vestígio de sensatez ou sabedoria. Mas não há lógica em se respeitar a opinião
de demente mental uma vez que a incapacidade de raciocinar torna o débil
incapaz de ter idéias coerentes com a realidade. Como respeitar a idéia de
votar em Tiririca, Maluf e Collor, como faz o povo de São Paulo? Embora nem
todos jovens sejam débeis mentais, o comportamento se assemelha. Do mesmo modo
como o débil é indiferente a situações perigosas, assim também é o jovem. Estão
aí mil e uma provas de estar vivendo o absurdo de comer, beber e respirar
veneno, de faltar água e até mesmo o alimento envenenado, no entanto, jovem
algum pensa nisso. No blog Outras Palavras há uma matéria de dar calafrios sobre
a contaminação dos lençóis freáticos em São Paulo por nitrato, através de
milhares de poços artesianos descuidados, substância que provoca câncer e uma
série de coisas horrorosas.
Mas não é só a faixa inferior da escala etária
da sociedade que está passível de cacete. Também a faixa superior, aquela que
estabelece as regras a serem observadas por todos, estão carentes de bordoadas.
Vejam só o que os comandantes estabelecem como regra de procedimento para nós:
diz aqui na revistinha Pegadinhas da Língua Portuguesa que está errado dizer “o chefe reclamou porque a secretária não
tinha entregue o relatório”. Agora, vejam só a explicação: Está errado porque
o verbo entregar tem dois particípios: “entregue” e “entregado”. Com os verbos
ter ou haver, a forma a ser empregada é “entregado”. Com os verbos ser e estar,
deve ser empregada a forma “entregue”. E ensinaram esta sandice ao computador
que ele tascou um risco verde debaixo da palavra entregue da frase em negrito e
mandou substituir por entregado, como exige a regra maluca. Isto é uma bobagem
sem tamanho. O bom senso por si só conduz a comunicação a bom termo sem
necessidades de regras rígidas a serem observadas. Enquanto se cuida de
bobagens, nossa cultura linguística é invadida principalmente pelo inglês, sem
causar qualquer preocupação. Até para vender coco verde se lança mão do inglês.
Há uma banca na Rua Francisco Santos anunciando “Fast coco”, e no “Choping”
Conquista Sul há uma banca onde se vê um I (i maiúsculo) ao lado do desenho de
um coração que está ao lado da palavra “shoes”. Perguntei à bela mocinha o
significado de I coração chois e ela
me explicou: Eu amo sapato (assim mesmo. No singular).
Em lugar de
sandices, a direção da sociedade tinha mais é que ensinar aos jovens a
necessidade de se tomar conhecimento de uma instituição chamada sociedade que
precisa ser cuidada, mas que está sendo destruída pela insensatez de ser a
riqueza a única coisa que faz com que os jovens tirem o pé do lugar. O
desconhecimento de sociabilidade leva as pessoas de maiores posses a evitar
pagar imposto em função das mazelas da administração pública, no que incorrem
em grave erro que desarruma a sociedade ainda mais porque o governo arranca dos
de menos posses tudo aquilo que falta para completar o de que precisa tendo em
vista que o governo tem um limite estabelecido para seus gastos, cumprido rigorosamente
doa a quem doer. Acontece que para satisfazer suas necessidades na maioria
desnecessárias o governo escalpela os de menos posses e eles vão se tornando
cada vez de menos posses até virar necessitados buscando atender suas
necessidades invadindo as posses dos de muitas posses, o que dá origem a um
ambiente de violência e infelicidade para todos.
Não se pode
ter dúvida da necessidade de mudança. Mas a mudança não virá das autoridades.
Só o povo promove mudanças. Mas como o povo é do tipo que bem sabemos como é, a
única mudança que lhe desperta atenção é quando muda um comandante de futebola.
Mas enquanto houver alento, este malamanhado blog instigará os palermas
futucadores para pedir-lhes que salvem a humanidade por causa das criancinhas
rechonchudas principalmente. E olha que a opinião deste blog não é de se jogar
fora porque uma santidade e um gênio na comunicação concordam com suas idéias, ou
pelo menos com algumas. Sua Santidade o Papa, ao ser ameaçado de morte pelos
jihadistas, fez exatamente como esse blog recomenda e faria, fazendo crer ter se orientado por aqui. Vejam se não a opinião aqui defendida a adotada por Sua Santidade: em vez de
cercar-se de orações, cercou-se de homens fortemente armados. Mas não fica por
aí a coincidência de pensamento entre genialidades e este malamanhado. Também o
doutor Arnaldo Jabor manifestou sua concordância com a opinião deste
desarrumado blog ao concordar conosco sobre a sinceridade e a importância do
doutor Joaquim Barbosa para nos dar um rumo. Portanto, moçada, melhor passar do
estágio de não pensante para o de gente. Inté.