domingo, 28 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E QUATRO


A juventude não pode ser tratada de outra forma senão a cacete. Sem essa de obrigatoriedade de se respeitar opinião alheia. Respeita-se uma opinião quando nela há ao menos vestígio de sensatez ou sabedoria. Mas não há lógica em se respeitar a opinião de demente mental uma vez que a incapacidade de raciocinar torna o débil incapaz de ter idéias coerentes com a realidade. Como respeitar a idéia de votar em Tiririca, Maluf e Collor, como faz o povo de São Paulo? Embora nem todos jovens sejam débeis mentais, o comportamento se assemelha. Do mesmo modo como o débil é indiferente a situações perigosas, assim também é o jovem. Estão aí mil e uma provas de estar vivendo o absurdo de comer, beber e respirar veneno, de faltar água e até mesmo o alimento envenenado, no entanto, jovem algum pensa nisso. No blog Outras Palavras há uma matéria de dar calafrios sobre a contaminação dos lençóis freáticos em São Paulo por nitrato, através de milhares de poços artesianos descuidados, substância que provoca câncer e uma série de coisas horrorosas.

 Mas não é só a faixa inferior da escala etária da sociedade que está passível de cacete. Também a faixa superior, aquela que estabelece as regras a serem observadas por todos, estão carentes de bordoadas. Vejam só o que os comandantes estabelecem como regra de procedimento para nós: diz aqui na revistinha Pegadinhas da Língua Portuguesa que está errado dizer “o chefe reclamou porque a secretária não tinha entregue o relatório”. Agora, vejam só a explicação: Está errado porque o verbo entregar tem dois particípios: “entregue” e “entregado”. Com os verbos ter ou haver, a forma a ser empregada é “entregado”. Com os verbos ser e estar, deve ser empregada a forma “entregue”. E ensinaram esta sandice ao computador que ele tascou um risco verde debaixo da palavra entregue da frase em negrito e mandou substituir por entregado, como exige a regra maluca. Isto é uma bobagem sem tamanho. O bom senso por si só conduz a comunicação a bom termo sem necessidades de regras rígidas a serem observadas. Enquanto se cuida de bobagens, nossa cultura linguística é invadida principalmente pelo inglês, sem causar qualquer preocupação. Até para vender coco verde se lança mão do inglês. Há uma banca na Rua Francisco Santos anunciando “Fast coco”, e no “Choping” Conquista Sul há uma banca onde se vê um I (i maiúsculo) ao lado do desenho de um coração que está ao lado da palavra “shoes”. Perguntei à bela mocinha o significado de I coração chois e ela me explicou: Eu amo sapato (assim mesmo. No singular).

Em lugar de sandices, a direção da sociedade tinha mais é que ensinar aos jovens a necessidade de se tomar conhecimento de uma instituição chamada sociedade que precisa ser cuidada, mas que está sendo destruída pela insensatez de ser a riqueza a única coisa que faz com que os jovens tirem o pé do lugar. O desconhecimento de sociabilidade leva as pessoas de maiores posses a evitar pagar imposto em função das mazelas da administração pública, no que incorrem em grave erro que desarruma a sociedade ainda mais porque o governo arranca dos de menos posses tudo aquilo que falta para completar o de que precisa tendo em vista que o governo tem um limite estabelecido para seus gastos, cumprido rigorosamente doa a quem doer. Acontece que para satisfazer suas necessidades na maioria desnecessárias o governo escalpela os de menos posses e eles vão se tornando cada vez de menos posses até virar necessitados buscando atender suas necessidades invadindo as posses dos de muitas posses, o que dá origem a um ambiente de violência e infelicidade para todos.

Não se pode ter dúvida da necessidade de mudança. Mas a mudança não virá das autoridades. Só o povo promove mudanças. Mas como o povo é do tipo que bem sabemos como é, a única mudança que lhe desperta atenção é quando muda um comandante de futebola. Mas enquanto houver alento, este malamanhado blog instigará os palermas futucadores para pedir-lhes que salvem a humanidade por causa das criancinhas rechonchudas principalmente. E olha que a opinião deste blog não é de se jogar fora porque uma santidade e um gênio na comunicação concordam com suas idéias, ou pelo menos com algumas. Sua Santidade o Papa, ao ser ameaçado de morte pelos jihadistas, fez exatamente como esse blog recomenda e faria, fazendo crer ter se orientado por aqui. Vejam se não a opinião aqui defendida a adotada por Sua Santidade: em vez de cercar-se de orações, cercou-se de homens fortemente armados. Mas não fica por aí a coincidência de pensamento entre genialidades e este malamanhado. Também o doutor Arnaldo Jabor manifestou sua concordância com a opinião deste desarrumado blog ao concordar conosco sobre a sinceridade e a importância do doutor Joaquim Barbosa para nos dar um rumo. Portanto, moçada, melhor passar do estágio de não pensante para o de gente. Inté.

sábado, 27 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E TRÊS


Qual será o futuro de uma sociedade na qual os rapazes gostariam de ser iguais a Neymar e Justin Bieber, enquanto as moças digladiam pelo direito de abrir as pernas para tipos desse tipo de pobres de qualquer outra coisa que não seja dinheiro, e elevados pela estupidez humana à categoria de deuses? Não é preciso nem raciocinar para saber a resposta a esta pergunta. É suficiente olhar o que se passa à volta. O que se vê nas ruas, na imprensa, por toda parte, é de deixar tristes aqueles que adquiriram um mínimo de conhecimento. Tudo que se vê é estupidez. O proselitismo do mais novo e sofisticado aparelho de futucar que os papagaios papagaiam nos microfones dia e noite, limita a atividade mental dos jovens ao comportamento da cola através de respostas anotadas num pedacinho de papel ou na mão. As tais “pesquisas” se tornaram o método de estudo mais em voga, transformando os jovens em completos idiotas incapazes do mais simples raciocínio lógico, como demonstra a admiração por ídolos de barro e de outros materiais. A falta de criatividade imposta pela pequena capacidade cerebral leva a juventude a sentir necessidade de “aparecer” de qualquer modo. Na sua capacidade criativa de imbecilidades criaram para sua aparência um termo chique e denominaram de “look”. Como a necessidade de exibição do seu “look” causava comichão, reuniram-se os jovens em assembléia de sábios que decidiu que nenhum dos lugares aprazíveis das cidades seria mais chamado de “lugar”, mas sim de “point”.

Como a capacidade criativa dos jovens não pára por aí, para ampliar a influência do seu “look”, a juventude deu um jeito ou permitiu que as coisas fossem ajeitadas para disfarçar um tipo de prostituição através do qual as jovens exibem sua nudez como vantajosa fonte de renda uma vez que a prostituição sempre envolve dinheiro. Por qualquer casualidade, a jovem que por um motivo venha a chamar a atenção da sociedade, imediatamente ela aparecerá pelada pelaí. A pose para fotos é feita com a bunda, os espetáculos musicais que o instinto de macaco prefere chamar de “shows” visam mais expor as partes íntimas do que o desempenho artístico. Há uma pianista pelaí que toca nua, prova maior de ser o verdadeiro interesse mostrar o corpo visto que não só para nós os homens, mas também para as mulheres cujos hábitos alimentares estão mudando outros hábitos, o corpo de uma mulher nua atrai mais a atenção do que melodias por mais encantadoras que sejam. Duas circunstâncias identificam a juventude àqueles dois jovens ricos de dinheiro e pobres de espírito que podem até ser boas pessoas, mas que tiveram deformado seu caráter pela cultura do TER. Uma destas circunstâncias é a estreiteza de conhecimento que não permite nem a uns nem a outros saber a diferença entre “come” e “comer”. Outra coisa em comum entre todos é a fome de dinheiro. Ela determina ao jovem estudante a profissão a ser exercida. A vocação foi substituída pela possibilidade de ganhar tanto dinheiro quanto possível, e uma boa forma de fazer isso é não ter escrúpulos.

A isso foi reduzida a juventude pela ação criminosa dos pais, responsáveis por preencher o vazio mental de suas crianças com falsidades que os levam ao desinteresse daquilo que mais deveria lhes interessar que é a organização da sua sociedade. Em vez disso, as crianças são orientadas para crenças religiosas, imoralidades, violência, desconhecimento de sociabilidade, educação doméstica e solidariedade humana, requisitos sem os quais forma-se manada em vez de sociedade. O adulto é o resultado do que lhe foi a criança, razão pela qual se diz que cada moeda gasta com educação economiza mil moedas com despesas decorrentes da deseducação. A inocência das crianças deve ser substituída por sabedoria antes que a burrice ocupe seu lugar. Isto me ocorreu ao presenciar o comportamento de um garoto de seis anos, sobrinho da minha mulher. Chama-se Luiz Augusto e é um garoto bonito, simpático e espertíssimo. Tão esperto é o garoto que uns rapazes que trabalham numa borracharia perto de sua casa ficaram seus amigos e admiradores, fazendo questão de sua presença quando por lá ele aparece sempre que escapole. Pois bem, de ver os rapazes recebendo dinheiro, o garoto disse à mãe que iria ser borracheiro quando crescesse. É está inocência que os pais em vez de substituir por compreensão da vida, substituem pela necessidade de ser rico, de ir à igreja, de não se interessar pelo destino de sua sociedade. Enfim, ensinam a criança a se tornar um brasileiro, povo visto pelo mundo como de qualidade tão inferior que o denomina de “cucaracha”. Esta é a razão pela qual a sociedade se encontra num estado de barbaridade tão grande que se tropeça em pedaços de cadáver pelas ruas.

Encontra-se a juventude num verdadeiro torpor mental, como se vacinados contra inteligência e bom senso. Não pode estar normal a saúde mental de quem procura diversão em meio à guerra civil em que nos encontramos. Entretanto, apesar dos horrores, os jovens, feito completos idiotas, procuram ser vítimas de violência ao se exporem pelas madrugadas em busca de diversão. Divertir é próprio dos jovens, mas ninguém de sã consciência iria se divertir num campo de batalha. Com certeza falta algo em quem frequenta qualquer evento cuja animosidade faz necessária a presença de batalhões de policiais bem armados. Vai ver, pode ser tudo de outro jeito. Inté.   

 

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E DOIS


Embora ninguém tenha vista Cristo fazer nada, mesmo porque um estudioso está dizendo que ele nunca existiu, e se assim for não poderia mesmo ter feito nada. Apesar de tudo isto, e admitindo estarem certos os enchedores de igrejas, o trabalho que eles afirmam ter sido feito por Cristo, na realidade, foi muito pequeno levando-se em conta o grande poder que os inocentes religiosos lhe atribuem. Alguém que pensa pensou sobre isso e concluiu que Cristo deveria ter curado a cegueira em vez de curar apenas o cego. É uma grande verdade para quem pensa. Como todo inocente, antes de me tornar menos inocente como sou hoje, há cerca de sessenta anos, quase que por obrigação moral segundo minha ignorância, fui assistir ao filme sobre a vida de Cristo e me lembro perfeitamente de me ter ocorrido haver algo de errado quando ele curou dois ou três leprosos apenas entre muitos.

Mas, fazendo uma condescendência à burrice e admitindo ter Cristo feito muita coisa por esta humanidade constituída de pobres diabos que nada sabem da vida, cujo atestado de burrice foi passado pelos Grandes Mestres do Saber, estes pobres coitados devem despertar para o fato de que hoje quem faz as coisas que Cristo fazia em troca de oração, quer dizer, quem alivia o sofrimento alheio atualmente não quer saber desse negócio de Deus te pague e cobra uma grana que poucos podem pagar. Tem mais aquele negócio de devolver a ajuda com oração, não. Além disso, uma vez que Cristo só curava no máximo um ou dois de cada vez, com o pouquinho de gente que havia naquela época até que dava para aparecer o resultado do trabalho dele. Entretanto, hoje, com cerca de sete bilhões e duzentos milhões de bichos humanos para serem atendidos, de nada valeriam os préstimos do Dr. Cristo, razão pela qual os pobres de espírito aprenderão embora tardiamente que todos dependem exclusivamente do dinheiro. É por isso que de nada adianta ir para as igrejas porque o dinheiro está nas mãos das autoridades e é cá que se deve prestar atenção. É verdade que nas igrejas também há muito dinheiro, mas é outra história. O que nos interessa é aquele que vai formar um bolão chamado erário. Esta palavra muito mais importante para o bem-estar social do que todas as religiões do mundo, não obstante sua importância, a palavra erário é totalmente desconhecida da massa requebradora de quadris. Os papagaios que papagaiam imbecilidades nos microfones costumam falar em erário público, o que significa desconhecimento do significado da palavra, porque ela já envolve o elemento público. Nem poderia deixar de ser público visto ser o resultado das contribuições que cada um entrega ao governo para as despesas com a administração pública. Assim, não tem um dono específico porque pertence a todos, embora pareça pertencer a ninguém dado o descaso que merece de seus donos tão bobos que podem ser enganados tão facilmente como se enganam as crianças a quem um pirulito tem o mesmo significado que tem para os bobos as igrejas, os campos de futebola, o axé, as “celebridades”, os “famosos”, as notícias sobre quem tá comendo quem, sobre o resultado do exame de urina do jogador de futebola, pelaí. Nem sequer desconfiam os bobos da necessidade de se cuidar do erário do mesmo modo como se cuidam dos filhos, ou melhor: o erário merece cuidados ainda maiores que os dispensados aos cachorrinhos e aos gatinhos que exigem cuidados maiores do que o dispensado aos filhos.

Como disse um sujeito que pensava até com o bigode, é preciso escrever em todos os muros do mundo a necessidade de proteger o erário da sanha dos piores tipos de caracteres existentes, aqueles que a sociedade paga para protegê-la e que se transformam nos ladrões desta sociedade, atitude mesquinha de refutar os valores morais, levando junto consigo a sociedade para a vala das imoralidades através do caminho das indignidades. O espírito de rato que caracteriza o brasileiro se propagou de cima para baixo. Como nunca encontrou obstáculo em seu caminho, se transformou em praga de difícil combate. Quando alguém tenta impor moral à devassidão em que se tornou a sociedade brasileira, é logo defenestrado, espezinhado, perseguido, como está sendo o doutor Joaquim Barbosa por enfrentar de peito aberto os quadrilheiros que os outros juízes juraram de pé junto que não são quadrilheiros. Esta situação é inteiramente descabida e deixa apreensivo quem pensa porque se as autoridades encarregadas de proteger a sociedade passam a proteger os inimigos da sociedade, esta juventude imbecil que toma imbecis como líderes estará aprontando um futuro muito ruim para seus filhos. E enquanto a sociedade afunda, a única força capaz de reerguê-la, a juventude, está cuidando é de verdadeiras nulidades elevadas à categoria de gênios. Os filhos dos atuais jovens não terão boas lembranças de seus pais, salvo se forem tão curtos de inteligência quanto eles. Inté.  

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ESPERANÇA NÃO MORRE


A esperança do desvalido encontra sempre um obstáculo no caminho para tropicar e retardar a chegada de tempos melhores esperados com ansiedade e cada vez mais distantes. Assim é que a esperança que este país de triste sorte deposita em Joaquim Barbosa, com absoluta justiça, na opinião deste malamanhado blog sofreu um tropeçãozinho. Pequenininho, é verdade, mas sofreu. Aconteceu quando o doutor Barbosa declarou ao jornal Folha de São Paulo que os presidenciáveis deveriam prometer a redução de tarifas de telefonia. Ora, com tanta coisa para ser consertada neste país esculhambado de todas as esculhambações possíveis e impossíveis, o doutor Barbosa vai se preocupar logo com tarifa de telefone? Entretanto, o mais certo é que esta seria também uma área sobre a qual o doutor Barbosa quando for presidente vai baixar o martelão em cima dela. Mas, certamente depois de por em ordem as outras coisas, principalmente dar dignidade a esse povo que nem sabe o que é ser digno como afirmou o Mestre do Saber Charles Darwin.

Este malamanhado blog se encontra pavoneando pelo fato de haver o intelectualíssimo Arnaldo Jabor feito um comentário que coincide com o que vem sendo dito aqui sobre a necessidade de aglutinar a juventude em torno do doutor Joaquim Barbosa porque ele deu prova viva de seu destemor ante a covardia que faz infeliz um povo que tem tudo para ser feliz e é infeliz. Tão infeliz que nem sabe ser infeliz pela quantidade de festa. Pois o versátil e inteligente cineasta, jornalista, e tudo mais que se pode ser na vida, terminou seu pronunciamento contundente como sempre perguntando onde anda o doutor Barbosa, e afirma que nós precisamos dele. Caso algum desocupado tenha perdido tempo lendo as bestagens deste blog, há de saber que esta é também a opinião aqui, razão da surpresa agradável pelo fato de um iletrado ter uma opinião coincidente com a opinião de um intelectual ao menos uma vez na vida.

E a realidade está aí à vista. Quem não teve oportunidade de saber que o doutor Barbosa ficou excomungado porque queria enfiar na cadeia os bandidos do Mensalão, tem agora outra prova do mesmo teor nesta notícia do jornal Folha de São Paulo de 24/09/14: “O presidente da corte, Dias Toffoli, e os ministros Gilmar Mendes e João Otávio Noronha, disseram que a condenação de Maluf não o torna um "ficha-suja". Ora, vejam só: se Maluf é procurado pela polícia, é por ser bandido. Portanto, só interesse inconfessável justifica que juízes pagos pela sociedade para defendê-la, em vez disso, querem que um bandido seja deputado. São aqueles ministros que contestavam o doutor Barbosa e derrubaram o enquadramento dos mensaleiros no crime de formação de quadrilha bravamente defendida pelo doutor Barbosa. O voto da ministra Rosa Weber que livrou a cara da bandidagem do crime de quadrilha vale a pena ser visto na internete. É um nó em pingo de lei. Como o doutor Barbosa é destemido para enfrentar as mazelas que seus colegas acobertam, os que se beneficiam com as mazelas fogem dele como o diabo foge da cruz, razão pela qual há artigos em vários órgãos de imprensa tendenciosa denegrindo a imagem daquele homem íntegro que só merece respeito pela sua posição firme na defesa da juventude indiferente a tudo isso. Há numa tentativa frustrada de obscurecer o nome do homem de cuja sinceridade não se pode mais duvidar. Para se ter uma idéia da diferença entre o doutor Barbosa e os outros, basta fazer a si mesmo a seguinte pergunta: O doutor Barbosa afirmaria que Maluf não é ficha suja?

É mais que evidente a necessidade de resgatar a politicagem das mãos dos politiqueiros, transformá-la em Ciência Política, e entregá-la à responsabilidade de políticos com personalidade de estadista, porque assim todos, pobres e ricos viverão uma vida menos brutal e menos desigual. Este país é tão rico que não obstante parecer impossível haver gente honesta por aqui, há sim senhor, e muitos. Acontece que o povo é tão burro que prefere os desonestos e os politicamente analfabetos como promotores de brincadeiras que os idiotas colocam em lugar de legisladores. A desigualdade gritante com que a lei trata pobres e ricos sempre existiu. Lá longe, em 1719, quando Daniel Defoe publicou o livro Robinson Crusoé, na introdução, fez a seguinte declaração sobre a preferência das leis pelos privilegiados na Inglaterra: “São todas leis teias de aranha nas quais ficam presos os mosquitos e que são rompidas pelos moscões”. Esta fase desonesta e canhestra, própria de uma cultura desonrosa de se levar vantagem aproveitando a ignorância dos ignorantes não só precisa ser superada, como realmente será assim que a juventude tirar o pensamento da futucação de telefone cujo resultado danoso pode ser visto no artigo da jornalista Mônica Tarantino, publicada na revista IstoÉ, intitulada Os Eletrossensíveis, pessoas doentes por contaminação produzida pelo contato com aparelhos eletrônicos. Vamo lá, ó juventude imprestável. Tira o pensamento do telefone e o coloque no futuro de seus filhos. Eles agradecerão. Inté.   

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

GENIALIDADE E GENERALIDADE


O acúmulo de aprendizado que a observação da vida nos proporciona se transforma em pura sabedoria. Por quanto mais tempo e interesse se observa a vida e os acontecimentos dos quais participamos ou temos notícia, mais sabedoria se adquire. Cheguei a esta conclusão em virtude de um acontecimento que me fez ver que se eu vivesse um milhão de anos terminaria a vida como gênio. Não teria outra classificação meu raciocínio depois de acumular conhecimentos durante todo aquele tempo uma vez que em apenas cinquenta anos adquiri conhecimentos suficientes para me dar ares de verdadeiro gênio se comparado com uma pessoa que foi criada juntamente comigo e meus irmãos. Tínhamos as mesmas atividades na fazenda do meu pai. Entretanto, o mais importante é ter em mente a identidade de conhecimento entre nós até a época em que contava eu com cerca de quinze anos. Até aí, o que um sabia o outro sabia. A partir daí, fui levado pela vida para o caminho dos estudos em vez de continuar a tirar leite, fazer requeijão e manteiga como continuou essa pessoa a quem me refiro e que vai provar ter eu me tornado um gênio. Fazendo um confronto entre os conhecimentos que adquiri nas atividades que exigiam conhecimento literário, e o conhecimento desta pessoa que continuou a tirar leite, fazer requeijão e manteiga, não se chega a outra conclusão senão de ter eu adquirido um crescimento mental fabuloso porquanto aquela pessoa continuava no mesmo nível de inocência ou desconhecimento das coisas da vida.

A história se resume no fato de só ter a pessoa de quem falo aprendido a trabalhar com os braços, enquanto eu fui levado para um mundo completamente diferente e convivi com os mestres da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, entre eles o Grande Mestre do Saber professor Alto de Castro. O certo é que ao chegar à velhice eu que rezava o pai nosso do mesmo modo como fazia a pessoa de quem falamos e de quem fiquei afastado por cinquenta anos, ao reencontrar esta pessoa meio século depois, já bisavó, ela continuava pensando do mesmo modo como pensava quando nosso trabalho era puramente braçal. Ao tomar conhecimento do meu modo atual de pensar, me fez uma pergunta interessante cuja resposta prova minha meu desenvolvimento mental. A pergunta foi a seguinte: “Ô, Zé Mário, pruquê você está assim, se você não era assim?”

Esta pergunta nunca me saiu da cabeça porque ela tem um alcance infinitamente maior do que pode parecer. Tão grande que mostra não só a prova de ser a ignorância a causa de todo o sofrimento do mundo, mas também mostra como evitá-los através da instrução. A pessoa de quem falamos tinha realmente razão em me estranhar. Ela continuava achando que é Deus que decide sobre nós. Continua sem saber ler, enfim, continua não apenas cinquenta, mas centenas de anos atrasada em relação a meu desenvolvimento mental no caminho da civilização. A constatação de que a mentalidade dela se encontra séculos atrás é o fato dela entrar num ônibus e viajar várias centenas de quilômetros por estradas perigosas para ir fazer oração na Cidade da Lapa. Quando ela me fez aquela pergunta, foi com tristeza que constatei haver um abismo entre nossas mentalidades e expliquei prá ela o seguinte: Quando nós pensávamos do mesmo modo, tanto o meu quanto o seu conhecimento cabia naquele dedal que você, minha mãe e minha irmã espetavam no dedo para empurrar a agulha na costura. O fato de você ter permanecido no mesmo ambiente de cinquenta anos passados e não ter sequer tido oportunidade de saber ler, nada mudou na sua cabeça, de modo que seu conhecimento continua sendo suficiente apenas para caber no dedal, enquanto meu conhecimento aumentou tanto em virtude das coisas que aprendi desde aquela época em que nós pensávamos do mesmo jeito, que o meu conhecimento atualmente não cabe dentro desta sua casa. Enquanto você está certa de ser feliz por causa de Deus, eu estou certo de que você é infeliz e não sabe. Quando você teve um piripaco cardíaco e só não ficou pior porque o organismo reagiu, você não sabe que nenhum Deus lhe aliviaria as dores terríveis no peito que só os medicamentos aliviam. Sei disso porque sem nenhum Deus, tive enfarto e fiquei tão bom que já estou há muito vivendo além do permitido pela estatística. Completei a resposta dizendo que ela nunca saberia o significado da palavra erário, e muito menos que aquilo que ela está certa vir de Deus, vem é dele, o erário, o único deus capaz de dar bem-estar.

Aí está a prova material de que a instrução é a solução dos problemas sociais. Imaginemos que não só esta pessoa de que falamos, mas se todas as pessoas do mundo tivessem adquirido o conhecimento que eu adquiri sobre a vida e a sociedade, o mundo não estaria em Guerras inacabáveis como definiu Arnaldo Jabor, simplesmente porque nós nunca entraríamos em guerra nenhuma. Esta história esclarece perfeitamente o mal proveniente da falta de oportunidade de se desenvolver os conhecimentos. É desta falta que nascem os tormentos humanos. A ignorância da realidade por parte da humanidade deixa tristeza em quem aprendeu algo com os Grandes Mestres do Saber. Se apenas por aprender tão pouco que nem chega a saber escrever me deixa alguém em situação desconfortável em relação a quem pensa que está bem graças a Deus, faz entender a ojeriza que os Grandes Mestres do Saber declararam ter ao povo de mentalidade do tipo que entra no ônibus prá ir fazer oração na Cidade da Lapa.

Os adultos continuam tão infantis a ponto de haver doutores comungando as mesmas idéias dos analfabetos para os quais o mundo não tem mais de cinco ou seis mil anos. Razão tinha quem disse que a ignorância é que astravanca o desenvolvimento, o qual prefiro entender como desenvolvimento mental que a humanidade faz questão de manter ao nível dos pés. Inté.

 


 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

GENERALIDADE E GENIALIDADE


Se houvesse um sistema educacional que em vez de ensinar mentiras ensinasse as verdades e as experiências acumuladas pela humanidade desde a fase de bicho peludo até agora quando se encontra na fase de bicho pelado, haveria grande quantidade de gênios pelaí. Sem necessidade de especular compêndios volumosos de estudiosos do assunto é possível ter uma leve noção de como o cérebro privilegiado faz do seu dono um gênio. O que se chama de gênio é quem é capaz de perceber coisas que as outras pessoas não percebem com a mesma facilidade. É que a capacidade do cérebro em acumular e processar informações neste tipo de pessoa é maior do que nas outras pessoas. Cada vez que recebe e processa uma informação, o cérebro privilegiado fica ainda mais privilegiado. isto é, aumenta seu conhecimento e sua capacidade de adquirir mais conhecimento. Assim, a genialidade nada mais é do que o resultado do acúmulo rápido de conhecimentos. Embora esta conclusão se pareça com a do senador que disse que nós somos o resultado daquilo que sempre fomos, diferencia-se, entretanto, porque cada conhecimento adquirido amplia ainda mais a capacidade cerebral de interpretar nova informação que traz novos conhecimentos, e assim sucessivamente numa progressão geométrica. Cada conhecimento amplia o campo para interpretações de novos conhecimentos. Como o cérebro casualmente privilegiado pela natureza tem capacidade de acumular em pouco tempo o que o cérebro comum pode demorar talvez séculos ou milênios para fazer a mesma coisa, o fato é que o mais comum dos cérebros também segue em câmara lenta a mesma evolução do cérebro privilegiado. Algum dia, até eu compreenderei a teoria da relatividade que até agora fico com uma interrogação na cabeça ao ouvir seu nome. A capacidade de interpretar informações existe no cérebro de todo ser humano. Quando orientado pela sabedoria o cérebro amplia com maior agilidade sua capacidade de interpretação. Ao contrário, quando orientado por bobagens como igreja, futebola e axé, seu desenvolvimento demorará a sair do nível rasteiro dos pés e alcançar as alturas sem limite dos pensamentos elevados como fizeram e fazem as pessoas geniais.

Considerando que a situação do mundo é insustentável, e que mais insustentável ainda é a situação do Brasil, embora esta insustentabilidade venha resultar em coisas ruins, os maiores prejudicados por elas, os jovens, permanecem alheios a tudo porque tiveram inutilizada sua capacidade cerebral de produzir pensamentos. A falta de exercício fez o cérebro morgar e transferir para a televisão a nobilíssima atividade de pensar, o que transformou os jovens em manés-gostosos controlados pela magia da luzinha e do plim- plim, totalmente desligados do rumo que as autoridades dão às atividades políticas. Está aí no Yahoo Notícias uma reportagem de um experiente jornalista americano dando contra de ter o governo do seu país provocado o acidente que matou Eduardo Campos. A finalidade, segundo a matéria, é contar com mais facilidade em dobrar dona Marina aos seus interesses escusos como impedir que o cérebro dos jovens adquira alguma inteligência e queira saber o motivo pelo qual a política dos Estados Unidos matou tantos políticos progressistas no Brasil. Se fizessem isso, iram chegar bem no lugar de onde saem todas as mazelas que são a causa da violência que ainda vai atingir quem ainda não o foi. Mas, apesar do risco iminente que lhes ameaça, os jovens nem mesmo sabem disso, e nem querem saber.

Deveria, entretanto, a juventude, querer saber de tudo que se refere à sua vida. Deveria querer saber o motivo pelo qual morre tanta gente em consequência do exercício de uma atividade tão simples quanto receber o dinheiro dos impostos e aplicá-los corretamente. Todo o sistema mundial de administração pública precisa ser desmontado e montado de forma menos burra, com as autoridades vivendo um mundo falso de conforto exagerado e o povo vivendo um mundo falso de exageradas necessidades sem que haja necessidade de ser assim porque recursos há de montão. Apenas mal aplicados.

Como a única força capaz de promover mudança é a força das ruas, e como quem está nas ruas é a juventude inútil, as autoridades que já tiveram a boca entortada pelo uso do cachimbo da corrupção, pegam os recursos de administrar, roubam o mais que podem e investem o resto em propagandas deformadoras de opiniões com tamanha força que palhaços e iletrados assumem posição de celebridades e famosos entre os jovens sem pensamento próprio, o que os torna presa fácil para as bobagens apregoadas pelos deformadores de opinião que impedem sua evolução espiritual. O resultado de tudo isso é uma juventude capaz de permanecer semanas em imensas filas para comprar um aparelho de futucar ou ingresso para requebrar os quadris, enquanto imensa riqueza é carreada do erário para os infernos fiscais. As notícias insistentes sobre as tais “celebridades” e “famosos”, pessoas que deveriam estar nos campos a plantar feijão, tem por objetivo conduzir a juventude para longe dos seus reais interesses, o que se tem conseguido com muito sucesso haja vista a condição de penúria intelectual dos jovens que nem mesmo sabem a distinção entre “come” e “comer”.

A força viva da sociedade, a juventude, está tão inutilizada que a título de propaganda eleitoral o governador do Rio de Janeiro declarou ter sido seu governo o que mais colocou gente na cadeia. Ora, isso deve ser entendido como uma propaganda ao contrário porque governo bom é aquele que organiza a sociedade tão bem organizada que não há necessidade de se colocar gente na cadeia. Depois, e muito grave, é o fato de serem quase todos jovens as pessoas presas que irão ter uma escola de criminalidade para treiná-los a odiar e atacar os filhos dos jovens futucadores e inúteis. Tal notícia causaria grande desconforto em uma juventude mentalmente sadia porque lugar de jovens é nas escolas e não nas cadeias. Entretanto, com a juventude que temos, tal estupidez dá votos e louvor. Não precisa pensar duas vezes para se concluir estar tudo às avessas. Para o bem de todos e felicidade geral, urge endireitar tudo. Inté.

 

  

 

domingo, 21 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E UM


Sendo o objetivo deste malamanhado blog  avisar à juventude que ela pode pensar, uma conversa ouvida sobre os motivos que levam uma pessoa a matar alguém por paixão despertou a idéia de repetir uma prosa sobre paixão na esperança de que a experiência nestes assuntos possa ajudar os jovens a encontrar com mais facilidade um modo menos traumático de atravessar a situação de apaixonado. Quando não há reciprocidade, então, a situação é capaz de se tornar verdadeiro sofrimento para os jovens, cuja inocência os leva a encarar a vida do mesmo modo como encara os primeiros momentos uma criancinha perdida no supermercado e achando tudo muito bonito e divertido. Não é outro o comportamento dos jovens dentro do supermercado da vida. Conhecendo a causa do mal que aflige, fica mais fácil contornar a aflição. O que me capacita a orientar nesse sentido é o fato de Já ter curtido paixão adoidado, e uma maldita depressão. Desta experiência resultou a conclusão de que a paixão é uma depressão cujo fim depende unicamente da presença de alguém. Talvez a paixão machuque mais ainda do que a depressão porque o depressivo não tem interesse em coisa nenhuma e nem pensa em felicidade, enquanto o apaixonado está certo de desejar mais do que nada no mundo, a felicidade ao lado da pessoa a quem acredita ser a única que pode lhe despertar interesse pela vida. Há, portanto, na paixão, a insistência do pensamento em superar o obstáculo entre si e a felicidade, enquanto ao depressivo absolutamente nada interessa.

A cura da paixão quando há um desencontro de interesses faz a porca torcer o rabo porque ela depende (a cura, não a porca) de coincidir o interesse do apaixonado com o interesse da pessoa por quem ele se apaixonou. Do mesmo modo como o apaixonado está convicto de ser fulana a sua felicidade, fulana pode estar convicta de que beltrano é a única coisa que lhe interessa no mundo por ser sua maior esperança de felicidade. E aí, como é que fica? Fica que os jovens só tem a ganhar fazendo pergunta aos velhos e pensar sobre o que eles dizem. Isto aí que estou falando sobre a paixão e a depressão, foram ambas vividas e vencidas. As paixões, pelo tempo, e a depressão, por uma vontade que repentinamente me deu de mandar aquela desgraça prá porra. A paixão é encarada pelo velho de uma forma que é impossível ser entendida pelo jovem porque a paixão do velho não o faz sofrer. Ao contrário, ele tira proveito dela.

O que essa prosa quer dizer é que o ódio é uma forma imprópria de corresponder ao que parece e é chamado de desprezo. Quem odeia alguém por não lhe corresponder os sentimentos, estará odiando talvez um colega também sofredor por também ter se ligado platonicamente em outra pessoa que por sua vez tá com o pensamento lá mais adiante. Falo de cadeira porque já vivi exatamente esta situação. Tava apaixonado por uma mulher que não tinha outro pensamento senão a figura dela, seu riso, e o que tínhamos feito e falado da última vez. Acontece que pouco tempo entes de acontecer essa paixão, eu tinha iniciado um relacionamento muito agradável com outra mulher que logo se tornou assim, digamos, um relacionamento amistoso bem amistoso. Ao tomar conhecimento da minha aproximação com a mulher que se tornou minha paixão, a mulher com quem tinha iniciado um namoro casual (ela era muito agradável) me disse que era para eu me afastar daquela bruxa. É como se eu estivesse vendo aquela enorme contradição. No momento em que ela chamou de bruxa a mulher da minha paixão ela me ofendeu enormemente e me fez pensar sobre a situação da cabeça de cada um de nós naquela situação em que não podia haver ninguém entre eu e a mulher por quem eu estava certo ser minha felicidade, mas que hoje é feliz tão longe que nem sei por onde.

Os jovens vão se ferrar à medida que forem descobrindo o que é inevitável deixar de descobrir à medida que vão passando as estações da vida, trazendo cada passagem um estremecimento dos diabos. É como aquela criancinha perdida entre as prateleiras do supermercado cujo encantamento vai desaparecendo à medida que o tempo vai passando e o desconforto lhe vai perturbando. É a mesma situação dos jovens desinteressados em suas próprias vidas fora do que diz respeito a ganhar dinheiro. Fora isso, nem mesmo lhes interessa a destruição do ambiente que lhe dá vida. Quem foi iluminado por uma partícula de centelha da luz dos Grandes Mestres do Saber percebe a verdade sobre o funcionamento da sociedade e ela está substituída por uma grande mentira que todos tomam por verdade. As coisas estão e cabeça para baixo e precisam ser colocadas em seus devidos lugares. Não pode mais haver bobos tão bobos que se estraçalham pela imbecilidade de um jogo de futebola que já estava decidido antes do jogo ser jogado. Com tal mentalidade, estará ameaçado o futuro das crianças e a ninguém parece interessar tal assunto. As atenções são voltadas para futilidades e dinheiro e é por isso que esse malamanhado blog garante e assina embaixo que desse jeito não vai dar nada certo. Né não? Inté.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sábado, 20 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA


A sanha dos avarentos por dinheiro está destruindo o mundo, e não é justo que os demais seres humanos sejam obrigados a esperar até que não haja mais água prá beber, comida prá comer e ar prá respirar. Não é justo se submeter a uma estupidez deste tamanho, mas a contestação leva os deformadores de opinião a cair de pau em cima dos contestadores acusando-os de vandalismo por não se enquadrarem no padrão “comportado” ou “conformado”, exigido pelos seus patrões, os donos do mundo, estes, sim, verdadeiros vândalos que destroem o futuro das crianças unicamente para juntar dinheiro bastante para fazer pose na revista Forbes. Entretanto, em razão da total inversão de valores que leva promotores de brincadeiras imbecis a virar milionárias celebridades paparicadas por todos, enquanto os promotores de educação vivem à míngua, em face de tão grave e perigosa distorção, aqueles que destroem o meio ambiente e provocam imprevisíveis consequências cujas evidências estão aí já se fazendo sentir, estes são considerados benfeitores da sociedade. Os que tem vida regalada à sombra de algum tipo de poder, por apego ao conforto que imaginam eterno, mas que tudo indica não durar muito mais, sentem-se ameaçados por quem luta em defesa do futuro das crianças, ignorando que a situação de bem-bom em que se encontram está ameaçada de ter que ceder lugar ao sofrimento resultante do procedimento antissocial e antinatural necessário à produção de grandes riquezas.

Os deformadores de opinião, obedientes às ordens dos seus donos ignorantes de sociabilidade e ávidos por dinheiro, fazem crer haver mérito em acumular riqueza sem limite, quando, na realidade, do ponto de vista da harmonia social, é nocivo tal procedimento. O papagaiamento para comprar isso e aquilo, deturpa a mentalidade dos jovens, tornando-os ávidos pelo aparelho mais rápido para futucar, chegando a enfrentar fila durante uma semana inteira para adquirir o último modelo a ser futucado. Nem sabem estes pobres de tudo, menos de dinheiro, haver possibilidade de resultar numa baita zonzeira na cuca quando passar a fase dos requebramentos.

É tanta coisa errada que chega dar preguiça só de pensar. O maior e mais grave de todos os erros em tudo isso, e que exige ser concertado o mais rapidamente é a separação entre autoridades e sociedade. Estão todos enganados. As autoridades se enganam em manter-se num mundo de riqueza e escândalos que vão se acumulando e criando animosidade nos deserdados do erário à medida que se repetem, o que acontece numa frequência tão assustadora e com tal naturalidade que as notícias fazem crer ao povo que a sociedade é administrada por bandidos cujos crimes são julgados por eles mesmos. Ante tal situação, como fica o futuro das crianças? A quantidade de dinheiro público transferido para contas particulares somam fortunas capazes de solucionar todos os problemas decorrentes da alegada falta de recursos. Do mesmo modo das autoridades, também se enganam os jovens ao se desligarem das atividades políticas, fonte do bem-estar ou do mal-estar social. Um povo em cujas veias corre sangue de rato não pode gerar pessoas com predicados nobres a quem se possa deixar a chave do cofre do erário enquanto se vai para a igreja, o axé ou o futebola. É preciso ajudar as autoridades na aplicação do dinheiro público por que elas foram enfeitiçadas pelo canto da sereia e acreditam viver um mundo encantado onde nada falta, ao contrário, tudo sobra. Certa vez foi feito um exame no lixo das casas das autoridades e foram encontradas iguarias finas descartadas. Para o bem das próprias autoridades e seus descendentes, agir com honestidade haveria de dar melhor resultado do que orientar seus filhos a seguirem os mesmos caminhos tortuosos da desonra que levou a política a se transformar em politicagem e passar a ser relatada nas páginas policiais.

É visível a manifestação de descontentamentos vinda de todos os setores da sociedade, sob a completa indiferença das autoridades e seus patrões, os ricos donos do mundo, figuras que também já começam a perder o antigo charme e admiração e são olhados com certa reserva. Os banqueiros, por exemplo, ninguém mais encara sua atividade senão como agiotagem. A diferença entre o agiota estigmatizado de usurário e punido pela lei e o banqueiro, é que este tem permissão do Estado para agiotar e arrancar lucros fabulosos do lombo de um povo tão facilmente enganado que prosa alegremente sobre axé e futebola durantes horas na tortura das filas intermináveis para entregar ao banqueiro dinheiro que levou.

Esse imbróglio que está armado aí não vai dar certo e a melhor coisa a ser feita é haver aproximação entre autoridades e sociedade. É total absurdo que assuntos de interesse social sejam mantidos escondidos da sociedade. Dá prá desconfiar de haver algo errado. Sobre a festança da copa e os bobalhões com bandeiras e faniquitos, repetindo seu papel de eternos bufões, todos os pais brasileiros, não só aqueles que escancharam seus filhos no pescoço para ensiná-los a ser também idiotas, quanto e principalmente o pai da criança de cinco anos que chorava copiosamente por causa da contusão de Neymar, deviam pedir ao amigão Google: “futebol e dinheiro – Como o Brasil vendeu a Copa”. Esta matéria está no jornal Le Monde Diplomatic Brasil,e é ilustrada com o desenho de uma lata gigante de marmelada representando um estádio de futebola. Nada mais do que papel de bobos. O choro do garotinho, por exemplo, não tinha razão de ser porque o pobre de espírito e milionário ou já bilionário de dinheiro, Neymar, segundo a reportagem, não sofreu nada grave, não passando tudo de armação. Que papel, hein seus babacas? Pode-se garantir também que os bobos da corte não sabem que pagaram uma fortuna em relógios milionários que a FIFA distribuiu entre os cartolas. Tudo por conta da macacada requebradora de quadris. Vamos tomar jeito de gente. Né não? Inté.

 

 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

ARENGA QUARENTA E NOVE


A não ser que apareça um Joaquim Barbosa para salvar a juventude, ela estará... É isso mesmo o que ela estará. Pelo espetáculo deprimente do depoimento no congresso de mais um lesa-pátria percebe-se não ser mais possível continuar encoberta a trama imensa de ladroagem, torpeza, vilania e canalhice dos mais variados tipos e modos a que está submetido esse povo infeliz cuja serventia se resume a chorar, orar, dançar, matar e roubar. Quando um ladrão de bilhões levanta da cadeira dos réus, outro logo ocupa seu lugar, mas tudo não passa de artimanhas e as safadezas próprias do brasileiro. Entretanto, para que a inquirição se resulta sempre em nada? É perigoso tanto escárnio em cima desse povo só aparentemente pacífico, como prova o número de cinquenta mil assassinatos todo ano. Os exemplos do passado devem servir de alerta ao presente. Quem não tiver certeza disso que pergunte ao governador de São Paulo o que foi que ele quis dizer quando disse que vai faltar guilhotina. O que se viu hoje no congresso foi com certeza absoluta um dos motivos pelos quais o governador disse o que disse. Ali, mais uma vez, ficou mostrado publicamente que a riqueza do país está sendo dilapidada brutalmente. O erário se assemelha à carniça avidamente devorada pelos urubus. Há uma espécie de urubu que também tem colarinho branco e é chamado urubu-rei. Tal qual seus colegas que se servem do erário, são os primeiros a se servir no banquete. Esta situação pode provocar a ira da manada e quem vai pagar são as pobres crianças. É de fazer dó a situação daquelas criancinhas afogadas por terem seus pais fugido com elas da morte por violência religiosa para cair na morte por afogamento no mar sem que nenhuma proteção divina velasse por elas. Se o sofrimento corresponde a uma desobediência aos preceitos divinos, como afirmam os religiosos em seu desligamento da realidade da vida, por que penalizar uma inocente criança sem discernimento para saber o que é preceito divino a ser observado? Não há limite para a crueldade de quem nada sente ante o sofrimento alheio, sobretudo das inocentes criancinhas.

Durante o depoimento no congresso, foi estarrecedor do ponto de vista da sensatez a fala de um deputado da boca de chupar ovo que pensa ser todo mundo tão imbecil quanto ele. Como pode alguém afirmar haver algo de bom num país que proporciona um espetáculo daquele de que o deputado ridículo participava? Estes parasitas levarão a sociedade à derrocada. Vomitam suas sandices com total despreocupação com a certeza de que todo mundo vai concordar com sua estupidez e ignorância de sociabilidade. Do mais indigno e insignificante politiqueiro à maior autoridade do país, todos sem exceção estão a anos luz da realidade em seu mundo ricamente fantasioso e totalmente imune às experiências amargas a que estão submetidos aqueles que não fazem parte da corriola. Quando se anunciou a descoberta dos bilhões surrupiados na Petrobrás, a maior autoridade do país, a presidente da república, disse com firmeza que tudo seria apurado com rigor e que os culpados seriam severamente punidos. Entretanto, está aí a imprensa noticiando que o ladrão depoente que nada disse agiu assim a fim de proteger o governo. Isso deixa o sujeito completamente baratinado. Como entender? Só se o governo participou da roubalheira. Mas, se participou, como faz crer as notícias da imprensa, a presidente teria dito apenas por dizer que tudo seria apurado, na certeza de que ninguém iria se ligar nestas coisas quando há tanta igreja, axé e futebola pelaí, o que significa uma presidência da república agindo para prejudicar seu país.

Está faltando sensatez de um modo geral, principalmente nas autoridades. Assim como não dá para encontrar as excelentes condições apontadas pelo deputado boca mole, do mesmo modo, não se pode entender esta notícia da imprensa: É importante para o eleitorado ter clareza de que a principal escolha a ser feita nessas eleições presidenciais é se o Brasil vai ter um governo progressista ou conservador. Com Dilma, o Brasil terá um governo progressista; com Marina ou Aécio, o Brasil terá um governo conservador.


Esta notícia é mais um trabalho de deformação de opinião que tanto é feito por meio de microfone, quanto de caneta ou de digitalização. No que diz respeito ao governo que a notícia diz progressista, é a mesma imprensa que acusa esse mesmo governo que ela chama de progressista de ter levado o país à recessão. Como entender que um governo progressista leve o país à recessão? Esta balbúrdia de incertezas acaba por desregular a cuca das pessoas, levando os menos resistentes a disparar arma no pai, no filho, no colega ou no estranho, num comportamento aparentemente inexplicável, inclusive ante a insensatez religiosa de que só se morre por determinação divina. Como se admitir que Deus mandasse o filho matar o pai ou na mãe? A fim de tentar um início de mudança para algo menos irreal do que nossa sociedade, poder-se-ia formar uma comissão de celebridades sem aspas que pedisse ao governador de São Paulo para lembrar às demais autoridades aquele negócio de guilhotina a fim de se evitar que aconteça cá o que aconteceu lá. Mas, logo se chega à conclusão da inutilidade de tal medida uma vez que também aquele governador falou apenas por falar. Na verdade, nem ele mesmo acredita naquela possibilidade porque se não fosse assim não continuaria aprontando tanto a ponto de deixar o povo com sede e sem teto.


O desalento de não ter a quem recorrer só reforça a certeza de que só será possível viver com dignidade se for ensinado às crianças o contrário do que aprendemos. Colocando nas crianças em vez de religiosidade, honra, dignidade, hombridade, enfim, valores morais. Quando estas crianças assim educadas forem as responsáveis pela chave do cofre do erário não lançarão mão dela do modo como está sendo feito. Nunca sairemos do atoleiro com uma juventude que aprende a não ser nada. Notícia na imprensa dá conta de que determinada universidade britânica reclama da falta de dedicação de bolsistas brasileiros. Enquanto isso, os defensores do mesmismo espinafram o governo cubano que mereceu o comentário seguinte: BANCO MUNDIAL RECONHECE EDUCAÇÃO CUBANA. É, esse país precisa ser virado ao contrário. Inté.



 

 

 

 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

ARENGA QUARENTA E OITO


A birra deste mal amanhado blog em estabelecer comunicação por escrito com jovens que não leem, se assemelha à personalidade daquele executivo de certa indústria de sapatos que fora enviado para fazer uma pesquisa sobre a possibilidade de abrir uma filial em determinado lugar, onde, ao chegar, observou que todos andavam descalços. Absolutamente ninguém usava sapato, razão pela qual deu a seguinte resposta: Ótimas perspectivas. Aqui ninguém ainda usa sapato. Antes dele, outro executivo, ante aquela mesma situação, informou à empresa não ser interessante uma loja onde ninguém usava sapato.


É com este otimismo em proteger as criancinhas rechonchudas que este malamanhado não desiste de procurar lembrar que estamos cercados de perigos: vivemos uma guerra civil que mata cinquenta mil pessoas no ano sem que isto seja capaz de fazer os jovens levantar os olhos do aparelho de futucar para ver os cadáveres entre os quais logo poderá estar alguém de sua família ou ele próprio. A UNICEF acaba de declarar que o Brasil é o sexto país no mundo em taxa de homicídios de crianças e jovens. E os jovens nem mesmo sabem disso. Além da ameaça da violência que já alcançou nossos vizinhos e que nos alcançará a qualquer momento, também estamos ameaçados pelo resultado da agressão à natureza unicamente para satisfazer tanto a estupidez de quem pensa precisar aparecer na revista Forbes, quanto a de quem compra tudo que os papagaios da televisão mandam comprar, resultando de tanta estupidez incessante esburacamento prá tirar material e um maldito fumaceiro que acabará por cobrir a luz do sol, enquanto a juventude vegeta num mundo de fantasias sem nenhuma conexão com a realidade, como se pode ver na seguinte notícia publicada no Jornal do Brasil de 4/9/14: Novas oportunidades de negócios no campo - Os dados são extremamente positivos e mostram que o campo se transformou em um importante nicho de mercado mesmo diante de um período de recessão econômica. Investir no agronegócio passou a ser uma oportunidade de alta lucratividade. E quando falo em trabalhar no campo, não me limito apenas aos trabalhadores rurais, é possível investir também na comercialização de equipamentos e insumos agrícolas.

O que se vê aí é a ante-realidade. Tudo que se fala ali é exatamente o oposto do que é. Fala em “negócios no campo”. Os “negócios” a que se refere a inversão da verdade são altas negociatas em que o BNDES empresta fortunas aos donos de imensas áreas de terra a juros baratíssimos e prazos enormes, sendo muitas destas dívidas simplesmente perdoadas. Além disso, o campo, este sim, é que é verdadeiramente sagrado por ser o lugar de onde sai a alimentação. Negociar o chão de produzir comida é perjúrio maior do que negociar uma igreja que não serve para outra coisa senão prover a ignorância que é a causa de todos os males. Os exemplos da inutilidade da religião estão aí a toda prova. O representante máximo de Deus está tomando providências para aumentar sua proteção por homens armados porque os religiosos lá da terra de Deus, que tem outra maneira de adorá-Lo, estão a fim de dar sumiço não só no papa, mas também em todos que professam religião diferente, outro perigo que a todos ameaça enquanto a juventude palerma futuca telefone. Outro representante de Deus, o arcebispo do Rio de Janeiro, foi assaltado e despojado dos objetos sacros. Quando será que a manada despertará para a realidade de que só o erário é capaz de dar proteção e que precisa ser protegido? Certamente chegará esse dia porque muitas outras coisas tidas como tão indiscutíveis quanto a fé passaram a ser ridículas como a proibição de estudar o corpo humano.

Outra distorção daquela matéria jornalística é a mentira da vantagem em se investir no agribiuzinesse como forma de ganhar dinheiro, o que é o cúmulo do absurdo. Dá tristeza pensar no futuro das pobres criancinhas. É o cúmulo porque esse ganho aí que os papagaios papagaiam nos microfones e nos jornais como coisa muito boa, nada mais é do que um dinheirinho a mais que milhões de compradores de comida terão que desembolsar desnecessariamente com a única finalidade de aumentar a riqueza de agiotas que se locupletam às custas de quem precisa fazer a feira de cada dia. Enfim, para não encompridar a prosa, como resultado dos venenos do agribiuzinesse, surgiu uma doença chamada CKDu que destrói os rins dos pobres trabalhadores cujo emprego os malditos papagaios com microfone recomendam.

Não se pode ter dúvida de estar tudo errado e muito menos ainda quanto à necessidade de arrumar a desarrumação social. Mas como, se a força viva da sociedade, a juventude, não transfere o pensamento das imbecilidades para as coisas sérias como a perseguição feita ao doutor Joaquim Barbosa pelos que se acostumaram à sombra do poder político, e que por isso mesmo tentam denegrir a imagem do único brasileiro que se mostrou empenhado na defesa das futuras gerações? Chega a dar nojo o contorcionismo feito pelos julgadores para evitar que a bandidagem do Mensalão fosse condenada por formação de quadrilha, crime praticado e condenado pelo doutor Barbosa, contrariando os que preferem ver seu país mergulhado nas indignidades a que já se acostumou, com seu povo sem saber o que é pudor, agindo como macacos tarados por fazer compras em Me Ame. Houvesse uma juventude prestável, sairia em defesa de seu benfeitor, o ministro Joaquim Barbosa, cuja honra estão tentando inutilmente enxovalhar. Alegam os criadores de dificuldades para vender facilidades, aqueles que preferem a sombra dos palácios por onde abundam as pastas 007, que o ministro Barbosa é um homem derrotado, quando, na realidade, são eles os derrotados perante a opinião das juventudes vindouras. A suposta frustração atribuída ao doutor Barbosa em sua pretensão de ser presidente da república mencionada por seus detratores reflete que os covardes tem dos corajosos. Por acaso, esta imagem, representa a figura de um homem derrotado?

 
Ao contrário. O que vemos na expressão do doutor Barbosão é a imponência de quem tem certeza de ter cumprido sem papel com honradez, coisa que passa a anos luz dos seus detratores que dão nó em pingo de lei para ajustar as coisas de modo a beneficiar quem prejudica o futuro da sociedade como fazem os politiqueiros. Chega a ser repugnante o contorcionismo que os julgadores do Mensalão fizeram para provar que os bandidos não cometeram crime de formação de quadrilha, o que os livrou de pena mais severa como queria o doutor Barbosa, futuro presidente da republica determinado a tornar esta sociedade de bichos uma sociedade de pessoas. Para o bem de todos, inclusive daqueles cujo comportamento prejudica o futuro da sociedade, é necessário colocar as coisas nos lugares, e ninguém mais indicado para começar do que o DOUTOR JOSQUIM BARBOSA. Inté.

 

 

 

 

 

 

 


 

domingo, 14 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E SETE


É de uma verdade do tamanho do mundo a afirmação de ser a ignorância a mãe de todos os males da humanidade. É exatamente em função desta realidade que cada moeda gasta com educação significa uma economia para o erário de milhares de outras moedas. Dizer isso a um jovem futucando o telefone, nada significa a não ser atrapalhar seu desinteresse por aquilo que deveria ser o maior de todos os seus interesses, maior inclusive do que a escolha da futura profissão porque pode parecer exagero, mas é a pura verdade, de nada adianta ser um profissional eficiente e ser encharcado de álcool e incendiado pelo bandido. O fato de ninguém ser incendiado numa sociedade de pessoas educadas confirma a vantagem em se educar porque não havendo um doutor queimado teria sido evitado tanto o prejuízo social de um doutor a ser endireitado e depois enterrado, quanto o de filhos ficarem sem pai. Quando as pessoas não são educadas como não somos nós, a união deles, em vez de formar sociedade, resulta num monte de bichos que não se incomodam de pular por cima de pedaços de corpo humano pelas ruas. Assim, de nada adianta preparar o futuro apenas em termos de dinheiro porque pode não dar tempo gastá-lo.

A educação que forma pessoas capazes de formar uma sociedade civilizada passa longe dos deformadores de opinião que papagaiam o dia inteiro sobre mercado financeiro, sugerindo coisas a comprar, cotação disso e daquilo, como fazer render o seu dinheiro, etc. É só o que aprendemos na escola, e esta é a prova material de ser verdade inconteste a afirmação de que eliminando a ignorância os males vão junto. Mas, para eliminar a ignorância, se faz necessário outro tipo de educação porque este modelo daí só ensina a necessidade de dinheiro e muitas treitas e espertezas para ganhá-lo desonestamente porque não pode haver maior injustiça social, portanto, uma desonestidade, um banco tomar da população mais de um bilhão de reais a cada mês. Só a falta de educação social não encontra nenhuma anormalidade em tal situação se é justamente ela a causa da guerra que mata cinquenta mil pessoas todo ano. Toda essa infelicidade apenas por falta de uma população socialmente educada. Ouvir de um doutor bem sucedido, prova de ter sido bem orientado pelo sistema educacional, não entender como pode o governo permitir que um artista ganhe rios de dinheiro e o professor passe dificuldade, conclui-se pelo completo desconhecimento da realidade social porque todos os governos do mundo agem exatamente desse modo incompreensível apenas para o inocente. Com a atenção enjaulada na mediocridade como estão todos os socialmente deseducados é mais fácil manter o ciclo vicioso de trepar, comer, cagar e trabalhar sem nem mesmo se interessar em saber o porquê dessas bestagens. A nenhum governo interessa que a massa deixe de ser massa disforme para ser um grupo organizado e civilizado porque assim o comportamento é exatamente esse que temos aí: um monte de idiotas a futucar telefones, encher igrejas e terreiros de brincadeira enquanto seus filhos correm o perigo de ficar sem futuro e o erário é surrupiado sem que ninguém se incomode.

A deseducação social só é do interesse dos governos porque os governantes também são socialmente deseducados uma vez que de sua ação não resulta bem-estar para ninguém, nem mesmo para eles, perigosamente enganados como muitíssimo bem esclareceu o governador de São Paulo quando brandiu a guilhotina. Deste modo perverso de governar tem resultado derramamento de sangue e muita infelicidade, razão pela qual os pouquíssimos jovens que pensam devem avisar aos que não pensam para aprenderem a pensar. Como macaco velho nessa atividade, dou uma aulazinha inicial levando quem quiser aprender pensar a verificarmos um assunto publicado no Yahoo Notícias, sobre matéria da revista britânica “The Economist”, indicando os melhores países do mundo para nascerem as crianças. Ao lado do nome de cada país classificado como mais conveniente para receber uma criança, vem sua renda per capta: SUÉCIA, US$ 5l.390,00; NORUEGA, US$.102.610,00; CANADÁ, US$. 52.220,00. São nove os países indicados como os lugares ideais para as crianças nascerem porque lá tem maiores chances de se dar bem na vida, o que significa serem menos infelizes.

A notícia é a comprovação de que o bem-estar vem do erário e não vem das divindades, realidade que impede nosso avanço rumo à civilização porque em vez de se cuidar do erário, cuida-se de igreja. O exemplo daqueles países mostra esta realidade. Todos eles tem a renda per capta varias vezes superior à nossa, razão pela qual é melhor nascer lá do que cá. Entretanto, de ação premeditada, agem os governos em seu total desconhecimento de sociabilidade que arruinará o futuro de seus filhos, no sentido de levar a atenção do povo para bem longe do lugar onde eles fingem trabalhar. Em vez disso, o que deveriam fazer era chamar o povo para ver o que eles estão fazendo em vez de apenas contar. Vimos esse ludíbrio quando as maiores autoridades do país levaram a presença do Estado que representam para a inauguração do Salomão, a fim de convencer os pobres inocentes de que a felicidade de seus filhos depende da religião e não delas próprias. Precisamos avisar aos governantes que nada disso vai dar certo, como não vai dar certo a instalação de um telefone na polícia, chamado Disque Igualdade Racial. Isso só será alcançado quando desde o surgimento da capacidade de percepção for ensinado às crianças o motivo pelo qual as peles variam de cor e o motivo pelo qual os negros se encontram em inferioridade social. Além disso, e tão importante quanto isso, é ensinar o que é preciso para se viver em paz e em grupo ao mesmo tempo, uma vez que não podemos viver senão em grupos. Nenão? Inté.

 

sábado, 13 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E SEIS


 

A degradação dos valores morais e éticos chegou ao ponto máximo de baixeza a que podia chegar. Ignorar que os tempos reclamam por mudança de comportamento equivale a candidatar-se à promessa de guilhotina feita pelo governador de São Paulo. Se o puritanismo e o apego às tradições são atitudes mesquinhas, burras e negativas, também o é a imoralidade política e a apologia à prostituição e deturpação dos assuntos sexuais porque isso tem tudo a ver com a saúde mental e física das criancinhas rechonchudas. Mas, como nada escapa à vulgarização e baixaria próprias da ignorância que sempre predomina nos ambientes onde em vez de educação chega religiosidade, a sexualidade não podia deixar de também integrar o cardápio das indecências que norteiam o comportamento desse reles ajuntamento de trogloditas barulhentos e inescrupulosos chamado impropriamente de sociedade, sociedade brasileira, para vergonha do pedacinho quase invisível do Brasil que tem vergonha. Os costumes dos antigos tempos resistem ainda aos novos e sadios costumes de que os novos tempos dão notícia. Já existe quem não concorda em tornar irrespirável o ar em troca de dinheiro para ser mostrado na revista Forbes. Já se entende não dar certo comer comida com veneno que vai para o leite materno, que vai para a corrente sanguínia da pobre mãe, que vai prejudicar a saúde do rebento para o qual a inocente mãe coitada acredita estar fazendo o melhor para ele. A água que se bebe, então, para saber sobre ela basta pedir ao amigão Google: O MÉDICO FALA SOBRE ÁGUA. Mas, desponta no horizonte social o convencimento de recusar produzir a própria infelicidade, e ela veio para ficar porque o tempo das coisas ao contrário está com os anos contados. Nos velhos tempos as mulheres apareciam lindas na televisão com cabelos encantadores parecendo nuvem. As todas as outras mulheres do lado de fora da televisão lotavam os salões de beleza, tomavam um banho de veneno e saiam esplendorosas e tranquilas. Atualmente, com os novos tempos, elas continuam lotando os salões, mas já sem tranquilidade porque o envenenamento está mostrando seu lado de monstro.

Nestes novos tempos, os pais diligenciarão na orientação dos seus filhos, ensinando-lhes o contrário do que ensinaram a eles. Em vez de ensinar ao filho o que é religião, ensine o que é erário. Assim é a verdade que o tempo velho conseguiu esconder até hoje, e o resultado do trabalho do tempo velho é que está aí na imprensa a propaganda de um livro da capa ilustrada pela figura de uma mulher seminua, deitada com as pernas abertas, e um sujeito com a boca quase na sua xoxota. Outro livro tem por ilustração duas adolescentes com as bocas quase coladas uma na outra e com ar de sensualidade. Esta manchete, então, deve ir para o museu como relíquia da mais baixa qualidade moral que se pode atingir: FAMOSOS CONTAM O QUE JÁ FIZERAM ENTRE QUATRO PAREDES. É verdade! Tem um cara lá dizendo que cheira calcinha suja. São estas as qualidades que nesse país de bichos faz alguém ficar famoso. Agora, você aí que é pai ou mãe, não lhe passa pela cabeça que isto é uma brutal agressão à formação moral dos seus filhos? Certamente não, porque no lugar da cabeça está a televisão, corte suprema das imoralidades.

Quando um cavalo, um boi ou um jumento se depara com um incêndio, sua atitude é de completa indiferença porque não lhe ocorre a possibilidade de fome pela destruição do pasto. Desse modo é o comportamento de imbecis que diante do iminente perigo de desarrumação social que ameaça os filhos que dizem amar, permanecem na mesma indiferença burra a qualquer outra coisa que não seja dinheiro, religião, axé e futebola. É preciso escrever em todos os muros do mundo, como disse o bigodão, que a deterioração mental é resultado de ação premeditada. Desde a formação do primeiro grupo humano pintou alguém com esperteza de aproveitar sua capacidade de convencimento e disso tirar proveito, o que não poderia acontecer sem enganar. Pois, essa capacidade de enganar foi cultivada, estudada, ensinada, ampliada e aperfeiçoada com tal requinte que a ninguém interessa questionar o fato de estar sendo enganado. É engano ser encarado como normal a situação de alguém morrer de fome e alguém fazer pose na revista Forbes. Mas ninguém se incomoda se é assim porque esta é a visão de um tempo tão longo que virou um costume entortado que de agora em diante vai ser desentortado pelos novos tempos que prometem trazer sabedoria em lugar de burrice, paz no lugar das guerras e conhecimento no lugar da religiosidade. Aliás, se não precisa intermediário para prosear com Deus, então, que cada um faça seu proseamento de sua casa porque assim pode usar a riqueza do aparato religioso inútil contra a ignorância que leva à religiosidade, ao axé e ao futebola.

Vários são os sinais dos novos tempos. Nos velhos tempos era honroso ser um banqueiro, um deputado ou um senador. Hoje? Ah! Se um deputado ou um senador aparecer numa feira livre vai levar banho de restos de verduras. Que dizer do banqueiro? Virou uma nódoa tão nojenta que dona Dilma e dona Marina se digladiam na disputa do título de quem tem mais nojo de banqueiro. Pois é. Tempos novos, é isso aí. Inté.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E CINCO


O trabalho de apenas dois escritores, Laurentino Gomes e Carlos Amorim, basta para se entender perfeitamente o motivo pelo qual o Brasil é esta esculhambação. É tudo consequência de um passado de triste memória. O primeiro escritor escreveu três livros: 1808, 1822 e 1889. Depois de esmiuçar nosso passado, o autor nos revela coisas do arco da velha, porém nada edificantes, e que dão razão ao sábio senador que afirmou do auto de sua sabedoria o seguinte: “Nós somos o resultado daquilo que sempre fomos”. Não é mentira, não. Esse senador cuja intelectualidade faz inveja aos grandes pensadores da Grécia, sentenciou que não somos outra coisa senão o resultado do que sempre fomos.  Como sempre fomos safados, indignos, ladrões e treiteiros, como se pode ver da história contada nos livros citados, chegamos a um presente ainda mais indigno como resultado do incremento da indignidade inicial que aumenta à medida que também aumenta o número dos bichos que formam esta manada ainda longe de ser sociedade.

Do segundo escritor, o livro Assalto ao Poder, mostra que o futuro do Brasil é ser habitado por imensa quadrilha em virtude do crescimento vertiginoso de quadrilheiros que tomam conta de absolutamente todas as instituições públicas e privadas. A perigosa realidade vivida, entretanto, é simplesmente ignorada e as atenções voltadas para futucar telefone, espetar jóia na orelha e no rabo, se interessar em saber os lugares inusitados onde a famosa trepou, ou se o jogador de futebola usa cueca, ou com quem está namorando algum “famoso” ou “celebridade” destas que tanto encantam a juventude, mas cuja serventia na realidade não vai além de lavar latrina. Sob a indiferença da juventude futucadora de telefone, chegou o Brasil a uma população de bandidos maior que a de pessoas honestas e assumiu posição de maior degradação moral entre todos os povos do mundo, equiparando-se àquele país africano de extrema miséria cujo presidente era canibal e que presenteou o então presidente francês com um enorme diamante. Enquanto os corredores de hospitais são transformados em vale de lágrima, e a caminho de se tornar vala comum de cadáveres, enquanto cinquenta mil pessoas são assassinadas por ano, enquanto imensa multidão sobrevive com apenas um pedacinho de salário mínimo tomado de quem trabalha e usado para transformar em esmoleres pessoas que poderiam chegar a ter dignidade na vida. A prova de ainda não haver sociedade no Brasil é a inércia da juventude ante tais acontecimentos porque a juventude é a força viva de qualquer sociedade. Como a juventude brasileira é uma força morta, então não há sociedade. Não passa de ajuntamento amorfo um grupo feito mané-gostoso programado para futucar telefone, fabricar crianças, consumir drogas, cultivar ignorância de não saber a diferença entre “come” e “comer”. Sequer tem interessa aos jovens a situação do ponto de chegada onde eles vão chegar depois da fase do foguetório. A ninguém ocorre o motivo pelo qual seu país tem a pior contraprestação de bem-estar social em troca do dinheiro que arrecada, e é também o país que sustenta a mais cara administração pública do mundo. Tão cara que para subir e descer o elevador no parlamento ganha-se mais do que um piloto de avião caça. Os bilhões arrancados da turba ignara pelo leaozão da Receita Federal e pelos leõezinhos estaduais e municipais, convertidos no erário, são usados do mesmo modo como são usadas as garrafas de chá ou café nas salas de espera pelaí afora. É um derrame de dinheiro inexplicavelmente carreado por uma corrupção acima de qualquer controle. Chegou-se ao cúmulo do absurdo de ser legalizado o roubo do dinheiro público. Ocupante de cargo público ostenta fortunas roubadas dos futucadores de telefone, e estes se conformam com justificativas apenas. Sujeito fica bilionário com dinheiro público, chega lá na sala para ser submetido a julgamento trazendo um dos juristas que odeiam o doutor Barbosa e que faz sua defesa: Este homem que vossas excelências tem a obrigação de fingir querer condenar não pode ter cometido o crime de que vossas excelentíssimas excelências precisam aparentar rigor na apuração simplesmente porque ele tem um olho lá em cima e outro lá em baixo. Assim, excelências, não lhe seria possível dirigir a visão dos dois olhos para um só lugar, o lugar onde estava o dinheiro. E aí, como dizia a bela jovem do filme Nunca Aos Domingos para expressar um final feliz: e foram todos para a praia.   

Lembra a história de um encontrão entre dois homens. Um era estrábico, e reclamou do outro dizendo: “vê se olha por ande anda” ao que o outro respondeu: “e você, vê se anda por onde olha”. Ainda bem que em meio a tanta tristeza há quem nos brinde com amenidades agradáveis. Mas a alegria dura pouco porque se nosso passado é capaz de suscitar constrangimento, o presente é ainda pior. A juventude digna que um dia surgirá, porque há de chegar esse dia, visto haver também coisas boas no mundo, excomungará a juventude atual por ser tão inútil que deixou seu país ser tomado por bandidos sem que ninguém se incomode porque sua única preocupação é com religião, brincadeiras e ladroagem. Em cada cem jovens estudantes brasileiros não há um que não saiba quem é Neymar, mas nenhum sabe quem é Artur Avila, um jovem carioca que ganhou um prêmio equivalente ao Nobel por seus conhecimentos matemáticos. Por aqui, as qualidades positivas são preteridas em benefício das negativas. A ignorância dos ignorantes os leva a escolher condenados pela justiça para postos de mando. O Brasil embarcou num gigantesco aero lula e entrou numa orgia tão grande que está voando de cabeça para baixo sem saber. São incontáveis os exemplos de acontecimentos onde a verdade vira mentira e a mentira vira verdade. Nesse momento de troca do presidente da mais alta corte de justiça, o STF, vivenciamos a materialização de um exemplo de troca da verdade pela mentira, situação incômoda para pessoas mais dignas espiritualmente. Trata-se da matéria publicada na revista Caros Amigos denegrindo a imagem de um homem honesto e honrado, e enaltecendo outros homens cujo passado, se vasculhado, revelará serem inferiores àquele a quem denigre. Está tudo às avessas e é preciso recolocar as coisas em seus lugares atribuindo valor a quem realmente tem valor. Eis o que a matéria jornalística certamente comprada pelos de sempre diz sobre o monumento de dignidade Joaquim Barbosa:As palavras finais do presidente (esse presidente era o doutor Barbosa) da corte suprema, depois da decisão que absolveu os réus da AP 470 do crime de quadrilha, soaram como a lástima venenosa de um homem derrotado, inerte diante do fracasso que começa a lhe bater à porta”.

“A arrogância do ministro Barbosa, abatida provisoriamente pelo colegiado do STF, aninhou-se em ataque incomum à democracia e ao governo”.

"O ministro Barbosa, porém, afunda-se em um pântano de mentiras e artimanhas antes de ter dado sequer o primeiro passo para atravessar a praça rumo ao Palácio do Planalto”.

Aí está uma contundente demonstração de inversão de valores. Os que arranjaram quem os acomodasse nas sombras do poder lançam impropérios por inveja de ter o doutor Barbosa chegado lá por seus méritos, além do medo que eles tem de vir o doutor Barbosa a ser presidente da república, porque quando ele chegar lá, como chegará, para proteção das criancinhas rechonchudas, deixará de haver o apadrinhamento como ficou demonstrado em sua atuação firme na defesa da sociedade durante todo o julgamento do Mensalão, coisa que apavora os mesmos de sempre. Mas, se deixar os entrementes e passar direto para os finalmentes, concluir-se-á que essa prosa tá uma prosa. Inté.