sexta-feira, 5 de setembro de 2014

ARENGA CINQUENTA E TRÊS


Uma opinião deformada que um deformador de opiniões deformou dá conta de que os eleitores evangélicos logo terão a chance de votar em candidatos também evangélicos, o que é preocupante por sugerir retorno à época de maior obscuridade mental quando a religião era misturada com a política e o rei era considerado Deus pela massa amorfa do populacho que pouco ou nada evoluiu a não ser na técnica sofisticada de matar, roubar e produzir imensa riqueza que serve de nada contra a pobreza porque se esconde nos infernos fiscais. Faz-se extremamente necessário escorraçar da política a influência religiosa e perniciosa dos tempos obscuros quando a ingenuidade das pessoas religiosas fazia com que não faltasse quem atravessasse salões reais portando orgulhosamente o pinico real para esvaziá-lo da bosta santa. Atualmente há quem se sinta gratificado paparicando reis a ponto de se orgulhar em comprar o boteco do agrado do rei para que ele possa tomar birita mais a gosto. Atualmente, os reis são só de brincadeirinha. Há rei cantor, rei jogador de futebola, rainha por falar bobagem na televisão, todos com vida regalada, e bota regalada nisso, que os súditos de mentalidade tão tacanha quanto a deles lhes garantem.

Apenas uma rápida retirada de atenção do aparelho de futucar e um lampejo de inteligência são suficientes para se perceber que a política e a religião nasceram juntas e suas vidas se resumem em maquinar diabruras contra o povo. Nunca houve um só palácio de rei sem a sua capela e os figurões da religião a compartilhar as benesses da corte e ajudar o poder político com as promessas de inferno para quem não se comportasse direitinho trazendo sem reclamar seu leitão, pato, ganso e galinha para o santificado regalo ao vinho nos folguedos palacianos onde os religiosos obesos se fartavam. O patrimônio da igreja superava em muitos casos o patrimônio do rei. Como o povo daquela época ainda não tinha sido hipnotizado para ficar satisfeito com a escravidão, lá pelos tempos da guilhotina do governador de São Paulo, o populacho francês fez um acabamento dos diabos em cima de seus escravizadores que cepou fora a cabeça e muita coisa mais de quem o atormentava, levando de roldão centenas dos representantes de Deus sem que nenhuma divindade os socorresse. O que levou o populacho daquela época a fazer isso foi a percepção de ser a maldade da religião ainda mais perversa do que a maldade da escravidão imposta pela realeza e seus asseclas.

Tanto a igreja esfolou o populacho que ele ficou de saco cheio e depois do festival de horrores guilhotínicos, afastou a religião prá lá e tornou laico o estado. Estarão os religiosos esquecidos da guilhotina? Antes de alguma medida no sentido de voltar ao estado eclesiástico dos tempos obscuros seria bom que os pretendentes à obscuridade tivessem uma conversinha durante um jantar em restaurante fino como é do costume dos politiqueiros, visto não precisarem se incomodar com despesas porquanto há mais de duzentos milhões de pessoas dispostas a pagar-lhes tudo. Tal conversa deve girar em torno do motivo pelo qual o governador afirma que vai faltar a máquina que cepou fora muitos pescoços de quem se achava no bem bom.

Tem também notícia deformada pelaí em função da mistura perigosa das safadezas da politicagem com as da religião que se efetivada produzirá quatro péssimas consequências para a sociedade: A primeira decorre de ser Paulo Maluf o primeiro nome do grupo de que trata a notícia. A segunda, de ser o segundo nome da lista o nome do pastor Marcos Feliciano. A terceira é que a terceira pessoa do grupo também é um pastor, e, finalmente, a quarta consequência desastrosa é o fim a que se propõe o grupo satânico: DISCUTIR POLÍTICA PARA ELEITORES EVANGÉLICOS. O interesse desse grupo diabólico é manter o povo na posição mental da empregada doméstica que garantia de pé junto estar comprando um lugarzinho no céu com o dinheiro que entregava à igreja.

O chamado eleitor evangélico nada mais é do que humildes inocentes que acreditam ter recebido carro como presente de Deus, pessoas de mentalidade tão rasteira que são incapazes de um pensamento próprio, portanto, facilmente conduzíveis pela propaganda eleitoral televisiva tão convincente aos pobres de espírito que apenas meio minuto na tela é disputado ferrenhamente com chingamento, unhas e dentes. Uma vez enfeitiçado, o populacho sem vontade própria faz o que a televisão mandar fazer, inclusive votar em ladrões. Ela mandou tá mandado. Taí a rapaziada a danificar seu sistema nervoso para futucar aparelho por ordem da televisão, justificando inteiramente o dizer dos caras que sabem o que falam e afirmam ser a ignorância a fonte de todos os males. Com efeito, é o que mostra o fato de estar uma fábrica de determinado produto pagando um bilhão de reais a uma mulher muito bonita para fazer propaganda daquele produto. Para que a ganância do fabricante pague está fábula de dinheiro à mulher é porque ele sabe perfeitamente, como eu sei, que a ignorância faz com que a beleza da mulher faz acreditar na perfeição daquele produto que, na realidade em nada mudará para melhor ou pior, permanecendo do modo como foi feito, e o resultado da insanidade é que os consumidores irão desembolsar um bilhão jogado fora. Nada senão a estupidez justifica comportamento tão idiota que permite a parasitas se tornarem bilionários em troca de nada. É desencontro demais, mas não pára por aí. Determinado candidato diz que vai criar um ministério da segurança pública para resolver o problema da violência, como resultado da falta de senso comum que torna ridículo o brasileiro cuja campanha politiqueira está suscitando gozações do jornal americano, inclusive de um candidato que se apresenta voando entre as nuvens insinuando um personagem de quadrinhos que voava e resolvia qualquer problema com seus superpoderes.

O mais eficiente ministério contra violência existente no universo inteiro está bem aí. Só que funciona ao contrário, não merecendo, portanto o nome de Ministério da Educação. A violência é apanágio dos ambientes onde predomina a ignorância dos deseducados, principalmente nos ambientes de maior religiosidade onde jornalistas são degolados e crianças martirizadas em nome de Deus.

Isto lá é ambiente de juventude esclarecida? Uma juventude que aceita o que não aceitou a juventude de mais de duzentos anos atrás? A mente da juventude está mesmo é cagada de urubu. Inté.

 

 

 

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