Se houvesse
um sistema educacional que em vez de ensinar mentiras ensinasse as verdades e
as experiências acumuladas pela humanidade desde a fase de bicho peludo até
agora quando se encontra na fase de bicho pelado, haveria grande quantidade de
gênios pelaí. Sem necessidade de especular compêndios volumosos de estudiosos
do assunto é possível ter uma leve noção de como o cérebro privilegiado faz do
seu dono um gênio. O que se chama de gênio é quem é capaz de perceber coisas
que as outras pessoas não percebem com a mesma facilidade. É que a capacidade
do cérebro em acumular e processar informações neste tipo de pessoa é maior do
que nas outras pessoas. Cada vez que recebe e processa uma informação, o
cérebro privilegiado fica ainda mais privilegiado. isto é, aumenta seu
conhecimento e sua capacidade de adquirir mais conhecimento. Assim, a
genialidade nada mais é do que o resultado do acúmulo rápido de conhecimentos.
Embora esta conclusão se pareça com a do senador que disse que nós somos o
resultado daquilo que sempre fomos, diferencia-se, entretanto, porque cada
conhecimento adquirido amplia ainda mais a capacidade cerebral de interpretar
nova informação que traz novos conhecimentos, e assim sucessivamente numa
progressão geométrica. Cada conhecimento amplia o campo para interpretações de
novos conhecimentos. Como o cérebro casualmente privilegiado pela natureza tem
capacidade de acumular em pouco tempo o que o cérebro comum pode demorar talvez
séculos ou milênios para fazer a mesma coisa, o fato é que o mais comum dos
cérebros também segue em câmara lenta a mesma evolução do cérebro privilegiado.
Algum dia, até eu compreenderei a teoria da relatividade que até agora fico com
uma interrogação na cabeça ao ouvir seu nome. A capacidade de interpretar informações
existe no cérebro de todo ser humano. Quando orientado pela sabedoria o cérebro
amplia com maior agilidade sua capacidade de interpretação. Ao contrário,
quando orientado por bobagens como igreja, futebola e axé, seu desenvolvimento
demorará a sair do nível rasteiro dos pés e alcançar as alturas sem limite dos
pensamentos elevados como fizeram e fazem as pessoas geniais.
Considerando
que a situação do mundo é insustentável, e que mais insustentável ainda é a
situação do Brasil, embora esta insustentabilidade venha resultar em coisas
ruins, os maiores prejudicados por elas, os jovens, permanecem alheios a tudo
porque tiveram inutilizada sua capacidade cerebral de produzir pensamentos. A falta
de exercício fez o cérebro morgar e transferir para a televisão a nobilíssima
atividade de pensar, o que transformou os jovens em manés-gostosos controlados
pela magia da luzinha e do plim- plim, totalmente desligados do rumo que as
autoridades dão às atividades políticas. Está aí no Yahoo Notícias uma reportagem
de um experiente jornalista americano dando contra de ter o governo do seu país
provocado o acidente que matou Eduardo Campos. A finalidade, segundo a matéria,
é contar com mais facilidade em dobrar dona Marina aos seus interesses escusos
como impedir que o cérebro dos jovens adquira alguma inteligência e queira
saber o motivo pelo qual a política dos Estados Unidos matou tantos políticos
progressistas no Brasil. Se fizessem isso, iram chegar bem no lugar de onde
saem todas as mazelas que são a causa da violência que ainda vai atingir quem
ainda não o foi. Mas, apesar do risco iminente que lhes ameaça, os jovens nem
mesmo sabem disso, e nem querem saber.
Deveria,
entretanto, a juventude, querer saber de tudo que se refere à sua vida. Deveria
querer saber o motivo pelo qual morre tanta gente em consequência do exercício
de uma atividade tão simples quanto receber o dinheiro dos impostos e
aplicá-los corretamente. Todo o sistema mundial de administração pública
precisa ser desmontado e montado de forma menos burra, com as autoridades
vivendo um mundo falso de conforto exagerado e o povo vivendo um mundo falso de
exageradas necessidades sem que haja necessidade de ser assim porque recursos há
de montão. Apenas mal aplicados.
Como a
única força capaz de promover mudança é a força das ruas, e como quem está nas
ruas é a juventude inútil, as autoridades que já tiveram a boca entortada pelo
uso do cachimbo da corrupção, pegam os recursos de administrar, roubam o mais
que podem e investem o resto em propagandas deformadoras de opiniões com
tamanha força que palhaços e iletrados assumem posição de celebridades e
famosos entre os jovens sem pensamento próprio, o que os torna presa fácil para
as bobagens apregoadas pelos deformadores de opinião que impedem sua evolução
espiritual. O resultado de tudo isso é uma juventude capaz de permanecer
semanas em imensas filas para comprar um aparelho de futucar ou ingresso para
requebrar os quadris, enquanto imensa riqueza é carreada do erário para os
infernos fiscais. As notícias insistentes sobre as tais “celebridades” e
“famosos”, pessoas que deveriam estar nos campos a plantar feijão, tem por
objetivo conduzir a juventude para longe dos seus reais interesses, o que se tem
conseguido com muito sucesso haja vista a condição de penúria intelectual dos
jovens que nem mesmo sabem a distinção entre “come” e “comer”.
A força
viva da sociedade, a juventude, está tão inutilizada que a título de propaganda
eleitoral o governador do Rio de Janeiro declarou ter sido seu governo o que
mais colocou gente na cadeia. Ora, isso deve ser entendido como uma propaganda
ao contrário porque governo bom é aquele que organiza a sociedade tão bem
organizada que não há necessidade de se colocar gente na cadeia. Depois, e
muito grave, é o fato de serem quase todos jovens as pessoas presas que irão
ter uma escola de criminalidade para treiná-los a odiar e atacar os filhos dos
jovens futucadores e inúteis. Tal notícia causaria grande desconforto em uma
juventude mentalmente sadia porque lugar de jovens é nas escolas e não nas
cadeias. Entretanto, com a juventude que temos, tal estupidez dá votos e
louvor. Não precisa pensar duas vezes para se concluir estar tudo às avessas.
Para o bem de todos e felicidade geral, urge endireitar tudo. Inté.
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