A esperança do desvalido encontra sempre um
obstáculo no caminho para tropicar e retardar a chegada de tempos melhores
esperados com ansiedade e cada vez mais distantes. Assim é que a esperança que
este país de triste sorte deposita em Joaquim Barbosa, com absoluta justiça, na
opinião deste malamanhado blog sofreu um tropeçãozinho. Pequenininho, é
verdade, mas sofreu. Aconteceu quando o doutor Barbosa declarou ao jornal Folha
de São Paulo que os presidenciáveis deveriam prometer a redução de tarifas de
telefonia. Ora, com tanta coisa para ser consertada neste país esculhambado de
todas as esculhambações possíveis e impossíveis, o doutor Barbosa vai se
preocupar logo com tarifa de telefone? Entretanto, o mais certo é que esta
seria também uma área sobre a qual o doutor Barbosa quando for presidente vai
baixar o martelão em cima dela. Mas, certamente depois de por em ordem as outras
coisas, principalmente dar dignidade a esse povo que nem sabe o que é ser digno
como afirmou o Mestre do Saber Charles Darwin.
Este malamanhado blog se encontra pavoneando
pelo fato de haver o intelectualíssimo Arnaldo Jabor feito um comentário que
coincide com o que vem sendo dito aqui sobre a necessidade de aglutinar a
juventude em torno do doutor Joaquim Barbosa porque ele deu prova viva de seu
destemor ante a covardia que faz infeliz um povo que tem tudo para ser feliz e
é infeliz. Tão infeliz que nem sabe ser infeliz pela quantidade de festa. Pois
o versátil e inteligente cineasta, jornalista, e tudo mais que se pode ser na
vida, terminou seu pronunciamento contundente como sempre perguntando onde anda
o doutor Barbosa, e afirma que nós precisamos dele. Caso algum desocupado tenha
perdido tempo lendo as bestagens deste blog, há de saber que esta é também a
opinião aqui, razão da surpresa agradável pelo fato de um iletrado ter uma
opinião coincidente com a opinião de um intelectual ao menos uma vez na vida.
E a realidade está aí à vista. Quem não teve
oportunidade de saber que o doutor Barbosa ficou excomungado porque queria enfiar
na cadeia os bandidos do Mensalão, tem agora outra prova do mesmo teor nesta
notícia do jornal Folha de São Paulo de 24/09/14: “O presidente da corte, Dias Toffoli, e os ministros Gilmar
Mendes e João Otávio Noronha, disseram que a condenação de Maluf não o torna um
"ficha-suja". Ora, vejam só: se Maluf é procurado pela polícia, é por
ser bandido. Portanto, só interesse inconfessável justifica que juízes pagos
pela sociedade para defendê-la, em vez disso, querem que um bandido seja
deputado. São aqueles ministros que contestavam o doutor Barbosa e derrubaram o
enquadramento dos mensaleiros no crime de formação de quadrilha bravamente
defendida pelo doutor Barbosa. O voto da ministra Rosa Weber que livrou a cara
da bandidagem do crime de quadrilha vale a pena ser visto na internete. É um nó
em pingo de lei. Como o doutor Barbosa é destemido para enfrentar as mazelas
que seus colegas acobertam, os que se beneficiam com as mazelas fogem dele como
o diabo foge da cruz, razão pela qual há artigos em vários órgãos de imprensa tendenciosa
denegrindo a imagem daquele homem íntegro que só merece respeito pela sua
posição firme na defesa da juventude indiferente a tudo isso. Há numa tentativa
frustrada de obscurecer o nome do homem de cuja sinceridade não se pode mais
duvidar. Para se ter uma idéia da diferença entre o doutor Barbosa e os outros,
basta fazer a si mesmo a seguinte pergunta: O doutor Barbosa afirmaria que
Maluf não é ficha suja?
É mais que evidente a necessidade de resgatar a politicagem
das mãos dos politiqueiros, transformá-la em Ciência Política, e entregá-la à
responsabilidade de políticos com personalidade de estadista, porque assim todos,
pobres e ricos viverão uma vida menos brutal e menos desigual. Este país é tão
rico que não obstante parecer impossível haver gente honesta por aqui, há sim
senhor, e muitos. Acontece que o povo é tão burro que prefere os desonestos e
os politicamente analfabetos como promotores de brincadeiras que os idiotas
colocam em lugar de legisladores. A desigualdade gritante com que a lei trata
pobres e ricos sempre existiu. Lá longe, em 1719, quando Daniel Defoe publicou
o livro Robinson Crusoé, na introdução, fez a seguinte declaração sobre a
preferência das leis pelos privilegiados na Inglaterra: “São todas leis teias
de aranha nas quais ficam presos os mosquitos e que são rompidas pelos
moscões”. Esta fase desonesta e canhestra, própria de uma cultura desonrosa de
se levar vantagem aproveitando a ignorância dos ignorantes não só precisa ser
superada, como realmente será assim que a juventude tirar o pensamento da
futucação de telefone cujo resultado danoso pode ser visto no artigo da
jornalista Mônica Tarantino, publicada na revista IstoÉ, intitulada Os
Eletrossensíveis, pessoas doentes por contaminação produzida pelo contato com
aparelhos eletrônicos. Vamo lá, ó juventude imprestável. Tira o pensamento do
telefone e o coloque no futuro de seus filhos. Eles agradecerão. Inté.
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