sexta-feira, 30 de maio de 2014

ARENGA TRINTA E CINCO


Ante a total incapacidade de raciocinar da manada humana, seria inútil seguir a recomendação do grande mestre cuja genialidade superava o tamanho do seu bigode e sua loucura, quando insinuou que a humanidade tomaria conhecimento e seguiria uma recomendação sábia que fosse escrita em todos os muros do mundo. Entretanto, em função da estupidez generalizada que faz das festas a única coisa a despertar interesse, de nada adiantaria escrever em todos os muros do mundo que não vai dar certo este modelo de sociedade baseado numa disfarçada escravidão porque a própria escravidão já provou que não deu certo. Nem pode dar certo uma vez que a natureza obriga a espernear pela liberdade. A escravidão é contra a natureza, e sabemos todos que as leis naturais não abrigam esse negócio de Embargos Infringentes. O rigor da lei natural que estabelece a pena de morte para quem não comer, beber, se proteger do frio e calor excessivos além das doenças, isso tanto vale para os posudos da Revista Forbes quanto vale para o cara lá da sarjeta. Falta lucidez, falta sensatez, só não falta estupidez na humanidade. É verdade que o homem consegue através de algumas artimanhas dar uma “enrolada” nas leis naturais por conta do conforto pessoal, mas é estupidez acreditar que por falta de uma punição imediata se tenha burlado a mãe natura. A falta do cumprimento imediato da lei natural não significa impunidade como no Mensalão. O conforto do ar friozinho do lado de dentro, que zomba do calorão do lado de fora, traz consigo uma parte da pena maior resultante da união de todas as penas atribuídas a todas as infrações cometidas contra a lei natural, pena maior esta que será inexoravelmente cumprida um dia. Aquele aparelho que esfria o ambiente do lado de dentro solta uma bufa que vai se juntar a todas as bufas que pipocam de todos os intestinos existentes no mundo, de modo a formar uma super bufa espacial que no dia em que pipocar, não é bom nem pensar.

É ilusão com trágicas consequências exigir comportamentos contrários aos estabelecidos pela natureza. Aqueles que não dispõem de recursos próprios e suficientes para obter os meios de satisfazer tais exigências se tornam violentos e tomados de um sentimento crescente de hostilidade em relação aos que estão em tranquilidade porque podem satisfazer suas necessidades, sentimento este que não decorre da maldade, mas antes da inconsciência da propensão natural à imitação herdada dos macacos imitadores e brincalhões, qualidades ainda inerentes aos seres humanos. O desejo reprimido de também ter as coisas de que necessita dá origem à animosidade que descamba na violência que torna assombradas as ruas onde as pessoas precisam estar. Esse negócio de dizer que a mentira tem pernas curtas no sentido de que logo será alcançada pela verdade é falso porque a mentira em que vive mergulhada a humanidade até hoje não foi alcançada pela verdade. Porém, AINDA, porque um dia será, e nesse dia seria melhor para todos o predomínio da sinceridade. Para se chegar lá, uma boa maneira é entregar a homens do timbre de Anísio Teixeira, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Cristóvão Buarque, por aí, a tarefa de preparar a orientação educacional da juventude. Uma educação que a convença de que a solidariedade é melhor que a competição.

Seria infinitamente melhor que a escravidão em que sempre viveu o povo fosse sendo alforriada aos poucos em vez de pipocar de uma só vez por conta dos escravizados como acontece quando o saco não suporta mais. Vivem as pessoas a ilusão de serem livres, mas são tão escravas quanto todos os escravos de outros tempos, com uma curiosíssima novidade de serem satisfeitas com sua escravidão, ao contrário dos escravos de outros tempos. Tão satisfeitas que rola mundo afora uma festança sem fim. Tão valorizadas são as festas que seus promotores e atores estão entre as pessoas mais importantes do mundo e as que ganham mais dinheiro. Rola aí na imprensa que um destes brincalhões chamado Felipão surripiou uma fortuna do governo português sonegando imposto. Magina só, para brincar, o sujeito ganha tanto dinheiro que só uma pontinha dos impostos é uma fortuna. Colocar brincadeira em plano superior a educação, saúde e segurança é absolutamente incompreensível e injustificável. Se isto está acontecendo é bom parar e corrigir o erro antes de chegar o arrependimento inútil.

Entende-se a posição servil do povo à cultura que mantém uma organização social com pessoas superiores, pessoas médias e pessoas baixas consideradas resto. A parte desse resto que faz girar as máquinas do mundo já foi tirada da categoria de seres humanos e enquadrada numa nova categoria de espécimes da espécie humana denominada “material humano”. Como se vê, tal procedimento vai de encontro aos preceitos da natureza, e é por isso que a humanidade parece ter enlouquecido a ponto de se autodestruir. Tudo ficará mais calmo à medida que “o resto” deixar de ser resto e se sentir gente. A humanidade já evoluiu bastante para perceber esta realidade. Só falta perceber. A História da Humanidade é um espelho retrovisor pelo qual podemos ver o passado e constatar que sempre houve uma distância muito grande entre quem tem e quem não tem os meios de suprir suas necessidades. Aqui, entre nós, por exemplo, o retrovisor nos mostra o tempo em que o café era a riqueza do Brasil e vemos um senador sem saber o que fazer ante a necessidade do trabalho escravo nas lavouras de café, porque era realmente necessário já que as coisas estavam estabelecidas daquele jeito sem jeito. Por outro lado, por ser indigna a escravidão, o senador fez pose, impostou a voz, e bradou: “O Brasil é o café! E o café é o negro”! Dá prá ver também pelo retrovisor do tempo outro exemplo do quanto é edificante o trabalho do povo para merecer ingratidão por recompensa. Este outro exemplo foi citado pelo historiador Laurentino Gomes, na página 136 de livro 1808: “Os escravos eram o motor das lavouras de algodão, fumo e cana-de-açúcar, e também das minas de ouro e prata”.

Significa que naquela época a economia tinha como propulsor o chicote que foi substituído pela televisão nos tempos modernos, mas o vínculo de obrigatoriedade, de sujeição da vontade própria à vontade alheia permanece a mesma.  As pessoas apenas acreditam serem autênticas e donas dos seus narizes. Entretanto, o fato de pessoas se auto prejudicarem para que disto resulte vantagem para alguém não há como ser classificado senão como escravidão. O exemplo da garota que mastigava o almoço enquanto tomava goles de refrigerante e passava as pontas dos dedos tanto na vertical quanto na horizontal ou futucava com apenas um dedo um aparelho, está prejudicando de modo assustador sua saúde para depois do vigor da juventude, e o que a faz se autodestruir é a ordem da televisão para beber refrigerante, para futucar o aparelho sob pena de ser cafona, não dar valor ao processo de se alimentar corretamente, exemplo deformador que Rambo dá quando abre a geladeira, corta com uma tesoura uma pizza que engole aos bocados como cachorro faminto. O chicote eletrônico cujo silvo faz plim plim é infinitamente mais convincente para os escravocratas modernos do que o chicote de couro por castigar todos os escravos do mundo de uma vez só como faz ao impingir na juventude mundial o comportamento daquela garota que seguia fielmente a determinação de ignorar a importância de uma alimentação sadia com a finalidade de adoecer para comprar plano de saúde e remédios. Tá na cara que tá faltando sensatez, tá ou não tá? Inté.

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

ARENGA TRINTA E QUATRO


De curto conhecimento, não sei se alguém disse antes o que disse Rui Barbosa ao afirmar ser a ignorância a causa de todos os males que afligem a humanidade. Pela quantidade de males, dá para perceber o tamanho da ignorância em que mergulha humanidade. Olhando prá ela de cá do alto do décimo andar, veem-se coisas do arco da velha. Ali, por exemplo, estão homens se internando num hospital, ocupando a vaga de doentes, apenas para que aparelhos eletrônicos produzam em seu corpo a mesma dor que a fêmea sente para nos trazer ao mundo. Mais adiante, constata-se ainda existir reis no século vinte e um, e um povo aplaudindo um nobre príncipe que depois de tomar umas e outras comprou o boteco onde ficou de fogo. Acolá podemos ver multidões encantadas com outros idiotas que passam raspando seus narizes dirigindo a trezentos quilômetros por hora, e outras multidões com a cara para cima onde aviões fumacentos passam zunindo sobre suas cabeças vazias, enquanto outras multidões vibram com a sena macabra de dois indivíduos se destruindo mutuamente como faziam os gladiadores, resultando disso que muitos homens ainda em idade produtiva são inutilizados em consequência das bordoadas que levou no escutador de novela. Pode-se ver também a produção de alimentos ser transformada em negócios e negociatas envolvendo um tal de agribiuzinesse e o BNDES, cujo resultado é produzir mais riqueza do que a comida que, apesar de ser muita, é envenenada. Ali à direita, estão pais orientando os filhos para que eles se chicoteiem até sangrar seus corpinhos ainda em formação para com isso agradar a seu Deus. Também pode ser vista com horror uma sociedade cujas famílias incentivam suas filhas à ingressarem nas várias formas de prostituição milionária que inclui leilão de xoxota e programas como BBB e Fazenda. Mais à esquerda, vemos uma riqueza fabulosa, suficiente para acabar com a miséria no mundo, desperdiçada na construção de caríssimos e monumentais templos religiosos e uma plêiade incontável de parasitas assalariados para representar os problemas dos povos nos tribunais celestes e transformar em santos a lembrança de pessoas que doaram sua vitalidade à prática inútil da caridade que só beneficia aos que embolsam o dinheiro de evitar a necessidade de caridade. Mais pracolá, vê-se um país chamado América no Norte, onde vive um povo tão apegado com seu Deus que declara sua fé nas cédulas do dinheiro pelo qual devota o mesmo apego, mas que, ao mesmo tempo, joga bombas sobre criancinhas e as dilacera para tomar o dinheiro de seus pais. Já daquele outro lado, está um povo esquisito com rudia de pano na cabeça, liderado por homens que arrebanharam só para si todo o dinheiro do petróleo da região, e como não sabem o que fazer com tanto dinheiro, estão fazendo edifícios usando o próprio dinheiro como material de construção, deixando prá trás o rei Salomão que construiu usando o suor de escravo. Há, bem mais ali, um negócio chamado Economia Política que é a maior safadeza do mundo. É um troço de tamanha malandragem que aproveita a necessidade que todo mundo tem de adquirir alguma coisa, para forçar todo mundo a adquirir muito mais coisas do que realmente necessita, o que é uma grande perversidade fazer de bobo quem poderia ser sábio sem a indução maligna de inumeráveis papagaios papagaiando através de microfones cujo barulho lá nos auto-falantes conduz as pessoas para as lojas também barulhentas, do mesmo modo como o berrante conduz a manada. Enfim, é tão triste o que se vê lá embaixo que vou fechar a janela. Pior é que tem tudo na televisão. Felizmente, também tem programas sobre os bichos, cujo comportamento demonstra ser menos bobo e sem sentido do que o comportamento dos humanos, e, além disso, também temos o Alienista prá reler.

Se tanto se fala em tranquilidade, por que há tanta intranquilidade no mundo? Por duas razões apenas: Uma é que a humanidade está dividida em duas espécies de seres humanos cada uma delas portando um defeito hereditário que induz a dois comportamentos ambos incompatíveis com a existência de uma sociedade agradável. Estes dois comportamentos são os únicos responsáveis pelas coisas estúpidas que espiamos lá de cima pela janela. Sendo um desses comportamentos orientado pela religiosidade, impossibilita o conhecimento necessário de sociabilidade porque o religioso nada sabe além de religiosidade e a religiosidade, que é unha e carne com a política, ensina não haver necessidade de elevar a mente à capacidade de pensar e raciocinar que é para moldar o comportamento que faz acreditar ser a vida uma eterna festa promovida por “celebridades” e “famosos”, resultando naquelas coisas vistas lá da janela.

Sendo o comportamento da categoria que integra a segunda parte da humanidade orientado pela usura, fica, do mesmo modo, impossibilitada a criação de uma sociedade agradável porque os usurários só aprendem as coisas relacionadas ao ajuntamento de dinheiro, o que demonstra ser o comportamento do usurário, como o do religioso, também incompatível com uma sociedade agradável. Ao contrário, a prática anti-social de acumular riqueza, objetivo único do avaro, prejudica a sociedade porque a riqueza guardada lá dentro falta cá fora.

O desconhecimento do comportamento adequado para se viver bem em sociedade, presente nas duas espécies de gente que integram a humanidade, portanto, são a ignorância sentenciada por Rui Barbosa. Dá-se o nome de ignorância à falta do conhecimento sobre determinado fato em virtude da falta de oportunidade de contato com o aprendizado daquele fato. É como o sujeito que chega numa cidade pela primeira vez e ignora tudo por lá. Desse modo, tanto o avarento quanto o religioso, qualidades negativas encontradas muitas vezes na mesma pessoa, ignoram completamente os procedimentos dos quais resultam uma sociedade agradável, uma vez que sua mente foi educada exclusivamente para acreditar que apenas a riqueza e a religião são importantes na vida, vivendo assim num mundo de enganosa e perigosa fantasia.

Os avaros impossibilitam a paz social quando retém em seu poder uma riqueza infinitamente maior do que o necessário para se viver bem. Esta riqueza vai fazer falta em outro lugar. Do mesmo modo, também os religiosos impedem a paz social porque são convencidos da desnecessidade de analisar as informações recebidas, reduzindo a nada a função do raciocínio diretamente ligada à elevação espiritual sem a qual não se passa de bicho. Espero ainda ter tempo de abrir a janela e ver a pensar as pessoas com aqueles comportamentos desastrosos. Custa nada sonhar, Né não? Inté.

 

 

 

 

terça-feira, 27 de maio de 2014

ARENGA TRINTA E TRÊS


 “Quem quer, vai. Quem não quer, manda. Esta sentença precisa ser observada pelo povo em relação à política. Enquanto perdurar a cultura milenar de manter o povo longe da política, este belo país de triste sorte estará nas mãos de gente como Sarney, Maluf, Jader, Renan, Collor, Lula, PT, PSDB, etc. etc., enfim, a turma das páginas policiais. A História nos mostra que o povo sempre fez a cama para que alguém durma. A Revolução Francesa é prova disso. O povo francês vivia num sufoco igual ao daqui. Como ainda não tinha inventado o circo que prende a atenção, e o pão faltava, aquele povo foi atraído por ganhadores de dinheiro que, como os de hoje, convenceu-lhe com promessas. Prometia liberdade, igualdade e fraternidade. Crédulo como sempre foi, o povo caiu de pau em cima de quem lhe infernizava: integrantes da classe privilegiada da nobreza, padres, freiras, um verdadeiro horror. Derrubou a velha liderança e entregou na bandeja aos burgueses uma nova liderança que eles usam até hoje para escalpelar o bolso, o lombo e a alma do povo, sempre o povo!

Como o interno em manicômio, o povo não toma decisão, acata-as apenas, o que está completamente errado. A juventude precisa despertar do torpor sem sentido em que se encontra e tomar atitude inteligente sob pena de viver horrores infinitamente maiores que os atuais. Acorde, juventude, para o fato de estar sua sociedade liderada por velhos que foram jovens dentro da cultura de ser a política um meio de roubar. Sabendo-se que a cultura está mais grudunhada que a pele, sabe-se, consequentemente, ser a maior bobagem esperar honestidade em quem teve a personalidade formada naquela cultura. As decisões das quais depende o futuro dos filhos dos jovens não devia de jeito algum estar nas mãos desta velharia carcomida na saúde e na moral, que gasta inutilmente seu dinheiro em plásticas e cremes tentando em vão esconder a velhice que ressurgirá ainda com maior evidência dentro de algum tempo. Em vez de educação, saúde e segurança, tripé que sustenta uma sociedade de pessoas equilibradas mentalmente, o dinheiro de fazer estas coisas é remetido para os infernos fiscais, festas monumentais, suntuosos palácios onde o pé afunda no tapete e até para orgias sexuais tanto em mansões como no azul do céu, em luxuoso avião, tudo pago por você, juventude. Portanto, acordem jovens, deixem de tanta burrice e procurem se interessar pelo que se passa, sob pena de enfrentar os horrores por que passaram outras juventudes que deixaram sua sorte entregue a falsos líderes. O jornalista bisbilhotador Alex Ferraz, da Tribuna da Bahia, cita uma frase esclarecedora nesse sentido: O FALSO LÍDER DIZ VÁ. O VERDADEIRO LÍDER DIZ VAMOS. A falsidade dos líderes da juventude está aí à mostra. Vida de rei para eles e choro no corredor do hospital para a juventude. É por isso que os jovens precisam resgatar o poder da velharia decrépita que contagiam os jovens que chegam por lá de tal modo que eles abandonam sua turma para se entrosar no mundo perverso da velharia e também transforma em imoralidade a nobreza e a grandeza contidas na ciência política.

Se antes os falsos líderes desbarataram toda a nossa riqueza natural destruindo as florestas e mandando centenas de toneladas de pedras preciosas para enfeitar bustos europeus, agora desbaratam a riqueza social proveniente do esforço coletivo enquanto jovens conformados precisam se endividar para pagar os estudos que a Constituição Federal lhes garante em troca dos impostos. Cadê a vivacidade própria da juventude que não a deixa perceber o malogro a que está envolvida? O que dirão os descendentes destes jovens alegres de uma alegria sem razão de ser quando estiverem enfrentando o resultado desastroso em que desembocará esta alegria?

Evidente a necessidade de mudar de rumo, mas como a velharia é e sempre foi contra toda inovação, só resta os jovens agirem no sentido de mudar esta situação esquisita. O homem está tão desvalorizado a ponto de ser seu corpo encontrado em pedaços pela rua; está tão crédulo que conversa com estátua e inflige sofrimento a seu corpo para agradar ao seu Deus; está tão desinteligente que se deixa levar como burro de carroça; está tão imaturo que, como as crianças, prefere as brincadeiras aos assuntos menos rasteiros; está tão bobo que a propaganda o faz acreditar ter um bom governo apesar das evidências contrárias; está tão devasso que leiloa xoxota pela imprensa e assiste ao lado de seus filhos putarias e violência na televisão.

Desmanchar o feitiço, tirando o povo da condição de burro de carroça, e fazendo-o passar para a condição de cidadãos, trará benefício tanto aos que ora agem como burros quanto aos que os fazem agir assim. Este belo país de triste sorte carece de quem o tire da miséria moral. O Jornal do Brasil publicou a opinião do economista-chefe de investimentos do Saxo Bank da Dinamarca, Steen Jakobsen, sobre a economia do país desta juventude imprestável para outra coisa que não burrice, e ela, a opinião do doutor, motivaria preocupação e atitudes se não fosse a indiferença burra pelos assuntos realmente pertinentes ao futuro dos filhos desta juventude festeira. O economista disse QUE TANTO O PRESIDENTE QUANTO O BANCO CENTRAL ESTÃO PERDIDOS E O PAÍS É CAMPEÃO EM FRACASSOS. Campeão em fracassos! E este povo idiota a endeusar o Lula do livro O Chefe. Enquanto isso, brasileiros entrevistados pelo mesmo Jornal do Brasil, sorrindo um sorriso de debilidade, contradizem os inteligentes Ney Matogrosso e Paulo Coelho por suas declarações corretas condenando o rumo incorreto que a falsa liderança impõe a esse povo festeiro. Inté.

 

 

 

     

 

 

sábado, 24 de maio de 2014

ARENGA TRINTA E DOIS


 

Caso a natureza viesse a prorrogar o prazo de sua intervenção final para extinguir a pior espécie animal que já criou, os bichos de dois pés que se matam em escala infinitamente superior aos outros bichos, de modo a haver tempo para que os brasileiros viessem a se constituir num povo civilizado, certamente teriam constrangimento dos seus antepassados incivilizados. Assim como o brasileiro de agora sente inexplicável constrangimento por ser considerado descendente de índio ou de negro, o que realmente somos, os futuros brasileiros repudiariam seus antepassados merecedores de reprimendas civilizatórias até de atores americanos aculturados. Tendo vivido por quase oitenta anos nesse país de triste sorte onde só a natureza presta, posso falar de cadeira que o brasileiro e o peru tem o mesmo pendor gastronômico. Não se chega a outra explicação ante o fato de que oitenta em cada cem brasileiros, segundo pesquisa, declaram-se satisfeitíssimos com a vida. Parece até que a pesquisa teria sido feita entre o pessoal do Bolsa Família, gente que não se incomoda com as coisas que incomodam as poucas pessoas normais que se dedicam a alguma coisa mais elevada do que simplesmente comer, orar e encher latrinas. Sinceramente, para estar satisfeito em meio a tanto choro, tiro, seqüestros, cadáveres pelas ruas, inclusive em pedaços, dinheiro do imposto escoando como enxurrada para as bocas de lobo que dão vazão para dentro dos bolsos dos politiqueiros, enfim, tanta coisa ruim que para se estar tão satisfeito em tão adversas condições é preciso gostar do que não presta. Estas generosas terras do Brasil não merecem abrigar o povo que abriga. Não pode haver melhores terras para se cultivar a paz e nem pode haver povo pior.

Acontece, porém, que o povo é o que seus líderes fazem dele porque o homem é moldável como o ferro, com a diferença de não precisar levar porrada para assumir essa ou aquela forma no comportamento. Basta que lhe seja ordenado. Já caminhou com seus próprios pés para onde estavam feras famintas que iam comê-lo. Por falta de procedimento mais inteligente, estabeleceu-se uma cultura segunda a qual as pessoas depositam seu destino nas mãos de líderes que decidem por todos, inclusive sobre vida e morte. Como não há entre os seres humanos de todos os quadrantes do planeta Terra alguém que tenha superado a animalidade de origem, não pode haver líder verdadeiro porque no primitivismo atual predomina o instinto que, salvo nos casos de maternidade, desconhece a preocupação senão consigo mesmo. Assim, para que alguém se disponha a se sentir menos importante do que seus liderados a ponto de colocar as necessidades deles em primeiro lugar, papel do verdadeiro líder, de tal desenvolvimento espiritual distam ainda os brutos seres humanos alguns anos luz de estrada rumo à civilização e espiritualidade necessárias para não se odiarem entre si.

A cultura da obediência aos líderes precisa ser revista por ser impossível a existência de um verdadeiro líder. Falar-se em reforma feita pela liderança que instituiu o caos é insensato. Seria criancice supor que um cachorro faz alguma coisa no sentido de perder o osso que ele ama com todo coração e estômago. Uma vez transformado em cultura o ato instintivo de muito possuir, fica impossível a alguém imbuído desta cultura conseguir sacudir fora sua influência e cuidar para que a sociedade tenha mais coisas do que a própria pessoa encarregada de exercer a liderança sobre ela. Resulta daí que ou a juventude se interessa por política, ou então os filhos dos jovens liderados por líderes que os espoliam os excomungarão. A participação da juventude na política trará benefícios a todos, inclusive evitará que pobres velhos caducos e educados na cultura do “venha a mim” deem aos coleguinhas de seus netos o direito de apontar para eles e cochicharem que o avô é ladrão e que é por causa dele que eles precisam tomar dinheiro a juros para pagar estudos.

É preciso que a juventude perceba esta realidade e participe das decisões políticas, invertendo a prática até agora vigente e que resultou no que taí. Só dá certo isso de apenas os líderes tomar as decisões quando houver líderes autênticos, enquanto eles estiverem nas páginas policiais, ó, olho neles! Inté.

  

 

 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

ARENGA TRINTA E UM


Será que ser sábio é melhor que ser burro, ou será que ser burro é melhor que ser sábio? Na opinião da multidão que lota as igrejas, os terreiros de axé e de futebola, e que segue a orientação bíblica de se afastar da ciência do bem e do mal, para estes ser burro é melhor do que ser sábio. Mas, e os sábios, o que pensam eles a respeito de ser sábio ou ser burro? Pelo que se pode observar dos ensinamentos dos Grandes Mestres do Saber, percebe-se que os sábios geralmente não são tão felizes quanto os adeptos da burrice porque enquanto para estes a felicidade se resume a pão, circo e barulho, para os sábios a felicidade depende da paz existente no silêncio para que seus pensamentos encontrem explicações sempre procuradas no mundo da espiritualidade, o que os coloca em campo oposto aos da preferência pela burrice cuja alegria barulhenta que só dura até a hora de chorar no corredor do hospital impede a paz de quem pensa.  Entretanto, os sábios não dariam um milésimo da sua solidão espiritual de onde tiram sua sabedoria pela algazarra alegre do mundo dos adeptos da burrice. O sábio é tão diferente deles quanto água potável é diferente da água de esgoto.

No mundo dos adeptos da burrice ocorrem contradições mirabolantes como o fato de cair de pau a imprensa em cima dos movimentos de contestação contra as mazelas que causam o desgosto de quem pensa, alegando o transtorno que tais movimentos causam às pessoas no seu corre-corre para as fábricas, escritórios, consultórios, balcões e construções a fim de cumprir seu papel de burro e trabalhar para atender necessidades alheias na maioria das vezes inexistentes. Se é real para o agricultor a necessidade de dois ou três burros (muares) que lhe puxem a carroça com lenha, água e mantimentos apanhados no roçado, é inexistente a necessidade de terem os ricos milhões de burros em forma de gente para lhes arrumar imensa riqueza apenas para mostrar na Revista Forbes. É inteiramente sem sentido a alegação de haver desordem nos movimentos porque desordem infinitamente maior tomou conta deste país de idiotas. O carro-chefe das desordens é a organização de uma administração pública que transforma o povo em manada através de uma cultura que convence as pessoas ser normal viver apenas para trabalhar, ter filhos, comer, encher latrinas e chorar no corredor do hospital quando a velhice chegar com suas limitações e doenças.

Nenhuma ordem há num sistema onde as autoridades se colocam num plano tão superior e se acham realmente merecedoras de uma vida palaciana onde o pé afunda nos tapetes e a necessidade é que dita a medida dos provimentos, enquanto do lado de fora destes palácios a violência, a pobreza e a ignorância a as necessidades de tudo, principalmente de educação, produzem um vale de lágrimas. Há desordem quando autoridades carecas e ridículas usam o dinheiro do povo para se transformar em ridículas autoridades artificialmente cabeludas. Prá que maior desordem do que autoridade fazer orgia sexual no céu em avião luxuoso comprado com o dinheiro de quem padece na fila do hospital? Ou a desordem que permite às autoridades carrearem para suas contas o dinheiro do povo? Ou ainda a desordem de um sistema judiciário que é político ao mesmo tempo, protegendo abertamente na caro do povo idiotizado os ladrões do dinheiro que deveria estar a serviço do atendimento de suas necessidades? Como se falar em ordem numa sociedade onde livros e mais livros denunciam presidentes da república do crime hediondo de roubar descaradamente o dinheiro que o povo lhes entrega para administrar?

Como se vê, a desordem é tão grande que a desordem dos “baderneiros” como são chamados em relação à desordem geral fica parecendo a ação de quem embirra apenas com uma árvore no meio de uma floresta. É verdade que é chato paca a situação de quem fica sem transporte ou no engarrafamento porque poucas pessoas fecharam as ruas. Porém, tal sofrimento é fichinha comparado com o que espera esse mesmo povo mais adiante em consequência da falta de apoio às pretensões dos que estão fechando as ruas. Estes gatos pingados parecem pressentir que o futuro de seus filhos está ameaçado e é preciso ouvi-los em vez de xingá-los. Está faltando reflexão sobre coerência. Ouvi a televisão dizer que o povo sofre sem saber por que sofre. A lógica nos mostra que é exatamente por nada saber que o povo sofre. É verdade que é extremamente incômoda a situação de quem não pode chegar a sua casa. É verdade que o transporte é produto de primeiríssima necessidade para o povo. Mas está erradíssimo aproveitar da necessidade de deslocamento do povo para extorqui-lo através de negócios e negociatas dos quais resultam bilionários como o dono de uma empresa de transportes que ofereceu como presente de casamento a uma filha de ministro uma festa de arromba no Copacabana Pálace.  

É um emaranhado de bagunça. A imprensa coloca que a sociedade paga pelo erro de mandar a justiça libertar da prisão os ladrão do dinheiro público, ou impedir a fiscalização pelo Ministério Público para evitar que candidatos sabidamente criminosos participem da eleição, o que está equivocado porque só existe erro quando se obtém da ação um resultado diferente do pretendido, o que absolutamente não é o caso da justiça ao proteger os bandidos porquanto era este o resultado esperado da ação dos ministros que se tornaram ministros exatamente para proteger bandidos ricos como fez o ministro Márcio Thomas Bastos que ficou com o nariz tão comprido que o impedia de cochichar ao ouvido do bandidão mensaleiro que defendia. Se a finalidade da justiça nessa sociedade desordeira é acobertar corrupção, ela está tendo sucesso e, portanto, não há erro algum nisso. Há, sim, erro e dos maiores é no fim a que se propõe a justiça porque ela deve agir ao contrário e retirar de circulação quem danifica o conjunto social. Então, numa sociedade desse tipo não há como se falar em ordem e estes senhores deformadores de opinião deviam pensar no futuro de seus filhos e transferir seu entusiasmo do esporte para a educação porque esse negócio de “rolar a bola” deixou de ser esporte para ser a extensão da devassidão em que mergulham todos os governos de todas as sociedades humanas ao induzir o povo a voltar sua atenção para bem longe do que eles fazem por baixo do pano. Falta a coerência encontrada apenas nos ensinamentos dos Grandes Mestres do Saber. Falta o bom senso de perceber que a desordem reinante vai ter um alto custo em infelicidade para todos. Os deformadores de opinião alegavam hoje na Rádio Bandeirantes AM de São Paulo que o fato de não serem observadas as decisões dos sindicatos pode resultar numa insegurança jurídica. Ora, senhores deformadores, prá que maior insegurança jurídica do que uma justiça política? Em vez de esporte, respeitem seus cabelos brancos e tratem de pensar no futuro dos seus descendentes porque quando eles souberem que os senhores afirmam haver educação no esporte haverão de ficar decepcionados com suas opiniões levianas. Inté.  

 

segunda-feira, 19 de maio de 2014

ARENGA NÚMERO TRINTA


O interesse mundial que faz o sucesso da arte cinematográfica voltada para a violência da destruição ser superior ao sucesso dos filmes voltados para assuntos culturais é a mais eloquente testemunha da condição de brutamontes em que se encontram ainda os seres humanos. É verdade que com o tempo, mesmo vagarosamente além do que devia, mas vão sendo gastas as pontinhas das arestas desta brutalidade. Uma espiada no retrovisor do tempo dá prá ver antes de sumir na curva a nossa imagem ainda desprovida de qualquer foro íntimo e cuja brutalidade nos levava a nos alimentar dos nossos semelhantes. O fato de não ser mais assim é indício da presença já de alguma racionalidade. Mas esse avanço não precisa ser tão lento a ponto de ainda vivermos com medo das outras pessoas como se ainda corrêssemos o risco de virar refeição para elas. A humanidade vive uma vida inteiramente desprovida de sentido. Nada faz sentido no comportamento humano. Apavorar-se com a morte, por exemplo, prova estado de pura animalidade e uma contradição tão idiota quanto a idiotice humana. Morrer é apenas uma consequência de ter nascido. A babaquice da “perda irreparável” quando morre alguém é próprio da ignorância que leva alguém a entrar no elevador antes de quem esperava por ele. A morte do velho, então, deve ser comemorada. A única morte a ser lamentada é quando ocorre por ação deliberada de outro ser humano. Ainda assim, o lamentável, mais do que o fato da morte, o que realmente é de se lamentar é o baixo nível de espiritualidade de um ambiente onde alguém mata alguém porque tamanha animosidade indica ambiente de feras.

A predominância do instinto sobre o raciocínio ainda é bastante para nos atrair os espetáculos dantescos de destruição. Quando eu era menino, na cidade de Itapetinga, o cinema fazia propaganda do filme a ser exibido (um por dia) em cartazes apoiados nos postes de iluminação. Um garoto esperto, desses que não merecem presente de Papai Noel, brincava dizendo que um cartaz anunciava o filme da seguinte maneira: “Tiros como corno! Murro prá cacete! Tá rebocado quem não vier”. É inegável a atração pelos filmes com cenas de destruição. Dinossauro mastigando um sujeito que balança as pernas ainda do lado de fora da boca do bicho atrai multidões. Cobras, macacos, tubarões, baleias, abelhas, passarinhos, tudo isso é transformado em monstros pelo cinema que ficam com as salas lotadas dos animais humanos ávidos por violência. Cultivar músculos para trabalhar em filmes de extrema brutalidade faz até do brutamontes inculto um governador de Estado tal a admiração que as pessoas dedicam à violência.

Entretanto, se assim tem sido até agora, já passou da hora de acabar com isso. É hora de apertar a espora na anca da evolução mental para avançar mais o passo porque a marcha está tão lenta que ainda não alcançamos superar o instinto pela razão e o resultado desta obtusidade não permite concluir por coisa tão simples quanto perceber ser a paz o objetivo a ser almejado pela humanidade por ser ela melhor que a guerra.

Não existe um só povo civilizado entre todos que habitam o planeta. A imprensa mostrou o entusiasmo do povo inglês, tido como exemplo de civilização, pelo fato de um príncipe ter comprado um boteco onde fizera uma farra e ter gostado do lugar. É ou não é burrice sem limite ficar entusiasmado e alegre por sustentar parasitas até na compra de botecos. A animalidade no ser humano ainda é forte bastante para não permitir vida civilizada. A matança entre os seres humanos é a mais evidente prova desta animalidade, levando-se em conta que os indivíduos tem para a sociedade em que vivem a mesma função vital que tem para seu corpo físico as células que o compõem. Do mesmo modo que desarmonia entre as células do corpo resultam no câncer, desarmonia entre os indivíduos resultam também num câncer social que transforma em vale de lágrimas os corredores dos hospitais. Na realidade, a humanidade é constituída de completos idiotas sanguinários. Indivíduos se tornam ricos e famosos pelo fato de apresentar ao público as histórias de brutalidade e os cadáveres por ela produzidos. Quanto mais perverso o crime, e quanto maior a capacidade do apresentador em produzir chingamento e destilar ódio contra os “monstros”, mais rico fica e mais audiência para seus programas sem pé nem cabeça porque os verdadeiros “monstros” são os patrões destes papagaios que falam em microfones, os ricos donos do mundo, porque são eles que transformam crianças em criminosos ao negar-lhes o direito à dignidade e cidadania. A imprensa mostrou crianças dilacerando seus corpinhos com chicotes apropriados para ferir. Uma criança não chega por si à conclusão de haver vantagem naquilo, como realmente não há. Ao contrário, daquela estupidez só resultam malefícios. Para que eles ajam desse modo há de ter tido algum adulto que lhes instigassem àquela ignorância suprema. Sendo o adulto a continuação da criança que foi, o aprendizado a que são submetidas as crianças é que faz delas os “monstros” aludidos pelos empregados dos ricos. 

Falta um toque de coerência à humanidade porque não pode haver coincidência de pensamento entre o analfabeto e o intelectual, mas o que se vê são expoentes da intelectualidade a declararem-se religiosos, quando já é do conhecimento até de iletrados o engodo que é a religiosidade. Ensinar religiosidade às inocentes crianças é crime hediondo. É crime contra a humanidade. Os responsáveis pela morte de mais de trinta crianças na Colômbia levadas para uma cerimônia religiosa deveriam ser severamente apenados por tão bárbaro procedimento. Inté

domingo, 18 de maio de 2014

DESENCANTO COM O BRASIL


O DESENCANTO COM O BRASIL é o título da matéria publicada pela Revista IstoÉ Independente n. 2319, de 3/5/14, pelos jornalistas Amauri Segalla e Paula Rocha, sobre um estudo inédito elaborado por um instituto estrangeiro de nome difícil de falar, sinônimo de capacidade para os para tolos, revela o que os brasileiros pensam de si mesmos e sobre o país. O que pensam sobre eles mesmos é impróprio para ser divulgado na presença de crianças e senhoras. Estão convencidos de que a desonestidade é a característica da alma nacional e que o seu país é um lugar ruim para se viver. Crianças com personalidade formada em tal ambiente não encontram incentivo para ser outra coisa senão os trapos morais e intelectuais em que foi convertida a juventude. Com resultado também danoso à sociedade, outra pesquisa apresentada em matéria do jornalista Leone Farias, publicada no Diário do Grande ABC, de 19/4/14, mostra que 66% dos brasileiros não pensam no futuro.

Aí está o que fizeram desse nosso grandioso país abarrotado de riquezas, mas habitado pelo povo de pior índole entre todos os brutos seres humanos que ainda não conseguiram sair da brutalidade primitiva quando se queimavam pessoas cuja esperteza mental levava a contestar as burrices em voga. A pesquisa confirma esta realidade. É praticamente impossível haver um brasileiro que deixaria de surrupiar algo quando lhe apresenta a oportunidade de fazê-lo sem ser notado. O instinto de rato é mais forte no brasileiro do que no próprio rato. Como o rato, também o brasileiro não dispõe de um mecanismo moral interior e a exposição pública é a única coisa que o faz recuar de sua atitude de canalha. Já ouvi dizer que um “esperto” vendeu o Pão de Açucar e que outro vendeu a Central do Brasil. Uma historinha ouvida no beteco define bem a personalidade do brasileiro: sujeito comprou e pagou no ato da compra um cavalo, mas quando foi buscá-lo o fazendeiro que o vendeu ia devolvendo ao comprador o dinheiro porque o cavalo tinha sido morto por picada de cobra na véspera. Entretanto, para espanto do fazendeiro, o comprador não quis o dinheiro e disse que ficaria com o cavalo. Algum tempo depois, encontrando o fazendeiro com o comprador do cavalo morto, ouviu deste que rifara o cavalo e ganhara mais do que pagou por ele. O fazendeiro quis saber se ninguém tinha reclamado, ao que respondeu o dono da rifa: Apenas o ganhador reclamou. Devolvi-lhe o dinheiro do bilhete e ficou tudo bem. Esta atitude é realmente inata do brasileiro que infelizmente nasce talhado para a canalhice.

Chega de tanta canalhice! Cadê uma juventude capaz de sacudir fora a babaquice de ser babaca e assumir papel de verdadeiros e verdadeiras homens e mulheres com atitudes se não inteligentes, pelo menos um pouquinho menos burras, que tomem nas mãos um processo de dignificação de seu país inteiramente desonrado e ricularizado perante o mundo. Os jovens estão inteiramente abobalhados pela parafernalha eletrônica que nem se lembram mais fazer parte da natureza. O jovem que futuca o aparelho enquanto mastiga o almoço e bebe refrigerante, está fazendo a reserva de um leito na UTI onde curtirá uma velhice amarga, espetado por agulhas e tubos de todos os modos e em todos os lugares do corpo carcomido e enrugado.  Se o que está posto aí como modo de vida é resultado do progresso, faz-se necessário parar de progredir porque deste progresso nada resultou de conforto espiritual sem o qual não tem sentido a produção de dinheiro. Caso algum jovem leia isso aqui, pense um pouco que não dói. Pense em defender um sistema de educação que ensine seus filhos a ter orgulho do seu pais por motivos outros que não a riqueza, posto que toda riqueza é feita por meios escusos e incompatíveis com a harmonia indispensável à formação de uma sociedade civilizada. Se faz bonito o desempenho de um profissional de qualquer área que usou bem seus conhecimentos e talento na defesa vitoriosa do interesse de seu cliente, muito mais bonito faz quem cumpre seu dever de estadista colocando acima de qualquer outro interesse a defesa do bem-estar material e espiritual de seus liderados. Se é grande o encantamento devotado ao bravo soldado homenageado por heroismo na guerra, muito maior ainda é o encantamento da ação dos estadistas que conduzem as sociedades por eles lideradas num clima onde a tranquilidade seja maior do que a intranquilidade, o que afasta a necessidade das guerras. Como declama emocionado meu amigo advogado e poeta doutor Raimundo Cunha: “Verdadeiro amigo é o que evita cair a lágrima. Não aquele que a enxuga”.

As respostas a duas perguntinhas simples, nada mais que duas, são suficientes para fazer pensar os pouquíssimos jovens que sabem existir a letra “r” no final da palavra “comer”. São elas: Que qualidades edificantes de uma sociedade civilizada apresenta o Brasil? Qual o nível moral e intelectual das pessoas mais admiradas pelos brasileiros? Chega-se inevitavelmente à conclusão triste de que a única contribuição que o Brasil tem a eferecer é de desorganização, roubalheira, prostituição violência, gosto pela imitação, entreguismo de suas riquezas, enfim, por aí e muito mais, o que não condiz com personalidade de homem e de mulher que possam ser chamados de homem e mulher. O conhecimento das pessoas mais admiradas, objeto da segunda resposta, excluída a capacidade de enriquecer às custas da ignorância popular, pode ser medida através de um testezinho simples pedindo às “celebridades” e “famosos” que preencham um questionário com apenas uma perguntinhas que pode ser a seguinte: Que reflexos tem na sociedade uma reforma agrária e o agribiuzinesse? Então, com estas características, A sociedade brasileira e o Barasil só podem mesmo serem repugnados pelos próprios brasileiros. Não por serem superiores às baixarias em que vivem. Ao contrário, o que faz chiar os brasileiros que responderam a pesquisa não foi sentimento de nobreza de caráter para capaz de repudiar a canalhice e a burrice. Nada disso, eles estão putos da vida porque o medo da violência os imepe de desfrutar com tranquilidade dos requebramentos nos terreiros de axé, futebola e de religiosidade. Inté.

  

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

O PORCO E AS PÉROLAS


Certa vez um fazendeiro religioso e convicto da veracidade do que falava, me disse que um feitiço contra ele armado por um desafeto causava a morte de grande quantidade de animais de sua fazenda e que um pastor desmantelou a artimanha maligna. Outro religioso me contou que havia dois anjos cada um com uma espada de fogo na mão postados na porta da sua casa. Um terceiro que desistiu pelo cansaço de convencer meu ateismo dos seus argumentos religiosos, encerrou o papo com as seguintes palavras: “É, não adianta atirar pérolas aos porcos”. São dignos de pena os religiosos. As convicções que orientam o comportamento deles não encontram respaldo na lógica e nem na realidade da vida posto que os de maior religiosidade são os que vivem no maior sufoco por serem exatamente os menos desprovidos de recursos materiais e de nenhum recurso intelectual, o que os leva a escrever em seus carrinhos pebas a idiotice de ter sido aquela porcaria presenteado por Deus. A esta demência são levados pela religião a fim de se sentirem confortados sem ameaçar a paz ilusória que os ricos guardam debaixo de suas montanhas de dinheiro. À medida que aumenta o nível de conhecimento, também chamado de intelectualidade, diminui na mesma proporção a religiosidade. Quem tem oportunidade de conhecer um só dos pensamentos dos Grandes Mestres do Saber aprende alguma coisa da realidade da vida e nela não há lugar para entes divinos. O religioso que me comparou a porco está muito mais próximo da inocência dos irracionais porque os religiosos apenas repetem e nem mesmo sabem que não são reliosos por opção sua. Se inguém nasce sabendo da existência de santidades, o que faz alguém ser religioso e babador de saco de divindades é a orientação do ambiente em que foi criança, uma vez que o cérebro de uma criança registra indiferentemente todas as informações que lhe são apresentadas. Prova isso a convicção incutida nas crianças da existência de um velhinho e uma carroça voadora.

O que faz uma pessoa virar puxa-saco de Deus é o ranço das idéias ultrapassadas que o medo dos fanômenos naturais levava aos seres ainda mais brutos que os atuais, apavorando-os de tal modo que inventaram seres imaginários e poderosos a quem pedir proteção, idéias que vem até hoje sendo repassadas para as criancinhas por seus pais requebradores de quadris e portadores de toda a ignorância do mundo. O religioso não pensa. O que me comparou a porco, por exemplo, repete a frase feita “Não se atiram pérolas aos porcos” sem ter capacidade mental para perceber a realidade de que de nada servem as pérolas aos porcos porque eles não são vaidosos e as pérolas tem como única serventia alimentar a vaidade. Além disso, o comportamento do ateu é orientado pelos ensinamentos dos Grandes Mestres do Saber, enquanto o comportamento dos religiosos não exige conhecimento algum porquanto suas convicções também são encontradas nos analfabetos que engordam a conta bancária de chefes religiosos canalhas em troca de um lugarzinho no céu.

A única coisa encontrada no céu são gazes, energia, água e a matéria de que são feitos os corpos sólidos, realidade ignorada pelos religiosos. Como eles são a absolutíssima maioria destes seres estúpidos que habitam o planeta Terra, e como a concha da balança do destino que contém a ignorância é infinitamente mais pesada do que sua oponente que abriga a abedoria, o resultado só podia ser a supremacia da ignorância que prega a apologia do sofrimento. Não pode haver limite para a ignorância de quem inflige sofrimento ao seu corpo físico para que disto resulte benefício à espiritualidade, mesmo porque brutos que se devoram mutuamente não tem espiritualidade alguma. Ela, a espiritualidade, está com os Grandes Mestres do Saber e os eleva a uma altura que permite enxergar lá do alto a baixaria e o lamaçal em que chafurdam os ainda brutos seres humanos e sua religiosidade estúpida.

O procedimento de seguir o caminho indicado pela quantidade em vez da qualidade de quem o indica tem como resultado o predomínio da brutalidade que dividiu a humanidade em explorados e exploradores, situação análoga àquela de quando domesticaram bichos para servirem de comida e carregar fardos. É como se encontra a humanidade, liderada até agora pela ignorância do governo americano, iniciado sob tal religiosidade que seus fundadores afirmavam serem eleitos por Deus para chefiar a humanidade, e o resultado dessa orientação divina são crianças despedaçadas mundo afora pelas bombas dos eleitos pela divindade em busca das riquezas que são a verdadeira luz a ser seguida por todos, principalmente os religiosos e as religiões. Não chega a ser alvasseiro o fato de perder o império americano sua arrogância e exploração dos pobres porque estes males estarão também nos ignorantes substitutos igalmente orientados pela única luz que os atrai: o brilho do ouro.

Não há espaço para a espiritualidade fora da personalidade simples dos Grandes Mestres do Saber e é impossível haver espiritualidade na mente de quem a procura dentro de fabulosos templos chefiados por arlequins ladravazes. Inté.

     

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 14 de maio de 2014

ARENGA VINTE E NOVE


 

O grande jornalista Ricardo Boechat tem o mérito de ser um grande jornalista e o demérito de gostar de futebola. Ninguém com a intelectualidade e a intelgência dele  desconhece o fato de serem o futebola, o axé e a religião a trilogia satânica com a qual se tece a matéria prima para construção da alienação política, o que contrasta com a veemência da defesa que ele faz de uma sociedade civilizada, ambição da qual participam poucos pais, apenas aqueles que não integram a turba de requebradores de quadris e que formam a manada a que se referia o também grande poeta Zé Ramalho.

O Boechat, sujeito que pensa (apesar do futebola), no seu programa da Rádio Bandeirantes FM de Brasília do dia 13/5/14,  lamentou que os políticos também se reproduzam assim como nosoutros. Admirador ardente de pessoas inteligentes e inimigo figadal da turba de ignorantes que constitui esse povo festeiro, barulhento, ladravaz e imprestável para qualquer coisa que não seja rebolado e canalhice, aprecio sempre que posso os pronunciamentos do Boechat. O que ele disse sobre a reprodução dos políticos dá o que pensar a quem pensa. Apenas a ressalva de não termos políticos, e sim politiqueiros. Há uma galáxia bem grandona de moral a separar o asqueroso politiqueiro do verdadeiro político, aquele ensigueirado com o bem-estar das futuras gerações, formadas pelos rebentos das criancinhas rechochundas de hoje.

Faria bem à sociedade se fossem castrados os politiqueiros. Arrancando-lhes os badalos, extinguir-se-ia a raça maldita e seria inteiramente impossível ser substituída por outra pior por ser também impossível haver seres de mais baixa qualidade moral e de tão grande cinismo que andam a dar risadas sabendo serem detestados. Quando o Boechat esperneia contra os males que afetam a sociedade da qual ele faz parte juntamente com sua família a quem é muito apegado, está procedendo de acordo com os Grandes Mestres do Saber porque todos eles afirmaram haver falta de inteligência na organização da sociedade humana. Há uma real incompatibilidade entre o comportamento de quem pensa e o comportamento da malta ignorante e barulhenta. A pessoa que pensa aprende mais e sabe que o barulho faz muito mal. Quem pensa sabe estar errado dar preferência aos gastos com farras e brincadeiras. Enfim, aquele que pensa tem motivo de sobra para não gostar de quem não pensa porque é da ignorância deles que saem todos os males que afligem o mundo.

Entende-se bem a justificada ojeriza de quem pensa por quem não pensa invocando como exemplo uma das muitas brincadeiras sadias do nosso rico foclore, infelizmente substituídas por requebramento de quadris. Trata-se de um jogo jogado por uma pessoa com os olhos vendados tentando quebrar com um bastão um pote dependurado no alto contendo guloseimas. As crianças que constituem o público ficam alvoroçadas para comer os doces quando o pote for quebrado, chegando algumas delas, as mais espertas, que geralmente são as menos comportadas, aquelas que não merecem presente do babaca Papai Noel, chegam mesmo a avisar ao quebrador do pote que ele está na direção errada.

Neste quadro, as crianças representam as pessoas que pensam e o quebrador do pote representa as pessoas que ainda não aprenderam a persar e que por isso mesmo ainda é manada. Assim como o quebrador indo na direção errada impede que as crianças desfrutem dos doces, as pessoas que não pensam ao se dirigirem às igrejas e terreiros de brincadeira também estão impedindo que as pessoas que pensam desfrutem de uma vida civilizada onde os sofrimentos são menores. Assim, quem pensa se agonia com a falta de ajuda necessária para se quebrar o pote e liberar a paz e uma vida menos idiota.

Na História mais recente, os russos, os chineses e os franceses, quebraram o pote onde se encontravam suas aspirações, mas como o fizeram com a ignorância dos ignorantes, quebraram-no com uma porrada tão violenta que suas esperanças de nova vida foram lançadas ao espaço, desapareceram, e aqueles povos, como todos no mundo, continuam aflitos e escravisados pela escravidão moderna que conta com a anuência do escravo. O que se sabe (e sabe-se muito bem), à medida que aumenta a insatisfação diminui na mesma proporção a distância entre o quebrador e o pote com as esperanças de viver melhor. Isto deve nos servir de advertência uma vez que a insatisfação cresce a olhos vistos indicando aumento de pessoas aprendendo a pensar. Quando chegar na quantidade suficiente, também haverão de chegar na posição de quebrar o pote, mas é preciso um quebrador mais sábio que os anteriores. Há de tratar com afagos e boas vindas o conteúdo do pote em vez de mandá-lo pelos ares, sem esquecer jamais que os benefícios de lá provenientes devem agraciar a todos. Sabe-se perfeitamente não ser possível nem desejável uma igualdade absoluta, por ferir as diferenças pessoais com que a natureza dotou cada um, mas não deve também existir uma diferença tão grande entre as pessoas, diferença esta que chega a ser perigosamente acintosa quando há pobres de pensamento fazendo pose na Revista Forbes ao lado de pobres de dinheiro e crianças sem casa, sem pais, sem comida, sem saúde, sem educação, sem vida, porque sofrer não é viver. A vida deve ser agradável e prazerosa, e jamais as angústias sugeridas pela religião.

Assim, quando for quebrado o pote, não se pode cometer a bobagem que fizeram nas outras quebradas quando o conteúdo foi repartido apenas entre uns gatos pingados. Acima de tudo, coroando todo oprocesso de mudança, deve estar uma educação que ensine verdades no lugar de mentiras; que ensine a pensar em vez de ensinar a apenas acreditar; que ensine haver beleza na honradez e feiura no sinismo; que ensine, enfim, a necessidade de nos afastarmos da ignorância absoluta  de quem prefere estádios a hospitais e escolas. Inté 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

ARENGA VINTE E OITO


Entre todos os seres vivos existentes, o termo “humano” distingue uma categoria à qual as reviravoltas da natureza impuseram um processo evolutivo tão complexo que foi capaz de permitir a estes seres fisicamente mais fracos bolar artimanhas capazes de subjugar outros seres muito mais fortes, o que se deve ao desenvolvimento de um órgão chamado cérebro, órgão tão complexo que coordena todas as funções das quais depende a vida, e ainda por cima detém um negócio esquisito denominado poder mental, tão extraordinário quanto desconhecido, que se manifesta esporadicamente aqui e acolá produzindo efeitos chamados de milagre em virtude da ignorância que atribui a forças misteriosas vindas de entes fluidos, portanto invisíveis, a quem resolveram chamar de divindades. Tudo que escapa a uma explicação lógica ainda não alcançada pelos parcos conhecimentos científicos até agora incapazes de promover bem-estar entre os componentes da sociedade humana, qualquer coisa desconhecida é tida como vindo das divindades.

O poder atual do cérebro, tão poderoso que produz “milagres”, nem sempre foi tão poderoso assim. Era igualzinho ao poder do cérebro dos outros animais hoje denominados de inferiores por sua incapacidade de produzir idéias. Porém, deixou esta igualdade e embarcou na canoa furada da evolução, trocando pelo turbilhão nervoso e doentio do corre-corre, a sua paz de bicho cujos sofrimentos não podiam ser maiores que os atuais em virtude da ausência de sentimento. A história do desenvolvimento mental do ser humano, se bem pensada, vai dar numa contradição porque a palavra “evolução” tem sentido de “prá frente”. Considerando o fato lógico e compreensível de que ninguém quer ter seu sofrimento progredindo senão prá trás, o termo evolução está indicando um progresso da involução porquanto a humanidade está mais bruta que a animalidade do tempo em que não havia idéias, mas apenas instinto. Do processo de evolução do poder mental resultou um ambiente com predominância de mortes e lágrimas em lugar da praz e da alegria justificada porque a alegria festiva em que vivem os seres humanos é falsa. O fato é que a humanidade está num processo tão acentuado de decadência que está à beira da extinção, o que não indica motivo para alegria. É de se perguntar: E por que a humanidade se encontra desse jeito? Simplesmente porque o processo de evolução não podia levar em conta a predominância dos seres menos evoluídos mentalmente sobre os mais evoluídos, e esta inversão de valores colocou a humanidade em posição inferior aos bichos. E a evolução não podia prever esta situação porque ela é natureza e natureza não tem rumo. Assim, sem rumo, a quantidade assumiu a predominância sobre a qualidade e seres inferiores são travestidos de “celebridades” e “famosos” ao lado de desprezados cérebros privilegiados que afirmam em sua sensatez estar errado gastar em brincadeira o dinheiro de aliviar o choro de quem chora no corredor do hospital, e a explicação de chegar a humanidade ao ponto em que chegou se deve unicamente à situação absurda de seguir a orientação dos menos aptos às atitudes inteligentes e desprezar a orientação de seres tão privilegiados no ramo de produzir boas idéias que mostram como evitar ingerir veneno, ouvir barulho e brigar.

Também está errado o emprego do termo “humano” para representar a generalidade da espécie humana porque ela se compõe de duas espécies de seres tão diferentes espiritualmente uma da outra quanto a água do esgoto e a potável. E, por mais esquisito que seja, é exatamente o grupo da podridão que realmente detém o poder de mando. São os espécimes menos avançados em sociabilidade que decidem o destino da sociedade humana, embora também faça parte dela seres de infinita sabedoria cuja voz não se faz ouvir porque ficou convencionado que o poder de mando cabe ao grupo maior em quantidade, o que elimina a qualidade. Como noventa e nove e meio por cento dos seres humanos estão no grupo do esgoto mental, são eles os responsáveis pelo destino da humanidade e o resultado desta condução é este cenário de mortes e sofrimento que conhecemos e que acreditamos erradamente sermos obrigados a viver. Estaria a humanidade fadada ao sofrimento? Não. Não está. Além não estar, não deve ao sofrimento se acostumar. Ao contrário, devemos nos livrar de todos os sofrimentos decorrentes do fato de se viver em grupo por ser esta a melhor forma de se viver. Percebe-se a necessidade do ajuntamento ao contemplar quanta coisa existe em cada casa, na rua, nas cidades e no mundo que utilizamos e das quais não podemos prescindir. Outras pessoas fizeram com que a luz acenda ao acionarmos o interruptor, que água saia da torneira, enfim todas as coisas que nos possibilitam a vida com menores transtornos. Embora incógnitos, verdadeiros batalhões de outros seres humanos contribuem assim ou assado para o conforto de cada um individualmente.

Entretanto, se precisamos uns dos outros, está completamente errado ser o grupo liderado por quem promove desarmonia entre seus membros. A liderança da sociedade humana, como afirmou um dos raros espécimes do grupo de pureza mental, antes da existência de Cristo, o poder de mando ou liderança deve ser exercido por quem tem capacidade de produzir idéias luminosas. Entretanto, o que temos é o predomínio das mentes mais conturbadas onde habita a perversidade e o crime sobre outras onde a inteligência e a sabedoria se propõem a orientar em direção à paz e harmonia sem as quais não se pode falar em civilização. É tempo, portanto, de se refletir sobre tudo isso porque já chega de choro e insensatez. Inté.   

 

 

 

 

domingo, 4 de maio de 2014

ARENGA VINTE E SETE


O homem ainda não se ligou na necessidade de se desligar da animalidade da qual se afastou fisicamente, mas que traz ainda tão arraigada na alma que pouca diferença existe entre sua espécie e as que não raciocinam. Ao agir como agem as espécies consideradas inferiores que se destroem entre si, o homem se mostra, na realidade, ser ele o verdadeiro inferior porquanto sua elevada capacidade cerebral é suficiente para torná-lo dotado de uma superioridade espiritual capaz de estabelecer vida social civilizada em vez de ainda se encontrar numa fase tão animalesca que se matam os brutos bichos com forma de gente até mesmo usando como arma um vaso sanitário. A desunião do tempo em que as pessoas se assemelhavam a bichos não só no comportamento, mas também no aspecto, continua desunindo os bichos humanos que se atacam em todas as partes do planeta e de todas as formas procuram se autodestruir. Tanto destroem seus semelhantes como se autodestroem respirando, comendo e bebendo veneno, reproduzindo-se como ratos numa ignorância monumental que os leva a desconhecer a capacidade de suporte do planeta, ou produzindo um barulho enlouquecedor ao qual pensa se acostumar, mas que danifica o organismo de forma tão assustadora que a ONU está recomendando aos governos dar prioridade à poluição sonora em virtude dos transtornos dela provenientes entre os quais se incluem nervosismo, envelhecimento e impotência sexual. Entretanto, como evitar barulho se para produzir dinheiro, atividade primordial para a ignorância humana, há necessidade das máquinas e da agitação que produzem barulho? Tudo na humanidade é contra-senso que produz a cada dia mais infelicidades. Enfim, considerado o que pode fazer com a capacidade mental que dispõe, pode-se afirmar com absoluta tranquilidade que o bicho humano é sem sombra de dúvida o mais repugnante dos seres vivos.

Um documentário sobre animais mostrou um búfalo sujegado por leões. Ante o pavor à morte, medo esse que é proporcional ao desenvolvimento espiritual do moribundo, ao zurrar na agonia, veio o rebanho inteiro sobre os leões, que fugiram. Os homens, ao contrário, destroem-se entre si mesmos numa prova evidente de sua inexplicável incapacidade de raciocinar. A falta de uma atividade cerebral compatível com a capacidade do cérebro humano é a única causa dos males da humanidade e é por isso que as poucas pessoas não ignorantes afirmam ser a ignorância a verdadeira fonte dos sofrimentos, verdade percebível ao se verificar as multidões lotando igrejas e terreiros de brincadeira indiferentes à dura realidade ao redor. Um ser humano que troca por riqueza as vantagens de um organismo saudável e que passa a pesar dezenas e dezenas de quilos a mais do que permite a estrutura do seu corpo de bicho humano, demonstra total ignorância da realidade de que seu organismo carece de maiores cuidados do que as máquinas de fazer dinheiro. Entretanto, como filhotes de suínos, comem até ficar redondos como se fossem estourar, o que efetivamente acontece ainda relativamente jovem. Duas coisas facilmente percebíveis indicam comportamento errado que a estupidez não deixa ser percebido. Uma é a inexistência de octogenários pesando cento e cinquenta quilos. A outra é o fato de não se encontrar um ateu analfabeto, indicativo de ser a religiosidade própria dos ignorantes. Como os bichos humanos são totalmente ignorantes, a humanidade é obesa e religiosa.

Só a completa abstenção do raciocínio leva alguém a danificar a saúde em troca de acumular riqueza sem perceber a realidade de que aquela fortuna vai beneficiar não só a família, mas também a estranhos, sendo não menos insensata a atitude de apressar o momento de sofrer na UTI para onde será inevitavelmente conduzido o ajuntador de dinheiro pelo descuido com a saúde exigido pela ânsia de enriquecimento que desconhece limite e que ignora necessitar o organismo de água, comida e ar limpos, e que a quantidade destes elementos é tão importante quanto a regularidade de sua ingestão.

A coisa mais esquisita na humanidade é que as pessoas mais insignificantes em termos de conhecimentos mais elevados são exatamente as pessoas mais valorizadas pela sociedade. Analfabetos e tão desprovidos das qualidades espirituais que separam o ser humano das bestas, estas pobres criaturas desprovidas de espiritualidade, como zumbis, são elevadas à categoria de “celebridades” e “famosos”. Entretanto, sua participação para o desenvolvimento social é negativa. Por mais esquisito que pareça, quem prejudica a sociedade é quem a sociedade prejudicada dá maior valor. Mais esquisito que isso é o fato de se deixar levar a juventude por estas figuras desprezíveis e dar assunto às burrices que saem de sua ignorância social. O alarde feito pela imprensa sobre pronunciamentos de energúmenos sugerindo haver vantagem em se gastar fortunas com a Copa do Mundo se justifica por ter a imprensa o papel de fazer crer ser certo o que é errado como induzir a juventude a fumar roliúde e beber refrigerante. Agora, fica espantosamente incompreensível que a juventude mundial se deixe seduzir pela ignorância provedora do que é ruim e despreze a sabedoria, fonte de coisas boas, fenômeno verificado mundialmente com ênfase para o brasileiro, o povo mais desqualificado entre todos os seres desqualificados espiritualmente que compõem a humanidade. Entre nós, por exemplo, é adorada a figura de um ignorante arredio aos livros e ladrão visivelmente usurpador do dinheiro de amenizar o sofrimento dos que sofrem por falta do dinheiro que transformou a figura desprezível do pau-de-arara que virou milionário, a cuja família se atribui a propriedade de fortuna imensa. A admiração desta figura desprezível pelos mendigos é explicada pela gratidão que todo mendigo tem a quem lhe dá esmola, o que Lula fez ao criar o programa Bolsa Família que tira dinheiro de quem trabalha para dar esmola a quem não trabalha. Este fenômeno de preferir o que não presta às coisas boas acompanha o brasileiro desde sua origem, coisa que já passou da hora de ser repensada. É evidente a carência de uma juventude mentalmente sadia para dar valor ao que tenha valor e mandar os ignorantes para um lugar onde possam deixar de ser ignorantes antes de ter direito a exercer influenciar sobre a sociedade por absoluta incapacidade fazê-lo. Se as sociedades dirigidas por quem sabe ler estão em péssimo estado de civilização, que esperar de uma sociedade admiradora de analfabetos travestidos “famosos” e “celebridades”? Ou pára prá pensar, ou vão todos se rachar. Inté.