Certa
vez um fazendeiro religioso e convicto da veracidade do que falava, me disse
que um feitiço contra ele armado por um desafeto causava a morte de grande quantidade
de animais de sua fazenda e que um pastor desmantelou a artimanha maligna.
Outro religioso me contou que havia dois anjos cada um com uma espada de fogo
na mão postados na porta da sua casa. Um terceiro que desistiu pelo cansaço de
convencer meu ateismo dos seus argumentos religiosos, encerrou o papo com as
seguintes palavras: “É, não adianta atirar pérolas aos porcos”. São dignos de
pena os religiosos. As convicções que orientam o comportamento deles não
encontram respaldo na lógica e nem na realidade da vida posto que os de maior
religiosidade são os que vivem no maior sufoco por serem exatamente os menos
desprovidos de recursos materiais e de nenhum recurso intelectual, o que os
leva a escrever em seus carrinhos pebas a idiotice de ter sido aquela porcaria
presenteado por Deus. A esta demência são levados pela religião a fim de se
sentirem confortados sem ameaçar a paz ilusória que os ricos guardam debaixo de
suas montanhas de dinheiro. À medida que aumenta o nível de conhecimento,
também chamado de intelectualidade, diminui na mesma proporção a religiosidade.
Quem tem oportunidade de conhecer um só dos pensamentos dos Grandes Mestres do
Saber aprende alguma coisa da realidade da vida e nela não há lugar para entes
divinos. O religioso que me comparou a porco está muito mais próximo da
inocência dos irracionais porque os religiosos apenas repetem e nem mesmo sabem
que não são reliosos por opção sua. Se inguém nasce sabendo da existência de
santidades, o que faz alguém ser religioso e babador de saco de divindades é a
orientação do ambiente em que foi criança, uma vez que o cérebro de uma criança
registra indiferentemente todas as informações que lhe são apresentadas. Prova
isso a convicção incutida nas crianças da existência de um velhinho e uma
carroça voadora.
O
que faz uma pessoa virar puxa-saco de Deus é o ranço das idéias ultrapassadas que
o medo dos fanômenos naturais levava aos seres ainda mais brutos que os atuais,
apavorando-os de tal modo que inventaram seres imaginários e poderosos a quem
pedir proteção, idéias que vem até hoje sendo repassadas para as criancinhas
por seus pais requebradores de quadris e portadores de toda a ignorância do
mundo. O religioso não pensa. O que me comparou a porco, por exemplo, repete a
frase feita “Não se atiram pérolas aos porcos” sem ter capacidade mental para
perceber a realidade de que de nada servem as pérolas aos porcos porque eles
não são vaidosos e as pérolas tem como única serventia alimentar a vaidade. Além
disso, o comportamento do ateu é orientado pelos ensinamentos dos Grandes
Mestres do Saber, enquanto o comportamento dos religiosos não exige
conhecimento algum porquanto suas convicções também são encontradas nos analfabetos
que engordam a conta bancária de chefes religiosos canalhas em troca de um
lugarzinho no céu.
A
única coisa encontrada no céu são gazes, energia, água e a matéria de que são
feitos os corpos sólidos, realidade ignorada pelos religiosos. Como eles são a
absolutíssima maioria destes seres estúpidos que habitam o planeta Terra, e
como a concha da balança do destino que contém a ignorância é infinitamente
mais pesada do que sua oponente que abriga a abedoria, o resultado só podia ser
a supremacia da ignorância que prega a apologia do sofrimento. Não pode haver
limite para a ignorância de quem inflige sofrimento ao seu corpo físico para
que disto resulte benefício à espiritualidade, mesmo porque brutos que se
devoram mutuamente não tem espiritualidade alguma. Ela, a espiritualidade, está
com os Grandes Mestres do Saber e os eleva a uma altura que permite enxergar lá
do alto a baixaria e o lamaçal em que chafurdam os ainda brutos seres humanos e
sua religiosidade estúpida.
O
procedimento de seguir o caminho indicado pela quantidade em vez da qualidade
de quem o indica tem como resultado o predomínio da brutalidade que dividiu a
humanidade em explorados e exploradores, situação análoga àquela de quando
domesticaram bichos para servirem de comida e carregar fardos. É como se
encontra a humanidade, liderada até agora pela ignorância do governo americano,
iniciado sob tal religiosidade que seus fundadores afirmavam serem eleitos por
Deus para chefiar a humanidade, e o resultado dessa orientação divina são
crianças despedaçadas mundo afora pelas bombas dos eleitos pela divindade em
busca das riquezas que são a verdadeira luz a ser seguida por todos,
principalmente os religiosos e as religiões. Não chega a ser alvasseiro o fato
de perder o império americano sua arrogância e exploração dos pobres porque
estes males estarão também nos ignorantes substitutos igalmente orientados pela
única luz que os atrai: o brilho do ouro.
Não
há espaço para a espiritualidade fora da personalidade simples dos Grandes
Mestres do Saber e é impossível haver espiritualidade na mente de quem a
procura dentro de fabulosos templos chefiados por arlequins ladravazes. Inté.
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