O homem ainda não se ligou na
necessidade de se desligar da animalidade da qual se afastou fisicamente, mas
que traz ainda tão arraigada na alma que pouca diferença existe entre sua
espécie e as que não raciocinam. Ao agir como agem as espécies consideradas
inferiores que se destroem entre si, o homem se mostra, na realidade, ser ele o
verdadeiro inferior porquanto sua elevada capacidade cerebral é suficiente para
torná-lo dotado de uma superioridade espiritual capaz de estabelecer vida
social civilizada em vez de ainda se encontrar numa fase tão animalesca que se
matam os brutos bichos com forma de gente até mesmo usando como arma um vaso
sanitário. A desunião do tempo em que as pessoas se assemelhavam a bichos não
só no comportamento, mas também no aspecto, continua desunindo os bichos
humanos que se atacam em todas as partes do planeta e de todas as formas
procuram se autodestruir. Tanto destroem seus semelhantes como se autodestroem
respirando, comendo e bebendo veneno, reproduzindo-se como ratos numa
ignorância monumental que os leva a desconhecer a capacidade de suporte do
planeta, ou produzindo um barulho enlouquecedor ao qual pensa se acostumar, mas
que danifica o organismo de forma tão assustadora que a ONU está recomendando
aos governos dar prioridade à poluição sonora em virtude dos transtornos dela
provenientes entre os quais se incluem nervosismo, envelhecimento e impotência
sexual. Entretanto, como evitar barulho se para produzir dinheiro, atividade
primordial para a ignorância humana, há necessidade das máquinas e da agitação
que produzem barulho? Tudo na humanidade é contra-senso que produz a cada dia
mais infelicidades. Enfim, considerado o que pode fazer com a capacidade mental
que dispõe, pode-se afirmar com absoluta tranquilidade que o bicho humano é sem
sombra de dúvida o mais repugnante dos seres vivos.
Um documentário sobre animais
mostrou um búfalo sujegado por leões. Ante o pavor à morte, medo esse que é
proporcional ao desenvolvimento espiritual do moribundo, ao zurrar na agonia,
veio o rebanho inteiro sobre os leões, que fugiram. Os homens, ao contrário,
destroem-se entre si mesmos numa prova evidente de sua inexplicável
incapacidade de raciocinar. A falta de uma atividade cerebral compatível com a
capacidade do cérebro humano é a única causa dos males da humanidade e é por
isso que as poucas pessoas não ignorantes afirmam ser a ignorância a verdadeira
fonte dos sofrimentos, verdade percebível ao se verificar as multidões lotando
igrejas e terreiros de brincadeira indiferentes à dura realidade ao redor. Um
ser humano que troca por riqueza as vantagens de um organismo saudável e que
passa a pesar dezenas e dezenas de quilos a mais do que permite a estrutura do
seu corpo de bicho humano, demonstra total ignorância da realidade de que seu
organismo carece de maiores cuidados do que as máquinas de fazer dinheiro. Entretanto,
como filhotes de suínos, comem até ficar redondos como se fossem estourar, o
que efetivamente acontece ainda relativamente jovem. Duas coisas facilmente
percebíveis indicam comportamento errado que a estupidez não deixa ser
percebido. Uma é a inexistência de octogenários pesando cento e cinquenta
quilos. A outra é o fato de não se encontrar um ateu analfabeto, indicativo de
ser a religiosidade própria dos ignorantes. Como os bichos humanos são
totalmente ignorantes, a humanidade é obesa e religiosa.
Só a completa abstenção do
raciocínio leva alguém a danificar a saúde em troca de acumular riqueza sem
perceber a realidade de que aquela fortuna vai beneficiar não só a família, mas
também a estranhos, sendo não menos insensata a atitude de apressar o momento de
sofrer na UTI para onde será inevitavelmente conduzido o ajuntador de dinheiro pelo
descuido com a saúde exigido pela ânsia de enriquecimento que desconhece limite
e que ignora necessitar o organismo de água, comida e ar limpos, e que a
quantidade destes elementos é tão importante quanto a regularidade de sua
ingestão.
A coisa mais esquisita na
humanidade é que as pessoas mais insignificantes em termos de conhecimentos
mais elevados são exatamente as pessoas mais valorizadas pela sociedade.
Analfabetos e tão desprovidos das qualidades espirituais que separam o ser
humano das bestas, estas pobres criaturas desprovidas de espiritualidade, como
zumbis, são elevadas à categoria de “celebridades” e “famosos”. Entretanto, sua
participação para o desenvolvimento social é negativa. Por mais esquisito que
pareça, quem prejudica a sociedade é quem a sociedade prejudicada dá maior valor.
Mais esquisito que isso é o fato de se deixar levar a juventude por estas
figuras desprezíveis e dar assunto às burrices que saem de sua ignorância
social. O alarde feito pela imprensa sobre pronunciamentos de energúmenos
sugerindo haver vantagem em se gastar fortunas com a Copa do Mundo se justifica
por ter a imprensa o papel de fazer crer ser certo o que é errado como induzir
a juventude a fumar roliúde e beber refrigerante. Agora, fica espantosamente
incompreensível que a juventude mundial se deixe seduzir pela ignorância
provedora do que é ruim e despreze a sabedoria, fonte de coisas boas, fenômeno
verificado mundialmente com ênfase para o brasileiro, o povo mais
desqualificado entre todos os seres desqualificados espiritualmente que compõem
a humanidade. Entre nós, por exemplo, é adorada a figura de um ignorante
arredio aos livros e ladrão visivelmente usurpador do dinheiro de amenizar o
sofrimento dos que sofrem por falta do dinheiro que transformou a figura
desprezível do pau-de-arara que virou milionário, a cuja família se atribui a propriedade
de fortuna imensa. A admiração desta figura desprezível pelos mendigos é
explicada pela gratidão que todo mendigo tem a quem lhe dá esmola, o que Lula
fez ao criar o programa Bolsa Família que tira dinheiro de quem trabalha para
dar esmola a quem não trabalha. Este fenômeno de preferir o que não presta às
coisas boas acompanha o brasileiro desde sua origem, coisa que já passou da
hora de ser repensada. É evidente a carência de uma juventude mentalmente sadia
para dar valor ao que tenha valor e mandar os ignorantes para um lugar onde possam
deixar de ser ignorantes antes de ter direito a exercer influenciar sobre a
sociedade por absoluta incapacidade fazê-lo. Se as sociedades dirigidas por
quem sabe ler estão em péssimo estado de civilização, que esperar de uma
sociedade admiradora de analfabetos travestidos “famosos” e “celebridades”? Ou
pára prá pensar, ou vão todos se rachar. Inté.
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