Escrever
não é difícil. Basta pensar, meditar direitinho sobre o que vai escrever que as
palavras vão aparecendo. O diabo é escrever elas do jeitinho que uns e outros
por aí querem. Quando digo “confesso que me simpatizei com ela”, todo mundo
entende. Sabem perfeitamente o que eu quis dizer. Mas se tem algum dos “uns e
outros” fazedores de regras por perto, para ele não posso dizer assim. Devo
dizer “confesso que simpatizei com ela”. É o que está lá na revistinha da
Editora Case. Agora, diga aí meu. Se todos entenderam do jeito que eu disse da
primeira vez, inclusive “uns e outros”, não é realmente uma grande perda de
tempo e ainda por cima uma grande falta de bom senso em se apegar a picuinhas?
O processo de comunicação do qual resulta o entendimento entre as pessoas acontece
por meio da fala que o povo fala, mas essa fala nasce espontaneamente e é a
única coisa usada soberanamente pelo povo, diferentemente da riqueza, que
embora também seja feita pelo povo, mas não é por ele usada como é a linguagem.
A linguagem se desenvolve independentemente da fabricação de regras. Além de
tudo, simplificar é mais inteligente do que complicar, e isto inclui também a
comunicação, onde o importante é se fazer entender com clareza, não se
justificando, portanto, que “uns e outros” não se preocupem menos com
regrinhas, e mais com a situação de penúria mental em que se encontram os
jovens. Eles dizem “vou estar telefonando” em vez de simplesmente “vou
telefonar”. Isto, sim, é motivo para haver regras proibindo tal agressão à
cultura pátria. A intromissão estrangeira em nossos assuntos sempre contou com
a indiferença do povo e o conluio das autoridades como aconteceu com o PROJETO
MEC USAID através do qual o governo americano dizia o que o devia constar do
programa educacional brasileiro. Depois ficaram com vergonha de tanta baixeza,
e atualmente, embora tudo continue do mesmo jeito, com os gringos das bundas
brancas explorando os macacos vendendo para eles todo tipo de porcaria,
inclusive a tecnologia que faz ficar feliz e sorridente por segurar uma vara de
tirar retrato. A subserviência atualmente atua por debaixo do pano porque se a
macacada souber o que se passa por lá, garante o governador de São Paulo que a
guilhotina vai comer solta.
O embevecimento pelas coisas das estranjas nos
torna eternamente fornecedores de tudo o que os gringos querem, ainda que disto
resulte a situação de penúria em que se encontra esse país imenso, belo, mas
infeliz e idiota. Os idiotas que por aqui vivem se portam como inimigos do seu
próprio país. Sempre foi assim. Quando o petróleo surgiu, falsos líderes desavergonhados
e vendilhões da pátria perseguiram e até prenderam Monteiro Lobato por afirmar
que havia petróleo por aqui. Os motivos deste absurdo foram os mesmos de
sempre: subalternos e subservientes aos Estados Unidos, contando com a
indiferença produzida pelo atraso mental da corja que habita esse belo país de
triste sorte, as autoridades obedeciam a interesses escusos do governo
americano que sempre se julgou dono do mundo, para fazer crer que o assunto
“petróleo” era exclusivo da alçada dos bundas brancas. Este belo pedaço de chão
sempre foi espoliado de todo tipo de riqueza, inclusive sua cultura. A massa
ignara que faz barulho, enche as igrejas, as latrinas e requebra os quadris
mesmo ante a possibilidade de não ter água para tirar o azedume de entre as
pernas depois da foliar até à exaustão, esta massa deixou de ser macaco apenas
na aparência. O instinto de imitação, entretanto, permanece tal e qual nos
macacos. Quem duvidar que vá aos aeroportos e verá macacos superlotando aviões
para imitar os americanos lá em Me Ame. Trata-se de um povo tão pateta que sua
riqueza alimenta escândalos e ele chora conformadamente no corredor do
hospital, certo de que seu sofrimento é por castigo em consequência de ter
praticado um ato condenável para as divindades, quando a verdade é que todo o
sofrimento decorre da prática de infinitos atos praticados por desmerecimento
de quem cuida da administração pública. Trata-se de um povo sem igual em lugar
algum do mundo. Aqui o sujeito rouba o dinheiro público, esconde, e o governo
lhe dá uma parte do roubo se ele entregar o restante. Aqui, a maior pena a que uma
autoridade pode ser condenada é à explicação. Se já explicou que fez o que
tinha de ser feito ou que não fez o que não tinha de ser feito, encerrou o
assunto. Até pessoa direita que vira autoridade parece se adaptar a esse
esquema estranho. Perguntei à ministra Eliana Calmon o motivo pelo qual nada
ocorre em face das denúncias contidas nos livros Privataria Tucana, Honoráveis
Bandidos e O Chefe, e ela se limitou a falar muito pouco sobre o assunto,
resumindo sua resposta em afirmar que Fernando Henrique Cardoso, personagem
bandida conforme o livre Privataria Tucana, havia se explicado num programa de
televisão sobre a denúncia a ele feita na privatização da Vale, o que significa
confirmação de que por ter explicado encerra-se o assunto e fim de papo. A
ministra, talvez pela insignificância do perguntador, não fez referência aos
outros dois livros, e a explicação do acusado FHC não condiz com a realidade
contida nessa matéria da Revista Caros Amigos intitulada JUSTIÇA
FEDERAL RECONHECE FRAUDE NA PRIVATIZAÇÃO DA VALE. A matéria começa desse jeito: “Em 16 de dezembro do ano
passado, a juíza Selene Maria de Almeida, do Tribunal Regional Federal (TRF) de
Brasília, anulou a decisão judicial anterior e reabriu o caso, possibilitando a
revisão do processo. “A verdade histórica é que as privatizações ocorreram, em
regra, a preços baixos e os compradores foram financiados com dinheiro
público”, afirma Selene. Sua posição foi referendada pelos juízes Vallisney de
Souza Oliveira e Marcelo Albernaz, que compõem com ela a 5ª turma do TRF.” Aí está a contradição da qual resulta uma sociedade cujo desvalor atingiu a máxima degradação moral a que podia chegar.
Não é possível haver degradação maior do que a situação a que foi levada esta
sociedade de parvos. Eu hoje não sabia se chorava ou se ria da cara de uns
completos idiotas numa felicidade sem fim apenas por segurar numa ponta de uma
vara e se auto fotografar por meio de um telefone pregado na outra ponta da
vara. Não é caso para rir, antes para chorar porque é esse tipo de mentalidade
minúscula que escolhe as autoridades que vão administrar os recursos públicos e
o resultado é uma escolha tão desgraçada que da administração dos
administradores escolhidos pela massa amorfa de ignorantes resulta uma situação
tão esquisita que em função dos absurdos vividos as pessoas nem estranham mais
se encontram pedaços de cadáver pelas ruas, ou ter o crime se tornado altamente
compensador.
É uma
situação a ser pensada essa de ser o modelo mais usado e famoso de
administração pública ter seus executores escolhidos por pessoas felizes por
fazer pose com uma vara na mão e um telefone na ponta dela. É absolutamente
inaceitável que pessoas inteiramente inocentes de sociabilidade e que nunca
ouviram a palavra s o c i o l o g i a, inclusive analfabetos, sejam quem
decidam se vamos ter educação, saúde e segurança ou se vamos ter futebola
“famosos” e “celebridades”, resultando desta escolha uma sociedade onde mortes
e escândalos são as únicas coisas de que se falam. Nesse momento, enquanto não
surgir um escândalo maior, o assunto é o da Petrobrás, onde há quase um ano se tem
certeza de que cerca de bilhões foram desbaratados e não se tem notícia dessa
riqueza, embora se feche hospital por falta de dinheiro e um chofer de elevador
do Congresso Nacional mais caro do mundo tem salário superior ao salário de um
chofer de avião-caça.
Enquanto
tudo isso acontece, “uns e outros” querem fixar na moldura o idioma em vez de
mostrar muito bem explicadinho o porquê de não haver regra proibindo que
imbecis apresentem programa de rádio denominado THE YOUNG PROFESSIONAL como faz
a rádio CBN, ou para facilitar a vida de quem quer escrever algo, eliminando as
várias maneiras de representar graficamente o mesmo som. Por que não grafar
apenas com “x” ou com “ch” as palavras “deixa” e “encacha”? Por que não se
ligar nas coisas realmente necessárias? É de causar horror a situação em que os
médicos recém-formados não tenham conhecimento que lhes permita diagnosticar
uma doença, mas mesmo assim recebam autorização para trabalhar como médicos
porque o exame que comprova sua incapacidade não impede o exercício da
profissão. O resultado desse absurdo é um alto preço a ser pago pelos
requebradores de quadris em consequência de erros médicos. Esse país virou um
pardieiro por conta de uma juventude cuja mentalidade é tão repugnante quanto um
monte de excremento. Causa revolta constatar a que estado mental medíocre foi
reduzida a mente de uma juventude que está certa de que uma criança nasce
colada na outra em virtude do pecado de Adão.
A
situação de horror que justifica expressões “mundo cão”, “homem lobo do homem”,
“tempo é dinheiro”, demonstram a impossibilidade de se viver vida civilizada
onde as pessoas possam desfrutar de bem-estar, o que é impossível de acontecer
numa sociedade com uma juventude completamente desligada da realidade de que a
vida exige reflexão sobre como ela estará algum tempo depois de hoje. No
momento atual, vive-se de modo completamente desumano e irracional. Esta
notícia mostra a que ponto de baixeza moral chegou a humanidade: Orangotangos
são usados em prostituição na Ásia. Está na
imprensa esta barbaridade de se amarrar as macaquinhas na cama para que bestas
humanas satisfaçam seus instintos bestiais, sendo necessário matar as macacas
mães. Então, depois de chegar a uma situação de tal baixeza, não deveria a
juventude saber que ela é que é a verdadeira dona do poder de impor as regras, e
assumir com dignidade tal função, fazendo desse país desonrado um país honrado
de homens e mulheres com vergonha na cara? Como permitir que o governo se transformasse
nisso que aí está, com todas, absolutamente todas as instituições tomadas pelo banditismo?
Se houver tempo para que esta juventude de parvos seja substituída por uma
juventude inteligente, esta nova juventude se reportará à juventude de parvos
como a única responsável por tudo de ruim que aconteceu no mundo.
Qualquer
Zemané é mais sabido que a absoluta maioria dos jovens. É nessa falta de
conhecimento que está a explicação para a existência de uma farmácia e uma
igreja em cada esquina. Quantos jovens são capazes de perceber a realidade de
haver maior religiosidade onde há menor conhecimento? Esta verdade pode ser
notada a cada esquina. Será mais relevante para a sociedade que os jovens saibam
estas coisas do que as regras para escrever do jeito que “uns e outros” querem.
O conhecimento é importante guia nos caminhos da vida. O hábito de ler me deu
conhecimento de que os antibióticos só devem ser usados para combater um mal
que seja maior do que os males que ele causa ao organismo. Foi esse
conhecimento que me levou a recusar o tratamento que um médico pediatra desta
cidade de Vitória da Conquista receitou para minha filha de cinco meses
mandando que ela recebesse a carga cavalar de dezoito doses de um antibiótico
forte, garamicina, creio, em função de uma infecção urinária que ficou curada
apenas com a ingestão de muito líquido,eueu por orientação de outro médico. Desse
modo, Não sei qual seria a consequência daquela receita para aquela criança,
mas quem é médico sabe bem.
Quem puder
levar algum conhecimento aos jovens não deve se omitir por não saber as
regrinhas mostradas nas revistas “Pegadinhas da Língua Portuguesa”, da Editora
Case. Lá explica que o verbo “simpatizar” não é empregado com pronomes. É mole?
Embora eu não sirva de exemplo prá ninguém, mesmo assim escrevo contra os
desmandos, conhecendo apenas pela metade uma das milhares de regrinhas. É uma
que diz que o pê e o bê gasaiam com “mê”. Assim, mais gente deve também mandar
bala na orientação sadia para os jovens. Aliás, bala, não. Ela lembra a
tristeza de muitas famílias enlutadas e enrabichadas com igreja que merecem
solidariedade em sua inocência. Mas o fato é que é necessário bradar por uma
vida melhor por ser completamente inaceitável viver com medo. A vida deve ser
usada de forma agradável porque os momentos desagradáveis já são muitos e à
medida que o tempo passa, embora os jovens abestalhados não acreditem, eles, os
momentos desagradáveis, se tornam cada vez mais desagradáveis e chegam em
progressão geométrica, sendo a maioria deles causados por desconhecer como
evita-los. Quem observa o comportamento humano percebe a desumanidade que há
nele. Este é o motivo pelo qual a inexperiência da juventude permite que ela
sirva de joguete nas mãos do perverso sistema de vida sem futuro do “cada um
por si”, quando o ideal foi o que disse Alexandre Dumas: “UM POR TODOS E TODOS
POR UM”. Inté.