domingo, 18 de janeiro de 2015

ARENGA OITENTA E QUATRO


Os brasileiros com algum discernimento tem motivos de sobra para se envergonhar do seu país. O derradeiro vexame foi causado pelo “biquinho” com que o governo desse belo país de triste sorte demonstrou estar “zangadinho” com o governo da Indonésia por ter executado um brasileiro que chegou por lá para vender drogas, mas foi apanhado na ação criminosa punida pela lei daquele país com pena de morte. Chega mesmo nosso governo ao ridículo de ameaçar retaliação a um país soberano por cumprir o que estabelecem suas leis, coisa que por aqui é motivo de piada.  A preocupação do governo é apenas aparente como aparentes são todas as preocupações manifestadas em todos os discursos de políticos. Todos os governos de todo o mundo só se preocupam com seus patrões, os ricos, e consigo mesmos. Povo? Ah! Sim... Aqueles que o cheiro do cavalo é mais agradável? Ele é necessário para sustentar o governo, mas para que ele não se lembre disso, assim que sair do trabalho enche-lhe a cabeça com esportes, “famosos”, “celebridades” e muita putaria para com isso anular sua inteligência. Daí surgiu a situação só admissível por quem teve a inteligência reduzida ao nível mental dos desportistas, dos “famosos”, das “celebridades” e da prostituição enrustida em várias atividades, situação esta da qual resulta que chutar uma bola ou requebrar os quadris grudado numa guitarra garante vida abastada, enquanto quem rala no Enem e na faculdade, quando no fim da tarde vai contabilizar a féria do dia em notas de dez e vinte, é abalado por um rugido de leão e o medo o faz tratar de separar a metade para ele.

Para os de má fé, enganar os de boa fé é a coisa mais fácil do mundo. Sujeito chega a ser convencido de haver vantagem em trocar um pacote inteiro de dinheiro por um pacote todo feito de pedaços de jornal com um só dinheiro por cima. Estudos de psicologia indicaram aos interessados em manter longe o cheiro do povo e eles treinaram  papagaios com microfone para os auxiliar na tarefa nefasta de manter o povo na condição de manada, o que fazem, por exemplo, ao pregar uma educação através do esporte, que as peladas são necessárias porque dali saem bons jogadores, quando procuram dar aspecto de importância ao esporte, enfim, todo esse endeusamento do esporte, o que resulta numa distorção social perigosa que já chega ao cúmulo de uma foto de jogador ser suficiente para angariar votos ao postulante de cargo eletivo que aparece a seu lado, numa demonstração de total sucesso dos métodos de idiotização uma vez que o jogador da foto manifestou interesse maior em que se construísse estádio em vez de hospital, o que é o oposto para o bem-estar social que deveria merecer toda a dedicação do postulante ao cargo. Se ninguém duvida ser melhor viver numa sociedade onde não haja motivo para se ter medo de assalto ou de não ter um ponto em que se apoiar na hora inevitável do sofrimento, tal sociedade só é possível com povo esclarecido. Portanto, é uma situação insustentável esta em que as ações dos governos visam impedir que o povo fique esclarecido. O jovem não é burro por ser burro. A burrice lhe é imposta. A criança é recebida por um monte de burrices ao nascer, e o resultado é o interesse apenas por burrices que lhes é implantado na personalidade pelos papagaios de microfone. Pelo que eles papagaiam, teremos uma sociedade de bichos. É isso que estes senhores terão em troca do trabalho que fazem de insuflar o apego às coisas irrelevantes para o bem-estar social.

Governo que fomenta esse tipo de coisa não se preocupa com seu povo, mas é assim que são governados os grupos sociais e é por isso que há milhões de seres humanos no mundo, armados, treinados e pagos exclusivamente para brigar. O interesse dos governos pelo povo só vai até onde vai a necessidade de quem faça o trabalho de azeitar e por em funcionamento a máquina que mantém a vida, principalmente a econômica, e esta indiferença ainda é maior por aqui onde políticos declaram-se desinteressados na opinião pública e agem de acordo com esse entendimento por saber que o interesse do povo só vai até uma das muitas bolsas. A esse respeito o Jornal do Brasil dá a seguinte notícia: Temos Bolsa Família, Bolsa Verde, Nossa Bolsa, Bolsa Estiagem, Bolsa Escola, Auxilio Reclusão (Bolsa Preso), Bolsa Remédio, Auxílio Gás, Brasil Carinhoso, Bolsa Maternidade, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Pipa (caminhões de água), Fome Zero, Projeto Casa Brasil, Fundo de Amparo ao Trabalhador, Programa Internet para Todos, Luz para Todos.” Esta notícia parece fazer referência à filantropia em vez de ação de governo, exatamente como acontece com o “biquinho” do protesto contra a pena de morte do brasileiro porque é do próprio governo a responsabilidade pela execução do brasileiro. Se cumprisse seu dever de dar ao povo que governa condições de viver com dignidade ninguém teria necessidade de recorrer à marginalidade e acabar desse jeito. Ainda por cima, se um país não pode interferir nas leis de outro país, muito menos ainda o Brasil onde o comércio de droga é o meio de subsistência de inúmeras famílias, inclusive famílias abastadas que traficam em helicóptero particular e ocupam cargos relevantes no governo. O Brasil é um país que não se assunta. Faz papel de idiota desde que nasceu e é esculhambado por estrangeiros debaixo do nariz. Até pneus velhos os gringos das bundas brancas descartam aqui entre a manada festiva e ávida pelos dólares deles. Todo esse barabadá em torno do protesto é mais uma perda do tempo que devia ser ocupado com assuntos relacionados à educação, única coisa capaz de nos tirar do ridículo. É claro que o sofrimento alheio precisa de solidariedade. É por falta dela que o mundo vive às turras. Mas o protesto cai no ridículo quando um governo onde as leis não são cumpridas fica emburradinho e faz biquinho porque outro país não quer ser depravado como ele é. Inté.   

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário