quarta-feira, 30 de março de 2022

ARENGA 649

 

Esta infeliz pátria de deus está à beira de trocar por outro um governante teocrático influenciado pela avidez mórbida de pastores inescrupulosos que aproveitando da ignorância da massa bruta de povo enriquecem vendendo feijão milagroso e água santa. A tais embusteiros se alia a autoridade máxima de nossa sociedade infeliz. Seria alvissareira a troca de nossos governantes que acontece agora se não fosse por outro governante que da mesma forma perpetuará a infelicidade da massa bruta em que foi transformado esse povo que parece existir apenas para sofrer, festejar, torcer e orar. É tão raquítico o raciocínio do povo (qualquer  povo) que a convivência com eles, como disse o sábio, dá um mal-estar equivalente a doença. É tão difícil que chega a parecer impossível encontrar no meio do povo uma única pessoa capaz de um diálogo acima das mediocridades próprias de mentes fúteis e vulgares, incapazes de perceberem estar a humanidade caminhando por um caminho que leva a um destino trágico. 

A massa bruta de povo vive na irrealidade, de ilusões e futilidades. Não percebendo estes seres asquerosos e medíocres a importância que tem a educação para uma vida menos infeliz do que a que se tem, deixam que falsos líderes decidam o que devem aprender  as crianças. Se, como observou Platão corretamente, o que é ensinado à criança forma a personalidade do adulto, o resultando da educação que a cultura do venha a mim e os outros que danem ministra à criançada, são adultos religiosos, torcedores e carnavalescos, ingredientes dos quais resulta uma sociedade de incapaz de elaborar seus próprios raciocínios, na verdade, uma  armadilha educação que perpetuação a conformação com o servilismo do "seja feita a vossa vontade que suprime a necessidade de ter a dignidade de viver como deve viver todos os seres humanos na verdade enganados de forma tão espetacular que são  indiferentes ao próprio destino. Apaticamente, contentam-se os seres humanos com um destino determinado por falsos líderes. Daí viverem uma situação tão irreal que a moral e os bons costumes foram escorraçados pela imoralidade e costumes tão maus que a criminalidade passa a ser legal. 

O mundo, como disse Marx, precisa ser mudado. Seu maior bem, a democracia, em função do analfabetismo político, resulta na escolha dos piores entre todos os falsos líderes aos quais o povo dá enorme quantidade de dinheiro para convencê-lo a votar em quem não tem outro objetivo senão o de empulhar esse mesmo povo que paga para ser empulhado. 

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Ao condenar o doutor Dallagnol a pagar indenização por defender a sociedade ao apontar como ladrão o escroque de nove dedos que de pau-de-arara virou como que por milagre multimilionário, a justiça prova inequivocamente à juventude que pelo caminho da desonestidade e da canalhice é mais fácil vencer na vida. É intrigante a passividade dos pais ante tamanho absurdo.

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Não significa total desprezo à honestidade e à moral o fato de ser legal que a OAB tenha sua arrecadação incrementada pela participação de advogados no roubo do erário? O cinismo destes advogados é tamanho que para assegurar a fonte ilegal de riqueza, um deles, o Álvaro Guilherme de Oliveira Chaves, apresentou como tese de mestrado na Universidade de Brasília opinião de que o combate ao colarinho branco por Sergio Moro visou obter simpatia perante a opinião pública. É tamanha a sacanagem desse tipo de advogado e a indiferença da sociedade quanto ao que ocorre que não se deve impedir o saque do dinheiro da educação, saúde e segurança, bens sem os quais a vida vira um tormento.      

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Será que não existe mais homens de moral inabalada como meus avôs, se a ninguém parece incomodar a situação atual a clamar por ação moralizadora? Estarão os homens de bem condenados a conviver com a escória moral que se assenhoreou das instituições das quais depende o destino do país e sua juventude? Até quando será permitido que vis criaturas induzam jovens a seguirem pelo caminho torpe por eles seguido?

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A indiferença da juventude à notícia de estar o governo teocrático canalizando recursos do erário em benefício de representantes de deus significa que os descendentes dessa juventude apática pagarão alto preço pela pusilanimidade de seus antecedentes tornados apáticos pela armadilha da futucação de telefone.

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Para a pergunta da matéria no jornal Folha de SP “COMO FUNCIONA O BUDISMO?” a resposta é: do mesmo jeito de toda crendice: pessoas inescrupulosas se aproveitando da facilidade com que se pode enganar os ignorantes para explorá-los em nome de um deus que só existe na bola que frequentadores de igreja, axé e futebola têm no lugar onde quem pensa tem cabeça.

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A sagacidade da juventude sucumbiu juntamente com a nobreza dos sentimentos de vergonha, honradez e honestidade. Segundo o resultado de mais de dez anos estudando o processo de domínio da sociedade humana por um grupo de inescrupulosos e avarentos abutres de Bezos e Hangs reunidos numa instituição denominada Clube Bilderberg,  a doutora Cristina Martín Jiménez diz o seguinte na página 92 do livro OS DONOS DO MUNDO: “A introdução das drogas no microcosmo adolescente é um dos mecanismos que melhor funcionaram para controlar e manipular os indivíduos na fase vital do desenvolvimento e de maior energia. O instituto Tavistock (braço do Clube Bilderberg, grifo nosso) percebeu o poder de ação ilimitado dos jovens e, por isso, apressou-se para encontrar métodos que freassem esse considerável potencial. As drogas são os veículos mais eficazes para causar a inação da juventude, pois atordoam, deixam o usuário acomodado na inércia, seu uso contínuo gera psicose, depressão, medos infundados, apatia, perda de confiança e autoestima, paranoias e outras doenças mentais, sendo algumas delas irreversíveis. A estratégia de proibição foi bastante eficaz, já que estimulou o desejo do consumo nessa faixa etária em que a rebeldia atua como bandeira identitária e de coesão grupal. Uma das piores consequências disso é que os jovens dependentes não têm consciência de como estão sendo manipulados por esses agentes de controle social, nem sequer se dão conta de que a droga não vai solucionar seus problemas, mas piorá-los, sendo, às vezes, tarde demais para tentar reagir. A CIA, cujos agentes são formados em Tavistock, administrou LSD aos próprios funcionários para estudar suas reações, causando várias mortes. Estamos nos referindo aqui ao programa MK Ultra, que surgiu quando a empresa farmacêutica Sandoz AG, propriedade da S. G. Warburg & Co., desenvolveu o ácido lisérgico (LSD). James Paul Warburg, conselheiro de Roosevelt, criou o Institute for Policy Studies para promover a droga. O resultado foi a narco-contracultura do LSD dos anos 1960, a chamada “revolução dos estudantes”, que foi financiada com 25 milhões de dólares pela CIA.” Não obstante importante significação deste trabalho para uma geração futura e menos estúpida, a doutora Cristina não é considerada famosa nem celebridade, ao contrário das toupeiras mentais de imensas bundas e peitos do Yahoo Notícias que não resistem a abrir as pernas para dinheiro e fama.

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A notícia na imprensa dando conta de que o governo se declara impotente para conter a fome crônica e insaciável de riqueza dos Bezos e Hangs da vida, que provoca a alta dos preços dos alimentos e dos combustíveis, significa que para nada serve o governo uma vez que a ele caberia coibir a propensão inevitável à desordem dos ignorantes seres humanos incapazes de superar o primitivismo inicial. Será que por ser incapaz de fazer o bem é que o governo prodigaliza no fazimento do mal? 

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Duas outras notícias também na Folha de SP levam quem está espiritualmente acima de medíocres frequentadores de igreja, axé e futebola à conclusão de que a juventude está sendo induzida a viver tamanha falsidade que chegará ao inevitável momento final da vida em grande e desnecessário sofrimento. A primeira destas notícias diz que o outrora belo, jovem, e famoso ator Alain Delon, tendo chegado aos oitenta e seis anos, está tão infeliz e inconformado com a velhice que recorre à eutanásia para se livrar do desconforto. A segunda notícia, dando conta de que a atual bela, jovem e famosa Anitta faz bonito perante o mundo, significa que ela está no mesmo caminho que não obstante esplendorosamente pavimentado, conduz à mesma velhice de decepção com a vida e ao mesmo sofrimento ora vivido pelo desnecessariamente infeliz Alain Delon.

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Induzidos pelo pão e circo de ser motivo de fama e celebridade o que não são mais do que  brincadeiras, vulgaridades e imbecilidades, ao despertar do encantamento para a realidade da vida encontrar-se-ão os jovens transformados em marionetes pelo pão e circo na mesma situação em que se encontra quem depois de monumental carraspana se vê sob o efeito incômodo da também monumental ressaca.

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O que a cultura capitalista faz com os jovens encantando-os pelo canto da sereia de fama, riqueza e celebridade corresponde ao que faz quem induz uma jovem a ficar bêbada e usar o corpo dela para dar vasão a instintos bestiais.

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A cada instante a humanidade afunda mais e mais na insensatez. Em vez de socos, as crianças modernas brigam de faca e pistolas, enquanto as autoridades se desmoralizam a ponto de não lhes causar vexame o merecidíssimo qualificativo de canalhas vez que se beneficiam permitindo que os bancos retirem da sociedade mais dinheiro do que é gasto com saúde e educação. E tem mais: as mais altas autoridades judiciárias foram cooptadas pelo bandidismo avassalador que tudo contamina. E tem mais: o sofrimento de Julian Assange demonstra a verdade da afirmação de George Orwell de que em época de farsa universal, a verdade é motivo de punição. E tem mais: Noam Chomsky afirma que todos os presidentes americanos (tão louvados pela papagaiada de microfone da América Latrina, grifo nosso) foram criminosos ao se envolverem em crimes de guerra. Desta forma, diante de tamanhos absurdos, não seria de se debruçar com carinho em vez de condenar a sabedoria do velho Max ao afirmar que o mundo está carente de transformação?  

 

segunda-feira, 21 de março de 2022

ARENGA 648

 

 Tudo leva à conclusão de ser a vida vivida ao contrário de como devia ser. Quando um pai, sob o efeito imbecilizante do pão e circo, escancha um filho no pescoço e o estimula a ter como herói uma marionete aculturada em louca disparada no carro de corrida, o resultado disso é infelicidade para as famílias de jovens mortos ou mutilados por acidentes nos “pegas” graças à influência maligna dos bonecos inconscientes de seu papel de moleques-de-mandado dos malfazejos Bezos e Hangs do mundo que a custo de ouro mantém a diabólica invenção do pão e circo cuja ação atrofia o raciocínio de forma tão espetacular que faz pessoas inteligentes se comportar como babacas capazes de ensinar aos filhos a admirar incultos escoiceadores de bola ou que a felicidade deles depende de deus em vez de suas próprias ações. Pais que assim procedem tornam seus filhos alienados da realidade de que nosso destino independe de divindades imaginárias criadas por nossos antepassados diante do medo que a enormidade da natureza lhes impunha. Ao fazer isso com os filhos os pais os priva da possibilidade de formar uma sociedade civilizada. São desnaturados os pais omissos ante a influência perniciosa da religiosidade alienante e das vulgaridades tão comuns no Yahoo Notícias e programas chulos de televisão porque disto resulta em estimular a prostituição e deturpar a sexualidade dos jovens.

Há uma trama satânica ardilosamente arquitetada para fazer os pais procederem assim porque o normal é que os pais orientem os filhos para que se deem bem na vida em vez de terem a vida infeliz que têm sem que ninguém mova uma palha no sentido de orientar os jovens inexperientes para caminhos menos infelizes por onde fazer o percurso da vida. Se até os bichos ariscam ou mesmo sacrificam a vida em defesa dos filhos, por que, então, seres humanos ficam indiferente vendo seus filhos sendo orientados para se tornarem tão infelizes que praticam suicídio?

Embora intelectuais tergiversem inutilmente  sobre como proceder para se viver melhor, é como se não percebessem a realidade de que a consciência coletiva da qual resulta a escolha dos líderes políticos que decidem pela qualidade de vida é moldada pelos interesses dos magnatas dos meios de comunicação uma vez que as pessoas não estão presentes ao que acontece no centro do poder de onde emanam as decisões políticas, resultando daí que as pessoas têm por verdade o que as notícias lhes dizem ser verdade. Vai daí que sendo natural a busca por comodidade, os magnatas donos dos meios de comunicação engordam suas contas bancárias já obesas, inclusive com verbas públicas, não só para transmitir falsidades e manter o povo tão desinteressado em aprender ser ele o verdadeiro senhor que passa necessidade enquanto paga contas bilionárias para dar vida faustosa a sanguessugas que se locupletam na agiotagem do sistema financeiro. As artimanhas anulam nos seres humanos a capacidade de raciocinar de tal modo que eles até almejam se tornar escravizados por um emprego dos exploradores da vitalidade de quem precisa vender a força/trabalho para sobreviver. Desta forma, mesmo querendo que os filhos se deem bem na vida, mas impossibilitados de agir nesse sentido porque suas mentes foram embasadas em informação falsas,  os pais acabam permitindo sem saber que seus filhos, como eles, venham também a se tornar  vítimas da sanha dos monstruosos ajuntadores de riqueza, e, em vez de agirem no sentido de viver bem, agem no sentido de viver mal ao desejarem também ser um parasita. A humanidade está tão atolada em falsidades  que até o livro que considera conter a palavra do seu deus há apologia à riqueza e até mesmo esse tal de deus tem seu tesouro divino, boa parte do qual, se deve ao morticínio e saque à cidade de Jericó (Josué 6-27).

Não é por falta de inteligência, mas pela impossibilidade de fazer uso dela que os seres humanos se comportam de modo a buscar infelicidades para si mesmos. A justificativa disto foi percebida pelo historiador Edward Mac Nall Burns de ser a humanidade constituída de seres tão estúpidos que vivem para destruir o que construíram, conclusão confirmada pelo genial Einstein quando fez a seguinte observação:  “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri certeza”. Para que esta estupidez seja superada basta que a humanidade seja alertada para a realidade de estar sendo estúpida, de estar sendo entorpecida por falsas informações de forma tão evidente que pessoas se reúnem para tratar de assuntos de vida depois da vida enquanto permite que Bezos e Hangs troquem por riqueza os recursos naturais de que depende a vida antes da morte.

Tem-se, pois, que a estupidez humana é inculcada nos seres humanos independentemente da vontade deles. Para isso é que existe uma televisão em cada local onde se ajuntam pessoas. É para fazê-las indiferentes ao absurdo de distribuir tão mal a riqueza produzida por elas que algumas dispõem de recursos para milhões de vidas embora só tenham uma, enquanto outros passam fome. Daí ter São João Crisóstomo afirmado com propriedade que ninguém a não ser nós mesmos pode nos fazer infelizes. 

Como os bichos, vivem os seres humanos por viver apenas, não obstante ser a atividade de viver a mais importante de todas as atividades, mesmo porque não se poder exercer nenhuma atividade sem que se esteja vivo e gozando de saúde e disposição. Daí não se justificar deixar a responsabilidade pela qualidade de vida e disposição sob responsabilidade de falsos líderes manipulados pelos parasitas ajuntadores de riqueza aos quais interessa a pobreza para que lhes custe menos a despesa de fazer funcionar suas máquinas de fazer fazer dinheiro havendo quem para não morrer de fome se disponha a trabalhar por pouco.

Ao afirmar mestre Platão que a educação recebida pela criança define o destino do adulto, e mestre Orwell ter afirmado que embora se imagina existir uma natureza humana, esta natureza vem de fora por ser o homem infinitamente influenciável, estão estes Grandes Mestres do Saber nos dizendo exatamente que se o mundo está em pandarecos deve-se à deseducação social aprendida pelas crianças e que em função da facilidade em influenciá-las por meio de um sistema de educação que ensina o bom mocismo exigido por Papai Noel, são as crianças preparadas para se tornarem adultos tão estúpidos que se deixam levar por festejamentos, foguetórios, vulgaridades "famosos", "celebridades" e reis de pau oco, toupeiras mentais inexplicavelmente merecedoras de maior apreço do que pessoas que exercem atividades nobres das quais depende o tão apreciado bem-estar.

Conhecer a verdade já era evitado desde antes de Cristo. Para isso é que quem escreveu o livro Gênesis a mando dos Bezos e Hangs de então colocou no versículo 17 do capítulo 2 a proibição de comer do fruto da árvore do conhecimento. Como é mais fácil enganar ignorantes, os parasitas ajuntadores de riqueza fomentam o desconhecimento da turba de frequentadores de igreja, axé e futebola de modo tão avassalador que se reúnem em centros espíritas para conversar sobre fantasmas, em igrejas para conversar com estátuas ou comprar feijão milagroso, mas não conversam sobre a realidade de terem seus filhos água, ar e comida cada vez mais carregados de veneno.

Mestre Platão considerava haver dois modos de saber: a impressão e o conhecimento. Ao refletir sobre isso conclui-se que a humanidade só dispõe da impressão porque o conhecimento leva a perceber que tudo à volta é só falsidade. Se a humanidade não sabe disso é por não dispor de conhecimento. A DEMOCRACIA, por exemplo, tida como forma mais perfeita de administrar a riqueza produzida coletiva e sobre a qual a trupe de fomentadores de desconhecimento faz alarde, não passa de engodo porque ficando a massa bruta de povo encarregada de eleger autoridades, os escolhidos são aqueles que dão prioridade a festejamentos em vez de educação e saúde. Prova insofismável desta realidade pode ser encontrada na declaração do fenômeno (em ignorância social) Ronaldo Fenômeno de que Copa do Mundo não se faz com escolas e hospitais. Outro exemplo de escolha errada é a opção por políticos adeptos das privatizações porque são um meio desonesto que permite à canalha vender o patrimônio público para crescer a pança e as contas nos infernos fiscais. Para maior certeza da incredibilidade desta tal de democracia, diz o mestre do saber Ladislau Dowbor, na página 22 do livro A Era do Capital Improdutivo: “Não há razão para os dramas sociais que vive o mundo. Se arredondarmos o PIB mundial para 80 trilhões de dólares, chegamos a um produto per capta médio de 11 mil dólares. Isto representa 3.600 dólares por mês por família de quatro pessoas. A desigualdade atingiu níveis obscenos. Quando oito famílias são donas de mais riqueza do que metade da população mundial, enquanto 800 milhões de pessoas passam fome, francamente, achar que o sistema está dando certo é prova de cegueira mental avançada”.

Só mesmo em avançadíssimo estado de cegueira mental deixa-se conduzir a humanidade a um destino determinado por falsos líderes, comportamento do qual resulta serem as pessoas rebaixadas a serviçais de nada menos que quadrilheiros que empregando artimanhas próprias de bandidos, engendradas por meio do mundo obscuro do sistema financeiro, roubam impiedosamente a riqueza que é de toda a coletividade humana, indiferentes aos sofrimentos decorrentes da ação verdadeiramente satânica de tomar na mão grande os meios com os quais poderiam muitos males serem sanados.

Tudo conduz à indispensabilidade de nova cultura se na cultura atual a juventude vai virar comida de germes sem ter aprendido a realidade da vida uma vez que os jovens têm como exemplo de bom comportamento criaturas inescrupulosas e tão estúpidas que por também nada terem aprendido da vida se acham confortáveis em situação na verdade perigosamente incômoda de abastados à larga não obstante se encontrarem arrodeados de famintos a proliferar como ratos em função da predominância dos instintos sexual e maternidade. O comportamento humano leva a uma velhice tão infeliz quanto a declarada pelo outrora famoso jovem Alain Delon em matéria no jornal Folha de São Paulo dando conta da infelicidade daquele que outrora mereceu admiração e glória, mas que se encontra tão infeliz que recorre à eutanásia por não suportar a velhice. Passado o tempo da glória, a realidade faz ver que a única utilidade da riqueza é proporcionar o conforto de um bom atendimento médico, um caixão luxuoso, um mausoléu de mármore, um forno crematório e briga entre herdeiros. Não podia ser outro senão de sofrimento o futuro dos seres humanos se têm riqueza por maior objetivo. Enredados numa teia de aranha negra tecida pelas falsas informações que incontáveis papagaios de microfone lhes empurra goela abaixo, deixam-se envolver os seres humanos por brincadeiras feito crianças, serem conduzidos inferentes feito boiada, situação que mereceu do velho e sábio Marx esta observação constante das páginas 172 e 173 do livro História da Riqueza do Homem, de Leo Huberman: “Se dinheiro vem ao mundo com uma mancha congênita de sangue numa das faces, o capital vem pingando sangue e lama da cabeça aos pés”.

Nunca deixou o velho Marx sua preocupação com o desnecessário sofrimento humano. No entanto, em vez de acolhimento, é rejeitado embora suas afirmações correspondam à realidade demonstrada no seguinte trecho do historiador Edward Mc Nall Burns ao tratar da Revolução Industrial que introduziu novos processos produtivos no mundo: “Os dispositivos economizadores de trabalho capacitam o operário a produzir mais, mas é duvidoso que realmente lhe poupem muito trabalho. Seja qual for a situação atual, é indubitável que nos primórdios da Revolução Industrial a introdução das máquinas não representou grande vantagem para o trabalhador. Fizeram elas, muitas vezes, com que homens robustos e capazes fossem alijados dos seus empregos pelo trabalho mais barato de mulheres e de crianças. Além disso, muitas fábricas, particularmente as de tecidos, eram piores do que prisões. Tinham janelas pequenas que em geral se conservavam fechadas a fim de manter a umidade necessária à manufatura do algodão. A atmosfera viciada, o calor sufocante, a falta de higiene, a par de horários intoleráveis, reduziam inúmeros operários a pobres criaturas macilentas e minadas pela tísica, arrastando bom número deles ao alcoolismo e ao crime. Acresce que as novas cidades industriais se desenvolveram tão rapidamente e de maneira tão desordenada que, durante certo tempo, as condições de habitação dos pobres foram abomináveis. Ainda em 1840, em Manchester, um oitavo das famílias da classe operária vivia em porões. Outras amontoavam-se em miseráveis habitações coletivas, com até doze pessoas a morar num só quarto. Eram tão pavorosas essas condições que os empregados das fábricas inglesas tinham, no começo do século XIX, um nível de vida talvez inferior ao dos escravos nas plantações americanas”.

Não obstante tamanha monstruosidade, são os jovens induzidos a fazer opção pela cultura obtusa do ajuntamento de riqueza.

 Portanto, sem esclarecer a humanidade do seu papal de hospedeira de parasitas das mais diferentes espécies é totalmente impossível desbancar do trono de Midas a trupe avarenta e imune a sentimentos nobres que se apossou do mundo por meio de perversas artimanhas urdidas pelo sistema financeiro e vendidas pelas falsas informações. Na página 17 do pequeno grande livro Desigualdade, Eduardo Moreira, depois de ter estudado bastante o sistema financeiro, descobriu e torna público como os seres humanos são vítimas da sanha e perversidade daqueles que os parasitam com apenas esta frase: A FALTA DE CONHECIMENTO DOS CLIENTES TINHA UM ENORME VALOR PARA OS NEGÓCIOS. Embora nada signifique para a malta de frequentadores de igreja, axé e futebola, isto mostra que é graças à falta de conhecimento ou à ignorância fomentada pelo pão e circo que os algozes atrelam os grilhões na humanidade.

De toda esta “prosa” conclui-se que pensar é mais importante que navegar que Fernando Pessoa afirmava ser mais importante que viver.

   

 

 

terça-feira, 8 de março de 2022

ARENGA 647

Não se liga a televisão sem que na tela apareçam pessoas requebrando, mulheres fazendo com que a bunda fique em destaque, papagaios de microfone tecendo loas ao agribiuzinesse e bancos, políticos prometendo mundos e fundos ou com sorriso tão falso quanto objetos banhados a ouro e dentadura comprados na feira, feijão milagroso e água santa da igreja, comentaristas de politicagem discorrendo sobre erros da administração pública, como se a riqueza pública fosse para ser administrada corretamente. Abertas as cortinas do palco sobre o qual desenrola o drama da vida desgraçada da humanidade, principalmente a vida dos patrícios de deus deste recanto de mundo que apesar de abençoado pela natureza é habitado pelo povo mais povo do mundo que neste ano de 2022 tem como perspectiva única de governo a repetição do mandato de um político de mentalidade tão retrógrada que trouxe de volta a teocracia medieval ou a repetição de outro governante que pelas peripécias de um Ali Babá de nove dedos mostradas no livro O Chefe saltou da condição de pau-de-arara antes do primeiro governo para a de multimilionário depois de ter tido em seu poder a chave do cofre do erário. Não obstante esta realidade, é neste escroque que o povo mais povo do mundo deposita esperança de ter um governo que zele pelo futuro de seus filhos. Com firme desejo de dias menos infelizes, vamos tentar atinar com o porquê de ter nosso país um destino tão ingrato:

Do requebramento de quadris. Percebe-se que todos os requebradores são pessoas jovens. Por serem jovens ainda não puderem chegar à experiência necessária para saber o que mais adiante lhes aguarda na esquina da vida. Espetar penduricalhos nos beiços, peitos, bundas, orelhas, narizes e até nas partes íntimas do corpo é comportamento que denuncia imaturidade. Tendo sido induzida pelo pão e circo à imaturidade a juventude que é a mola do mundo, fica o mundo à mercê de uma velharia de mentalidade embolorada, avarenta e egoísta para a qual o importante é ajuntar riqueza. Tão alienados foram os jovens que desconhecem a realidade de serem eles mais poderosos do que todos os imbecis que por terem roubado suas sociedades e adquiridos imensas fortunas são chamados de poderosos. Sem um despertar da juventude para a realidade o mundo será levado ao caos pela sanha incontida de riqueza dos Bezos e Hangs da vida.

 Sobre a alienação da juventude, na página 92 do grandioso livro Os Donos Do Mundo, a fabulosa escritora espanhola Cristina Jiménez, diz que a empresa farmacêutica suíça Sandoz AG desenvolveu o ácido lisérgico (LSD), e que no governo Roosevelt foi criada uma instituição para promover a droga pelo mundo afora, o que deu origem à narco-contracultura do LSD dos anos 1960, a chamada Revolução dos Estudantes. Vejam só a quanto chega a maldade da velharia que manda no mundo: patrocinada pela CIA ao custo de vinte e cinco bilhões de dólares, por meio de lavagem cerebral, patrocinou-se uma anarquia juvenil de uma juventude domesticada por meio de controle laboratorial que deu origem ao termo infoxicação (de informação e intoxicação (página 88 de outro livro também da escritora Cristina Jiménez O Clube Dos Poderosos). E assim foi anulada a rebeldia da juventude e deixado o campo livre para ideias bolorentas. 

Há muito vem este cantinho de pensar falando do pão e circo inventado pelos romanos para desviar a atenção da massa bruta de povo das sacanagens de seus falsos líderes. E é bem assim que diz a pesquisadora espanhola estudiosa desse tema há mais de dez anos. Eis o que ela diz na página 117 de O Clube Secreto Dos Poderosos: “O controle do ócio é outra das obsessões dos senhores do mundo. Futebol e centros comerciais para manter a sociedade entretida, distraída dos assuntos políticos, é um dos seus objetivos. Trata-se da versão atual do pão e circo do império romano”. Portanto, sem um despertar da humanidade para o fato de estar sendo vítima do hipnotismo do pão e circo nada mudará e as mentes emboloradas terão campo livre para agir impunimente. 

Passemos agora ao porquê da vulgaridade da disposição feminina para expor a bunda: é uma questão da alta dose de vaidade feminina que o pão e circo aproveita com sucesso em seu trabalho de imbecilizar. A vaidade não poupou nem a deusa grega da sabedoria, Minerva, e a fez disputar um concurso de beleza com as deusas Juno e Vênus, (Página 297 de Mitologia, de Thomas Bulfinch), estando nesse concurso o germe que deu origem à Guerra de Tróia, mas isto é outra história porque o assunto agora é bunda. Estando na bunda da mulher a fixação da fantasia sexual masculina, a vaidade leva para aquela parte do corpo das mulheres a atenção. Assim, a fim de se mostrarem digas de atenção e desejo é que as mulheres dão sempre um jeito de pôr a bunda em destaque até para elas mesmas quando se contorcem diante dos espelhos ou das pinturas dos carros estacionados ao passar por eles para ver o lado de trás destinado à expulsão dos excrementos.

Dito isto, passemos à questão das promessas vãs dos políticos. Elas encontram explicação na espetacular facilidade com que o povo pode ser enganado. É tão fácil enganar o povo quanto tirar bala de criança. Desde que se tem notícia de povo que também se tem notícia de nunca ter faltado seguidores para qualquer maluco que depois de ter passado um tempo sumido, comendo insetos com mel, aparece dizendo-se mensageiro de deus. Não fosse a enganação, haveria discordância em carregar no lombo muitas coisas vãs como o peso de um congresso e um STF mais caros do mundo para atuar contra o interesse da população que dá vida mansa aos integrantes destas instituições para pular por cima da exigência constitucional de notável saber jurídico e reputação ilibada para ser juiz, fazendo com que seja empossado na terceira instância judiciária um advogado reprovado em concurso para a primeira instância, o que prova inexistência de saber jurídico, e que pelo fato de atuar na política que lhe assegurou a meteórica carreira, também afasta a possibilidade de ilibada reputação. Nem haveria o povo, não fosse a enganação, em concordar com a impunidade de criminosos do colarinho branco mais perniciosos para a sociedade do que os ladrões comuns que até por crime famélico padecem os horrores a que Dostoievski faz referência em Crime e Castigo.

Passando para o assunto papagaios de microfone, como explicá-los? Seguinte: eles são como bonecos de ventríloquos. Por meio deles os rufiões do sistema financeiro fazem chegar à massa bruta de povo coisas que fazem a trupe humana pensar do jeito que eles querem. Fazem crer ser necessário fazer compras, dar presentes no Natal, esvoaçar mundo afora arriscando a vida e distribuindo dinheiro e doenças, ter certeza que bandido pobre deve ser morto, que a criminalidade e o uso de drogas são problemas para a polícia, que deve apoiar a menoridade penal de 18 para 16, 14, 12 anos, processo que levará recém-nascido à prisão, que a falta de deus faz cometer crime bárbaro, que toupeiras mentais merecem fama e celebridade, que banco ajuda as pessoas, que agribiuzinesse e investidores fazem bem à sociedade, que é  preciso jogar na esportiva e proibir cassinos. Tudo que à sociedade parece necessário é a mando dos proxenetas do sistema financeiro reunidos no Clube Bilderberg, desnudado pela grande escritora espanhola Cristina Martín Giménez. Não é sem razão que esta pesquisadora/escritora diz na página 97 de O Clube Secreto Dos Poderosos que esta cambada converte sua ideologia em leis que mudam o destino da humanidade.

Agora, a questão dos comentaristas de politicagem discorrendo sobre erros da administração pública. São pessoas que tendo por profissão falar sobre política, se não podem deixar de fazer o trabalho em troca do qual têm a despensa abastecida, isto é, falar, também não podem ultrapassar os limites do sistema vigente no momento de suas falas sob pena de serem defenestrados por seus patrões, os donos dos meios de comunicação, a quem interessa a massa bruta de povo pensando como lhes convém. São, portanto, os comentaristas de politicagem inúteis ao se ater apenas aos problemas sem se referir às causas desses problemas. Afinal, já dizia Orwell que em época de farsa dizer a verdade é ato revolucionário. Sendo revolução insurgência contra um sistema estabelecido, para não deixar Orwell passar por mentiroso, aí estão Julien Assange amargando prisão e sujeito a pena de morte por ter dito verdades sobre canalhices do governo americano da bunda branca e o escritor Eduardo Moreira ameaçado por escrever o livro O Que Os Donos Do Poder Não Querem Que Você Saiba, mostrando canalhices do sistema financeiro parasitário e canalha dos sanguessugas da sociedade.

Como nenhum problema pode ser resolvido se permanece o fato do qual provém sua causa, de nada valem as análises dos analistas de politicagem porque politicagem não tem a ver com política, que como ciência da administração correta da riqueza pública, nunca existiu nem pode existir porque o dono desta riqueza, o povo, se comporta de modo totalmente desinteressado com o que está sendo feito dela. Apesar de estar na indiferença do povo com o desbaratamento da riqueza pública a causa dos problemas, nenhum analista de politicagem faz referência a esta questão, razão pela qual suas falas não servem para nada.

Talvez com infundada presunção, mas o firme e irresistível desejo de que as atuais criancinhas fofas venham a ter futuro menos ingrato do que o presente é o que leva este cantinho de pensar a pensar sobre estas coisas.

 E assim é que entrou pelo pé de pinto e saiu pelo pé de pato e meu senhor mandou dizer que é prá contar mais quatro e fim de papo.