sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DO PENSAMENTO


 
O advogado é um sujeito preparado para apresentar de uma forma técnica, de modo a procurar facilitar o trabalho do magistrado ao qual ele faz um pedido de reparação para alguém que tenha sofrido dano físico, moral ou patrimonial. É, pois, um trabalhador cuja atividade visa impor ordem na sociedade. Entretanto, estudantes da FAINOR, que ouvi se tratar de futuros advogados, promoveram uma algazarra tão violentamente barulhenta na rua que, também segundo ouvi, foi preciso a intervenção da polícia. Isto é um descompasso uma vez que desordeiros não se importam com a ordem por desconhecer o que seja sociabilidade, ou vida em sociedade.

Vi, com os olhos da cara, na Av. Siqueira Campos, em frente ao correio, um jovem que trafegava de bicicleta em sentido contrário ao trânsito ser indiferentemente borrifado por um carro com um caldo putrefato e fedorento que escorria do esgoto.

Ouvi de um jovem que o homem nada pode fazer para melhorar as atuais condições de vida porque só Deus pode fazê-lo.

Ouvi de um jovem piauiense que limpava meus sapatos no aeroporto de Brasília que os moleques craqueiros são craqueiros por vontade própria. E ainda disse mais: que eles poderiam ser o que bem quisessem se usassem o livre arbítrio.

Esta também foi a explicação que nos deu (à minha mulher e eu) um taxista, também em Brasília, para um quadro inusitado de duas jovens trocando roupa na rua por volta de sete horas da tarde. Explicou serem garotas que moram nas cidades-satélites e trabalham no comércio da capital e que se prostituem à noite a fim de melhorar o salário. Completou dizendo que na verdade são prostitutas por vontade. Se quisessem, com o livre arbítrio, poderiam ser o que escolhessem.

Vejo jovens submetidos indiferentemente a um barulho ensurdecedor e a respirar o veneno contido na fumaça preta dos carros sem a mínima noção do estrago que aquilo está fazendo em seus ouvidos, pulmões e sistema nervoso.

É de fazer dó e piedade ver jovens indo sem necessidade para os hospitais como já fui muitas vezes quando a falta de orientação me fazia pensar que os prazeres das extravagâncias não viessem a cobrar um preço tão alto. Só com experiência se fica convencido de que poupar o organismo vale muitíssimo a pena. Basta dar uma espiadinha nas UTIs para acabar qualquer dúvida.

Jovens matando jovens e por jovens sendo mortos nas guerras guerreadas tanto em nome de líderes políticos quanto da liderança divina.

Jovens de inteligência acima do comum, não suportando o vazio de uma realidade que se resume em trabalhar, comer, cagar e trepar, enlouquecem e disparam armas sobre pessoas e em si próprios.

Ante tais realidades, fica evidente estar a humanidade no caminho errado. Nem poderia ser de outro modo uma vez que do sistema educacional não consta no currículo o ensinamento de como se viver em sociedade. À juventude, que é o patrimônio maior da sociedade, por ser ela o motor que move o mundo, precisa ser ensinado o exercício do pensamento, coisa nem de longe cogitada pelas lideranças da humanidade porque o objetivo de todas elas é esconder do povo a verdade da vida, à qual só o pensamento conduz.

Na realidade, nem mesmo os líderes sabem nada sobre a vida porquanto da ação deles é que resultou um mundo cão. É tão danoso para o futuro o modo de condução orientada pelos líderes do mundo que a genialidade do mestre Shakespeare os qualificou de cegos. Realmente, o pior tipo de cegueira, a mental, impede seja notado ser perigosamente falsa a crença absurda de ser necessário armar-se para se ter paz. Quanto mais armas há no mundo, mais violência também. A única verdade verdadeiramente verdadeira é que no mundo tudo é mentira, hipocrisia e burrice. A Revista Época de 26/12/2012 tem matéria afirmando que Papai Noel existe. A falta de conexão com a realidade, o fato de viver de ilusões e mentiras é o que produz a apatia humana pelo exercício do pensamento, deixando o ser humano em pé de igualdade com os bichos. Quem recebe um banho de caldo de bosta e não se incomoda é por ser bicho. Quem afirma que só Deus dá jeito é porque não pensa, do mesmo modo que não pensa quem pensa que o craqueiro é craqueiro por querer, ou que a prostituta é prostituta por querer, ou que não tem consequência empanturrar-se de comida, cachaça, barulho e droga.

A juventude foi tolhida de sua capacidade de pensar. Crianças a quem se ensina ser verdadeira a existência de um velho que viaja pelo espaço numa carroça puxada por veados voadores sem demonstrar curiosidade sobre o fato de veado voar é demonstração de atrofiamento da vivacidade própria das crianças, resultando daí adultos tão bobos que festejam a queima em fogos e festas do dinheiro de lhes amenizar as infelicidade à espera que passe o vigor da juventude. Só a incapacidade de pensar leva a estar de acordo com o salário de fome para o professor e salários extraordinariamente altos para promotores de brincadeira.

Os primeiros pensamentos do homem tinham necessariamente de ser voltados para a parte material da vida. Atormentado pela natureza, usou o homem da novidade que era a capacidade de pensar para encontrar meios de proteção. Entretanto, depois de superadas as dificuldades de sobrevivência, pouquíssimos seres humanos dedicaram ou dedicam algum tempo ao desenvolvimento da capacidade de pensar. Os que o fizeram, os filósofos, são tachados de malucos.

Assim, é por causa da falta de uso do pensamento que estamos tão mal. Que tal pensar? E por que não começar pensando se há realmente necessidade de se pensar? Sem o pensamento que leva a concluir quantos malefícios podem advir do fato de tomar um banho de caldo de esgoto, não estaremos nos equiparando aos porcos?

   

 

   

 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

O CASAL REAL, O VELHO E O SACO DE BOSTA

          Quem viu na televisão um velho com um saco de estrume na mão, doido prá jogar na cabeça do príncipe e na mulher do príncipe? Pois eu vi. Estou exultando de alegria, satisfação, regozijo e felicidade por descobrir a existência de outro velho que, como eu, também pensa como Raul Seixas, Cazuza, Renato Russo, enfim, os jovens que sonharam com um mundo melhor. Ah! Como eu gostaria de ter coragem e oportunidade para tacar bosta na cabeça de tudo que é rei. Todos eles, inclusive os daqui.
          Para que serve um rei, alguém pode dizer? Para nada! Absolutamente nada. Quando os chefes de governos eram reis, cada um deles se achava o dono daquele Estado e agia como se assim fosse. O povo, como nunca prestou para outra coisa, produzia gansos, leitões, galinhas, enfim tudo de que necessitavam as festas dos nobres esvoaçantes e rodopiantes.
         A existência de reis deve-se a duas causas que a sociedade precisa banir: uma delas é o excessivo apego às tradições. A outra, é a necessidade de todos os governos do mundo em providenciar entretenimento com que envolver a atenção do povo e evitar a percepção do que está sendo feito com o dinheiro que lhes é entregue para devolver em serviços. Desta distração resulta a facilidade que faz da atividade de tomar conta do erário a mais rentável das profissões.
          Tem um rei aí que chupa a atenção do povo para um enorme e muito belo palco ricamente iluminado e enfeitado, sob o encantamento mágico e deslumbrante do maravilhoso magnetismo da televisão, e lá, nesse templo profano do ouro, cujos poderes são os únicos realmente superiores a tudo, até à natureza, porquanto tem se mostrado superior a ela na capacidade de fazer pensar, lá, nesse ambiente rico e feliz, para onde aquele rei leva o povo há cinquenta anos ele conta em forma de música para o povo maravilhado e com a boca aberta que de hoje em diante ele só vai gostar de quem gosta dele. Se eu falar a mesma coisa por um minuto sequer, dou a cara à tapa que neguinho taca bosta neu. Já ele, por ter sido ungido pelo poder da magia televisiva e transformado em rei, toda vez que ele fala que só vai gostar de quem gosta dele o povo taca é muita palma e dinheiro nele.
          Tem outro rei pelaí (e pelaí soa parecido com o nome dele), sujeito aparentemente bom sujeito. Ele nem mesmo sabe o verdadeiro motivo pelo qual se tornou rei e rico como todo rei. Deve pensar, como também pensam os bailarinos de axé, que é por saber jogar bola muito bem. Mas, sendo inteligente, como não são os bailarinos de axé, mesmo inocente, deve lhe passar pela cabeça que já fez muitas belas jogadas o seguinte: Por que quem sabe jogar bola vira rei, e não faz nenhum rei saber abrir um crânio ou um coração danificado por algum motivo, arrumar tudinho lá dentro, tampar de novo e fazer com que o quase defunto volte a bailar axé ou espernear no futebola? Por que tal façanha não faz reis? Tal questionamento deveria ocorrer na cabeça de todo mundo, principalmente de quem gosta dos filhos. Não pode haver hipótese alguma de justificativa para a exacerbação do fanatismo pelas brincadeiras que leva a juventude à loucura de estar convencida valer a pena acorrer para o descampado e lá permanecer por dias à espera de brincadeira sem dar a mínima para a situação mostrada lá no Google se digitar “o veneno está na mesa”. A constatação de consumirmos cada um de nós um litro e meio de veneno a cada ano deixa entendido o motivo pelo qual as UTIs andam superlotadas a ponto de não poderem mais aliviar as dores de quando forem velhos os filhos dos jovens de hoje e isto exige de qualquer pessoa, mormente os pais, alguma reflexão a respeito, salvo em se tratando de retardado. Certa professora da Universidade do Ceará declarou em entrevista à revista Caros Amigos que em determinada localidade do seu estado os hospitais já não podiam dar conta de atender pessoas envenenadas por trabalhar na lavoura.
          Os filhos que as pessoas dizem amar só não sentem os efeitos do envenenamento porque ao contrário dos agricultores que recebem alta dose de uma só vez, nós recebemos em parcelas de modo que a fatura só chega depois de ingerida a última parcela suportável pelo organismo.
          Embora pareça irreal, quem executa algum tipo de divertimento se dá muito melhor na vida material do que qualquer outra atividade fora da de tomar conta de dinheiro público. Na atividade de produzir brincadeiras, quem não vira rei vira celebridade com direito a estardalhaço na imprensa ávida em descobrir e anunciar com quem a celebridade está namorando, quem a celebridade beijou ou quem está “de caso” com a celebridade, como é sua casa, como é o cachorro ou o gato, quantas roupas e sapatos tem a celebridade, e quais os preferidos, enfim, até gostaria a mídia de anunciar quando a celebridade solta um pum. Até jogo para pessoas inteligentes a imprensa inventa para não tirar de foco a celebridade. A mídia publicou três pares de belas coxas de mulher e desafiava os bailarinos de axé a apontar a que celebridade pertencia cada um deles. Este inteligente jogo deve ter suscitado muita discussão, principalmente entre quem ainda não tenha tido a sorte de conhecer de perto as formosas coxas. Cuecas de celebridades já foram motivo de muito anunciamento na imprensa. O Jornal do Brasil anunciou que uma celebridade por jogar bola declarou não usar cueca desde os quatorze anos. Agora, o que absorve com mais vigor a atenção da imprensa e dos admiradores de reis é a notícia ardorosamente noticiada da venda de uma prexeca pela qual um japonês se disse disposto a pagar um milhão e meio por esta “paixão” da mulher brasileira. Enquanto isso, meninas índias de dez anos na Amazônia estão vendendo suas prexecas por apenas vinte reais, com menos desgaste do que a comprada por um e meio milhão.

domingo, 11 de novembro de 2012

A NOVELA

          Este é o único enredo de novela que deveria atrair a atenção da juventude porque é destas coisas que depende o bem-estar no futuro de seus filhos. Matéria publicada na revista Veja dá conta do emaranhado tipo teia de aranha da politicagem que toma conta do dinheiro público, dinheiro que deveria ser transformado em salários. Fala-se até em mistério envolvendo o enredo desta novela. Entretanto, como todo mistério, só não é esclarecido pela falta de interesse em que isso aconteça por ter autoridades envolvidas e as autoridades não haverão de querer apenar-se a si próprias.
          É do conhecimento geral a sede de poder dos petistas que os levou a ampliar o sistema endêmico da corrupção brasileira a fim de conseguir muito dinheiro para comprar muito poder. Para tal objetivo, os petistas montaram um sistema de “conseguir” mais dinheiro além da arrecadação em muitos lugares, inclusive na prefeitura do município paulista de Santo André, com participação do prefeito petista Celso Daniel.
          A matéria de Veja deixa um vislumbre de entendimento do funcionamento de uma parte da tramóia de Santo André: Um dos envolvidos, o empresário Ronan Maria Pinto, tinha entre suas empresas um jornal de pequeno porte que recebeu do Cassino Caixa Econômica Federal a título de pagamento de anúncios a quantia de um milhão e trezentos mil, enquanto ao jornalão Folha de São Paulo, com muito maior tiragem de exemplares recebeu coisas para anunciar apenas no valor de quinhentos e sessenta e cinco mil, ficando evidente serem tais pagamentos fictícios para retornar o dinheiro aos cofres do PT a fim de comprar deputados. Eles podem ser comprados. Há uma charge com bonecos de deputados na prateleira do supermercado com os devidos preços.
          Como nosso assunto é a novela, voltemos a ela. O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, estava também envolvido na malandragem, o que evidencia a aprovação ou participação do seu Chefe imediato, o sapo barbudo. Até aqui vimos apenas algumas pinceladas em torno do enredo da novela. Já conhecemos três dos personagens e uma parte de suas atividades: O empresário Ronan era tão ligado ao prefeito em questão quanto era ligado ao governador do Rio de Janeiro o empreiteiro que foi flagrado juntamente com o governador e seu secretariado a farrear num luxuoso restaurante de Paris com os guardanapos na cabeça. Certamente esqueceram que tinham de usar o guardanapo para esconder o rosto como se vê nos assaltos, mas esconderam a cabeça.
          Mas, voltemos à novela que é nosso assunto. Também sabemos da participação do Secretário geral da Presidência da Republica, o senhor Gilberto Carvalho. Antes disso ele já tinha ocupado mais de um posto na cúpula da administração do prefeito Celso Daniel e, portanto, também participante na montagem do esquema fraudulento que funcionava bem até surgir um terceiro figurante, o Sombra, homem de confiança do prefeito e que o acompanhava há muito como auxiliar em todos os cargos políticos por ele exercidos, havendo insinuações na imprensa sobre a possibilidade de haver algo mais entre eles, coisa normal dos tempos modernos que se incorpora e estratifica na cultura, tornando-se irreversível. Para que o homossexualismo volte a despertar indignação coletiva como já fez, vai o mesmo tanto de tempo desde que era considerado o caminho pavimentado para os braços de satanás.             Que coisa, ora raios e trovões! Nosso assunto é a novela. Pois bem, a índole de larápio do brasileiro fez com que o Sombra roubasse uma parte do roubo que ele ajudava roubar para o PT comprar poder. Como o prefeito era petista e, portanto, também convencido da necessidade de comprar poder, não se conformou com o desvio de parte do roubo para outra finalidade e, como consequência, apareceu morto no mato e com sinais de tortura atestado pelo médico legista, mas prontamente contestada pelo advogado petista, numa renovada demonstração de ignorância, praia dos petistas. Um advogado que não seja também médico não pode entender mais de cadáver do que um médico legista e as ações que impedem a elucidação do caso por si só diz do conhecimento geral dos petistas com poder de decisão.
          Como se trata de novela, é preciso acompanhar passo a passo. Já sabemos que em Santo André havia um esquema corrupto na prefeitura a fim de angariar dinheiro para o PT comprar poder, sendo que o Secretário geral da Presidência da República participava juntamente com um empresário chamado Ronan e o prefeito do município, além do seu braço direito, o Sombra. Também sabemos que o motivo do fracasso foi porque o Sombra bancou bandidagem prá cima dos outros bandidos.
          Ainda existe mais coisa envolvida porque se o prefeito foi torturado teria sido para revelar alguma coisa de que ainda não se sabe do mesmo tanto que já se sabe sobre o seu assassinato. O fato é que morto o prefeito, não podia aparecer a verdade de ter sido ele morto pelo Sombra porque apareceria a verdade sobre a roubalheira petista por ele conhecida a fundo. Há mesmo evidência de que o PT teria providenciado para que o Sombra eliminasse o prefeito.
          Surge mais uma personalidade. Figura interessante. Sua cabeça brilhava como espelho sob as luzes dos holofotes durantes os interrogatórios nos quais aparentava ser um bom e afável sujeito. Nem de longe parecia que estava envolvido em tantos crimes patrocinados pelos petistas ávidos de dinheiro para comprar poder. Seu nome é Marcos Valério e ele mesmo declarou ter sido chamado pela cúpula do PT para ajudar a esconder o caso da corrupção e a morte do prefeito, de que tem ele completo conhecimento.
          Acontece que não obstante tanto brilho este senhor foi condenado ao xilindró por quarenta anos em função de ajudar os petistas na ajuntação e aplicação do dinheiro roubado por vários métodos e lugares, inclusive em Santo André, e quiçá (alguém conhece isso? Quiçá?) em Campinas, onde o prefeito também foi assassinado sem que ninguém o tenha assassinado.
          Foi por trabalhar junto com os petistas na aplicação deste dinheiro para comprar poder que o lustroso e afável senhor está às vésperas de ser enxilindrozado por quarenta anos. Na tentativa lógica de tentar poupar pelo menos um pouco da pele, foi à Procuradoria Geral da União e revelou em depoimento que Ronan (aquele que recebia uma grana preta por anúncios e que integrava a quadrilha) estava chantageando o secretário-geral da Presidência, o Gilberto Carvalho, para não envolver seu nome e o do seu chefe sapo barbudo na morte de Celso Daniel.
          É de pasmar! Um bandido que participa da quadrilha petista fala uma coisa destas e não é imediatamente conduzido para lugar seguro onde possa ser ouvido atenciosamente até em troca de sua liberdade total porque daí resultaria o conhecimento de toda a trama.
          O que aparenta mistério é que o PT está com o poder nas mãos e pode impedir o surgimento da verdade com atitudes como a de José Dirceu quando era ministro, aliado aos juízes petistas do STF, impediu que o Ministério Público de Santo André pudesse ouvir o afável senhor bandido cabeça de penteadeira que sabe tudinho sobre esse “mistério” e ainda sabe muito mais. Enquanto formos conduzidos por este tipo de liderança, o povão continuará a chorar nos corredores do hospital e a bandidagem a fazer a festa em cima dos pamonhas que trabalham.

domingo, 21 de outubro de 2012

TÁ FALTANDO CUCA


 

A juventude gosta tanto de ler que aprecia até as bobagens que escrevo como se pode ver da participação neste blog. Ele existe há anos e até agora apenas dois ou três amigos se manifestaram por consideração. Entretanto, como creio ser obrigação de quem tem experiência passar um pouco dela para quem não tem, estou de volta no cumprimento do dever de tentar mostrar aos jovens um pouco da realidade da vida, e ela consiste no fato de estar a juventude condenada pelos seus líderes a um sistema educacional deficiente. Na revista Caros Amigos n. 186/2012, o filósofo Vladimir Safatle diz não haver um projeto do governo que em 50 anos transforme o ensino fundamental e médio em ensino público de qualidade. Tal afirmação tem sua veracidade constatada na declaração do Ministro da Fazenda de que se for empregado o montante de dez por cento do PIB na educação quebra o País.

Fazer o quê, se não tem dinheiro para um sistema educacional eficiente? O jeito é continuar com o atual sistema que forma profissionais incapazes do exercício da profissão? Estão sendo autorizados a prestar serviço à população advogados que não sabem redigir uma petição com precisão, médicos que não sabem diagnosticar a doença do doente, engenheiros que constroem apartamentos em que a água do banho fica empossada ao lado oposta do ralo e causa infiltração para o apartamento de baixo. Enfim, uma educação que forma técnicos tão incapazes em suas especialidades que é preciso trazer de fora quem faça o que os daqui são sabem fazer. Este será o destino dos jovens brasileiros enquanto durar a indiferença para com estes assuntos.

Até mesmo um jovem inexperiente ao encomendar um trabalho ao serralheiro, pedreiro, engraxate, carpinteiro, contador, médico ou advogado, espera um trabalho bem feito. Entretanto, quando se trata do trabalho da administração pública, as pessoas agem como se elas nada tivessem a ver com o seu resultado. Quando muito lamentam. Porém, exigir qualidade, não exigem. Nem mesmo sabem que podem fazê-lo. Como disse um pensador, o jovem não sabe o que pode e o velho não pode o que sabe. Realmente, depois de ter vivido setenta e seis anos, se eu pudesse, rachava a cabeça da juventude para extirpar a indiferença ante as coisas importantes para o futuro de seus descendentes.

O motivo pelo qual a juventude não terá uma educação eficiente não é a falta de dinheiro porque dinheiro existe aos montes. Lá, nos infernos fiscais, equivocadamente chamados de paraísos fiscais, estão montanhas de dinheiro daqui; nas festas do futebola, do axé e da queima de fogos estão montanhas de dinheiro; no luxo dos palácios e na manutenção da corte das autoridades estão montanhas de dinheiro; no ispréde bancário estão montanhas de dinheiro; os livros Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos e O Chefe contém cada um deles montanhas de dinheiro; nas caixas-fortes de imbecis que fazem pose de mais ricos do mundo estão montanhas de dinheiro livres de imposto. Então, o que acontece para não se ter educação de qualidade? Acontece uma coisa tão simples como respirar quando se tem saúde, mas só observável por quem queira observar, o que não é o caso de quem só observa os lugares onde adquirir droga, onde vai ter uma festa de axé ou de futebola, onde colocar o som mais volumoso no carro, onde colocar o próximo espeto, se no nariz, na orelha, ou “nas partes”, onde encontrar a academia de ginástica ou que incentivador muscular aumenta mais rápido os bíceps, estas são as preocupações da juventude por orientação do sistema educacional montado pelas autoridades para evitar que as pessoas pensem em exigir um trabalho de boa qualidade em troca das montanhas de dinheiro que lhes entregam.

Existe uma cidade chamada São Paulo, paraíso dos agiotas do mundo que chegam de jatinhos, vão de helicóptero para algum palácio e faz o mesmo trajeto de volta para seus países depois de ter armado alguma transa que lhe permitiu engordar a conta bancária. O povo daquela cidade, entretanto, respira ar empesteado, bebe água imunda, sofre alagamentos constantes pela invasão das águas de chuva que não tem como infiltrar no solo porque o asfalto não deixa. O sufoco é tão grande que os moradores de lá chegam a morrer nas estradas fugindo a cada feriado comprido. Entretanto, afirmam todos ser uma bela cidade.

O motivo que leva à crença de se tratar de uma bela cidade é o mesmo motivo que leva à crença de se ter de conviver com um sistema educacional esfarrapado, com os professores precisando correr atrás do sustento em outras atividades. A título de manter um sistema esfarrapado de educação, a Academia Brasileira de Letras homenageou um iletrado jogador de futebola. Até se fala em educação pelo esporte. Só não se fala em educação que mostre a necessidade de espiar o que as autoridades estão fazendo. O esporte incute a deseducação e a formação de verdadeiros bichos que se engalfinham até a morte pelo resultado de um jogo já determinado pelos cartolas milionários depois de combinar a propina com o juiz.

Há tanta verdade na afirmação da inexistência de dinheiro para qualquer coisa, quanto há verdade na afirmação do governador da cidade de São Paulo, que é o único paraíso onde balas perdidas fazem zumbido constante, quando disse ao povo que a segurança de seus moradores depende da manutenção de um constante estado de guerra. Tal afirmação tem sentido oposto àquele afirmado pelo governador, contando com a indiferença dos jovens do nariz atravessado por espeto. Então, vai-se transformar o paraíso em campo de guerra? E ninguém contesta? Não apareceu nenhum jovem para dizer ao governador que sua excelência está equivocado. Há cidades onde não existe um estado de guerra e as pessoas vivem em paz.
Mas, para evitar a contestação a que levaria o esclarecimento oriundo de uma boa educação, alega-se impunemente não poder gastar dez por cento do PIB para educar a juventude, mas pode gastar trinta e cinco por cento dele para pagar juros a agiotas sem pátria, conforme noticia a imprensa.

Como ninguém se dispõe a checar tal informação, fica sendo verdade a mentira. A turma que exerce o papel de autoridades faz da juventude peteca. O governo alardeia como grande feito seu um desmando tão grande que resulta em sacrifício para a juventude indiferente ao lugar onde vai dar o caminho por onde caminha. O alarde é sobre empréstimo para que jovens pobres possam estudar. Isto é um verdadeiro descalabro. Se a Constituição Federal garante educação em troca dos impostos que todos pagam ao governo, não há necessidade de se pagar outra vez. Entretanto, com a anulação da capacidade de pensar e o acomodamento com tudo que lhe é imposto, o jovem aceita esse absurdo de começar sua vida profissional com uma dívida inexistente diante do que diz a Lei Maior tão invocada pelos politiqueiros como merecedora de respeito. O processo de anular o efeito da educação funciona tanto que durante a bienal do livro lá na cidade do ar envenenado e do constante estado de guerra, os jovens deixaram de lado os escritores e se aglomeraram em volta de um iletrado jogador de futebola. A cuca da juventude ainda se encontra à altura dos pés. Tá faltando cuca prá pensar.

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O LA FONTAINE DE UM FUTURO DISTANTE


                Num dia muito distante, mas que haverá de chegar, trazendo consigo pessoas com mentalidade de gente, o La Fontaine daquela época futura escreverá uma fábula intitulada A JUVENTUDE DO SÉCULO 21 E A FORMIGA. Como a cigarra e o Ricardo, também a juventude vive um eterno festejamento. Quando eu ainda era menino, lembro de uma tia minha cantando uma música sobre um Ricardo felizardo que passava a vida a cantar, mas um dia um amor malvado fez o Ricardo chorar.

É o retrato cuspido da juventude que ignora um montão de coisas pelas quais terá de passar. Causa preocupação a quem já fez tudo errado como fazem os jovens e sabe do resultado negativo de muitos procedimentos que se evitados no presente diminuiria em muito no futuro a ocupação das UTIs. Os jovens sabem quem é Cacá, Neimar, Xuxa, Ivete Sangalo, Daniela Mercury, mas não sabem quem é doutora Eliana Calmon ou Heloisa Helena. Os gatos pingados entre os jovens que lêem alguma coisa sabem quem é Paulo Coelho contador de fantasias, mas não sabem quem é Paulo freire o educador. Tem interesse no resultado do exame de urina do jogador de futebola, mas são se interessam pelo resultado do julgamento do Mensalão. Nem mesmo sabem que Mensalão é a prova inconteste da insustentabilidade do atual modelo de sociedade onde verdadeiras nulidades endeusadas pelos próprios jovens que passam um terço de suas vidas se preparando para ganhar dinheiro e não ganham nem um por cento do que ganham os analfabetos que chutam bola ou requebram os quadris no axé. Nem se interessam os jovens pelo absurdo de termos chegado a uma situação em que juízes de todas as cortes de justiça protegem ladrões da própria sociedade que paga bons salários a estes juízes para que eles a protejam dos ladrões.

Embora a indiferença dos jovens ante as perspectivas negativas do seu futuro possa aparentar falta de inteligência, não é esta a realidade. O que leva a juventude a uma apatia tão grande quanto aos assuntos culturais é o sistema educacional imposto pelo mundo dos ricos sobre a humanidade fazendo-a acreditar que a vida é apenas boa e agradável. Esta fantasia é tão real quanto a felicidade do carnaval. O que faz a vida ser realmente agradável é a vitalidade da juventude em função do ímpeto proporcionado pelo período em que o corpo dispõe do máximo da vitalidade sobre a qual os jovens aprontam tantas que ela, a vitalidade, só se sustenta até por volta dos cinquenta anos. Este é o ponto mais alto da montanha russa a que a juventude reduziu através de extravagâncias o seu tempo útil. A partir daí começa a descida e o sujeito que requebrava no festejamento do futebola e do axé passa a andar arrastando os pés ou se tremendo feito vara verde, além de quebrar os ossos com grande facilidade, chegando-se, enfim, ao esgotamento total e à morte.

Uma coisa tão simples de se constatar e que pode ser observada facilmente através do simples gesto de olhar, se evitadas, também evitariam junto consigo grandes aborrecimentos futuros. Ao se desinteressarem pelo destino do mundo do futuro onde só eles estarão, os jovens demonstram ter o mesmo comportamento de alguém que não se interessasse pela segurança de um apartamento onde tivesse de passar com a família o resto da vida e que fosse feito pela construtora de Sérgio Naya.

Se a liderança que conduz a humanidade sempre o fez através de episódios sangrentos até o presente momento, não há de se esperar outro destino senão mais sangue para o futuro. É isso que desejam para suas crianças os jovens atuais? Certamente que não, mas é o que terão em função do sistema de educação que desestimula a atividade de pensar em benefício da automação. Portanto, promover meios para o futuro dos filhos inclui outras providências que não apenas guardar dinheiro. Inclui com prioridade a atividade de pensar.

A capacidade de adaptação ante as novas situações, inerente a todo ser vivo, faz com que se chegue à velhice dentro da normalidade, desde que se tenha poupado o organismo dos exageros. Os estragos ao próprio organismo que os jovens fazem terão um preço a ser pago em disposição física que fará uma falta imensurável exatamente no momento em que ela mais necessária se faz. Pensar só faz bem.

  

 

 

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

BRUTALIDADE


 

Para o poeta, povo é manada. Para mim, povo é conjunto de monstros indiferentes a fatos como uma pobre menina ainda com restos de sangue do parto e com o cordão umbilical ser abandonada à própria sorte numa rua. Concomitantemente, um soldado que chegava da igreja com sua pequena filha foi assassinado na presença da criança que se viu em meio a disparos de revólver sobre seu pai. Seis jovens foram amarrados antes de serem mortos a tiros e facadas.

Estas notícias foram por mim ouvidas na manhã desta segunda-feira pela rádio CBN juntamente com a notícia de que um dos canalhas do corrupto e fedorento mundo do futebola estava encantado com a velocidade com que se desenvolvem as obras das festas para os imbecis do enlameado mundo dos esportes.

Como classificar quem nada sente diante de tanto sofrimento? Monstro é pouco para estes palhaços às risadas em cartazes prometendo o que nunca fizeram e para os que ainda lhes dão atenção.

O destino daqueles seis pobres jovens, segundo os ratos das igrejas, foram vítimas deles próprios por não se utilizarem do livre arbítrio. A estupidez não deixa ver a estas pessoas incapazes de enxergarem um palmo na frente do nariz que a culpa é desta sociedade de ignorantes que gastam em festejamento o dinheiro de dar educação e trabalho àquelas pobres seis crianças que devem ter passado por horrores. O destino daqueles infelizes será o mesmo de muitas destas pobres criancinhas cujos pais seguram nos braços para levar às igrejas. A menininha que viu seu pai ser assassinado estava voltando com ele de um culto religioso. Quanto mais orações, mais infelicidade. Só não vê quem tem tapa-olho.

Escrever sem saber é a única maneira que tenho para diminuir minha angústia de viver em meio a pessoas tão estúpidas. Como pode alguém viver em festa enquanto pessoas sofrem horrivelmente? Tal indiferença é sintoma de algum tipo de paranóia. Pode ser que a burrice, a falta de caráter e a indignidade próprias desse povinho desqualificado de tudo que não seja baixeza já tenha atingido um estado de loucura coletiva e apenas eu permanecesse lúcido a ponto de ainda ficar mais angustiado ao perceber que esta gentalha a aplaudir a festança de 2014 amargará na velhice a indiferença da previdência social e derramará lágrimas nas filas do SUS(TO). Tal certeza também me infelicita, principalmente por saber que podemos viver de modo menos sofrível quando a maioria for constituída de não idiotas.

Quem disse que o brasileiro não tem dignidade foi o mestre Charles Darwin. Haverá alguém no mundo com tão grande capacidade de percepção das coisas?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

JOVENS QUE PENSARAM COMO EU PENSO




Como a juventude adora ler e está muito mais interessada no Mensalão do que nos requebros do axé e do futebola, aqui estamos em nossa missão de ensinar a pensar, porque todos os nossos males decorrem apenas da falta de se dedicar algum tempo conjecturando se está certo o modo de vida como vivemos. Na certeza de estarem todos ligadíssimos em tais assuntos, mesmo porque eles tem tudo a ver com o fato de já estarmos ficando sem água e logo ficaremos sem nada, estou aqui novamente atendendo à ansiedade da juventude em aprender coisas outras que não soltar bombas e requebrar no axé e no futebola. Assim, vamos pensar sobre o seguinte:

No trabalho DIREITO AO DELÍRIO, do filósofo e escritor Eduardo Galeano, entre outras coisas, o filósofo classifica de estúpido o comportamento de quem vive apenas para ter ou para ganhar. Conta-nos o filósofo e escritor que estava em companhia de um argentino diretor de cinema chamado Fernando Birri em uma palestra para jovens estudantes na Índia, e que os estudantes faziam pergunta ora a um dos palestrantes ora a outro, quando um dos jovens perguntou ao argentino para que serve a utopia. A resposta do argentino assume ares de poesia:  “A utopia está no horizonte, eu sei muito bem que não a alcançarei, se eu ando dez passos, ela se afastará dez passos. Quando mais a procure, menos a encontrarei porque ela vai se distanciando. A utopia serve, pois, para CAMINHAR”. Sendo este o entendimento de dois ilustres figurões do mundo do saber, porquanto o filósofo concordou plenamente com a resposta, não haveria a princípio motivo algum para discordar dela. Entretanto, este seria o comportamento de quem não pensa porque há utopia inteiramente alcançável e realizável no novo entendimento de Raul Seixas, Cazuza, Bob Marley, Guevara e tantos outros como Edson Luis, jovem estudante morto pela ditadura militar por defender um mundo diferente, um mundo bom, coisa só inalcançável dentro do pensamento velho que deu origem a uma cultura depravada onde a prostituição midiática, o roubo, a mentira e o sofrimento são comuns. Considerar inalcançável a existência de um mundo bom é condenar-se à vida medíocre de viver para trabalhar e fugir dos ladrões comuns porque é impossível escapar dos ladrões da política.

O dicionário Aurélio, ao lado da definição tradicional de coisa inalcançável, também define a utopia como uma fantasia do pensador inglês Thomas Morus ao sugerir a existência de um país onde todos fossem felizes. Ser feliz é o sonho de cada um e ele só é irrealizável enquanto não se envidar esforço para sua realização. Não haverá felicidade no mundo enquanto cada um tiver como objetivo tomar alguma coisa do outro. A absoluta maioria das pessoas não aprendeu a pensar e por isso dá mais atenção às brincadeiras e à produção de riqueza.

Pode muito bem a humanidade realizar o sonho de Thomas Morus e fazer felizes todos os países do mundo, bastando participar da aplicação dos recursos públicos. As pessoas são infelizes porque lhes faltam as coisas das quais necessitam e não há motivo para que haja quem não possa tê-las enquanto outros as tem demais.

Estamos em direção contrária à que leva a alguma felicidade. Ela só pode ser alcançada quando não houver mais débeis mentais que se sentam sobre uma montanha de dinheiro estando arrodeados de famintos ignorantes. Quando as pessoas passarem do estado de manada a que se refere o poeta para o estado de pessoas civilizadas a que se refere Thomas Morus, aí haverá sociedade pacífica. A paz é o componente principal para a construção da felicidade. Se nos é ensinado ser impossível ser feliz e que é possível um velhinho voar numa carroça puxada por veados alados, de tal aprendizado não participa a capacidade de pensar. Embora a juventude considere tais conjecturas como “prosa” de velho, elas também passaram pela cabeça dos ilustres jovens citados e, portanto, “prosa” é a indiferença ao futuro que a ciência está a anunciar e a acomodação à tradição. Lutar por um lugar onde as infelicidades provenham apenas da indiferença da natureza para conosco em vez de serem produzidas em maior quantidade pelas próprias pessoas não é coisa impossível de ser realizada. Pelo menos a utopia sonhada por Thomas Morus podemos perfeitamente tornar realidade. Basta que todos estejam interessados em saber como está sendo empregado o dinheiro público. Há dinheiro suficiente para que todos tenhamos bem-estar. A existência de miserabilidade deve-se apenas ao modo como são empregados os recursos públicos direcionados apenas para servir a uma classe denominada de aristocracia. Sobre ela ainda teremos oportunidade de pensar a respeito.

Fica evidente o alheamento da juventude para com as coisas das quais depende seu bem-estar ao se constatar sua indiferença quanto ao julgamento do Mensalão. Quando houver interesse social pelos assuntos que dizem respeito às pessoas, aí começará o surgimento do mundo bom. O Mensalão é um dos muitos motivos de infelicidade geral, é mais um roubo imenso do erário feito por uma quadrilha organizada por políticos e empresários e que está dividindo o produto do roubo com uma plêiade de advogados, entre eles um que era ministro da justiça e cujo nariz cresceu ainda mais com as mentiras de garantir que o ladrão não é ladrão. Até entre  os julgadores pagos pelo povo para defender seus interesses há quem se proponha a defender a quadrilha.

O que é realmente uma “prosa” é apegar-se a idéias enferrujadas de antanho. Temos de caminhar para a frente em busca de uma vida dedicada também a coisas outras que não apenas comer, cagar e trepar para encher o mundo de tanta gente que nem mais se pode parar na estrada para mijar porque as casas estão por toda parte.

Enquanto não se aprender a usar a capacidade cerebral, não passaremos de manada. Inté.













 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

POVO MARCADO, POVO FELIZ


Falávamos da mensagem enviada à humanidade por quem deixara o posto de presidente da Coca-Cola. Ela representa na realidade exatamente o oposto do que a maioria absoluta das pessoas pensa representar. Elas encontram grande sabedoria ali onde só há esperteza, mentira e sem vergonhice do tamanho da riqueza que a Coca-Cola arranca destas mesmas pessoas que vêem ali coisa de grande sabedoria e se sentem enlevadas pela orientação de como melhor proceder. Viciar a juventude mundial em beber uma garapa danosa à saúde não é boa maneira de se proceder. Nenhuma diferença há para quem vicia adolescentes em qualquer droga. Até um tempo aí para trás aparecia na luminosidade da televisão vistosos rapazes e belas moças bebendo aquela garapa e fumando um cigarro chamado roliúde. Os dois garantiam que daquilo resultava muita saúde. Como a luminosidade da televisão convence mais que a razão, a humanidade está viciada na garapa, e a Coca-Cola cada vez mais rica.

Se não pode haver sentimentalismo nos capitalistas comuns, muito menos nos magnatas. A estas pessoas o único interesse é juntar tanto dinheiro quanto puder. São mais viciados em dinheiro do que o craqueiro no craque. O capitalismo escraviza a humanidade e comete crime ao tirar das pessoas a capacidade de exercer a inteligência. Nada de bom há nestes senhores capitalistas. O único interesse que eles tem nas pessoas é que elas possam manter funcionando suas máquinas de juntar dinheiro, tanto dinheiro que os ricos do mundo construíram um inferno que denominaram de paraíso fiscal onde armazenam montanhas de riqueza todas construídas pelos mesmos métodos da Coca-Cola. Métodos tão absurdos que enlouquecem as pessoas. Ainda ontem, nos Estados Unidos, o centro do capitalismo, mais um enlouquecido matou várias pessoas dentro de uma igreja e feriu outras tantas. Há guardados lá nesse local onde também se esconde o produto do roupo do colarinho branco, segundo a imprensa, mais de vinte trilhões de dólares. O Brasil, onde os jovens brincalhões de hoje irão morrer nos corredores dos hospitais depois que não prestarem mais para movimentar as máquinas de fazer a riqueza dos ricos, é o quarto entre os maiores depositários de riqueza lá, com a bagatela de um trilhão de dólares nas caixas-fortes para deleite dos Tios Patinhas brasileiros.  O tal de sistema capitalista é tão cruel que a cidade brasileira tida como o paraíso do capitalismo é a mesma cidade cujos habitantes, aqueles que fazem dela o paraíso dos capitalistas, são tão infelizes que a abandonariam se pudessem e morrem em acidentes todo fim de semana nas estradas em fuga desabalada à procura de vida menos infeliz ainda que por dois dias.

A maioria absoluta das pessoas discorda do que digo, e não podia ser de outro modo uma vez que o sistema capitalista castrou delas a capacidade de pensar. Deve ser a razão pela qual o poeta disse: “... vida de gado, povo marcado, povo feliz”, equiparando-nos à manada. Gado, tal qual o povo, não pensa. O jornal espanhol El Pais garante que a corrupção no Brasil, em vez de prejudicar, alavanca a carreira dos políticos brasileiros. Se o povo pensasse, procuraria saber o tipo de água que está consumindo. Vi um carro-pipa abastecendo com água suja lá em frente aos motéis que ficam depois da rodoviária. Como irracionais, os bichos em forma de gente param nas calçadas e obrigam os outros irracionais a se arriscarem entre os carros.

Basta olhar em volta para se perceber um ambiente inadequado para seres humanos que pensam. As festas barulhentas que não levam em consideração as pessoas à volta; o pipoco das bombas; os auto-falantes estrondosos; as calçadas esburacadas; o caldo de bosta a escorrer pelas ruas, onde proliferam as doenças que as pessoas levam para suas casas no solado dos sapatos, doenças que irão lhes infernizar ainda mais a velhice; as imensas filas aceitas pacientemente; a indiferença com que se inocula os pulmões com o óleo diesel mais venenoso do mundo contido na fumaça preta dos canos de descarga;  os obstáculos quase invisíveis nos quais tromba o carro e danificam tanto o carro quanto a coluna das pessoas; a moda de se dar um quilo de qualquer coisa na porta do supermercado para uma farta feira não se sabe para quem; as motos preparadas especialmente para fazer o barulho que vai danificar a audição e, pior ainda, os cientistas da ONU recomendaram aos governos de todo o mundo a dar prioridade ao combate à poluição sonora porque ela danifica o SISTEMA NERNOVO. Vai ver, é por isso que neguinho anda se estraçalhando até por um arranhão no carro.

Sendo este nosso comportamento, está realmente muito parecido com o comportamento da manada. Componentes de manada não estão nem aí um para o outro. E por quê? Porque eles não pensam, como também não pensa quem se comporta como se a juventude não desse lugar à velhice e às doenças, além de aceitar uma administração que gasta bilhões em festa e nem liga para a justa reivindicação por melhores salários de seus trabalhadores.

Por tudo isto, votarei num vaqueiro e seu chapéu de penduricalhos que se propõe a ser nosso prefeito. Ninguém mais indicado para cuidar de manada do que um vaqueiro e seu chapéu de penduricalhos.

Como todos leram avidamente nosso comentário sobre o esmero de cuidados e preocupação com a felicidade das pessoas por parte da Coca-Cola, voltaremos qualquer dia a comentar outra mensagem que precisa ser lida de cabeça para baixo porque tem significado oposto ao que faz crer.

Inté lá.



 

  

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

MÁS COMPANHIAS

A ninguém é dado o direito de desconhecer vivermos numa sociedade infeliz. A razão pela qual há tantas lágrimas interessa às pessoas muito menos do que lhes desperta o interesse a luz hipnotizadora da televisão mostrar em pleno século vinte e um uma fieira de gregos mambembes passando um para o outro um pedaço de pau com um fogaréu na ponta. Isto se fazia quando o homem já havia perdido medo do fogo, mas não sabia como acendê-lo. Quando pintava um incêndio, neguinho apanhava um pedaço de pau com fogo e não deixava mais se apagar. Quando acabava de queimar o pau que mantinha o fogo, iniciava outro fogo na ponta de outro pau, e assim por diante. Agora que o fogo não é mais difícil, qual o motivo pelo qual desperta menos interesse nas pessoas o futuro de seus filhos do que ver na televisão uns homão de todo tamanho correndo feito louco com um fogo na mão para passar para outro homão que por sua vez passa para outro homão, como se fossem criancinhas em brincadeira.
Um fato da maior importância para a qualidade de vida dos filhos dos jovens de hoje está ocorrendo exatamente neste momento em que se julga uma quadrilha de bandidos que roubou o dinheiro de pagar os professores e os soldados que poderiam estar cuidando da futura qualidade de vida. Entretanto, quantas pessoas estão menos interessadas em ver o pessoal lá em Londres brincar de correr, nadar, pular e dar pinotes no ar?
É por isso que nossa sociedade é tão ruim que pai mata filho, filho mata pai e mãe, mãe mata filho para ficar com herança, mulher carrega o marido em pedaços no saco plástico, as periferias das cidades amanhecem com cadáveres que lá permanecem por horas, uma menininha de treze anos foi morta bem ali nas imediações da Bartolomeu de Gusmão com três tiros na boca, mas nada disso interessa mais do que a luminosidade idiotizadora da televisão e as brincadeiras.
Muitos dos homens tidos como os mais inteligentes pensadores da humanidade sentiram-se em nossa companhia do mesmo modo como nos sentiríamos em meio a uma boiada. Sentiram-se tão deslocados que o escritor Fiódor Dostoievsky classificou as pessoas em instruídas e não instruídas e disse na página 18 do livro Memórias do Subsolo, que a presença de uma pessoa não instruída faz mal a uma pessoa instruída. Ele alega ser mesmo uma doença o mal-estar que sentem as pessoas instruídas com a nossa presença.
Nem precisa ser inteligente para sentir mal-estar em companhia de quem não pensa como ocorre com a absolutíssima maioria da humanidade. E não é por desinteligência que as pessoas não pensam. Elas não pensam porque a luminosidade da televisão não deixa. Ela entrega a estas pessoas os pensamentos já prontinhos. O poder de convencimento da luminosidade da televisão faz as pessoas acreditarem ser mais interessante ver um atleta dar cambalhota do que se interessar pelas ameaças que a ciência está anunciando em decorrência do consumismo desenfreado. A televisão transformou em obrigação o ato espontâneo de se presentear e ensina putaria e violência aos filhos das pessoas que não pensam sob sua completa indiferença. Elas assistem juntamente com seus filhos cenas de prostituição e degradação moral sem se incomodarem. É que não sabem pensar.
Vou propor um teste que demonstrará a completa incapacidade de raciocinar da absoluta maioria das pessoas, o que justifica nosso tipo maligno de sociedade. O teste consiste em analisar o conteúdo desta mensagem que recebi na internete, proveniente de amigo e ser humano da melhor qualidade, competente profissional médico capaz de se preocupar realmente com seus pacientes, o que prova não ser a falta de inteligência que impede as pessoas de pensar. É o modo moderno de vida. Nele só se aprende a trabalhar, ganhar dinheiro, comprar muitas coisas, ter filhos e guardar dinheiro para garantir-lhes o futuro. A única preocupação que se tem em relação aos filhos é quanto a dinheiro. Então, nesse corre-corre atrás de dinheiro não há espaço para se exercitar o pensamento e as pessoas até se esqueceram de fazer seus próprios pensamentos.

Esta é a mensagem:

O menor discurso de Bryan Dyson..., ex-presidente da Coca Cola. Ele disse ao deixar o cargo de Presidente:
“Imagine a vida como um jogo em que você esteja fazendo malabarismos com cinco bolas no ar.
Estas são: seu Trabalho - sua Família - sua Saúde - seus Amigos e sua Vida Espiritual, e você terá de mantê-las todas no ar.
Logo você vai perceber que o Trabalho é como uma bola de borracha. Se soltá-la, ela rebate e volta.
Mas as outras quatro bolas: Família, Saúde, Amigos e Espírito, são frágeis como vidros. Se você soltar qualquer uma destas, ela ficará irremediavelmente lascada, marcada, com arranhões, ou mesmo quebradas, vale dizer, nunca mais será a mesma.

Deve entender isto: tem que apreciar e esforçar para conseguir cuidar do mais valioso.

Trabalhe eficientemente no horário regular do escritório e deixe o trabalho no horário.
Gaste o tempo requerido à tua família e aos seus amigos.
Faça exercício, coma e descanse adequadamente.
E sobretudo... Cresça na sua vida interior, no espiritual, que é o mais transcendental, porque é eterno.

Shakespeare dizia: "Sempre me sinto feliz, sabes por quê? Porque não espero nada de ninguém.

Esperar sempre dói.
Os problemas não são eternos, sempre têm solução.
O único que não se resolve é a morte.
A vida é curta, por isso, ame-a!
Viva intensamente e recorde:

Antes de falar... Escute!
Antes de escrever... Pense!
Antes de criticar... Examine!
Antes de ferir... Sinta !
Antes de orar... Perdoe!
Antes de gastar... Ganhe!
Antes de render... Tente de novo!
"ANTES DE MORRER... VIVA!"

Nosso objetivo é pensar sobre o conteúdo da mensagem, entretanto, como ninguém vai ler esta baboseira, e como não quero cansar ninguém, da próxima vez comentaremos.



  









domingo, 8 de julho de 2012

OS BAMBAS


 Um grupo de alegres turistas com suas imensas camisas espalhafatosas, e cara idiota de todo turista, tirava fotos e se deliciava bebendo caipirinha feita com cachaça retirada de tonéis sujos onde havia etanol, deixando seus quatro refinadíssimos cachorrinhos e uma cachorrinha na sombra de uma sombrinha de praia.

Deste quadro dos cinco cachorrinhos penteados e perfumados, passamos para outro quadro em que um militar brasileiro mostrou para militares gringos dos Estados Unidos que no Brasil ainda tem homem com agá maiúsculo, macho que mija na parede. A existência de personalidades deste tipo contradiz com a mediocridade reinante. Aconteceu durante o regime militar e da seguinte forma: Chegava a este belo Brasil de triste sorte o presidente americano, e os jornalistas que cobririam o desembarque estavam sendo revistados pelos gringos da segurança presidencial estrangeira. Chega um militar das nossas Forças Armadas, verdadeiro herói ante a costumeira nulidade, homem como quase não mais existe entre nós e fez parar a revista. Com voz autoritária, disse ser tal papel da competência absoluta da Polícia Federal do Brasil. Este homem, como eu e muitas outras pessoas, deve sofrer muito com a situação servil do nosso país. Além do caráter de homem, também tinha este (se não me engano, tenente) um cachorrinho baiano e vira-lata que aparecera em sua casa e lhe ganhara a simpatia.

Temos então a seguinte situação: um grupo de gringos das bundas brancas em algazarra. Quatro requintados cachorrinhos e uma lindíssima cadelinha perfumada e sofisticada. Acontece que nosso vira lata baiano perambulava pelas imediações e veio a dar com o grupo dos cachorrinhos grã-finos que conversavam em inglês. Apoiando o traseiro na areia da praia, ficou a olhar fixamente para o grupo, movendo apenas a cabeça ora para um lado, ora para outro. De repente, acercou-se do grupo, subiu na cachorrinha e mandou bala. Deve ter sido a inspiração para que Jackson do Pandeiro falasse em samba-rock e chiclete misturado com banana.

     

domingo, 1 de julho de 2012

PENSANDO SOBRE A NOTÍCIA

A imprensa anuncia um grande contingente de seres humanos chegados às cidades, provenientes da zona rural, e que veio a engrossar a legião dos contribuintes do dízimo para a igreja universal. Como a sociedade brasileira é constituída de manada, segundo o poeta, e como manada não pode pensar e tirar conclusões, vez que apenas o ser humano é capaz de tal façanha, ninguém dá a menor bola para a notícia do grande aumento de evangélicos, mesmo porque notícia capaz de despertar interesse do brasileiro é a que informa sobre o resultado do exame de urina do jogador de futebola. Isto para nosso povo é mais importante do que o futuro de seus filhos. Então, o incremento dos pagadores de dízimo tem ligação com o futuro das crianças de hoje? Tem tudo a ver e vou mostrar como. Tendo assumido a missão de mostrar aos jovens o quanto eles estão sendo estúpidos em não pensar no futuro de seus filhos, missão esta tão ingrata que desde Sócrates até hoje tem levado à morte aqueles que assumem o dever de cumpri-la, mesmo assim volto o fustigar-lhes o calcanhar e Mostrar a sacanagem contra o povo contida nesta notícia: Este fato tem tudo a ver com nossa situação de povo mais desqualificado do planeta como afirmaram alguns dos verdadeiros homens que a humanidade já produziu. O mestre Darwin disse que o brasileiro é um povo sem dignidade.
  Vamos pensar apenas um pouquinho e veremos que se trata de um desmando sem tamanho o conteúdo da notícia. É o seguinte: o governo empresta aos ricos, em condições inalcançáveis pelas pessoas comuns, montanhas de dinheiro público para que eles montem imensas e sofisticadas fazendas onde as máquinas modernas substituem os trabalhadores e a falta de trabalho leva para as cidades estas pessoas, tendo muitas delas vendido suas pequenas propriedades para a formação das grandes negociatas chamadas de agribiuzinesse e que produzem grandes quantidades de soja e milho destinadas a alimentar bois e motores nos Estados Unidos, exaurindo os solos com um bilhão de kilos de veneno espelhados pelo chão todo ano. Quando chegam às cidades, estas pessoas inocentes cuja mente já foi hipnotizada pela magia da televisão que Lula inaugurou juntamente com Edir Macedo numa atitude ridícula de um com a mão em cima da mão do outro, são facilmente cooptadas pelos aliciadores de pagadores de dízimo que se aproveitam da ignorância e da boa fé próprias dos inocentes e os arrebanham para as igrejas.
   É a total inversão da racionalidade. É o próprio governo em falcatrua com os ricos que garantem os recursos para as festas e os espetáculos circenses que geram votos quem promove a migração de uma enxurrada de ignorantes para as cidades onde irão incrementar a violência e aumentar a demanda pelos serviços públicos já precários. É o dinheiro do povo usado para deteriorar a sua qualidade de vida e destas criancinhas que seus pais imbecilizados pela televisão dizem amar.
    Espichando mais o pensamento a respeito desta situação, percebe-se também o absurdo de que estes novos religiosos irão viver do trabalho de quem trabalha porque isso aí que se chama de governo transforma em esmolas uma parte do esforço de quem trabalha para enganar estes pobres coitados açoitados para as ruas e domesticá-los como se fossem porcos para os quais apenas comida de qualquer espécie é suficiente. Em São Paulo, confecciona-se um bolo de mil metros de tamanho sobre o qual, a um sinal, o povo avança com o mesmo frenesi de porcos quando se coloca no cocho a lavagem.
   Até mesmo o dízimo, cujo pagamento os encarregados de Deus convencem aos ignorantes ser mais importante para o bem-estar do que o pão, será pago pelo povo que adora Lula mesmo depois de vê-lo ajudando Edir Macedo e abraçado com Maluf.
Qualquer assunto do qual depende a segurança das futuras gerações é ridicularizado pelo populacho que prefere conversar animadamente sobre o exame de urina do jogador de futebola enquanto espera sua vez em imensas filas. Apenas as babaquices tem o poder de despertar o interesse da manada. O pipocar de bombas dá bem uma demonstração da mentalidade infantil dos adultos bestificados. Se até as bestas se afastam do barulho, como então classificar seres humanos que buscam o barulho? Aquele jovem que vi numa caminhonete lá na Frei Benjamim cuja carroceria foi transformada numa imensa caixa de barulho será um adulto surdo e extremamente nervoso como consequência de sua falta de atenção para com os assuntos sérios. A poluição sonora presente aí nas ruas, sob a indiferença da manada e do desgoverno, arruína o sistema nervoso e a audição.
    Se a imbecilidade move a humanidade, povos há como o nosso em que esta imbecilidade é multiplicada por mil. A rádio americanizada Band News de Salvador transmitia uma entrevista hoje, l/7/012, pela manhã, de uma prefeita do interior num ambiente festivo como o povo gosta e presta atenção. Dizia a prefeita que sua cidade tem as melhores festas de todo o Estado e que se orgulhava de existir lá uma mulher com dezoito filhos. Ora, tudo isto é prejudicial ao bem-estar das gerações vindouras. Está previsto o número de nove bilhões de seres humanos em algumas décadas. Assim, em lugar de festas e nascimentos, seria inteligente que os jovens pensassem sobre tudo isto, sob pena de serem odiados por seus descendentes em vez de terem deles boas recordações. O futuro deles está ameaçado e seus pais dançam axé e vibram com o resultado do exame de urina do jogador de futebola. Haja estupidez! Por vezes o desânimo me ronda ante a aceitação de tantos desmandos pelo povo do qual tenho obrigatoriamente de viver no meio. São pessoas totalmente brutalizadas que passeiam indiferentes sobre a enxurrada de caldo de bosta a correr pelas ruas e cheiram lufadas de fumaça preta saída dos canos de descarga com total indiferença porque não sabem tratar-se de colocar nos pulmões o óleo diesel cru mais venenoso e mais caro do mundo. Entretanto, enquanto puder, não deixarei de tentar mostrar aos jovens a necessidade de se tomar uma atitude de homens e mulheres menos idiotas.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

PENSAR É LEGAL!




          É necessário mostrar aos jovens que eles estão sendo educados apenas para aprender a trabalhar com as mãos, deixando de lado a capacidade cerebral que a natureza lhes deu e que já serviu para tantas coisas boas como orientação no sentido de abrigar do frio e do calor excessivos e produzir a comida. Houve tempo em que não havia supermercado e a comida vivia dependurada em árvores arrodeadas de animais selvagens e cujas frutas podiam ser venenosas. Devia ser dilacerante o dilema de estar com fome e com uma fruta na mão, mas com medo de ter veneno. A carne era outra fonte de alimento, mas o diabo é que ela se encontrava também em busca de alimento, uma vez que fazia parte do corpo de algum outro animal à busca de comida. Se nenhum jovem atualmente precisa enfrentar situação semelhante quando dá fome, deve-se tal conforto ao poder que emana da capacidade de pensar. É grande tolice ignorar um poder tão poderoso e é por isso que existe este blog que é para ensinar a pensar aqueles jovens que ainda não sabem porque para digitar e copiar a resposta não há necessidade de se usar o pensamento. Um robô pode fazer isso. A melhor maneira de desenvolver o pensamento é através da leitura e comentário sobre o que se leu. Como o relacionamento dos jovens com os livros não é nada amistoso em virtude da falta de contato com eles por conta da modernidade e a digitação, resolvi tentar fazer as pazes entre os jovens e os livros contando uma passagem tão interessante de um livro que eu duvido não vá despertar interesse porque inteligência vocês tem. Falta apenas aprender a usá-la também em atividades das quais não entra dinheiro. Uma boa alternativa seria curtir curiosidades literárias como a desse conto que vamos começar pelo nome do autor do livro onde o encontrei e lhes passo para que vocês possam curtir maravilhas sobre as coisas da vida como esta explicação para o preconceito encontrada no livro Falando Francamente.

          Vinícius Bittencourt, o autor de Falando Francamente, advogado e grande pensador, entrou em meu mundo da seguinte maneira: escrevi um arremedo de livro chamado A Inferioridade do Brasileiro, que me deu duas alegrias: uma delas foi confirmar a existência de jovens que já sabem pensar, pois recebi cumprimento de cinco jovens. A outra alegria foi ouvir de intelectuais haver valor no meu trabalho, entre eles o também advogado e também grande pensador Dr. Raimundo Cunha, que me cumprimentou efusivamente e me levou ao seu escritório para me mostrar a coincidência de pensamento entre o que eu escrevi e o conteúdo de Falando Francamente. Há pontos de vista exatamente iguais e um deles vou contar a vocês a versão exposta pelo brilhantismo do Dr. Bittencourt a fim de lhes convencer de que há coisas tão interessantes nos livros que poderão até alimentar um papo mais agradável nas conversas de namoro.

          Começaremos a narrativa com a seguinte pergunta ilustrativa: por que será que nenhum jovem se exporia em festa ou em praça pública com uma namorada que fosse sabidamente prostituta? Por que haveria de lhe parecer estar fazendo papel de bobo ou de desrespeito à sociedade e aos seus familiares sendo visto em tal situação? PRECONCEITO! Dirão todos. Imaginando ser esta a resposta, usei o pensamento e concluí com ajuda do dicionário que o preconceito é uma coisa da qual não se gosta sem saber qual o motivo. Assim como há coisas de que pessoas gostam sem necessidade de motivos, também há coisas de que não gostam sem haver motivo. Quando se acredita que determinada coisa é uma maravilha antes de conhecer e bater pé firme que é maravilha, também está sendo preconceituoso. Só pode ter certeza de que aquela coisa é maravilha depois de confirmada sua maravilhosidade. O preconceito faz parte da cultura e não depende da vontade para existir, mas depende para deixar de existir.

          Podemos dizer ser o preconceito uma idéia formada sobre algo que não se conhece. Quando se fala em fumar maconha, por exemplo, as pessoas que nunca fumaram maconha acreditam que ela faz a pessoa “diferente”, com ranço de indignidade, alguém que deve ser marginalizado. Eu já pensei assim. A palavra maconheiro era para mim, como é para as pessoas, sinônimo de coisa ruim, principalmente por ter presenciado na juventude o início de um amigo no mundo dos jovens maconheiros e isto desgraçou sua vida agradável transformando-se num presidiário pobre e desamparado. Acontece com os jovens porque eles so inocentes e deixam levar para drogas violentas. A maconha, por isso, é terrivelmente danosa aos jovens, mas é grandemente benéfica como remédio para os achaques da velhice. Para os velhos, que não se deixam levar, ela tem dupla utilidade: dá alguma paz às atribulações e achaques da velhice e encurta a vida do velho, forçando-o a ceder mais depressa lugar aos jovens atarantados na carreira inútil de perseguir dinheiro além do necessário. Um preconceito, como se vê, pode até corresponder a meia verdade. Porém, nunca a uma verdade inteira.

          A origem do preconceito contra as prostitutas, de que falávamos ainda há pouco, segundo nos conta de forma maravilhosa o Dr. Vinícius Bittencourt, teve origem no tempo em que as moças eram obrigadas a um comportamento que lhes classificava como, com licença da palavra, “castas” e só podiam se relacionar sexualmente depois do casamento, o que fazia com que elas tivessem de se aguentar até aparecer um casamento para que pudesse atender ao apelo irresistível e natural do sexo, ou libido. Nestas condições, Interesseva a elas que também os homens ficassem tivessem precisando de sexo e se casassem.

          A única atividade das mulheres naquela época era denominada de, com licença da palavra, “prendas domésticas”. Havia até o qualificativo de, com licença da palavra, “prendada” para definir a mulher caseira e sossegada que gostava de cozinhar, lavar e passar roupa, amamentar e não poder empinar os peitos através de perigoso processo físico/químico porque ele ainda não existia. Se não amamentasse podia ser taxada de mãe desnaturada, mesmo depois de passar nove meses com o corpo deformado e, finalmente, lesionado pelo parto. Não havia ainda o levar e buscar as crianças na escola porque não havia escola, mas, como se vê, não faltava tarefa "agradável". Como em todo lugar pinta alguém do contra, algumas mulheres mais brilhantes e, por isso mesmo, questionadoras, não concordavam com esse negócio de apenas macho ter direito à atividade sexual e a praticavam. Para elas, o convite da natureza era mais atrativo do que obedecer a uma ordem não se sabia lá de quem nem de onde. Com isso, aliviava a pressão da rapaziada, de modo a jogar um pouco de água fria na fervura da necessidade de "dar uma",  retardando o casamento e enfurecendo as outras mulheres obedientes à norma da castidade e seus pais que ansiavem pela chagada de um genro com quem dividir as despesas. Então, a sociedade e sua norma rígida de castidade transformavam em inimigas públicas aquelas mulheres que se recusavam a se submeter a um comportamento que as desagradava e esta seria a origem do preconceito contra as meninas que não se negam a fazer um cafuné. Elas foram desbravadoras.

          É ou não É interessante saber isso? Pois de coisas assim os bons livros estão cheios e eu não vou deixar de lhes fustigar o calcanhar para a necessidade de exercitar o pensamento também para coisas nobres no sentido de sentimento ou espiritualidade. Aquiles que é Aquiles cirraxouce quando lhe deram no calcanhar, que dizer de jovens que ainda nem sabem pensar. Pois não deixo o calcanhar da inteligência de vocês em paz para fazê-los pensar e chegar a conclusões acima do que lhes é ensinado pela perversidade do sistema educacional formador de apenas operários dos quais foi anulada a capacidade de pensar se o sofrimento que se vê por aí encontra recompensa nas festas que se vê por aí. PENSAR É LEGAL!


domingo, 29 de abril de 2012

BRONCA NOVA




Olá, cambada, pensavam que os tinha esquecido? Pois esqueci não. Apenas uma ocupação me desviou do foco deste blog que é mostrar aos jovens a necessidade de se adquirir o hábito de pensar como único caminho para também se deixar de ser tão bobos. Afinal, para que a capacidade de pensar? Apenas para comer, trepar e cagar é que não deve ser porque estas atividades são exercidas pelos bichos e nós devíamos estar geneticamente muito mais longe deles do que realmente estamos. Estas são as atividades essenciais para a existência física da espécie, mas acontece que o homem deixou de ser apenas físico para também ser social e isto lhe dá superioridade bastante para se limitar ao procedimento dos bichos. Se também as praticamos é em função do nosso parentesco. Entretanto, não podemos nem devemos nos limitar a isto. Uma vez que a natureza desenvolveu em nós o cérebro que nos permite raciocinar e tirar conclusões, ao contrário dos bichos, não devemos teimar em permanecer ligados a eles em comportamentos irrefletidos pela incapacidade de poder pensar e tirar conclusões. Quando um cachorro cisma de latir, ele não pode saber que aquilo infelicita quem quer dormir ou raciocinar sobre alguma atividade mental. Entretanto, quando algumas dezenas de pessoas infelicitam a vida de centenas de outras pessoas impedindo-as de dormir ou trabalhar e obrigando-as a participar do barulho estrondoso de sua festa, estão tendo o mesmo comportamento do cachorro barulhento.

Quem pensa se dá melhor do que quem não pensa. Certa vez perguntaram a um filósofo qual a finalidade da filosofia e ele respondeu que é fazer com que as pessoas reflitam sobre os atos que vão praticar a fim de diminuir os transtornos. Nem precisa saber ler para se saber que uma coisa bem pensada dá melhor resultado que uma coisa precipitada e é por isto que os convido a pensar que os danos à saúde provenientes do barulho podem ser evitados. Para começo de conversa, fiquemos apenas com o barulho dos carros de propaganda das lojas. Convoco-vos a que pregais (ou pregueis?) os rabos em algum lugar e pensar no seguinte: as lojas fazem o barulho para atrair fregueses. Mas, se o barulho causa doença não serve para atrair, serve para espantar. Caso as cabeças de vocês ainda não estiverem doendo pensem mais um pouco. Certamente chegarão a uma conclusão inconclusa: por que o barulho atrai? Caso ainda seja suportável a dor de cabeça e possam pensar mais um pouco, haverão de descobrir que é por causa da falta de instrução. Prestando-se atenção percebe-se que as pessoas com melhor nível de conhecimento são mais arredias a lugares barulhentos do que aquelas pessoas que não tiveram oportunidade de aprender nem que o barulho faz mal.

A triste conclusão a que chegamos é que somos capazes de suportar indiferentemente o barulho, o que equivale a dizer que ainda estamos longe de atingir um padrão educacional que nos permita evitar o barulho. Quando as pessoas tiverem finura bastante para repudiar o barulho, basta evitar as lojas que o patrocinam.

É bom que os jovens comecem a aprender pensar. Assim terão menos sofrimentos na velhice. Quem fala isto é quem sabe o que está falando porque já foi jovem e fez as mesmas bobagens que vocês fazem e hoje á velho e vê cá do alto de setenta e seis anos de idade as mesmas burradas sendo praticadas pelos inexperientes das coisas da vida. Para que vocês jovens tenham uma pálida prova de sua inocência e desconhecimento basta o fato de vocês encararem a juventude como eterna. Não é não, senhores bobos. Ela passa. Juntamente com cada tique do relógio vai um pouco dela e chegará o dia que você pensa não chegar de se ver se tremendo ou arrastando os pés na calçada, ou ainda cheio de tubos na UTI. Garanto que a reação de vocês ante tais palavras que expressam embora grosseiramente uma realidade incontestável será de descrença ou gozação, mas aposto como chegará o dia em que vocês dirão “pô, o cara tava certo. Pois não é que fiquei velho?” Conhecendo algo da experiência que sobra nos velhos será lucrativo para os jovens. Tenham a certeza de que algum sacrifício por menor que seja para conter certas vontades próprias do açodamento da juventude trará benefícios imensamente maiores quando chegar a velhice. Para tanto, é preciso aprender a pensar que é para poder pensar. A dor na cacunda da velhice chega com certeza. Palavra de homem. Isto é, de velho. Inté.



sexta-feira, 23 de março de 2012

PESSOAS INOCENTES

É crime conceder habite-se a prédio inacabado, e é crime fazer barulho. Entretanto, aqui em Conquista, por falta de observação e inteligência, aluguei e passei a morar num apartamento cujo prédio inacabado já tinha habite-se. Era um inferno total. Pancadaria e barulho de máquinas que pareciam estar logo ao lado. E tudo porque a administração municipal deixa de cumprir determinação legal. Encontrei na internete a Lei n. 1172/96 que proíbe no artigo 14 a concessão de habite-se a prédio inconcluso. Embora se refira a lei ao Distrito Federal, a norma tem que ser geral porque o sofrimento de conviver em meio a pancadaria é martirizante em qualquer lugar.
As pessoas que se sentem mal com o barulho tem direito assegurado em lei ao silêncio. Uma consulta ao artigo 1.277 do Código Civil e o artigo 42, item IV, da Lei das Contravenções Penais nos deixa certos disso. E tem razão de ser. A Organização Mundial da Saúde adverte que a poluição sonora não só danifica a audição, mas também e principalmente o sistema nervoso. Sabendo-se o estado de nervosismo que acomete as pessoas atualmente, há coerência em se ligar o aumento do barulho proveniente do chamado progresso ao aumento da violência que já produz duelos por assuntos triviais do trânsito infernal por culpa do atual modo de vida que a todos obriga a ter carro.
Os brasileiros se portam como crianças. Adoram brincadeiras. Festas, então, nem se fala. Aplaude o esbanjamento do seu dinheiro em festa da corrupção do futebola, do axé, e do papôco dos foguetes coloridos, ao tempo em que chora nos corredores dos hospitais.
A inocência é tão grande que no prédio onde moro foi afixado no elevador um aviso aos moradores recomendando a título de boa convivência que se observasse o silêncio durante o período em que os operários não estivessem martelando a cabeça das pessoas. Advertia que precisamos de silêncio a partir das 22 até as 7 horas. A partir das 7, quando recomeçam os trabalhos de construção, na inocência das pessoas que acreditam conviver com o barulho sem pagar um preço, não se fazia mais necessário o silêncio que a lei nos garante durante as vinte e quatro horas do dia. A lei nos protege até contra o latir de cachorro. O barulho age como o veneno dos alimentos que aos poucos resulta no câncer ou outros tipos de moléstias que acabam com os idosos que os consumiram por mais tempo. Não perdem por esperar os que ainda não absorveram veneno bastante para fazer andar arrastando os pés (quando pode andar) ou tremendo como se estivesse com frio. Desse modo, também o barulho vai minando o sistema nervoso até deixá-lo à flor da pele e levar a pessoa a gesto do qual lhe resultará também grande mal.
Certa vez um deputado aparentemente bem intencionado apresentou projeto para incluir o barulho entre os crimes de ação pública. Isto significaria mais facilidade para o seu combate. Entretanto, como prova de que a religião prejudica a sociedade, a bancada dos deputados que a igreja evangélica elege com o dinheiro das pessoas inocentes impediu alegando cercear o direito ao culto. O culto a que eles se referiam era o local barulhento aonde as pessoas vão levar dinheiro. Por que Deus que criou o universo iria precisar de deputados? Qual é o papel deles no relacionamento da sociedade com Deus? Paz, isso podemos ver que não é porque a festa que cultua sua crença, juntamente com a pancadaria de construção e os carros com alto-falantes tornam um inferno a vida de quem precisa se concentrar num trabalho ou leitura.
A inocência das pessoas não as deixa enxergar o que está fora do alcance da mão. Nada a não ser brincadeira lhes chama atenção. A correria que empreendem em busca de mais e mais dinheiro não teria razão de ser se elas recebessem da administração pública aquilo a que tem direito. Se o recebessem, só teriam que gastar do que recebem apenas a parte de pagar imposto. Todo o restante seria economizado porque não haveria necessidade de pagar plano de saúde, médico, dentista, cerca elétrica, grades de ferro e vigilância. Só teria mesmo de gastar com a comida.
São tão tolas as pessoas inocentes que a administração pública lhes passa mel na boca. Uma propaganda apresenta como mérito do governo o fato de emprestar dinheiro para que o estudante pobre possa estudar. Isto é falso, só admissível num ambiente de tolos. Este procedimento é duas vezes danoso à sociedade. O dinheiro de pagar o estudo já foi entregue à administração pública através dos impostos. Se tiveram outra finalidade, a sociedade ficou prejudicada. Não se pode pagar duas vezes a mesma dívida. Além disso, há outro absurdo nesta notícia que é o fato de levar o jovem a começar sua vida profissional já embaraçado com uma dívida que é ilegal, exato no momento de constituir família.
As pessoas inocentes ouvem coisas desse tipo e acreditam tanto que levam em boa conta uma administração pública que tira recursos de quem trabalha para sustentar quem não trabalha. Na maioria das vezes involuntariamente.
A indiferença das pessoas inocentes quanto aos destinos de sua sociedade faz com que elas não percebam que propaganda não corresponde à realidade. O presidente da república quando estava sadio pavoneou que tinha levado o sistema de saúde pública a tal perfeição que até dava vontade de adoecer para se tratar nele. Pois aconteceu de ficar muito doente. Entretanto, não aproveitou a oportunidade de satisfazer a vontade e se mandou para hospital particular e só para ricos. Curioso é que ele era um pobre coitado. Como ficou rico?
As pessoas inocentes não percebem nada além de brincadeiras e correria atrás de mais dinheiro. Ouvem com naturalidade até propaganda da Souza Cruz. O que pode haver de positivo numa fábrica de cânceres que infelicitam famílias?
É isso aí, pessoas inocentes, vocês precisam crescer e tomar jeito de gente.