quarta-feira, 29 de maio de 2013

FOME É LUCRO PARA BANCO


A vida tem sido definida de várias maneiras: bonita, para Gonzaguinha; uma m..., para muita gente; um palco iluminado, para os de veia poética. Esta última é uma boa comparação porque tudo que se passa nos palcos do mundo são reflexões sobre as várias modalidades de circunstâncias nas quais se envolvem as pessoas durante a vida. Assim como as cenas sobre o palco são alcançadas com maior abrangência por aqueles olhadores com algum conhecimento sobre o assunto apresentado, a vida, do mesmo modo, tem seu sentido melhor apreendido por quem observa como ela se apresenta. Para observar a vida é preciso desviar a atenção por algum tempo da atividade de juntar dinheiro e observar as coisas que nos rodeiam e nosso procedimento em relação a elas. Quem observou a vida por mais de três quartos de séculos aprendeu muitas realidades que a absolutíssima maioria dos seres humanos não aprendeu. E só não aprendeu por não ter tido em toda sua vida uma oportunidade de ouvir uma palavra sensata que levasse ao convencimento de que a vida não se resume em juntar dinheiro, e que ela é completamente diferente de tudo que nos ensinaram. A cultura do enriquecimento não permite um segundo sequer de meditação sobre outra coisa que não dinheiro. Tudo gira em torno de dinheiro. Até a fome de pobres e infelizes seres humanos serve de fonte de enriquecimento para a classe maldita dos especuladores na busca insana por maior quantidade de dinheiro. Em um dos seus muitos trabalhos magistrais, o jornalista de verdade Mauro Santayana nos mostra esse absurdo no artigo intitulado Como os Bancos Lucram com a Fome no Mundo, publicado no Jornal do Brasil de 10/05/013, que pode ser visto de modo simples apenas pedindo ao amigão Google fornecendo-lhe o nome do jornalista e o nome do artigo. O trabalho magistral e bem fundamentado, como é próprio deste grande jornalista que também fez outra obra prima do jornalismo, intitulada A Crise da Razão Política e a Maldição de Brasília, que também se encontra em algum lugar deste blog malamanhado. Entre as mazelas que infelicitam a humanidade, e que podem e devem ser apreciadas naquele trabalho, escolhi duas, sendo a primeira esta crueldade de monstro: “A insuspeita Fundação Gates divulgou interessante estudo sobre o controle dos preços dos alimentos pelos bancos, por intermédio dos fundos especulativos (hedge). Da mesma forma que os bancos atuam no mercado derivativo com as primes do mercado imobiliário, fazem-no com os estoques de alimentos, o que aumenta espantosamente os preços da comida, sem que os produtores se beneficiem. Um exemplo, citado pelo estudo, que tem o título sugestivo de “People die from hunger while banks make a killing on food” – as pessoas morrem de fome, enquanto os bancos se enriquecem de repente, especulando com os alimentos”.

Esta realidade monstruosa é simplesmente ignorada pela imbecilidade tanto de quem se sujeita a tal situação quanto de quem a promove. Não passa de monstro sem condição para viver em sociedade um filho da puta que compra alimento e o guarda até que a escassez lhe permita vendê-lo por preço maior, indiferente ao sofrimento de quem precisa daquele alimento, principalmente porque quem faz isso é um sacana que não precisa de mais dinheiro do que tem. Isto só é permitido a quem não tem visão social para entender que vai acabar muito mal porque nem mesmo o freio da religião ou o cabresto do Estado serão capazes de segurar por muito mais tempo os famintos espreitando de longe a comida aguardar melhor preço e ir embora prá longe, fora do seu alcance, como acontece também nesta outra monstruosidade de imbecis que é a segunda monstruosidade constante do mesmo trabalho do fabuloso jornalista: “... o Fundo Armajaro, da Grã Bretanha, que comprou 240.000 toneladas de cacau (7% da produção mundial) e as reteve, até obter o maior preço da mercadoria nos últimos 33 anos”. Procedimentos de monstro deste tipo são a causa de toda a infelicidade do mundo e é por conta destes canalhas que as pessoas vivem com medo do assalto e sendo assaltadas. A falta do dinheiro retido por estes viciados em contemplar riqueza de perto e miséria de longe, cria a necessidade que gera violência.  É também na Inglaterra que pais estão se submetendo à simulação de parto. Deve ser outra face do homossexualismo ou demonstração de total imbecilidade. O mundo em guerra, com muito sangue, explosões e cadáveres, e dementes totalmente imbecilizados querendo sentir as dores do parto com que Deus puniu a mulher, segundo estes mesmos imbecis enrustidos. Se um país tido como berço da civilização como a Inglaterra adota tais comportamentos é porque a civilização que ele ajudou a criar é na verdade um barbarismo tão bárbaro quanto o do tempo em que leões desossavam seres humanos por ordem dos antepassados dos ingleses, e tal comportamento indica total desconhecimento de sociabilidade sem o qual a vida grupal não difere da vida das manadas de irracionais. E se um país tão velho ainda não aprendeu sociabilidade, por estas bandas jovens de cá acontecem coisas como a seguinte declaração da presidente da república:O Brasil pode fazer a melhor copa de todos os tempos. Vamos mostrar que somos um país alegre e pacífico.” Alegre, é verdade, mas uma alegria de demente porque um povo que vive a chorar a morte daqueles que não puderam se desviar das balas vindas de todo lado e mesmo assim é alegre, não pode ser um povo de outro tipo senão do tipo qualificado de moleque por De Gaulle. Moleques gostam mesmo de alegria. Só pode ser influência de Maria Antonieta a declaração da presidente. Um povo que chora na televisão, que a cada dia tem mais e mais famílias enlutadas, um povo que é levado a um estado de imbecilidade tão grande que gosta de ser assaltado como demonstra ao freqüentar bares e restaurantes portando celulares, carteiras, dinheiro, à espera da molecada de revólver na mão, dizer que tal povo é alegre e pacífico é não conhecer a realidade do lado de fora do bem-bom dos palácios onde a vida não conhece dificuldade de outra ordem que não a preparação para mais um mandato. Temos de ser infelizes enquanto a mentalidade de jumento dominar as mentes dos energúmenos do tipo Amado Batista que agradece o fato de ter sido torturado, preferindo ser lembrado como ganhador de dinheiro dos aculturados como ele.    

 

 

 

 

domingo, 26 de maio de 2013

ÀS AVESSAS


                      A desordem implantada nesse belo país sem sorte é capaz de fazer pessoa da melhor qualidade moral e intelectual dizer coisas que analisadas à luz da lógica se tornam sem sentido. Uma desordem monumental é o fato de um colegiado composto por pessoas sabidamente desonestas como Sarney, segundo o livro Honoráveis Bandidos, órgão que é comandado por Renan Calheiros, réu em processo crime de lesa pátria, sabatinar ou arguir um homem da estatura moral e saber jurídico do doutor Luis Roberto Barroso, para verificar se ele é competente para ser ministro do Supremo Tribunal Federal deste país de que já deu prova estimar, ao contrário dos que vão verificar se ele pode ou não ocupar o cargo, porque estes já deram provas de agirem contra os interesses do pais e do povo. A coisa está uma misturada tão ruim que desonestos julgam os honestos. Quem se vê em meio a tantas sandices acaba se atrapalhando de alguma forma como aconteceu com o doutoríssimo Luis Roberto, logo Ministro do STF, caso os senadores em conluio com outras áreas do governo não decidam lá colocar um politiqueiro, como acontece às vezes. Em meio a tanta loucura, o raciocínio acaba se atrapalhando. Num pronunciamento feito no jornal O Globo de 25/5, o nosso ministro (se o senado deixar) afirma que as decisões políticas devem ser tomadas por quem tem voto. Absolutamente correta a afirmação para um ambiente de pessoas capazes de não votar em alguém por que aparece ao lado de jogador de futebola e bastante esclarecida a ponto de fazer ouvido de mercador para os falsos profetas que demonizam líderes verdadeiros e endeusam os falsos líderes, só numa sociedade assim é que alguém que merecesse receber votos seria por ter as qualidades para bem exercer o cargo para o qual se escolhe pelo voto. Entretanto, em se tratando de uma sociedade de imbecis capazes de fazer um tremendo panavoeiro para saber se Neymar vai para a Espanha, que dia vai, com que namorada está trepando, o que gosta e o que não gosta de comer ou beber, enfim, uma sociedade composta de idiotas requebradores de quadris e frequentadores de igrejas votam em pessoas comprovadamente incompetentes para cargos políticos, embora competentíssimos nas atividades que exercem, mas a habilidade que os fez grandiosos é diferente da habilidade política. Aconteceu recentemente quando um número enorme de pessoas deram um montão de votos a Romário, que sabe tudo sobre futebola, e Tiririca que é realmente um talentoso humorista. Assim, apesar de terem votos, e muitos, não podem tomar decisão política porque sua atividade não inclui entrosamento com a ciência política. A afirmação do doutor Barroso encaixa perfeitamente numa sociedade composta por homens e mulheres incapazes de seguir o rumo do som do berrante das lojas, mas não funciona numa sociedade composta por manada.

Mais adiante, fala o doutor Barroso na necessidade de reforma política. Também seria verdade absoluta se tivéssemos um congresso composto de políticos no lugar dos politiqueiros que temos. Com a boca retorcida pelo costume do cachimbo da corrupção, os congressistas só legislam contra o povo. Estão propondo uma lei que impede o Ministério Público de investigar os crimes por eles praticados e outra lei propondo que as decisões de Joaquim Barbosa cuja biografia indica competência, capacidade de trabalho e honestidade sejam submetidas à apreciação do presidente da Câmara dos Deputados, cujas biografias estão piores que pau de galinheiro. De uma reforma política feita pela politicagem não pode surgir uma política porque a genética de uma é diferente da genética da outra. Uma notícia de jornal nos dá na prática a dimensão desse fato e a diferença entre a índole da politicagem e a da política. Esta notícia dá conta da aprovação de uma lei que obriga os hospitais do SUS a atender doentes de câncer dentro de sessenta dias, o que desnuda a índole da politicagem porque está mais para molecagem propor que um doente de câncer tenha de esperar sessenta dias para obter um atendimento. Além disso, dadas as condições de deficiência dos hospitais e o aumento de doentes, esta lei equivale àqueloutra que proibia passar mais de trinta dias sem chover. Este é o verdadeiro espírito da politicagem: fazer de conta que se está fazendo. Na índole da política, entretanto, nenhum doente de qualquer doença ficaria sem atendimento imediato e eficiente como o que atendeu Dilma e Lula sem precisar prazo ou preocupação com a conta a pagar. Ainda observando o pronunciamento bem fundamentado e de ótimas intenções do doutor Barbosa, nosso ministro (se o senado deixar), afirma que o Poder Judiciário só deve intervir na política quando das decisões da política resultar afronta à Constituição Federal. De novo, por viver no mundo das sandices, o grande jurista ao fazer tal afirmação parece não ter reparado que nossa Constituição já se acostumou às afrontas e nem liga mais prá nada. Confrontando-se o que tem o povo e o que lhe foi prometido no artigo quinto da Constituição, tem-se uma idéia do quanto está desmoralizada nossa pobre constituiçãozinha. Além do mais, é preciso ousar como faz o doutor Joaquim Barbosa, e como devemos fazer todos, além do que dizem os regimentos de conduta, porque eles foram feitos unicamente em benefício de quem nos inferniza a vida, de modo a que este povo abobalhado precisa ser chamado à atenção para evitar os já quase inevitáveis sofrimentos para as futuras gerações.

A fala do ministro (se o senado deixar) é animadora porque se ele conta com uma sociedade capaz de escolher seus líderes é porque ele batalhará por ela não só pela fala ao jornal, mas também pelo seu passado de homem honrado e homens honrados não se sentem bem em meio à politicagem, mundo no qual os cães de guarda dos ricos ladram desesperadamente de todos os lados mensagens deturpadoras da verdade, como, por exemplo, a tentativa de encobrir a importância do que diz o doutor Joaquim Barbosa. Como o povo em vez de pensar por si mesmo recebe os pensamentos já prontinhos vindos das capciosas pregações preparadas no laboratório dos ricos e passadas para a cuca das pessoas pelos falsos profetas remunerados da política e da religião. O resultado desta pregação é a situação em que nos encontramos de intranquilidade, de quase sem água e, de uma ora para outra poderemos estar na situação de também sem comida porque ocorrendo um desses fenômenos de seca ou enchente calamitosas que destruam as plantações, o espaço de tempo até a colheita de nova safra superará a capacidade de abastecimento para suprir a necessidade de tanta gente. Se o povão abestalhado não acordar para estes profetas assaláriados, sua velhice vai continuar sendo chorar na televisão. O alardeamento que fazem os falsos profetas em torno do aumento de poder aquisitivo, do emprego, e coisa e tal, não passa de falta de vergonha na cara de quem fala e de estupidez na cabeça de quem ouve e não pensa a respeito. Só a indiferença para com os assuntos sérios devido à imbecilização repassada pelos vários meios de comunicação, principalmente um tal de “plim plim”, envolvem as pessoas em tantas bobagens que elas se tornam incapazes de cuidar de coisas sérias como perceber a verdade de que o povo, realidade, está à míngua. O ocorrido ainda esta semana em alguns estados, entre eles Rio e São Paulo, mostra perfeitamente a situação de pobreza do povo porque muitos enfrentaram horas de fila para se beneficiarem da isenção de imposto sobre o combustível de abastecer suas motocicletas. Só pobre fica nesse castigo apenas para não ter de pagar o imposto sobre o combustível de uma moto. Depois de esvaziados os sacos nós proseia mais. Inté.

 

 

  

quarta-feira, 22 de maio de 2013

PAU NELES, JOAQUINZÃO


                     Por que será que a imprensa está censurando a declaração do nosso futuro presidente da república ministro Joaquim Barbosa, quando afirmou num bate-papo com jovens (e é gratificante saber ainda existirem jovens ligados em coisas sérias) que os partidos políticos são de mentirinha, que os congressistas visam apenas seus próprios interesses e que as leis são quase todas de iniciativa do executivo, se é tudo verdade? É porque a imprensa pertence aos ricos e dos recados vindos do mundo dos ricos apenas as vozes são de quem fala porque as mensagens são preparadas no laboratório dos ricos e visam manter o povo enganado como disse o governador de São Paulo. Chegamos a uma situação insustentável em que a mentira prevalece sobre a verdade. Nosso amigão Google nos mostra em “parlamentares processados atingem número recorde” que cerca de duzentos congressistas respondem a processos por crimes praticados. Pois, por incrível que pareça, essa bandidagem e seus colegas estão propondo uma lei segundo a qual determinadas decisões tomadas pelo órgão comandado por JOAQUIM BARBOSA precise do aval do órgão comandado por renan calheiros. Não era só o que faltava? Uma olhada na biografia dos dois revela o verdadeiro absurdo desta situação. Além disso, também estão propondo desavergonhadamente a bandidagem que o Ministério Público pago pelo povo seja impedido de investigar roubos por eles praticados contra esse mesmo povo, situação que só encontra similaridade com aquela outra situação irracional e moralmente inaceitável de um Ministro da Justiça recém saído do cargo de defender o país e seu povo passar a exercer um cargo contra o país e o povo. Toda a indecência e imoralidade que acompanhavam o ex-ministro em sua luta para defender os bandidos e ficar com uma parte do dinheiro de salvar a menininha com a bala no corpinho fazem parte do mundo imundo dos ricos e das autoridades em sua sanha de poder que custa cada vez mais caro ao povo com a prática criminosa adotadas pelos falsos governantes e suas caravanas em pretensas viagens de trabalho quando, na verdade, estão preparando o terreno para as próximas eleições a fim de garantir o único emprego em todo o mundo que enriquece o empregado. Se povos tidos como civilizados são vítimas do conluio entre ricos e autoridades, que dizer de um povo que só sabe jogar bola e bailar axé?

Hoje, um entrevistado na rádio CBN da rica Rede Globo de cuja genética faz parte a história dos conchavos que deram origem à TV Globo de São Paulo, contada também pelo amigão Google. Dizia o entrevistado, representante dos ricos, através da rádio CBN, que o ministro Joaquim Barbosa estava errado em afirmar que o congresso referenda o que vem do executivo mais do que legisla, citando como exemplo o debate travado em torno da MP dos Portos. Tal argumento é tão capcioso quanto outros vários que os recadeiros dos ricos nos mandam a toda hora como o que afirmava ser lícito aos donos de postos de gasolina vender pelo preço novo a gasolina comprada pelo preço velho quando há aumento. Houve realmente acirrado debate no congresso sobre a aprovação da proposta enviada pelo executivo, porem, de todo aquele debate não fazia parte o zelo pelo interesse nem do país e nem de seu povo. A birra dos parlamentares era para receber dinheiro. O governo desembolsou, segundo a imprensa, um bilhão de reais para “convencer” os deputados que agora se ufanam de terem contribuído para o bem da nação. A verdade sobre a modernização dos portos é que vai ser um paraíso para os ladrões das empreiteiras e dos politiqueiros que receberão polpudas comissões. Quando a presidente se reuniu com empreiteiros para conversar sobre o projeto de gastar mais de cem bilhões de reais na reforma dos portos, isto aguçou de tal forma a fome de dinheiro daqueles integrantes do colarinho branco que o Eike Batista esfregou as mãos e disse tratar-se de um kit felicidade. É claro que tudo, absolutamente tudo nesse país de requebradores de quadris precisa ser reformado, inclusive os portos. Entretanto, é preciso saber que a quantidade de dinheiro engolido pela corrupção seria suficiente para atender também às diversas áreas e atividades que integram o sistema portuário porque não adianta ter um porto excelente, mas difícil de chegar lá o material transportado por caminhões em estradas engarrafadas e esburacadas, além de atravessar cidades abarrotadas de carros. Como o povo está mais preocupado em saber o resultado do exame de urina do jogador de futebola, vai servir de pasto para a fera da corrupção, e depois da gastança a melhora vai ser insignificante comparada com a piora decorrente do aumento da pobreza e da criação de mais bolsas para mais pobres, tudo pago por quem ganha um salário mínimo e, portanto, pobre também. Entretanto, como as brincadeiras tomaram o lugar das coisas sérias, o povo nunca perceberá a trama por trás da cortina de ferro, e por tal desconhecimento terá de muito suar a camisa porque a turma do colarinho alvejado, engomado e perfumado vai encher todas as meias e cuecas com o dinheiro de salvar as menininha que choram nos hospitais. Os monstros das construtoras e da politicagem encontrarão nesse projeto dos portos substancial fonte de abastecimento para a ganância dos ignorantes do que seja sociabilidade, circunstância que levará todos ao caos.

Argumentam também os recadeiros dos ricos que a fala do ministro Joaquim Barbosa acirra as divergências entre o legislativo e o judiciário e que isto é ruim para a democracia. Ora seus recadeiros, tão pensando que só existem bailarinos de axé nesse país que serve de monturo para o lixo dos americanos? Aqui tem homens e mulheres também. Poucos, é verdade, mas os tem. Entre eles tem o doutor Joaquim Barbosa, a doutora Eliana Calmon, os professores Cristóvão Buarque e Heloisa Helena, e ainda sobram alguns e algumas gatos e gatas pingados e pingadas. O que interessa a quem pensa no futuro das criancinhas que as mães ignorantes de sociabilidade ostentam orgulhosamente em seus ventres sem saber o que aguarda por elas, é que as autoridades cumpram sua obrigação de empregar o erário em benefício também dos desvalidos que não integram a corriola da roubalheira sorrateira ou de arma em punho. De que adianta ao povo uma forma de governo chamada democracia, mas que ao povo cabe unicamente o direito de custear os gastos nos quais se incluem até trepadas no céu? A fala do ministro causa incômodo ao mundo dos ricos e seus asseclas da politicagem porque é um homem diferente dos homens normais, isto é, o ministro é diferente dos outros homens por ser de dizer a verdade e isto destoa dos costumes daquele mundo. As palavras CONSTITUIÇÃO e DEMOCRACIA são usadas em vão. Quando um politiqueiro alega inconstitucionalidade o faz sem medo de contestação porque sabe estar falando para bailarinos de axé. Entretanto, para pessoas normais, lamentavelmente, a Constituição Federal serve apenas para ser citada. Uma visita ao artigo 5º mostra a distância entre a realidade e as garantias do que teríamos a partir daquela fanfarra da promulgação em 1968. O que disse o ministro representa a mais pura verdade em defesa do povo. Quem enfraquece as instituições democráticas são os canalhas travestidos de autoridades que fazem a história política ser escrita nas páginas policiais. Nunca este país bonito e de triste sorte teve a chefiá-lo um homem capaz de tocar nas causas do nosso atraso. Apenas a brava Heloisa Helena e a destemida Eliana Calmon acompanham o ministro Joaquim Barbosa na vontade de fazer algo de sincero por esse pobre povo levado a um estado de parvoíce tão grande que se tornou incapaz de pensar em outra coisa que não seja brincadeira. A fala do ministro Barbosa tanto quanto a do governador de São Paulo quando disse que se o povo souber o quanto é enganado iria faltar guilhotina, serão entendidas por quase ninguém. É assim que o mundo dos ricos e das autoridades quer o povo, sem saber do que se trama contra ele. Até quando?

 

   

 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

ATO FALHO


Os paulistanos são tão esquisitos que discriminam os nordestinos, mas devem sessenta bilhões de reais aos outros Estados, entre eles os nordestinos. Os habitantes da cidade de São Paulo são os mais infelizes dos brasileiros porque vivem numa das áreas de maior concentração de infelicidade que são os lugares de maior industrialização, produtora de poluição de todo tipo, inclusive a danosa poluição sonora cujas consequências citadas pelos cientistas da ONU vão desde envelhecimento precoce até impotência sexual, entre muitos outros tipos de danos à saúde. É por viver naquele ambiente tão insalubre que o cérebro precisa fazer um grande esforço para raciocinar e obrigar o corpo dos paulistanos a se aventurar nas rodovias da morte em busca de vida. Se das iguarias finas na requintada mesa dos ricos entram bosta e veneno como ingredientes, qual não será a situação da vida dos pobres por lá? E não fica por aí a esquisitice daquele povo. Se os requebradores no axé e no futebola do país já tivessem ultrapassado a fase de não pensantes, estariam interessados no que disse o esquisito governador do esquisito Estado de São Paulo porque sua fala mostrou onde está a fonte de toda a infelicidade que causa tanto choro na televisão. Só não é de se estranhar o silêncio a respeito da verdade revelada pelo governador porque o povo só sabe o que vem da imprensa e de lá só vem o que interessa aos seus ricos donos. O povo, uma vez composto de seres não pensantes, age orientado quase que exclusivamente por instinto, principalmente pelo faro que o conduz na direção do cheiro de axé, futebola, ou o barulhão das lojas que é como um berrante para a manada humana. Quando Cristo fizer seu devorteio por aqui, haverá de ensinar o povo a pensar e aí ele vai querer esmiuçar a declaração do governador de São Paulo. Por enquanto, a proibição de pensar imposta pela televisão não permite ao povo entender o sentido das palavras do governador e fica o dito pelo não dito. Ele disse o seguinte: FALTARIA GUILHOTINA SE O POVO SOUBESSE O QUE SE TRAMA CONTRA ELE, frase que tem um significado tão largo que envolve o planeta desde quando se obrigavam pessoas a se entregar aos leões para serem por eles desossadas, até os dias de hoje quando se obrigam pessoas a se tornarem incapazes de pensar. Para os poucos seres pensantes, o governador está fazendo referência ao acontecido na França no final do século XVIII, quando o povo cansado da carga que o governo da nobreza lhe impunha usou uma máquina chamada GUILHOTINA para cepar fora do corpo a cabeça das pessoas a quem odiava por qualquer motivo que as ligasse ao seu desconforto e sofrimento. Foi uma explosão de ódio tão violenta que levou o povo a trucidar os ricos de paulada, facãozada, foiçada e machadada quando ficou escancarada a situação de conluio entre o governo e os ricos para explorá-lo. Esse movimento ficou conhecido como Revolução Francesa e virou ao contrário os costumes da época. É de causar espanto que sendo o governador um homem da corriola dos ricos e do PSDB, partido com raízes nos anos de chumbo e, portanto, sabedor de tudo que nós não sabemos, viesse a público e dissesse abertamente que o povo daqui está sendo tão explorado e vitima de conluio entre governo e ricos do mesmo modo como estavam os franceses da revolução.

As declarações do governador tiveram para os ricos do seu grupo aquele negócio de Fogo Amigo constantemente praticando pelos saqueadores de petróleo em suas refregas quando se atrapalham e se matam entre si, o que na verdade é um fogo “mui” amigo. A fala do governador está nas entrelinhas dos livros de História da Humanidade que só é consultada quando se vai fazer vestibular. Ela nos mostra que o povo nunca deixou de ser enganado e sacrificado em benefício dos ricos. Já foi usado para ser devorado por feras para diversão dos seus senhores no passado, e no presente continua tão servil como sempre esteve porquanto serve de pasto para as máquinas de fazer a riqueza dos ricos que até aqui tem conseguido manter esse estado de coisas inteiramente inexplicável em que o governo de uma população superior a duzentos milhões de brasileiros governe apenas para cerca de dez por cento dessa população, deixando de fora de alcance dos atendimentos aos mínimos serviços prestado pelo Estado como provam os cadáveres e as filas em todo canto, não obstante serem os recursos produzidos principalmente pelos excluídos. A notícia que indignou o jornalista Alex Ferraz ao comentar em sua coluna no jornal Tribuna da Bahia de 8/5 de que no período de 200 a 2010 foram assassinados 230 mil jovens no Brasil, embora a notícia não o diga, é claro que todos eles são excluídos. A enganação do povo mencionada pelo governador leva a se encarar aberração como normalidade. Só pode estar louca a humanidade ao conviver com uma situação inteiramente absurda de apenas uma pessoa como o mexicano Carlos Slim, segundo o amigão Google, deter para seu uso exclusivo uma riqueza que daria para sustentar quinze milhões quatrocentos e setenta e seis mil pessoas. Sendo sua fortuna de setenta e três bilhões de dólares que vale cada um dois reais e doze centavos, resultaria num volume tão grande de reais que cobriria o pagamento quinze milhões quatrocentos e setenta e seis mil trabalhadores recebendo quinze salários mínimos por ano, durante um ano, considerando que também estes tivessem nascido com a bunda para a lua, como os deputados que recebem quinze salários.

É nesta situação perigosamente insustentável em que se encontra a humanidade, com destaque para a situação deste povo manada que convive com cerca de oitenta por cento de sua população festiva vivendo ainda sem saneamento básico não obstante estarmos no século vinte e um, mas que gasta em diversão o dinheiro de tirar crianças do mundo do crime para evitar que elas causem tragédia na família dos descendentes dos atuais festeiros. O governador bem que avisou como o povo é bobão e fácil de ser enganado. Se um trabalhador é apanhado dirigindo com bafo de cana, vai em cana. Se o filho do Eike Batista dirige cheio do pau e mata um trabalhador, o cadáver é que vai em cana por ter passado na frente da Ferrari. Enquanto o povo estiver mais atento ao berrante e ao “ir às compras”,  estaremos ferrados. É isso aí. Inté.

 

 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A NOTÍCIA DO JORNAL


Não sei o porquê de não me parecer nada feio o quadro de duas mulheres peladonas se agarrando. Entretanto, parece-me inteiramente incompreensível e de nenhuma beleza a idéia de dois homens na mesma situação. O olhar de um homem pode nos transmitir várias mensagens. Algum conhecimento sobre comportamento humano aumenta de muito a capacidade de se entender o que vai no olhar de alguém. Entretanto, é impossível vir de um olhar masculino aquela atração mágica que nos chega ao peito feito a “frechada” como qualificou o poeta Adoniran na sua forma jocosa de poetar. Dá, realmente, uma pontada no peito o lancear dos olhos de uma mulher num tipo de olhar que só elas são capazes de ter e que faz descortinar a perspectiva de um mundo misterioso e cheio de graaaaandes possibilidades. Bem verdade que toda aquela felicidade inicial sempre acaba em confusão. Ainda assim, não há sensação mais agradável do que receber de uma garota esta comunicação sem palavras, mas que nos diz sermos bem-vindos para maior aproximação.  A partir daquela “frechada” o rosto da dona dos olhos nos lancetou não nos deixa mais sossegar, e a cada lembrança vem nova “frechada” e sonhos com situações agradáveis. A perspectiva do encontro e como será ele. Pegar na mão pela primeira vez era gostoso e até propiciava algum rubor. O perfume, a música, até mesmo a bebida que se bebia, vinho ou refrigerante, tudo é motivo que traz muitas coisas à lembrança. O primeiro beijo, então, nem se fala. Que maravilha!

Assim foi meu relacionamento com as “frechadas” que fabricavam sonhos. Mas, como sou muito rodado, também passei por outra fase que encurta muito o caminho para a intimidade total, mas que também encurtou o tempo dos sonhos. Como a vida não nos deixa sossegar, aquela fase extremamente gostosa do rubor desapareceu no retrovisor do tempo e a modernidade implantou outra fase a princípio ainda mais gostosa com os hábitos que dispensaram o devorteio que se tinha de fazer antes de subir na cama. Este novo modo tem dois lados distintos. Do apressamento da intimidade resulta em gravidez fictícia, o que é ruim, ou de verdade, o que ainda é pior. O certo é que a convivência íntima enfraquece o encantamento pouco a pouco até seu aniquilamento total. Quando se trata de quem observou o procurou compreender a vida e o mundo, procura-se fomentar o companheirismo e este sentimento substitui o encantamento dos tempos fogosos.

O relacionamento entre os homens no ambiente da minha época de jovem se limitava a gostar da companhia por um quaquilhão de motivos, nada porém, além dos papos que naquela época giravam principalmente sobre mulheres, filmes, estudo, os professores, algum esporte. Como o homem não separa de sua personalidade o ambiente em que foi menino, deve ser este o motivo de minha incompreensão da possibilidade de um homem encontrar no olhar de outro homem aquelas coisas que encontramos no olhar de uma mulher.  Como não é da minha conta os gostos das pessoas, sou indiferente ao comportamento homossexual, certeza que me dá o fato de ter eu tido em minha vida dois amigos desses amigos que a gente chama de amigão e que eram homossexuais, sem que nunca conversássemos sobre isso de modo diferente do modo como amigos conversam sobre o mesmo assunto.

O que me despertou o pensamento não são as pessoas dos homossexuais da notícia publicada na coluna do jornalista bisbilhotador Alex Ferraz, do jornal Tribuna da Bahia do dia 1º/5/013 dando conta da inauguração de igreja para gays. A perplexidade ante a manchete Igreja gay lota em inauguração deve-se unicamente à questão religiosa. É intrigante a comunhão entre Deus e os homossexuais porque Ele é, com licença da palavra, homofóbico e condena o homossexualismo como aberração e pecado. Assim, como pode Deus atender as preces de quem Ele diz pertencer a Satanás?  Outros religiosos certamente torcerão o nariz para tal igreja sob alegações várias, inclusive um negócio chamado de apócrifo e que servirá para desqualificar a igreja dos homossexuais. Entretanto, como as religiões são criadas pelos homens que a cada momento fundam uma igreja diferente das que existem, tem tanto direito os homossexuais a terem sua igreja quanto os heterossexuais, mesmo porque dizem todos que qualquer um pode conversar com Deus. Além disso, a verdade abraçada por cada religioso de cada religião é a mesma verdade que move todos os adeptos das diversas religiões. Isto é: UMA GRANDE MENTIRA porquanto fala de bondade e capacidade de perdoar infinitas em quem fez estourar um vulcão cujas lavas transformaram em estátuas pessoas e animais.

O que se sabe de Deus é só de ouvir falar porque Ele só conversou com o pessoal da bíblia e tantos quantos conversaram com Ele se deram mal. Abraão, coitado, se viu metido num sufoco tão grande por ordem de Deus que foi obrigado a fazer um tremendo papelão ao tentar amedrontar um faraó fazendo uma masga de transformar vara em cobra, masga essa que o faraó sabia de cor e salteado. O infeliz do Noé, nem se fala. Vagou subindo e descendo montanhas de águas revoltas durante quarenta dias e noites num navio feito por ele mesmo, carregado de animais que produziam um fedor desgraçado.  O sufoco do desnaturado Noé deixou ele tão aloprado que ao conseguir botar o pé no chão firme encheu o rabo de cachaça e foi achado numa situação nada recomendável de peladão e enfezado. Outro que passou maus bocados nas mãos de Deus foi o pobre do Jó que teve de perder sua riqueza e sofrer com doenças, tudo para que ficasse provada sua lealdade a Deus. Que dizer do desafortunado Jonas que foi engolido por uma baleia e ficou três dias no estômago do bicho? Fora desse pessoal aí da bíblia não se tem notícia de alguém ter conversado com Deus mais não. Fala-se com uns caras de pau que se dizem representantes Dele e pedem dinheiro. Agora, Deus mesmo, o mandão, Esse faz ouvido moco para as falas de quem quer que seja, de modo que o mesmo nenhum efeito produzido pelo proseamento entre Deus e o homossexual tem a mesma falta de efeito do proseamento com o heterossexual. Assim, uma igreja para os homossexuais tanto quanto todas as demais não passam de um elefante branco muito caro. Os fatos à nossa volta mostram claramente que nós só dependemos de nós mesmos. Neste exato momento toma-se conhecimento de que unicamente por ações e omissões de alguns gaúchos, os paranaenses, paulistas e os demais gaúchos beberam e comeram derivados de cem milhões de leite fraudado e contendo substância cancerígena. Como afirma a ciência, no futuro surgirá muita infelicidade em consequência deste fato. Um pensamento lógico leva à conclusão de ser falsa a afirmação de que só se morre no dia marcado por Deus porque ninguém em estado normal admitiria que Deus se mancomunasse com os assassinos e os mandasse colocar veneno no leite para que alguém morresse.

 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

RECADO DE SPINOZA (II)


Na encheção passada falávamos que o Mestre do Saber Spinoza ensinava haver vantagem em observar a vida e o mundo. Quem fizer isso chegará à conclusão de ser impossível ter tranquilidade sem dinheiro. Mas ele nos transmite também valorosa lição nas seguintes palavras: “As novas opiniões são sempre suspeitas e geralmente opostas, por nenhum outro motivo além do fato de ainda não serem comuns”. Há, também aqui, esbanjamento de sabedoria. Gratificante é reconhecer ter valido a pena procurar ainda que atabalhoadamente entender as lições dos Grandes Mestres do Saber. De um total alienado na juventude, como são todos os jovens, escrevi nesse malamanhado blog sobre o erro que a humanidade comete ao se apegar às tradições em lugar das inovações e é isso mesmo o que nos ensina o sábio Spinoza. Só porque ainda não se tornaram comuns, isto é, praticadas comumente, são rejeitadas as novas opiniões, o que leva a humanidade ao mesmo procedimento do coitado do boi que passa a vida rodando em torno do eixo que movimenta a moenda. É a própria natureza a não permitir tal comportamento porque ela impulsiona à ação, mudanças e transformações.  É preciso dar a volta por cima das mesmices. As culturas mudam porque as pessoas vão descobrindo novos procedimentos em decorrência do inevitável aprendizado pela observação das coisas. O aprendizado sobre o corpo humano originou uma cultura nova que substituiu a cultura velha de não se poder escarafunchar o corpo por ter sido feito por Deus. No tempo da cultura velha teve um cara por lá que quase vira cinza por ter dito que o sangue circulava pelo corpo afora. Várias culturas velhas foram substituídas por culturas novas no decorrer da História da Humanidade. De um tempo em que todos éramos bichos, chegamos a outro tempo em que embora a humanidade ainda esteja mais bruta que os bichos, a ponto de haver bilionários ao lado de esfomeados, sem capacidade de perceber estar preparando infelicidade para si e os seus. Mas, em meio à manada já existe pessoa civilizada entre nós como prova o senhor desconhecido que me fez parar o carro para pegar e me entregar minha carteira que eu esquecera no bagageiro do teto do carro.

A resistência às inovações deve-se a quem se encontra a gosto com a situação atual. Como quem decide se a situação atual deve ser trocada é a maioria da sociedade, porque é o peso da maioria que carrega o resto consigo, por que então a permanência de um sistema onde apenas alguns se encontram a gosto e a imensa maioria vive no sufoco por causa de uma cultura velha que causa tanto sofrimento? A explicação está no fato de que a situação nova desperta medo na grande maioria da população porque ela é convencida pelos que se encontram a gosto através da mídia a custo de tanto dinheiro que todas as empresas informativas recebem montanhas de dinheiro dos que se encontram a gosto para convencer os demais de que as inovações são coisa do capeta e que bom mesmo é não estar a gosto por serem estes os preferidos de Deus.

Se tomarmos uma reforma agrária como exemplo, veremos que as pessoas que não se encontram a gosto são contra. Os deformadores de opinião das emissoras fazem crer à manada que a mudança é produto do comunismo que fuzila padre e faz churrasco com carne de criança. Amedrontados pela possibilidade de terem suas criancinhas transformadas em churrasco, a manada teme a reforma agrária e acredita no que dizem os deformadores de opinião de ser melhor uma imensa área de terra produtiva ser explorada por apenas um grupinho do qual participam muitos estrangeiros, sendo esses grupos de ricos financiados pelo dinheiro dos desgraçados dos trabalhadores através do BNDES. Entretanto, o aprendizado pela observação recomendada pelo Mestre do Saber, uma vez havendo tal observação, dela resultaria o aprendizado que levaria à conclusão de que da reforma agrária resultaria alimentos sadios porquanto produzidos em menor quantidade em cada local, diminuindo a necessidade de veneno e isto resultaria em diminuição de preço e evitaria a incidência de muitos cânceres. Além disso, desafogaria as cidades porque levas de trabalhadores acorreriam para o campo em busca de seu pedaço de terra onde viver em paz com sua família. Quando esta realidade se tornar realidade, a crença de ser a reforma agrária ofensiva a Deus cairá por terra e todos serão beneficiados com a substituição da cultura velha pela cultura nova. Ainda outro dia quando eu era criança, ninguém acreditaria em casamento entre dois homens ou duas mulheres a não ser que cada um dos dois homens se casasse com cada uma das duas mulheres. Porem, macho com macho e muié com muié, qualé, meu? Vai contar essa mais longe! Assim reagiria qualquer pessoa há setenta anos. No entanto, está aí esta coisa esquisita para alguns. Dizem até que no futuro só haverá homossexuais no mundo. Ainda bem que não terei tempo de aprender a emplumar-me para rebolar.

Quando a manada aprender a pensar descobrirá o que descobriu a sociedade francesa do final do século XVIII e que mudou tão radicalmente a cultura velha por uma nova que cepou fora a cabeça de reis, numa demonstração de selvageria própria dos seres brutos que compõem a humanidade, desde que dela se tem notícia. Com muita brutalidade foi substituída uma cultura que orientava um procedimento de respeito e até adoração pela figura do rei-Sol por uma nova cultura que orientou o procedimento de matar o rei-Sol, procedimento que visava melhorar a situação da absoluta maioria da população francesa do século XVIII que era obriga a arcar com o peso do sustento de um grupinho de ricos perdulários, o que realmente aconteceu. Porém, pela falta de conhecimento sobre o mundo e a vida, o resultado daquela monumental explosão de insatisfação do povo contra seus opressores, teve por êxito apenas conquistar novos opressores. Sendo o dinheiro o único poder que remove montanhas, os ricos trocaram o poder oriundo da estirpe familiar pelo poder da força do dinheiro, de modo que o pobre que lá na cultura velha era considerado inferior por não ter nascido em família tradicional, os pobres atuais são considerados inferiores por não terem nascido em família rica. A situação é tão semelhante que o governador de São Paulo declarou que apenas o fato de o povo desconhecer as tramas armadas contra ele evita a situação de violência da Revolução Francesa e seu banho de sangue.

Razão tem o governador porque o imperialismo do rei Deu-sol voltou a brilhar com esplendor. Se o povo daquela época tinha de se virar para sustentar ricos e autoridades, e se os ricos eram os donos do poder, nenhuma diferença há entre o tratamento dispensado ao povo pelas autoridades francesas na época da revolução e as autoridades de hoje. Sabendo o resultado que deu esse negócio de autoridade abusar da paciência do povo, não se compreende a continuação despreocupada do imenso abuso das autoridades de gastar fortunas para fazer festas enquanto uma criança de oito anos permanece num hospital com uma bala em seu corpinho até morrer à míngua por falta de dinheiro e ter de aguentar o desdém da maior autoridade da administração pública entre nós, repetindo o descaso com o povo da rainha da cultura da nobreza, ao dizer  rindo ao povo que o sistema de saúde pública estava mais do que perfeito. Inteira razão tem o governador paulista em dizer que se o povo soubesse o quanto faz papel de idiota, ira faltar guilhotinas para cepar fora as cabeças dos politiqueiros que infernizam a vida do povo tão bobo que construiu um templo chamado Instituto Lula para homenagear a figura do presidente que transformou em milionária sua família de ex pau-de-arara. Tá tudo no livro O Chefe.

Então, conhecendo-se a violência em que deu este procedimento das autoridades em relação ao povo que lhes garante a boa vida, costume de velha e defasada cultura, por que esperar o mesmo desfecho outra vez? O apego às velhas opiniões que nos conduziram a esse mar de infelicidade de ter de conviver com cadáveres à volta, com famílias infelicitadas constantemente por uma violência incontrolável, situação extremamente desagradável decorrente da falta de visão que causa o desinteresse das autoridades, tal como aconteceu no movimento francês, por tudo isso e muito mais é que é preciso compreender o ensinamento de Spinoza e substituir as velhas opiniões por opiniões novas. Inté

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

POVO SACO DE PANCADA


                      Certa vez, ao me ouvir dizer que não gosto da vida, o médico que procurava me aliviar a dor de cólica renal me aconselhou a visitar um psicólogo, o que me fez pensar em como o ser humano complicou o ato simples de viver. A ciência da psicologia pode prestar relevantes serviços à humanidade. Entretanto, como pode um psicólogo convencer a ser indiferente alguém propenso a não se sentir bem ante o sofrimento alheio? Nem todas as ações da natureza podem ser contornadas pelo conhecimento científico. Há quem afirme a possibilidade de nunca ter existido no mundo um Jesus Cristo, como faz o historiador Geoffrey Blainey. Porém, pelo que se ouve sobre o Cristo, poderia ele ser convencido a não se sentir mal com a situação do povo de sua época? Pois, dentro de minha insignificância, também me sinto infeliz em ver crianças sendo criadas da mesma forma como são criados os bichos. Ouvi certa vez um imbecil ficar admirado de uma criança conseguir dormir na rua às doze horas do dia em meio ao barulho e sob um sol escaldante. Aquela pobre criança não dormia, encontrava-se desmaiada pelo cansaço de perambular durante todo o dia e parte da noite em busca de meios para manter-se vivo, busca esta que pode levá-la à mesma situação de risco em que se via o primitivo quando tinha que ir a campo em busca do que comer, premido pela fome, aventura que muitas vezes lhe custava a própria vida. Toda a infelicidade humana é causada unicamente pela falta de sintonia das pessoas com a realidade do mundo. Agem como se não precisassem da natureza, desprezando a sabedoria do velho adágio que previne para o fato inegável e facilmente verificável de que de onde se tira e não se bota, vai faltar. É impossível ficar a gosto quem vê a vida também por outro foco que não apenas o de trabalhar, juntar dinheiro para criar família, comprar carro, apartamento e tudo o mais que a televisão mandar.

                     O alheamento da sociedade é a única causa de todos os sofrimentos que fazem tanta gente chorar por tanto tempo. Afirma-se ser ruim adquirir conhecimento porque o que os olhos não veem o coração não sente. Mas isto é ter o comportamento do avestruz. Atitude de ser humano é estar atento para qualquer coisa que faça mal à sua sociedade e providenciar corrigir o que estiver errado. Este é o único procedimento capaz de proporcionar menos infelicidade social. É nisso que consiste a sociabilidade ou o conhecimento da necessidade que tem os seres humanos de viver em harmonia porque uns precisam dos outros. Muitas pessoas trabalharam para que eu pudesse estar usando um computador para tentar mostrar a alguém que é impossível continuarmos a viver de uma forma tão estúpida quanto a que vivemos. Vejam só a manchete do jornal Correio da Bahia de 05/05/2013: Projeto de lei poderá criar o "bolsa-estupro" para evitar que mulheres abortem. A proposta tramita no Congresso e estabelece o pagamento de um salário mínimo mensal durante 18 anos.

                   Aí está uma estupidez de tirar o sono e, por isso mesmo, extremamente desagradável e angustiante o fato de nada significar para a estúpida população de bailarinos de axé esta notícia insuportável para quem não é imbecil. Qual a finalidade do Estado mantido a preço de ouro pelo trabalho dos idiotas? Não é proporcionar trabalho, educação, moradia, segurança e saúde? A Constituição Federal, pai e mãe de todas as leis, diz ser esta a finalidade do Estado. O que não falta ao Estado são recursos para cumprir sua obrigação de cuidar da sociedade. Dispõe de tanto dinheiro que transforma em milionários seus funcionários e lhes proporciona viver em palácios uma vida de rei, além de festas monumentais em templos esportivos equivalentes ao templo do Rei Salomão, contando tal prodigalidade com total indiferença do povo idiotizado que vê jogado fora o resultado do seu trabalho e se conforma em ter de trabalhar ainda mais para sustentar os filhos de bandidos como se não bastasse ter de sustentar bandidos de todos os tipos, inclusive os que se encontram amontoados em presídios imundos cuja manutenção envolve muita corrupção.

                   A notícia do jornal significa a falência do Estado. Declara-se incapaz de evitar o crime e por isso o torna legal ou admissível mediante uma recompensa para a vítima, paga pelo povo que durante dezoito anos irá arcar com um salário mínimo mensal para as vítimas de estupro às quais irão se juntar outras vítimas de mentirinha levadas pela cultura da falta de caráter do brasileiro. Como disse meu irmão, o Dr. Bira, vai ter mulher pedindo para ser estupra da a fim de poder contar com a benevolência dos bobos dos bailarinos de axé e futebola. É ou não é um tormento viver em meio a tanta estupidez? Como pode a psicologia convencer alguém que pensa de que não há motivo para se incomodar e que o incômodo não deve produzir tristeza?

 

 

 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

RECADO DE SPINOZA


A baixeza do comportamento humano ficou magnificamente demonstrada pelo autor da obra que descreveu o comportamento daqueles jovens mentalmente deformados e retratados no filme Laranja Mecânica. A sociedade humana é tão bruta que se deixa levar por um rumo desconhecido, mas certamente desastroso, traçado por falsos líderes que arrancam o couro do pobre para cobrir o rico que os mantém no emprego de falso líder. Tanto os das religiões quanto os das brincadeiras ou os da politicagem, todos os falsos líderes vivem do trabalho e da ignorância do pobre e, por isso mesmo, são criminosos. Os falsos líderes da política, então, estes são genocidas. Declaram guerras onde a brutalidade tornou legal o assassinato de milhões de pobres coitados que não sabem o que fazem e que em busca de meios para a sobrevivência foram acabar vestidos de farda, com um fuzil na mão, e numa situação de ter de matar ou morrer. Estes eternos bobos se estraçalham entre si e até se odeiam realmente e se chamam de inimigos sem haver qualquer motivação para isso porquanto os matadores de um lado tanto quanto os do outro lado, na realidade, nada tem uns contra os outros porque nem mesmo se conhecem. São os falsos líderes Chefes das Nações da politicagem que os convencem de se tratar de inimigos e da necessidade de matá-los. Enquanto os eternos bobos se estraçalham, eles tomam finas bebidas numa boa e fazem as contas de quanto dinheiro vai ganhar com a guerra, principalmente as comissões das indústrias de armas. Como se trata de eternos bobos, os jovens cumprem obedientemente as ordens porque elas são “superiores” e dispensam o pensamento.  Da refrega, os que escapam creditam a Deus tal fato, mas não debitam a ninguém a morte dos que não escaparam. Aqueles a quem “Deus salvou” viram heróis de guerra e nem percebem terem feito na verdade um “papelão” que irão repetir na velhice ao desfilar uma turma de velhos barrigudos como se ainda estivessem no tempo de jovens soldados, sendo a dificuldade com dinheiro a única semelhança entre uns e outros.

Um sujeito que pensava e por isso mesmo não tinha tempo para requebrar os quartos nem no axé e nem no futebola, e que se chamava Baruch Spinoza, falou o seguinte: “Não chore, não se revolte. Compreenda. A felicidade é a compreensão lógica do mundo e da vida”. Foi o que disse o cara, mas esta mensagem sublime nada significa para os eternos bobos. Para eles a felicidade está no céu, no axé e no futebola, e é exatamente por procurar a felicidade no lugar onde ela não está que os eternos bobos também são eternos infelizes. Nem podia e nem pode ser diferente enquanto os eternos bobos permanecerem convencidos da desnecessidade de se pensar sobre o mundo à volta de cada um como nos ensinou aquele pensador ocupado em pensar.

Por não pensar no mundo e na vida é que estas senhoras grávidas não descobrem que a fantasia em torno da maternidade como “ser mãe é sofrer no paraíso” está tão longe da realidade quanto a noção que a juventude faz do que seja a vida. Além de não ser possível haver sofrimento num paraíso, pois assim não seria paraíso, a realidade é que ser mãe é ter de sofrer para botar para fora do corpo um sujeito que foi criado lá dentro e que depois de crescido pode vir a ser inimigo de quem passou por aquele sufoco. A festa em torno da maternidade, aquele negócio de escolher o bebê mais rechonchudo e feliz, é tudo para levar às compras. Muito ganharia a sociedade em qualidade de vida se as senhoras barrigudas aprendessem a realidade de ser mais importante inclusive para o bebê mais rechonchudo e feliz se as atenções fossem voltadas para o bebê mais magricela e infeliz porque ele será um inimigo de todos os rechonchudos do pedaço, e são em muito maior número.

 Pensando-se sobre o conteúdo da conclusão a que chegou o senhor Spinoza, deduz-se que a humanidade é incapaz de perceber o enorme benefício obtido se fosse observada e posta em prática a recomendação do pensador. Quando ele fala que a felicidade está na compreensão lógica do mundo e da vida, está a nos dizer que somos infelizes apenas pela incapacidade de compreender a vida o bastante para saber que ela é mais seriedade do que brincadeira. Quem vive para imbecilidades, como alguém que leva uma criancinha de colo para um ambiente hostil de futebola, preparando aquela criança para ser outro idiota, é alguém que não compreende nem o mundo e nem a vida. É alguém tão alheio à lógica que acredita poder requebrar eternamente no axé e no futebola, mesmo vendo os hospitais e as UTIs lotados de velhos com os quartos esculhambados de tanto requebrar no axé e no futebola.

De acordo com a lição dada pelo pensador há três séculos e até hoje não aprendida, a compreensão da lógica do mundo e da vida mostra a realidade de que cada nascimento representa uma contribuição para o acúmulo de pessoas do qual resultará em explosão de violência dada a carência dos meios de subsistência. Se na atualidade já não se bebe nem se come água e comida limpas, e muitos nem suja, não precisa ser inteligente para perceber que tal situação tende a ficar mais grave à medida que mais gente passa também a disputar comida. Como se vê, é preciso refletir para se dar melhor porque a vida está muito ruim para todos, inclusive para os infelizes jovens que não tem tempo para aprender nada sobre a vida e o mundo, como recomendou Spinoza.

Quem se dispuser a pensar um pouco haverá de perceber que estamos numa situação esquisita de dar prioridade a gastos com brincadeiras enquanto pessoas amargam conformadamente sofrimento sem fim por falta de dinheiro. Todos aqueles que apreenderem o sentido da lição de Spinoza certamente adotarão o comportamento que teve alguém quando deixei minha carteira no bagageiro no teto do carro e saí. Um senhor, infelizmente desconhecido para mim, me fez parar, apanhou a carteira de lá de cima e me entregou. Ao fazer isso ele me poupou de muitos aborrecimentos e perda de dinheiro porque naquela época o dinheiro era em espécie e carregado na carteira. Mas, apesar de ter sigo grande o benefício que obtive através da ação de me fazer parar para pegar a carteira que ele percebera haver eu esquecido sobre o carro, apesar da grande ajuda que me deu, e pela qual lhe sou muito grato, ainda assim este benefício é menor do que aquele que pode ser alcançado pelo acatamento da recomendação de se procurar compreender o mundo e a vida porque este benefício beneficiaria toda a humanidade. Representaria para cada ser humano uma felicidade ainda maior do que a que usufrui com a ação daquele senhor que me salvou a carteira porque não pode haver felicidade maior do que viver num ambiente onde as pessoas que pensam não tenham de conviver com quem não se incomoda de beber água com bosta e comer comida com veneno. Um carro-pipa abastecido com água suja não leva quem esteja desligado do mundo e da vida a querer saber se não está trocando o problema da falta d’água por um problema maior de saúde. Está faltando interesse em ser gente. Quem não pensa é apenas porque ainda não sabe que pode pensar. Quando aprender, vai descobrir quanta sabedoria está na lição do Mestre do Saber Spinoza. Como, entretanto, a prosa já vai longe, faremos um devorteio pelaí e faremos outra encheção em torno de outra fala do doutor Spinoza. Inté.