quinta-feira, 25 de julho de 2013

PENSAR, PENSAR, E PENSAR.


Pessoas que sabem onde tem o nariz sempre afirmaram ser a ignorância a única causa de todos os nossos males. Estão com razão porque pessoas inteligentes e estudadas, comprovadamente bem preparadas profissionalmente, não obstante, demonstram total ignorância no que diz respeito à compreensão da vida, além de serem de baixíssima sensibilidade espiritual, o que denota inaptidão para vida em sociedade por absoluta falta de sociabilidade. Desconhecem inteiramente os requisitos indispensáveis para a existência de uma sociedade sadia e se deixam levar pela mesma inocência que leva o brutamontes a correr atrás de dinheiro porquanto a cultura do TER é incompatível com civilização. Um médico de Salvador me diagnosticou cirurgia do coração apenas pelo dinheiro que ia ganhar. Um dentista colocou aparelho corretivo dos dentes em duas filhas minhas quando crianças apenas para ganhar o dinheiro porque naquela idade não podia ser feito, como realmente, tive de pagar novo tratamento. Um advogado já agiu canhestramente comigo, me causando prejuízo. Entretanto, esta ignorância de sociabilidade não decorre de desinteligência. Toda a inocência sobre a vida e à sociabilidade que assola a humanidade decorre unicamente do não uso da capacidade de pensar. Acredita-se ser uma perda de tempo e, principalmente, dinheiro. O potencial de inteligência das pessoas está totalmente direcionado para o lado material da existência e por isso não há disposição para observar a vida, porque isso faz pensar. Ao concentrar toda a atenção disponível na luta pela sobrevivência, ou para ficar rico, ou para ficar mais rico, nada sobra para a elevação espiritual através do exercício do pensamento, evolução espiritual alcançada apenas por meio da leitura de bons livros. Pessoas ainda que nascidas inteligentes, mas que se veem num ambiente tão desinteligente que iletrado jogador de futebola é homenageado na Academia Brasileira de Letras e multidões acorrem para um terreiro onde passam numa velocidade espantosa carros cujo preço daria para alimentar milhares de famintos por um mês inteiro, espatifando-se alguns deles. Fica desinteligente quem vive em meio a quem acorre para um terreiro onde aviões passam zunindo prá lá e prá cá sobre suas cabeças a soltar fumaça colorida no ar. Tem de ficar desinteligente quem acorre para um terreiro a festejar a chegada de um homem como qualquer um de nós, com as mesmas necessidades e vulnerabilidade, mas um santo para os pobres de espírito incapazes de perceber que tudo isso não passa de atividade comercial, haja vista a manchete no jornal O PAPA VENDE sobre a venda de porcarias como santinhos, bíblias, imagens, e bugigangas incapazes de proteger contra o único mal da humanidade: A BURRICE. Acreditar num santo que toma tiro de revolver e procura proteção no hospital, come feijão, bebe vinho e santa na privada é absoluta prova da burrice humana.

O comportamento humano é adverso à inteligência e bom senso. Qual a inteligência demonstrada por quem bate com uma barra de ferro na cabeça de quem também não pensa até matá-lo por causa de uma brincadeira de futebola? Brincadeira que consiste em vinte três homens no meio de um descampado. Dez deles tentam levar uma bola até uma das extremidades do descampado e botar a bola dentro de uma casinha em cuja porta fica outro homem para impedir que a bola entre na casinha. Outros dez homens tentam fazer o mesmo na direção oposta ao outro grupo, tentando colocar a bola dentro de outra casinha no lado oposto do descampado, onde também alguém procura evitar a entrada da bola. O vigésimo terceiro homem corre prá lá e prá cá vigiando se algum dos vinte e dois homens que lutam desesperadamente para colocar a bola dentro da casinha comete alguma irregularidade nas regras estabelecidas para a brincadeira. Como se vê, coisa para criança. Apesar disso, chega-se a matar e morrer pelo resultado da palhaçada. Além disso, estes homens recebem pela brincadeira salários infinitamente superiores a um professor e são gastas fortunas imensas na construção desses descampados, resultando num gasto fabuloso de dinheiro cuja falta faz os choros no corredor do hospital. E cadê inteligência em quem vai na onda da imprensa idiotizadora e se liga no nascimento de um bebê real, se a realeza foi escorraçada pela Revolução Francesa? Há na internete dezenove milhões de referências à pobre criança rica destinada a ser mais um imbecil em função da criação que vai ter. Os bonecos programados da mídia esboçam ar de felicidade para falar do bebê real. Ninguém com noção de sociabilidade contestaria ser verdade que vivemos monumental burrice e falsidade provenientes da falta do hábito de meditar sobre o que se ouve e vê. Esse engessamento da capacidade de pensar é adredemente mantida pelo sistema educacional montado pela politicagem com a finalidade de fazer crer não haver necessidade de se pensar sobre a vida e os fatos com os quais nos relacionamos no dia a dia. Isso mantém as pessoas afastadas da possibilidade de descobrir que na vida não há motivo para tanto festejamento porque está a caminho uma velhice que se faz acompanhar de doenças que levam ao choro no corredor do hospital. O destino de quem não faz parte do time das autoridades ou dos ricos é inevitavelmente o corredor do choro e da morte para os que não são nem ricos nem autoridades, embora sejam exatamente estes que trabalham para que exista o hospital. Sabendo-se disso, a inteligência, se houvesse, orientaria o futuro chorão a procurar evitar tal desfecho. Em vez disso, a desinteligência leva os desinteligentes a preferir as festas até não aguentar mais os requebros, quando então começa o martírio das dores, das filas, das salas abafadas e entupidas de doentes a respirar o ar já respirado pelos demais.

Pode-se constatar na prática a afirmação de ser a ignorância a causa de todos os males. O comportamento humano demonstra total indiferença à realidade das coisas. Não pensar sobre o que se houve é próprio de deficientes mentais que não podem pensar direito. Tomemos alguns fatos demonstrativos da indiferença de se fazer uma análise sobre a vida: Um grande jornalista chamado Mauro Santayana escreve artigos excelentes que denunciam práticas prejudiciais à sociedade, demonstrando real interesse em proteger as futuras gerações como fazem os estadistas. Denunciou que bancos compram estoques imensos de alimento para esconder e ganhar dinheiro com a venda na alta produzida pela escassez causada pela ação criminosa do colarinho branco. É uma grande defesa da sociedade porque esta monstruosidade de provocar fome gera violência apenas para ganhar mais dinheiro do que já tem é um caminho para a guilhotina, como disse o governador de São. Ao avisar a sociedade de tal aberração, o grande jornalista presta inestimável serviço às futuras gerações caso os jovens estivessem mais interessados nas coisas das quais depende o bem-estar dos seus filhos em vez de estar a lamber o saco do papa. É a conclusão a que se chega ao refletir sobre o fato absurdo e inaceitável de se especular criminosamente com alimentos.

Entretanto, esse mesmo jornalista, em outro trabalho, demonstra total falta de sensibilidade social ao condenar os médicos por estarem na rua em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Complementa esta declaração citando como exemplo de ética médica um socialmente inocente médico caridoso em cujo consultório havia um aviso de que pobre não pagava consulta. Esta é uma recomendação contrária à pratica que leva a uma sociedade pacífica e saudável porque a caridade é um mal em vez de um bem, por mais estranho que possa parecer aos inocentes. As pessoas que não pensam não sabem o que está realmente por trás da caridade. Como solução para o problema social da pobreza ela é inócua haja vista que existe desde o tempo em que se escrevia a bíblia e até hoje há mãos estendidas. Na própria matéria jornalística do grande jornalista está a prova da perniciosidade resultante do comportamento caridoso do médico aludido. Para não passar fome, teve sua velhice custeada pelo mesmo povo que recebia sua caridade porque a Câmara Municipal do lugar precisou conceder uma pensão vitalícia face sua pobreza. As consequências de trabalho mal remunerado pode ser percebido no resultado dos baixos salários dos professores que se faz acompanhar de uma educação que forma seres humanos socialmente deseducados. A caridade é um mal em vez de um bem, por mais estranho que possa parecer aos inocentes.

As evidências de decorrerem os sofrimentos da falta de capacidade de raciocinar para escolher o melhor caminho por onde caminhar estão por toda parte. Neste exato momento, além da festa de futebola e do corredor do hospital abarrotado de chorões, temos várias outras demonstrações da falta de tudo que não seja bestagem. Além do pobre bebê real, temos a repetição incessante dos beócios da imprensa da bobagem que disse o papa de não haver vantagem em descriminalizar a compra de drogas porque isso não diminuiria os consumidores. Tal orientação é oposta à dos cientistas, mas estes tem maior credibilidade porque a ciência tem ajudado a diminuir sofrimentos, enquanto a bíblia e a religião gostam dele. Deus matou mais do que as guerras modernas e o papa mata milhões de inocentes africanos ao lhes proibir usar a camisinha e mata mulheres proibindo o aborto. As Cruzadas sob o comando do papa Urbano II matou milhares. Para quem é contra ceifar a vida de tantos jovens pobres que para comer são obrigados a se envolver com drogas e prostituição, impedindo-os de um futuro, a opinião da ciência deve prevalecer. Quem não pensa não é gente. É bicho. Inté.

 

 

 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

SEM PENSAR, NÃO DÁ


Gente que sabe onde tem o nariz afirma ser a ignorância a única causa de todos os nossos males. Esta ignorância não deve ser considerada ofensiva porque ela vem de fora. Não nasceu com o ignorante de sociabilidade porque o homem nasce apenas com a necessidade do social. O modo de se viver socialmente, contudo, se não é ensinado, não se pode aprender. Pessoas inteligentes e estudadas, comprovadamente bem preparadas profissionalmente, demonstram total ignorância no que diz respeito à compreensão da vida em sociedade e são de baixíssima sensibilidade espiritual. Não tem noção alguma de sociabilidade. Um médico me diagnosticou cirurgia do coração apenas pelo dinheiro que ia ganhar. Um dentista colocou aparelho corretivo de dentes em duas filhas minhas quando ainda crianças apenas para ganhar o dinheiro porque naquela idade não podia ser feito, como realmente, tive de pagar novo tratamento mais tarde. Entretanto, esta ignorância de sociabilidade não decorre de desinteligência. Toda a inocência sobre a vida e a sociabilidade que assola a humanidade decorre unicamente do não uso da capacidade de pensar. Acredita-se ser uma perda de tempo e, principalmente, de dinheiro. O potencial de inteligência das pessoas está totalmente direcionado para o lado material da existência e por isso não há disposição para observar o lado espiritual da vida, o que leva inevitavelmente a pensar. Ao concentrar toda a atenção disponível na luta pela sobrevivência ou para ficar rico, ou mais rico do que é, nada sobra para a elevação espiritual através do exercício do pensamento, o que grandemente incrementado por meio de leitura. Pessoas ainda que nascidas inteligentes, mas que se veem num ambiente tão desinteligente onde multidões acorrem para um terreiro onde carros cujo preço daria para alimentar milhares de famintos por um mês inteiro passam numa velocidade espantosa, espatifando-se vez em quando. Tem obrigação de ser desinteligente quem vive em meio a quem acorre para um terreiro para apreciar aviões sobre suas cabeças a soltar fumaça no ar. Tem de ficar desinteligente quem acorre para um terreiro a festejar a chegada de um homem como qualquer um de nós, com as mesmas necessidades e vulnerabilidade que exige a mesma proteção armada dos ricos, mas que a desinteligência faz acreditar ter poderes mágicos que se não servem para proteger o próprio poderoso, é infalível para proteger as pessoas que compram bugigangas adoidado para celebrar a chegada do santo vendedor. A notícia tem a manchete PAPA VENDE e gira sobre o incremento de venda de santinhos, bíblias imagens várias, enfim, uma parafernália própria para inocentes. E qual a inteligência demonstrada por quem bate com uma barra de ferro na cabeça de quem também não pensa até matá-lo por causa da brincadeira no terreiro de futebola? Nem pode funcionar inteligência em quem nada vê de estranho um iletrado chutador de bola receber cem vezes o salário que um professor recebe no mesmo mês. E cadê a inteligência em quem vai na onda da imprensa idiotizadora e se liga no nascimento de um bebê real onde Judas perdeu a bota? O que temos a ver com isso? Ninguém com noção de sociabilidade contestaria ser verdade que vivemos uma falsidade, e o único motivo disso é a falta do habito de meditar sobre o que se ouve e vê. Esse engessamento da capacidade de pensar é adredemente mantida pelo sistema educacional com a finalidade de se acreditar não haver necessidade de se pensar sobre a vida e os fatos com os quais nos relacionamos no dia a dia, com a finalidade de manter as pessoas afastadas da verdade de não haver na vida motivo para tanto festejamento, e pensar em coisas sérias como procurar antever sua situação na velhice. Teria de chorar na fila do hospital? No momento em que alguém que não faça parte da corriola dos ricos ou das autoridades que ainda não ficaram ricas parar para pensar na possibilidade de estar igual a estas pessoas que aparecem chorando na televisão, a partir daí o pensamento de quem teve esta lembrança girará em torno disso e acabará descobrindo ser desnecessário tudo isso. Para evitar esta descoberta é que as brincadeiras e as baixarias não permitem a elevação do pensamento, ou da espiritualidade.

Saltemos de toda essa arenga para uma demonstração prática de como podemos escapar de armadilhas com o ato simples de pensar. Para isso, tomemos duas declarações de um mesmo jornalista: Na primeira ele declara que os bancos compram estoques imensos de alimento para esconder e ganhar ainda mais dinheiro com a venda na alta produzida pela escassez. Na segunda declaração nos diz o grande jornalista que estão errados os médicos por estarem na rua em busca de melhores condições de vida e de trabalho. Complementa sua declaração citando como exemplo de ética médica um inocente médico caridoso e, portanto, ignorante de sociabilidade, em cujo consultório havia um aviso de que pobre não pagava consulta. À primeira vista ambas as declarações são dignas de serem observadas porque uma pessoa que se preocupa com o povo a ponto de escrever matéria nos avisando das consequências perigosamente negativas para nós contidas nesse ato criminoso de banqueiros safados que roubam do povo dois bilhões todo mês cada banco, só pode merecer crédito social quem faz tal advertência porque a fome causa distúrbio, violência e infelicidade nas localidades mais pobres. Então, vindo de alguém com tal comportamento, certamente também estaria correta a segunda declaração, mas não é o que ocorre. A segunda declaração é falsa e segui-la impede o surgimento de uma sociedade civilizada. Um palmo de pensamento a respeito nos mostra isso. A caridade é um mal em vez de um bem. Por mais estranho que possa parecer aos inocentes, a caridade é um grande mal. Se as pessoas não concordam é porque não sabem o que está realmente por trás da caridade. Como solução para o problema social da pobreza ela é inócua haja vista que existe desde o tempo em que se escrevia a bíblia e até hoje há mãos estendidas. Na própria matéria jornalística o grande jornalista nos mostra esta realidade. Aquele médico caridoso, considerado pelos inocentes como de grandes virtudes, na velhice, precisou que o povo a quem fazia caridade tivesse de devolvê-la na forma de uma pensão vitalícia que a Câmara Municipal lhe concedeu tal a pobreza em que se via aquele médico que não cobrava consulta. O resultado danoso à sociedade de trabalho mal remunerado pode ser percebido no resultado do desprezo aos professores que se faz acompanhar de uma educação que forma seres humanos socialmente deseducados.

O mal maior da caridade, entretanto, vai além de dinheiro porque ela convence o carente de que ele é incapaz de ser outra coisa. Uma das revistas Veja ou Isto É publicou certa vez que a Tereza de Calcutá escrevera ao seu confessor dizendo-se acreditar ter sido vão o seu trabalho. Realmente foi. Já fiz referência a este fato como sendo o resultado da observação da vida por muito tempo, o que certamente lhe deu a sabedoria dos velhos que observam a vida e percebeu que a paparicação dos politiqueiros do mundo era apenas porque ela fazia o trabalho que eles deviam fazer, e isto lhes economizava tempo e dinheiro. Ainda hoje no “Rondelli” havia uma pobre inocente pedindo a outros inocentes um quilo de comida para fazer caridade. Nenhuma sociedade pode se considerar civilizada enquanto houver quem dependa de caridade para viver. Na sociedade civilizada todos tem dignidade, o que implica em dispor do poder de adquirir por si mesmo as coisas de que necessita em vez de viver da esmola de governos fantoches a anos luz do estadista. Para se perceber isso não precisa ser o rei Salomão. Qualquer inteligência mediana vê nobreza em quem provê suas necessidades por métodos próprios. Há até quem diga que preferiria roubar se viesse a depender de caridade. E já chega de prosa. Inté. 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

OLHA A GUILHOTINA AÍ, GENTE!


Entre os eventos mundiais mais importantes da História da Humanidade, a Revolução Francesa ocupa lugar de destaque. Aquele movimento deixou um exemplo do que acontece quando as autoridades vivem seu mundo próprio sem espiar pela janela o que está acontecendo do lado de fora. Há uma charge altamente ilustrativa desta situação, já mencionada nesta baboseira de blog, onde se vê alguns ricaços num banquete ao ar livre, mas sem perceber uma multidão de famintos vindo em sua direção. Numa simples imagem o genial artista definiu toda uma situação perigosa para os que estão enclausurados num mundinho beleza pura onde nada falta, tal qual os do banquete que também não sabem o que está vindo pela retaguarda. Este procedimento de indiferença com o que se passa fora da janela levou muita infelicidade para as famílias dos nobres que eram as autoridades na França no final do século XVIII. Espantoso é notar que o exemplo do resultado que dá não olhar pela janela de nada serviu para as autoridades atuais que apesar de terem sido avisadas de que alguma coisa chamava a atenção do lado de fora da janela não se deram sequer ao trabalho de dedicar maior atenção ao assunto, tal o entortamento de boca pelo costume de nunca se ter tido necessidade de espiar lá fora.

A brutalidade com que a Revolução Francesa devolveu aos maus tratos a que era submetida a classe que realmente trabalhava continua a mesma em função do nosso parentesco ainda muito chegado aos bichos. Nada mais justifica os procedimentos animalescos a que estamos acostumados. Vivemos uma reunião de bichos e não uma sociedade de pessoas. A capacidade de pensar está tão atrofiada que se faz o que é mandado. Manda-se o sujeito ir prá guerra e ele vai sem sentir a necessidade de pensar o porquê de ter ele de matar pessoas que nunca lhe fizeram mal até chegar sua ora de ser morto por alguém a quem ele também nunca fez mal. Está tão fora de moda pensar que a morte, que acreditam ser um problema a ponto de afirmarem ser uma perda irreparável, na verdade, é uma solução.

É também a incapacidade de pensar que leva as pessoas a se apegarem em tradições em vez de inovações e isto está levando a humanidade ao caos. Assim como chegou ao fim o modelo de ser a sociedade humana sustentada por outros seres humanos rebaixados à categoria de bem patrimonial e tratados de modo inferior ao tratamento dispensado aos bois e cavalos, cujo sofrimento, a título de exemplo, podemos ver esta matéria do Le Monde Diplomatic de 18/7/13, titulada Reflexões Sobre o Liberalismo, a seguinte declaração sobre as condições a que foram reduzidos seres humanos por outros seres humanos: “Com o tratamento infligido aos negros do Novo Mundo, alcançaram-se em matéria de desumanização “picos difíceis de igualar”. Na Jamaica britânica, “um escravo foi obrigado a defecar na boca do escravo culpado, que foi então costurada durante quatro ou cinco horas”. Nos Estados Unidos, crianças em idade escolar podiam ganhar um dia de folga para assistir a um linchamento”. Só a incapacidade de pensar, como dizíamos, pode levar a tais procedimentos. Nenhuma sociedade poderá jamais ter uma paz adquirida com o sofrimento de alguém, e não há nada de mistério nisso, como já vimos em outro lugar. O que faz o feitiço voltar para o feiticeiro é que uma pessoa capaz de desejar mal a outra pessoa tem de ter uma personalidade tão deformada que termina por levá-la a algum destrambelhamento. Por essas e outras é que o tipo de sociedade baseada no chicote não deu certo como também não está dando este modelo porque apenas foi substituído o chicote de couro trançado pela luz convencedora da televisão, mas a escravidão continua com grande insensatez. Algumas pessoas ainda se lembram da Revolução Francesa. Outro dia o governador de São Paulo se lembrou ao dizer em outras palavras que o povo de hoje está tão enganado quanto o povo da época daquela revolução. Lembrança espirituosa teve um jornalista ao se referir ao governador do Rio de Janeiro, aquele que foi apanhado em Paris, numa farra com o empreiteiro seu sócio no roubo contra o povo carioca. Foi a seguinte observação genial do jornalista: “Cabral é um fenômeno de enriquecimento ilícito. Às custas da política. Só sonha em morar na França, porque a guilhotina está desativada”. Estas e outras referências à Revolução Francesa deviam fazer as autoridades botar a barba dentro de uma piscina porque elas estão também no mesmo sonho irrealizável de enganar a muitos por muito tempo.

Por que será que a humanidade sempre viveu debaixo de ordens, servindo de capacho ora para pés com bota ora com sapato? Simplesmente pelo modo como são educadas as crianças que vão ser os adultos que vão ser os velhos. Sabendo-se que o adulto é resultado da criança, uma criança a quem é ensinado ser o dinheiro o único motivo pelo qual se vive, e que quanto mais dinheiro tiver melhor será, vai resultar num adulto que faz pose no jornal ao lado de uma montanha de dinheiro, e desse adulto vai resultar um velho espetado de tubos na UTI com uma ignorância tão grande que pede para não deixá-lo morrer. Não podia ser outro o resultado da educação dada às crianças, e é aí que mora o problema. Uma criança é como massa de moldar, pode-se fazer dela um Mister Hide ou um Doctor Jekyll. Assim, construindo-se uma forma de educar as crianças de modo que elas se tornem adultos conscientes da necessidade de se pensar sobre a vida, estaremos no caminho de uma sociedade melhor porque todos aqueles de pensaram sobre ela, a vida, afirmaram categoricamente estar sendo levada de modo contrário ao que deveria ser, e estão cobertos de razão porque não é preciso ser genial para perceber nos encontrarmos mais próximos dos bichos do que de pessoas. Entre os irracionais há atitudes instintivas de preservação do ambiente onde vivem seus espécimes. Quando animais enterram a semente e não vem comê-la depois, faz nascer uma árvore. Entre nós é o contrário. Nós procedemos mais estupidamente e destruímos o ambiente onde vivemos. Nossa grosseria ainda não permite o desenvolvimento da espiritualmente que nos diferenciaria dos bichos. Tanto os seres humanos que cometem as atrocidades quanto os que a elas se submetem não passam de bichos. Ambos estão longe de alcançar o entendimento de como funciona a vida social, entendimento esse só alcançado por uns gatos pingados, geralmente velhos a quem ninguém escuta. Na mocidade, nada se sabe sobre comportamento social porque à criança não se fala sobre isso. Não é despertada para a necessidade de pensar sobre qualquer outra coisa que não idiotices. Enquanto a observação de estar errado o comportamento humano for privilégio de velhos, a sociedade humana jamais deixará de ser a pocilga que é. Nenhuma racionalidade há em respirar, comer e beber veneno, nem em transformar terras férteis em desertos, nem em vender terras para gringos estabelecem aqui suas plantações poluidoras de eucalipto, aproveitando mão de obra barata e corrupção de politiqueiros através dos quais compram terras aqui, o que é proibido pela Constituição Federal. Transformam as árvores em pasta de celulose, executando aqui toda a atividade poluidora. A parte lucrativa das negociatas, a industrialização, é feita no país estrangeiro onde a empresa tem sede. O que leva autoridades a serem benevolentes com estrangeiros e carrascos com seu povo? A resposta está na criança que foram estas autoridades. Quando existirem autoridades que foram crianças com a personalidade da menininha do “Que Lindo!”, aí teremos começado a pensar na vida. A editora das revistinhas de piadas sobre crianças publicou a historinha do “que lindo”: Num passeio ao campo de um grupo de crianças numa bela manhã, encantou as crianças uma linda paisagem formada pelos primeiros raios de sol entre as nuvens, ao que uma menininha filha de um poeta exclamou QUE LINDO! Enquanto outra menininha filha de um banqueiro exclamou É MEU! Considerando a insignificância do número de crianças que recebem a orientação do “que lindo” em comparação às do “é meu” fica fácil entender o motivo pelo qual as autoridades também pensam sempre em obter coisas, e que é também o motivo pelo qual a humanidade é infeliz sem saber. 

Se da Revolução Industrial resultou lixo para encher o planeta, se da revolução comercial resultou o surgimento de monstros como o Mercado, a Economia Política e o Sistema Financeiro, artimanhas que escravizam os seres humanos que trabalham, engenharia da qual resultam malefícios para o mundo. Inté.

 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

PROFECIA


Nas manifestações de protestos aqui em Conquista havia um cartaz com o verbo protestar conjugado, ou declinado, como parece melhor, num tempo presente que não sei o nome, mas tenho lembrança de um tal presente de indicativo, embora nunca soubesse indicativo de quê. Como acredito que o importante é se fazer entender, a terceira pessoa do plural (eles) que deveria ser “eles protestam”, em vez disso, se lia no cartaz: “eles se acovardam”. Em todas as outras pessoas era o verbo protestar. Apenas a última fazia referência a acovardar. Isto é um forte sintoma de que começa a tomar foros de verdade uma profecia profeciada por esse profeta mambembe. Em algum lugar, comparei o poder do povo ao poder físico de um gigante completamente desprovido de poder mental, o que anulava seu poderio, tornando-o um bobão, motivo de chacota para todo tipo de gente tão baixa na escala da civilização a ponto de não ser capaz de perceber coisas como, por exemplo, respeito às pessoas, principalmente com algum problema. A demonstração do poder do povo que fiz na época foi inspirada na cena do filme O Gladiador, na qual a autoridade máxima, o dono do poder, e que também se achava dono do mundo, teve de abaixar a crista e levar o maior desaforo prá casa por medo do povo. É isso mesmo: o rei-deus ficou com medo do povo tanto quanto estão as autoridades agora com medo de que muitos outros jovens deixem de ser bailarinos de axé e se tornem cidadãos como está acontecendo com alguns deles. Ao empunhar seus cartazes em frente ao Hotel Copacabana, onde se realizava uma festa milionária, no qual se lia uma constatação jamais verificada nesse país de sono eterno. O cartaz desta manifestação contra a festa dizia: “casar com dinheiro do povo dá azar”. É que a festa era do casamento da filha de um milionário chamado rei dos ônibus. O povo já percebe alguma coisa errado em tudo isso. Como pode alguém ajuntar fortunas a ponto de ser chamado de rei explorando quem precisa se deslocar? É mais um rei mambembe para juntar aos outros parasitas que fazem pose por aí. Se a sina do Brasil é viver de sonhos, sonhemos agora com a possibilidade do povo se interessar mais por política do que pelo exame de urina do jogador de futebola, como gostam os politiqueiros para que ninguém perceba o que eles estão tramando. E haja trama para justificar as fortunas tão ilícitas quanto a desse rei dos ônibus, que certamente é um fornecedor de dinheiro arrancado de quem precisa ir ao trabalho para engordar a corrupção da politicagem.

Voltando à história do rei-deus com medo do povo, ela se passou numa época em que era costume as autoridades tratarem mal o povo do mesmo modo como se faz ainda hoje. Entretanto, como ainda não havia o SUS, nem os planos de saúde, nem os bancos, nem as empreiteiras, nem as filas, com que satisfazer seu sadismo, eis que as autoridades do tempo em que se passa a história usavam para seu deleite obrigar pessoas a lutarem com arma branca até à morte. Feitos estes devorteios, a história do reizão com medo do povo se passa desse jeito: o chefão poderoso, o rei-deus, se encontrava doente da pior doença: ciúme. Atormentava-lhe a possibilidade de haver um certo apreceiamento no olhar de sua bela mulher quando ela olhava para um bravo comandante do seu exército. Assim como o poder atual faz Snowden e Julian Assange virar criminosos, o poder do deus ciumento deu um jeito de transformar o comandante-herói, homem nobre e íntegro, em marginal. Depois, deu outro jeito de obrigá-lo a participar das lutas a que estavam tão obrigadas as pessoas daquela época quanto obrigados estão os lutadores e as lutadoras atuais na luta insana pela sobrevivência, da qual também participa a morte. Entretanto, para decepção do todo poderoso dono do poder, o bravo general vencia tudo que lhe aparecia pela frente, o que fazia o rei se sentir cada vez mais enraivado, decepcionado e ciumento. Ao término de mais uma luta em que seu Ricardão imaginário vencera, não suportou mais e determinou a um ordenança que providenciasse a morte do dito cujo. A desistência de tal ordem foi aconselhada imediatamente pelos seus conselheiros que prudentemente observaram a necessidade de se pensar na revolta do povo, tal a estima que dedicava àquele herói no qual via um defensor.

Aí está como a força do poder do povo quando direcionada numa só pretensão se torna um poder maior do que qualquer outro poder. Foi isso o que disse o cartaz com o “Eles se acovardam”. Tanto se acovardaram que concordaram em perder alguns anéis. O medo fez Sarney e Renan Calheiros se regozijarem com a qualificação de hediondo para o crime de corrupção. Não precisa ser inteligente para perceber que nada mudará enquanto estiverem nos postos de mando aqueles que já tiveram a boca entortada. Só um completo idiota não percebe que corruptíssimos fiquem felizes pelo fato de tornar hediondo um crime por eles praticado desde sempre.  Dessa forma, uma vez que as mudanças violentas se mostraram incapazes de promover bem-estar coletivo, e considerando também não ser possível o país ser administrado como tem sido, o que evidencia necessidade de mudança, e ainda considerando que os politiqueiros se borram com medo de faltar votos, em vez de distúrbios, gritaria, dança, pulinhos, apitos, cartazes para virar lixo, correria e ferimentos, seria suficiente participar da vida pública. Para isso não precisa ser vereador, deputado ou senador. Basta se interessar por entender como funciona a política. Vão descobrir que não é do jeito como está funcionando. Uma vez sabedores de como é que deve ser, basta expulsar da política quem estiver do jeito que não deve ser não votando mais nele. Um pretendente ao cargo de presidente da república que faz propagando posando ao lado de um jogador de futebola, para quem sabe como funciona a política, merece a expulsão por ser mal intencionado. Quem quiser saber o que se passa no mundo do futebola é só perguntar ao amigão Google o que diz a respeito o deputado Romário.

Até hoje o brasileiro viveu no mundo da lua. Embora a maioria absoluta da juventude mundial seja constituída de imbecis, como prova a imbecilidade das apostas que os ingleses estão disputando quem acerta a cor dos olhos, dos cabelos, o sexo, e até a futura profissão de uma criança real a nascer, numa demonstração de total idiotice. Não sabem que é deles, não só dos ganhadores e perdedores das apostas, mas também de quem não apostou, a tarefa de sustentar aquela criatura durante toda sua vida de rei, e que, portanto, sua profissão já é conhecida para quem não é idiota: parasita. Outra grande demonstração de imbecilidade é a reunião de uma montanha de jovens de todo o mundo no Rio de Janeiro para paparicar um papa ridículo que pede a Nossa Senhora Aparecida para proteger os participantes da JMJ. Melhor confiar na desconfiança desse profeta mambembe e se cuidar por si mesmo porque a estrada que leva à santa a quem se pede proteção tem matado muitas pessoas que vão lá atrás de proteção. Inté mais proseamento.

 

 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

OBSERVANDO A VIDA


Ao exercer a atividade de pensar, chega-se à conclusão de que o universo não pode ter surgido do verbo, ainda que não se saiba de onde ele surgiu. Algum maluco genial fez uma poesia que não sei como começa, mas sei que termina assim: “... não sei para onde vou, mas sei que por esse caminho aí eu não vou”. Da mesma forma, o caminho que conduz à explicação da origem do universo através de Deus é um caminho dificílimo de ser trilhado pela mente de quem aprendeu a pensar, de modo a não dar mesmo para ir por ele. A mensagem transmitida uma pela poesia leva à reflexão sobre uma situação em que só se dispõe de uma opção, mas que leva a uma situação tão ruim que a sensatez manda refugar e deixar como está. Duas verdades orientam no sentido da impossibilidade da criação divina: a Ciência e a Observação da Vida. Se a ciência ainda não pode nos explicar a origem do universo, nem por isso ela tem deixado de provar muitas das afirmações que faz, e que os adeptos da criação divina refugam inexplicavelmente ainda que a ciência mostre em pratos limpos a prova da alegação. É mais racional estar do lado da ciência porque quando ela fala que existe vida no planeta a mais tempo do que acreditam os da criação divina, estes não aceitam, embora a afirmação da ciência pode ser comprovada, mesmo parecendo incompreensível para nós leigos. Só a ingenuidade pode levar a não acreditar na capacidade da ciência, principalmente porque as pessoas se beneficiam dela a todo instante. Eu já fui várias fezes beneficiado pela ciência. Ela me tirou fora de um enfarto sem precisar operação, embora um médico chamado Nilzon Pazos, de Salvador, quisesse me operar só pelo dinheiro. É triste ainda haver gente espiritualmente tão baixa. Entretanto, outro médico, esse sim, UM MÉDICO, a que fui aconselhado a consultar, me disse simplesmente que meu caso não era de cirurgia e que o outro médico era um excelente cirurgião, mas que tinha a mania de querer resolver tudo por cirurgia. Já se vão mais de quinze anos e estou muito bem com apenas medicamentos. Não dá para entender como pode quem vê na televisão o que se passa no mundo, ou quem fala com alguém esteja onde estiver, ou quem já foi também beneficiado pela ciência, refugar suas afirmações. Como informa a amigona Wikipédia, a ciência pode determinar a idade de um objeto de até cerca de sessenta mil anos. É impossível para quem ouve isso deixar de acatar as afirmações científicas para acatar afirmações que não podem ser provadas, ou que se baseiam apenas no “é porque é”, ou no “dispensa explicação”, comportamento que vai no sentido inverso da natureza especulativa do ser humano. Além disso, a especulação mental leva a melhor entender a vida e engrandecer-se espiritualmente. Sem o conhecimento das coisas que o sistema educacional esconde, vive-se de fantasias como vive a juventude, encantada com o requebramento de quadris, mas ignorando que um dia vai chegar a realidade da decepção de não se poder requebrar os quartos e curtir dor nas costas ao mesmo tempo. Não dá certo esse negócio de viver de fantasia. Embora muitas realidades necessitem algum verniz de fantasia, é impossível viver nas nuvens porque a realidade não pode ser ignorada sob pena de trazer consigo quando chegar, como sempre chega. Não atenta para esta realidade tem como resultado receber de chofre na caixa dos peitos a inexorável constatação da necessidade de recolher-se na velhice, levando um tombo espiritual capaz de levar ao fundo do poço. Quem violenta seu corpo com cirurgias embelezadoras, um dia perceberá que seria melhor ter ficado como era, exatamente como a história cantada magistralmente por Cauby Peixoto sobre uma garota pobre chamada Conceição que depois de ficar rica na prostituição, daria um milhão para ser outra vez Conceição. Pensando bem, não vejo motivo para a Conceição ter deixado de ser Conceição apenas por ter dado uns devorteios recomendados pela televisão.

Dá infinita maior vantagem viver-se com um pé fora de um mundo tão da lua que pessoas sentem ternura por uma figura só existente no mundo da fantasia, o Papai-Noel, mas ensinam às crianças ser realidade. Algumas fantasias são importantes na fase da inocência para estimular o funcionamento do cérebro ainda em formação. Na fase adulta, entretanto, as fantasias devem se resumir ao descanso mental, mas nunca fazer parte do cotidiano porque a realidade da vida chega na forma de decepção que estremece muito mais a quem não esperava por ela. Em algum lugar nessa imitação de blog contei o encontro com um amigo que não via há cinquenta anos, quando era adorado pelas mulheres, mas que ao chegar a realidade da velhice que consumiu seu charme e mostrou a realidade da vida que chega para todos, viu-se tão surpreendido que é imensamente infeliz e se pergunta por que Deus fez isso com ele. É o que acontece com quem vive de ilusão como as cirurgias desnecessárias já proibidas para cães e gatos. Não se justifica ingenuidade em adultos. Embora haja quem afirme ser ruim adquirir conhecimento, a única ruindade que há nisso é quando a pessoa que adquire conhecimento se acha superior às outras pessoas que ainda não puderam também adquirir conhecimento. Esse comportamento, entretanto, só faz parte da personalidade de quem ainda não completou o curso de aprendizado da vida porque é no último estágio que estão as aulas sobre a verdade de sermos iguais e termos as mesmas necessidades. Quem observa a vida sabe não ser possível alguém viver sem comer, e que atualmente a comida é comprada nas lojas com dinheiro, mas que, inexplicavelmente, nem todos tem dinheiro. Como sem dinheiro não compra, como sem comprar não come, como não se fica sem comer, da situação de haver muita gente sem poder comprar comida, o resultado é a desarmonia entre quem tem e quem não tem dinheiro para comprá-la.

O modo como se estruturou a sociedade humana não leva em conta a racionalidade que deve orientar o comportamento humano. A lógica, a preocupação, a vontade de entender o que se ouve inexiste completamente. Em função desta indisposição mental é que se acredita ser menos importante querer saber o que está sendo feito com o dinheiro dos impostos do que conversar com estátuas numa igreja que pode desmoronar sobre as orações. Analisadas, absolutamente todas as informações da religião são meras fantasias. Parece brincadeira que adultos, principalmente velhos, se deem ao ridículo de compartilhar uma infantilidade boba de partilhar uma palhaçada em que um homem como qualquer um de nós que sentamos na privada e que precisa ser protegido por vinte e dois mil policiais seja capaz de santificar lembrança de quem já morreu.

Quando se dispõe a pensar, conclui-se haver grande distância entre a verdade e o que a religião diz ser a verdade. A vantagem em ser religioso, por exemplo, tomando-se como paradigma de religiosidade o povo judeu, conclui-se só haver desvantagem em ser religioso porque os judeus, povo dos amores de Deus, é um povo que nunca teve paz em sua existência milenar. Hoje, vive em guerra. Ontem, quando deixava de ser escravizado por um povo, era escravizado por outro povo, e antes disso, cansados de tanto levar pancada, pediram a Deus que lhes desse um governo capaz de orientá-los na busca pela paz, o que não se justifica porquanto se afirma ser o próprio Deus que tudo governa. Sob o governo do rei Davi, realmente obtiveram vitórias sobre o inimigo e puderam voltar para casa depois de longa escravidão mundo afora, conquista que logo foi desconquistada pela invasão dos babilônios. O ato de pensar é o divisor entre ser e não ser religioso. Em algum lugar dessa pretensão de blog escrevi um assunto sobre a inexistência de Deus, que foi reproduzida no blog do doutor Paulo Nunes pelo professor Movér, e um religioso, a título de contestar o que escrevi, confirmou tudinho. O que escrevi dizia que o religioso dispensa a prática de pensar e concluir, bastando para eles o “é porque é”. Foram estas as palavras do ilustre comentarista: “Para quem não crê em Deus, nenhum argumento é possível. Para quem crê, nenhum é necessário”. Não devemos deixar de cogitar sobre o que nos falam. A capacidade de pensar é a nossa superioridade sobre as feras. Não exercê-la é igualar-se a elas. Não creio merecer censura a dúvida que me suscitou ao ler em Gênesis 3,22, que Deus quando soube que Adão comera o fruto da árvore da sabedoria teria dito: “Eis que o homem se tornou um de nós”. Fiquei sem entender, certamente por pura ignorância, como é que Deus ficou sabendo de algo depois de acontecido, se Ele é onisciente. Também não entendi o significado do “um de nós” visto que sempre ouvi ser Deus o único Deus. Inté

segunda-feira, 8 de julho de 2013

MAIS ARENGA SOBRE O NÓ DO DESENVOLVIMENTO


Proseávamos anteriormente sobre a situação inviável em que nos encontramos face aos administradores que cuidam da imensa riqueza nacional brasileira que se empregada corretamente não haveria pobreza no Brasil. A mesma coisa acontece em todo o mundo. Tudo que se faz é em benefício da classe insignificante numericamente dos ricos, mas a principal em direitos, o que vai aos poucos sendo percebido e causando movimentos populares objetivando com justiça corrigir tal distorção. Para o bem de todos, faz-se necessário tomar outro rumo porque o seguido pelas autoridades vai levar o mundo a um inferno maior que o de Dante. Somos seres tão brutos que gastamos em destruição nas guerras recursos mais que suficientes para criar uma sociedade universal sadia e pacífica. A desumanidade de usar recursos públicos para favorecer quem não sabe o que fazer com dinheiro tirado dos necessitados é uma monstruosidade que lavará ao caos quando os espoliados descobrirem que são feitos de bobos, o que começa a acontecer. Nessa “prosa” de agora vamos verificar outra situação mostrada na mesma matéria O NÓ DO DESENVOLVIMENTO já mencionada na outra “prosa”:

 “O fato é que no início do Plano Real um trabalhador começava a pagar Imposto de Renda a partir de 10,48 salários mínimos; em 2005, a partir de 3,88 salários mínimos. Em 1996, as famílias com menos de dois salários mínimos gastavam 26% de sua renda para pagar impostos; em 2002, esse percentual chegou a 46%. Já para as famílias com renda superior a 30 salários mínimos, os índices eram de 7,3% em 1996, passando para 16% em 2002. A tributação sobre o consumo representa hoje mais de 50% da carga tributária bruta; a tributação sobre a renda, 20,5%; a tributação sobre a propriedade, apenas 3,3%. Em nenhum país do mundo com o qual o Brasil possa se comparar o Imposto de Renda é tão favorável aos mais ricos: nossa maior alíquota é de 27,5%, e a França acaba de aprovar em seu Parlamento o limite máximo de 66,6%. Essas políticas tributárias permanecem intocadas até hoje”.

Estes dados mostram uma distorção desumana sem limite ao lado de uma estupidez sem precedente, sendo que de tal situação não poderá resultar coisa boa por criar uma casta de super abastados ao lado de outra composta de super necessitados. Qualquer Zé Mané percebe a estupidez existente numa situação em que o pobre paga 46% de contribuição para as despesas da administração social, enquanto o rico contribui apenas com 7,3%. Em algum lugar desse arremedo de blog há uma declaração dos nobres lá na França pré-revolucionária de 1789, quando os ricos da época, que eram exatamente os nobres emitiram uma declaração se recusando a pagar impostos, alegando ser isso dever dos pobres. O resultado foi a Revolução Francesa com uma crueldade sem limites. Talvez seja a lembrança da guilhotina mencionada pelo governador de São Paulo o motivo pelo qual os franceses agora cobram mais impostos dos mais ricos e menos dos mais pobres. Ainda bem que nossa juventude vai concertar as coisas no bem-bom da paz. É o que se espera. As mudanças com derramamento de sangue nunca trouxeram benefícios que justificassem o custo. Mas, continuando os motivos expostos na fabulosa matéria do Le Monde, temos o seguinte:

 “Se a arrecadação dos tributos mostra uma sociedade profundamente desigual, o gasto público não faz mais do que reforçar isso. Em 2010, o total dos impostos arrecadados pelo governo correspondeu a 33,56% do PIB. Vejamos a quem se destinam esses recursos:Em 2011, o governo gastou R$ 708 bilhões, ou 45,05% dos impostos arrecadados, com o pagamento dos juros e amortizações da dívida pública. Os credores são bancos nacionais e estrangeiros (55%), fundos de investimento (21%), fundos de pensão (16%) e empresas não financeiras (8%). Em 2012, se comparados os quatro primeiros meses com o gasto no mesmo período em 2011, mesmo com a redução da taxa Selic, o volume de recursos destinados a pagar essa conta aumentou 40%, chegando a R$ 369,2 bilhões. É um cenário preocupante, já que nesse mesmo ano foram destinados, do Orçamento Geral da União, 2,99% para a educação, 4,07% para a saúde e 2,85% para a assistência social”.

 Tem ou não tem razão a molecada de espernear? Bestaiado é quem não entende nada e por isso desaprova a atitude da meninada esperta, embora poucos. O resto continua acorrendo para os terreiros de axé e futebola onde requebram os quadris indiferentes a estes dados indicativos de uma sociedade completamente iludida quanto ao resultado de tantos disparates. Não tem futuro uma juventude de uma sociedade que destina 45,5% dos impostos para pagar apenas encargos de uma dívida obscura, destinando para o setor mais importante para a sociedade, a educação, apenas 2,99% e 4,7% para a saúde. Esta situação representa grave risco para o futuro dos filhos de todos, inclusive dos alienados e felizes apenas pela incapacidade de conhecer a situação em que nos encontramos e que vai piorar tanto que os filhos dos indiferentes requebradores de quadris vão lhes condenar quando a coisa degringolar de vez, o que não tarda a acontecer diante da realidade exposta pela brilhante matéria mostrada e que continua da seguinte maneira:

 Somando os estoques dd a dívida interna (R$ 2,637 trilhões) com a dívida externa (R$ 788 bilhões), o Brasil tem uma dívida bruta acumulada que corresponde a 78% do PIB, base de cálculo para a remuneração dos rentistas atuantes no setor financeiro, que se estima sejam 22 mil famílias ampliadas e grandes bancos e corporações, em sua maioria estrangeiros”.

 Aí está um dos muitos motivos pelos quais a forma de conduzir a sociedade precisa abrir os olhos para um perigo iminente. É inconcebível além de desumano que um pinguim de gente tenha direito a 78% de tudo que produz esse pessoal inocentemente conduzido a uma grande apatia no que se refere às coisas da política, sem saber que é exatamente por causa da sua indiferença que sua vida se resume em saltitar nos terreiros de axé, gritar nos de futebola, dependurar nos ônibus e chorar na fila do hospital quando sai da fila do banco.

 Diante disso aí, quem censura os jovens nas ruas é por ser o pior dos energúmenos. Os descalabros apontados pelo doutor Silvio Caccia Bava na matéria O Nó do Desenvolvimento levarão a uma situação de conflito no futuro para infelicidade das atuais crianças que os pais dizem amar. A dívida nebulosa à qual são destinados 78% do PIB, toda essa dinheirama vai para apenas 22 mil famílias constituídas de rentistas, palavra recusada pelo computador por ter sido inventada para substituir o termo AGIOTA, vergonhoso, pejorativo e prejudicial à sociedade. Nem precisa pensar prá saber que isso está perigosamente errado porque o agiota nada produz além de se aproveitar da aflição dos ingênuos para extorqui-los, o que é uma atividade demoníaca. Enquanto alguns milhares desses parasitas consomem 78% da renda, bilhões de trabalhadores tem de se contentar com a sobra, situação vergonhosamente defendida pelos politiqueiros como nos dá notícia a última informação nos seguintes termos:

 “Vale ressaltar que as tentativas d e fazer uma auditoria da dívida foram barradas pelo Senado em 1992, apesar das evidências de flagrantes ilegalidades e questionamentos sobre a composição da dívida. Por iniciativa da sociedade civil, no ano 2000 foi realizado o Plebiscito da Dívida. Na ocasião, votaram 6 milhões de brasileiros, que propuseram o não pagamento da dívida pública enquanto não fosse realizada a auditoria prevista na Constituição Federal de 1988. De lá para cá, só estamos pagando mais para os rentistas”.

 Enfim, para finalizar, como pouca miséria é pouco, temos mais uma vez outra notícia que demonstra claramente o motivo pelo qual os professores, os policiais, os médicos, os que se dependuram nos andaimes, os que choram na fila do hospital, os milhões de jovens que não estudam nem trabalham, enfim o porquê de não haver dinheiro para os lugares onde mais se precisa dele. È pelos crimes hediondos que seriam descobertos o motivo pelo qual os politiqueiros fogem de uma especulação sobre a dívida como o diabo foge da cruz. Há tantas mutretas envolvendo grupos econômicos e politiqueiros sugando o sangue dos trabalhadores que se viessem a público iria realmente faltar guilhotinas. Inté.

 

 

 

sexta-feira, 5 de julho de 2013

O GOVERNO E O TITANIC



De todos os cartazes empunhados nas manifestações, dois foram mais significativos: o que anunciava ter o Brasil despertado e o que reivindicava paz. Para o bem de todos, o Brasil despertou, e bem a tempo de evitar o precipício no qual despencariam ricos e pobres do mesmo jeito que a presidente Dilma vai despencar na charge magistralmente concebida por um cartunista genial de nome ilegível onde se vê D. Dilma na proa do Titanic na posição do Leonardo di Capri. O alheamento das autoridades no que diz respeito à sociedade que lhes paga o quanto queiram levar, não é nada bom este total desconhecimento da realidade. Isto está materializado na atitude de D. Dilma ao afirmar risonha que faríamos a melhor das copas porque o brasileiro é alegre e pacífico. A alegria referida pela presidente é tão duradoura quanto a folga do burro de carroça, e o pacifismo, como as feras, é só enquanto dura a última refeição no estômago. A distância que separa o mundo das autoridades e dos ricos do mundo do povo é tão grande que as autoridades nem de binóculos enxergam o mundo do povo. É uma situação insustentável e inteligentemente resumida no desenho de D. Dilma na proa do Titanic. Com a perspicácia dos inteligentes, o autor do desenho antecipou apenas alguns dias o início da realização de sua previsão quando milhões de jovens foram às ruas protestar contra D. Dilma.

Só débeis continuam alegres mesmo quando feito de bobos. Pessoas normais perdem a graça ao descobrir terem sido feitas de idiotas, principalmente quando tal idiotice resulta prejudicada a qualidade de vida de toda a família. O governador de São Paulo, conhecedor das mutretas que o povo desconhece, falou que faltariam guilhotinas se o povo viesse a conhecer a enganação em que vive. Como a guilhotina cepa pescoços, foi muito bom o despertar antes da ação tenebrosa daquela máquina do diabo. A forma de administrar as sociedades humanas sempre teve por base a enganação. Esta cultura ainda bárbara inoculada na personalidade das crianças faz desaparecer nos adultos os nobres sentimentos de honestidade e moralidade que deveriam orientar o comportamento humano até agora nada difere do comportamento dos bichos. Ou não é bicho quem dispara revolver sobre uma criança por estar chorando? E quem levanta os vidros do carro para ficar isolado de uma criança suja com a mão estendida, não é um bicho? E onde se enquadra, senão entre os bichos, quem aceita viver sob o chicote das autoridades, dos planos de saúde, dos bancos, das empreiteiras e da imoralidade imposta pela televisão? O ser humano que dá uma esmola ao desgraçado que lhe pede é mais infeliz do que o pedinte porque tendo condições de estudar, ler e aprender os motivos que levam alguém a ser pedinte e se vale a pena evitar tal situação. A esmola faz o pedinte sentir-se realmente digno da sarjeta, o que o torna um profissional da inutilidade. Os seres brutos que encontram regozijo nos festejamentos, equiparam-se ao burro que o carroceiro livra dos arreios e da carroça no fim do dia e que fica felicíssimo por uma liberdade resumida a pastar capim até a hora de voltar para a carroça. Deste modo procedem os requebradores de quadris. Um belo dia perceberão que não aguentam mais balançar os quartos no axé e no futebola, quando então concluirão que só resta chorar na fila do hospital e na televisão.

Adultos que foram crianças educadas pelo atual modelo de educação não podem ter comportamento civilizado. É contraditório falar em seres humanos civilizados. De nada serve à humanidade sua fabulosa capacidade de pensar porque o pensamento gira apenas em arquitetar maldade para outros seres humanos. Esta característica de bicho está materializada na quantidade de ações malignas que atormentam a vida de quem é obrigado a viver se desviando de bala perdida e passando sobre os cadáveres de quem não conseguiu se desviar, ambiente só admissível nas guerras até o dia em que não houver mais guerras. Elas são demonstração de estarmos ainda num estado tão acentuado de animalidade que impede uma vida menos sofrida. Só depende de aparecerem muitos outros cartazes acordando o Brasil para a paz.

A estupidez é a única causa dos males do mundo. O que podia ser uma brilhante decisão, a resolução de nossos antepassados quando resolveram separar algumas pessoas para tomar conta da organização social enquanto as demais produzem os recursos necessários para as despesas. Apesar de boa, a idéia mostrou-se um tremendo fracasso porque a animalidade supera a racionalidade, e nem podia ser de outro modo em se tratando de bichos. O dinheiro recebido pelos administradores para custear saúde, educação, segurança e bem-estar para todos, tem o mesmo destino que teria um osso entregue a um dos cachorros de um canil na esperança de que ele o divida com os demais cachorros. A enganação que esconde a roubalheira, se descoberta, faria faltar guilhotinas, garante o governador de São Paulo. A educação que ensina às crianças ser vital a posse de riqueza torna impossível dar certo este modelo de administração pública dependente de probidade. Como conseguir administradores probos tirados de um ambiente onde se aprende canalhices?  Desta situação insustentável, embora haja muita alegria, a realidade que nos envolve promete um futuro sem futuro e não é por falta de aviso. A História registra muitas advertências de pessoas geniais sobre o comportamento humano, todas simplesmente ignoradas. Recentemente tivemos uma matéria denominada O NÓ DO DESENVOLVIMENTO, de autoria de quem sabe o que diz, o doutor Silvio Caccia Bava, porquanto exerce o cargo de diretor e editor-chefe do jornal Le Monde Diplomatic Brasil, publicada na edição n. 70, do mês de maio de 2013 daquele jornal. As informações, brilhantemente ilustrativas da nossa situação no mundo, começam a partir da própria imagem que ilustra a matéria. Ali se vê cinco abastados e ricos senhores que lembram a nobreza francesa do século XVIII num tremendo banquete, sem, entretanto, perceberem uma multidão de esfarrapados caminhando em sua direção. Aquela imagem é o retrato perfeito do abismo para o qual se dirigem todos os homens. Tanto os que enganam, quanto os que se deixam enganar. Uma análise de qualquer iletrado leva à conclusão da inviabilidade do atual sistema de se administrar as sociedades e é por isso que o futuro não tem futuro. Veja, por exemplo, esta informação da matéria jornalística mencionada: No período Collor (1990-1992), o alinhamento com o neoliberalismo levou o governo a adotar políticas de favorecimento do grande capital, como a isenção de Imposto de Renda sobre a distribuição de lucros, fortalecendo um modelo de crescimento que privilegia grandes empresas e corporações internacionais − uma política que aumentou a desigualdade social, concentrando ainda mais a riqueza no topo da pirâmide social. Seus efeitos perduram até hoje: menos de 10% da população brasileira fica com cerca de 50% da renda nacional”.

Evidente que tal caminho leva ao poço onde está o Titanic por ser insustentável uma situação em que numa população de 200 milhões de pessoas, alguns gatos pingados  de apenas menos de 200 mil pessoas desfrutam da metade da renda nacional, enquanto que a outra metade vai atender aos mais de 180 milhões das pessoas restantes. Esta situação não perdurará. É a situação genialmente demonstrada no quadro dos esfarrapados avançando sobre o banquete dos ricos, previsão para a qual Nostradamus tiraria o chapéu. As grandes empresas e corporações internacionais a que alude a matéria são sanguessugas de cujo parasitismo resultará o extermínio dos hospedeiros se estes não exterminá-las antes.

Outra informação da mesma matéria:No início de seu primeiro governo, em 1995, Fernando Henrique Cardoso ofereceu uma cesta de bondades para os mais ricos: Em 1999, em pleno segundo mandato, FHC lançou o Pacote Fiscal 51, aumentando os tributos sobre o consumo, isto é, a tributação sobre os mais pobres”. Conclui-se novamente desta outra informação, tratar-se de labirintos perigosos resultantes do conluio de sempre entre ricos e politiqueiros orientados por aqueles para manter os pobres sujegados à obrigação de prover suas necessidades sem nada reclamar, recomendação predileta das religiões, mas que começa a ser rejeitada.

Outra informação da esclarecedora matéria jornalística: “Nossa Constituição, em seu artigo 166, assegura que a prioridade na execução orçamentária é o pagamento da dívida, e, quando forem necessários cortes no orçamento para cumprir essa prioridade, eles se aplicarão a outras rubricas, por exemplo, nas políticas sociais.” Todos os caminhos pelos quais os condutores da humanidade nos conduzem levam ao Titanic. Da ignorância que é pai e mãe de todos os males, entre os quais se inclui a ganância, surgiu um sistema inexplicável e insustentável de que aos pobres cabe a tarefa de prover as despesas da sociedade, deixando fora os ricos. Isso ficou provado que não dá certo. Foi lá na França em l789. Entretanto, como saco tem limite, depois de esvaziá-los voltaremos a enchê-los comentando a excelente matéria jornalística que pode ser vista na íntegra pedindo ao amigão Google: “le monde diplomatic Brasil o nó do desenvolvimento”. Inté.

 

 

 

 


 

 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

MAIS PROZEAMENTO


Como não sei se escreve com S ou com Z, escrevo um com S outro com Z para ficar em paz com todos. Não faz muito tempo que os ricos americanos invadiram o Brasil por meio dos milicos brasileiros e acabaram com a ousadia dos seus eternamente subalternos sul americanos bailarinos de axé de pretenderem melhores condições de vida, o que implicaria em gastar por aqui mesmo as imensas remessas de dinheiro para a metrópole através de mil falcatruas. O bem-estar dos americanos do norte precisa ser mantido a qualquer custo, até mesmo com o mal-estar de povos tão atrasados como nós que tivemos um senador mambembe chamado Sibá Machado, do PT (partidos dos trambiqueiros), a defender da tribuna do senado, lugar onde só estadistas deviam pisar, aparteou o pronunciamento de outro senador que criticava o baixo desenvolvimento brasileiro para dizer numa subalternidade vergonhosa aquele aborto de senador que nosso desenvolvimento precisava levar em consideração o fato de que se apenas os chineses tivessem o alto padrão de vida dos americanos o planeta entraria em colapso. Esse tipo de baba-ovo é o retrato perfeito, retocado e acabado do politiqueiro que os jovens de melhor visão estão procurando escorraçar da política para que ela possa alcançar o nobre objetivo para o qual foi criada de zelar pela sociedade, o que é inteiramente impossível acontecer com politiqueiros posando de políticos e partidos que se dizem políticos, mas, formados unicamente para fazer trambiques. Sempre foi assim até agora.

Os Estados Unidos quando invadiram nosso país, postaram forças militares americanas a nos espreitar de lunetas e canhões apontados de lá de longe no mar para garantir seu projeto de nos manter sempre colonizados como temos sido até agora. Tiraram os governos colocados pelo povo, mas que não acatavam as ordens de Washington tão obedientemente quanto exigido, e os substituíram por representantes seus do mesmo modo como Napoleão fazia quando arrancava reis de seus tronos para neles colocar seus parentes. Eram governos formados de militares, pessoas preparados para a obediência cega à brutalidade e à ignorância das agressões e, portanto, de modo algum capazes de conduzir uma sociedade a bom termo porquanto lhes falta a espiritualidade contida no nobre sentimento de sociabilidade cuja influência leva as pessoas a terem tão acentuado vínculo sentimental com sua pátria que torna o governante com tais qualidades um perseguidor de vida digna para seus governados. Pessoas preparadas para a brutalidade não contam com tal nobreza espiritual como deram provas os militares brasileiros que mataram nossos jovens idealistas por pura ignorância, espírito bélico e servilismo à metrópole americana.

Os seres humanos sempre viverem debaixo do látego de algum poderoso. O país que mais amealhou riqueza brande seu chicote sobre os países colonizados do mesmo modo como o faz o sujeito mais treiteiro que amealhou mais dinheiro sobre o sujeito menos treiteiro e mais despossuído, consequentemente, fragilizado. Será esta uma boa forma de se viver? O estado geral em que se encontra a humanidade com bombas pipocando e outros quaquilhões de bombas estocadas à espera de sua vez de explodir, tudo leva à convicção de estarmos no caminho errado. Quando os senhores da guerra brasileiros guerrearam contra seus irmãos e a favor dos americanos, alguns gatos pingados se insurgiram e tentaram corrigir o destino do Brasil, mas foram todos mortos porque o governo do povo americano altamente religioso sempre matou e continuará matando em busca de riqueza enquanto não se transformar em pesadelo o seu sonho impossível de grandeza sem limite. Entre os gatos pingados mortos pelos milicos brasileiros a mando dos milicos americanos, a história de um deles, do Carlos Lamarca, deu origem a um filme com uma cena capaz de demonstrar o alheamento do povo em relação ao movimento que os gatos pingados tentavam fazer em benefício da grandeza da pátria, mesmo porque a maioria dos brasileiros nem sabe o que é grandeza e nem pátria. Na cena do filme, um camponês cuja ignorância não permitia perceber estar ele agindo como Judas ao denunciar um lutador procurando evitar que o resultado do nosso trabalho fosse produzir bem-estar lá muito longe daqui, denunciou aos milicos o local onde Lamarca estava escondido e eles o mataram por contrariar as pretensões escusas contra esse povo destinado a chorar na fila do hospital. A indiferença do povo foi a causa da derrota dos gatos pingados que não avaliaram a estupidez do brasileiro que em vez de apoiar seus benfeitores, formaram multidões a gritar em defesa da pátria enquanto ajudava ladrões a espoliá-la e estão repetindo a estupidez agora com esperança em Lula, tão enganador que milhares ou milhões de pessoas se sentem felizes por receberem setenta reais por mês, tirados de quem recebe um salário mínimo, e mesmo assim a ignorância causadora de todos os males leva pessoas inocentes a creditar mérito a um ladrão fartamente denunciado no livro O Chefe.

Surpreendentemente, alguns jovens saíram da clausura da enganação dos festejos e foram tomados por uma consciência cívica de engrandecimento de sua pátria sempre enxovalhada perante a indiferença dos requebradores de quadris no axé e no futebola. São novos gatos pingados. Eles sempre surgem onde quer que haja oprimidos. Tiveram, entretanto, os gatos pingados de agora a sabedoria de abraçar a paz como bandeira na luta em busca de uma vida sem tanta indignidade e choro na televisão. A vida social, na realidade, é a vida das pessoas que formam a sociedade. E sendo assim, uma vez que as pessoas são seres naturais, a vida social, do mesmo modo que a vida individual, também é afetada pelo gene da mutação e, vez em quando, toma caminho diferente daquele que vinha seguindo. Neste momento está acontecendo uma mudança surpreendente de uma situação de completa indiferença com as coisas das quais depende a qualidade de vida social para uma visão totalmente contrária da que se tinha. A indiferença geral até a pouco desligava as pessoas das causas de suas tormentas, o que lhes é altamente prejudicial, razão pela qual o filósofo a classificou de analfabetismo político e disse ser a origem de todos os males que nos afligem. Alguns gatos pingados mandaram para as cucuias esta indiferença e deram origem a uma deslumbrante e alvissareira compreensão da realidade até agora ignorada pela maioria dos jovens que frequentam os terreiros de axé e futebola, aos quais se junta agora um novo terreiro para comer hóstias. Estes novos gatos pingados foram iluminados pela espiritualidade que leva quem a alcança a querer uma vida melhor, e por isso se puseram nas ruas em busca dela, de uma vida digna, mas com a sensatez de procurar alcançá-la pacifica, embora energicamente.

 Para o bem da humanidade, estes jovens estão convencidos acertadamente de que a violência não deve existir entre seres que pensam, devendo se restringir aos seres conduzidos unicamente pela natureza que assim o exige. Porém, faz-se necessário levar em conta que ainda somos mais guerreiros do que pacíficos e que nossas autoridades são marionetes dos ricos, razão pela qual precisarão os jovens gatos pingados esclarecidos procurar esclarecer mais e mais jovens ainda alienados e trazê-los para as ruas porque a única coisa que faz o rico perder a insistência de manter a arrogância dos privilégios é a presença de um grande número de pobres enfezados. Embora saibamos todos as dificuldades impostas pelo poderio dos ricos para qualquer mudança que lhes afete o privilégio, também sabemos que nada é impossível quando o povo realmente está convencido de sua necessidade. Assim, por mais estridente que seja o som proveniente dos corneteiros do apocalipse através de seus berrantes que orientam os jovens da mentalidade do camponês que denunciou Lamarca, não devem os lutadores por um Brasil digno dar ouvidos às propostas apresentadas pelos politiqueiros e repetidas por estas pobres criaturas que assumem aspecto grave para anunciar na televisão o prejuízo de alguns milhões com a depredação de bens públicos, mas não sabem ou não podem dizer por necessidade do emprego que os livros Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos, O Chefe, e dívidas de todo o tipo jogam no ralo dos prejuízos centenas de bilhões de dinheiro. CENTENAS DE BILHÕES! São artimanhas dos chamados formadores de opinião contratados pelos ricos para preparar as enganações que a mídia repete à exaustão para confundir os jovens e conduzir o movimento dos gatos pingados a nada. A proposta de consulta ao povo só tem cabimento se for perguntado se o povo quer trocar os politiqueiros por políticos. Só mesmo bobos seriam capazes de esperar que a bandidagem assentada nos bancos do poder vá tomar medidas que os tirem de lá. E inté outra prosa.