sexta-feira, 31 de março de 2017

ARENGA 399


A cada dia surgem motivos de orgulho para este mal amanhado blog. Quem lê estas garatujas, e há quem o faça porquanto estão registradas já quase sessenta mil acessos ao blog, sabe que se tem repetido por aqui ser inteiramente impossível esperar das autoridades correta aplicação do erário, fazendo-se necessário que os donos desses recursos se interessem pelo destino deles. Isto está registrado por aqui em várias oportunidades. Pois bem, esta mesma constatação é afirmada por ninguém menos do que a ministra Carmen Lucia, conforme matéria publicada no jornal O Globo, intitulada BRASILEIROS PRECISAM ASSUMIR O PRÓPRIO DESTINO, no seguinte teor: "A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia, afirma que para mudar o Brasil os brasileiros precisarão “assumir sua própria história, seu próprio destino, que, muitas vezes, foi deixado a cargo dos outros”. Esta realidade salta aos olhos. Como esperar resultado diferente do que aí está se o destino da sociedade está em mãos de criminosos que elaboram leis que os protegem? De tal situação resulta o absurdo de estar o delegado Protógenes Queiroz sendo considerado criminoso por quebra de sigilo de informações sobre assaltantes do erário. Então, tornar público aos pais que ladrões monstruosos estão roubando o dinheiro do leite das suas crianças passa a ser motivo de punição? Pois é o que aí está em função de serem as leis feitas por ladrões monstruosos. E tais coisas ocorrem justamente porque o povo deixa seu destino a cargo de outros, como disse a ministra Carmen Lúcia, de modo que para ter o povo um mínimo de desfrute do dinheiro que ele produz é realmente necessário que ele participe da administração desse dinheiro.

Mas aí é que a porca torce o rabo porque povo, como afirma Filipe, personagem de Érico Veríssimo, na página 199 do livro Olhai os Lírios do Campo, quando em conversa com o doutor Eugênio no alto de um edifício, aponta para o povo lá em baixo e diz: “Que é o povo? Povo é aquilo. Povo não pensa, não tem vontade.” Ao se constatar ser esta a realidade de não passar o povo de massa amorfa, coisa estúpida que não pensa, chega-se à conclusão de se encontrar não só a insignificante sociedade brasileira dessa merda de república de banana, mas toda a humanidade condenada a uma vida de perfeitos idiotas a se esbaldar de pagar impostos para regalo de gatos pingados denominados autoridades e seus comandantes, os ricos donos do mundo. Há em tudo isso um impasse tão intransponível que “os outros” a que se refere a ministra (falsos líderes), incapazes de pensar, porquanto pertencentes à categoria de povo, conduzirão a humanidade à morte do mesmo jeito que o motorista do caminhão conduz a boiada ao matadouro.

A incapacidade de pensar do povo dá origem a uma classe espiritualmente repugnante de economistas que fazem apologia do mal como o agribiuzinesse, monstruosidade sobre a qual o blog Outras Palavras, escola de alfabetização política ignorada pela massa bruta de futucadores de telefone, publica matéria intitulada GLIFOSATO: O VENENO ESTÁ EM TODO LUGAR, na qual se constata que o espírito de Midas dos condutores e carrascos da humanidade, “os outros”, como definiu a ministra Carmen Lúcia, legalizaram o crime de obrigar os seres humanos a comer veneno através de uma tal de INGESTÃO ACEITÁVEL. Como povo não pensa, nem mesmo sabe disso. Não há controvérsia em aceitarem pacificamente os pais que suas crianças sejam envenenadas e ao mesmo tempo desejarem que eles sejam saudáveis? Pois é o que acontece conforme informação da matéria jornalística no seguinte teor: “Os reguladores dos EUA consideram como Ingestão Diária Aceitável (IDA) de glifosato 1.75 miligramas por kilo do peso corporal (1.75 mg/kg/dia). Na União Europeia esse limite é de 0.3 mg/kg/dia. Esses níveis de tolerância foram definidos com base em estudos patrocinados pela próprias corporações fabricantes de agrotóxicos e mantidos em sigilo em nome do segredo industrial. Uma equipe de cientistas internacionais reclama um IDA muito mais baixo, de 0.025 mg/kg/dia – 12 vezes inferior ao definido atualmente na Europa e 70 vezes inferior ao permitido nos EUA.   -   O relatório conclui afirmando que o único modo de evitar a contaminação por glifosato é comer alimentos cultivados organicamente. “Um estudo publicado em 2014 na Revista de Pesquisa Ambiental confirmou que famílias que adotaram uma dieta de orgânicos removeram, em não mais que uma semana, 90% dos pesticidas do seu corpo, o que foi comprovado por testes de urina”.

E os pontas-de-lança dos ricos donos do mundo, os rabugentos e detestáveis economistas, classe monstruosa de Prostitutos da Consciência, denigrem a imagem de João Pedro Stédile do mesmo modo como os bandidos da política denigrem a imagem de Protógenes Queiroz, Joaquim Barbosa, Sergio Moro e a Polícia Federal. Como estes, o crime do Stédile é desejar que as terras de onde vêm os alimentos estejam nas mãos de pequenos agricultores, a fim de se ter alimentos sadios, capazes de alimentar em vez de envenenar. Desse modo, não sendo o povo capaz de se auto administrar e não havendo administradores idôneos, marcha-se para o matadouro festejando Olimpíadas, Copas, igrejas, axé, futebola, “celebridades” e “famosos”. Fazer o quê, se quem pode fazer, a juventude, é povo? Inté.  

 

    

 

segunda-feira, 20 de março de 2017

ARENGA 398


Nossa sociedade chegou a uma degradação tão absoluta e generalizada que se tornou extremamente desagradável a qualquer pessoas com a mínima capacidade de raciocinar porque a conclusão a que leva o raciocínio é de se estar vivendo em meio a bichos dos mais xucros, irracionalidade da qual não escapam as posudas “excelências” uma vez que no alto e complicado escalão administrativo do país se encontra a mesma aberração social que encontrei numa simples consulta médica porque tanto é incompreensível que autoridades minimizem o episódio do consumo de carne estragada com graves riscos de contaminação das pessoas, não menos incompreensível é constatar o absurdo que constatei ao tentar consultar um médico urologista aqui em nossa Cidade de Vitória da Conquista, o que não é privilégio nosso, e ser informado pela atendente do médico haver necessidade de se aguardar longo tempo antes da consulta porque o doutor atende quarenta pessoas apenas pela manhã. É, ou não é algo inteiramente fora de qualquer lógica? Esse médico não examina o doente, na verdade, ele apenas vende as consultas como aquele juiz cabeludo vendia sentenças. Portanto, como o juiz cabeludo, também os médicos que vendem consultas teriam de ser levados às barras da justiça. Mas aí é que a porca torce o rabo porque se a justiça se fundamenta num conjunto de normas a que se denominam leis, as leis que deveriam promover justiça, na verdade, promovem injustiça como a liberação de um condenado por assassinato muito antes do prazo a que fora condenado a permanecer afastado da sociedade. Mas a porca torna a torcer o rabo porque o infeliz jovem condenado à reclusão estaria ilegalmente recluso uma vez que sua prisão não cumpriria o objetivo visado pela lei que o condenou. E não cumpriria porque a condenação não seria por vingança como era no tempo ainda mais bárbaro do “olho por olho”, mas, sim, para ser educado para o convívio social, para aprender sociabilidade, isto é, que o convívio social não admite assassinato. Para tanto, porém, seria necessário ambiente pacífico e sadio apropriado ao aprendizado, o que simplesmente não existe em nossos presídios inferiores às pocilgas bem organizadas. Desse modo, embora para a família da vítima do assassinato foi uma grande injustiça a justiça a libertação do assassino, no que tem razão, do ponto de vista da finalidade da pena, entretanto, teria havido justiça.

É tudo uma grande irracionalidade que é repassada de geração a geração, transformando as crianças em adultos desalmados, completamente indiferentes ao relacionamento social, seres socialmente retrógrados com o único objetivo de disputar riqueza na base da porrada, numa guerra infindável e socialmente insana porquanto a vida em sociedade requer harmonia. Faz-se necessário bradar aos quatro cantos a necessidade de se dar à vida rumo diferente. É extremamente necessário passar do palavreado vazio para um palavreado que corresponda à realidade das coisas. Não se pode mais ignorar o fracasso da humanidade no cumprimento da tarefa de viver uma vez que a vida tem sido pautada por sofrimentos, o que vai no sentido contrário à razão. Só há irracionalidade em se deixar que o rumo da vida seja determinado por falsos líderes, sem que a ninguém ocorra a falsidade de uma liderança que cuida apenas de si mesma. Um mínimo de inteligência é suficiente para se constatar esta realidade. Quando o líder econômico Emílio Odebrecht disse em depoimento à Lava Jato que o líder político Antônio Palocci é homem de visão, um estadista, o resultado do trabalho dos dois deve ser suficientemente capaz de mostrar a que vem tal liderança. Por que, então, permanecer em tal situação? A racionalidade, e somos seres racionais, clama por uma vida diferente da vida dos irracionais. Chega desse negócio de ser a população tratada como criança da qual muita coisa escapa à compreensão, motivo pelo qual deve ser omitida do seu conhecimento. Aí estão as “autoridades” garantindo que a fiscalização sanitária no Brasil é eficiente e rigorosa. Se é assim, como explicar que a população come carne podre? E como entender também que a Polícia Federal venha investigando a falcatrua da carne estragada há dois anos indiferente ao envenenamento da população? Por que viver como irracionais se somos racionais? Inté.   

 

domingo, 19 de março de 2017

arenga 397


No depoimento à justiça, o empresário Emílio Odebrecht se referiu a Palocci, preso por banditismo, como Homem de visão, um estadista. No Brasil, homem de visão e estadista vai prá cadeia por crime de lesa pátria, o que dá razão à chanceler venezuelana ao afirmar ser o Brasil uma vergonha para o mundo. O que acontece com este nosso país? Se a imprensa de determinado grupo social é o espelho que reflete a alma desse grupo, considerando “alma” não um fantasma do outro mundo como pensam os frequentadores de igreja, axé e futebola, a mais pura nobreza de sentimento, a alma de nossa sociedade está tão podre quanto as carnes que alimentam as crianças brasileiras e que animam alegres adultos em cervejas e churrascos aos domingos. Ao comtemplar a parte da imprensa que reflete a alma do convívio social, eis o que nos apresenta o noticiário: “Mulher de Tiririca declara que ele é bonito e gostoso. Nana Magalhães, a esposa gata de Tiririca, está dando o que falar por aí. Desta vez, a modelo resolveu fazer declarações picantes sobre a intimidade dos dois. // Mariana Goldfarb conta que Cauã Reymond dá palpite em suas roupas. // Carolina Dieckmann contou que sofreu muito durante as gestações de seus dois filhos. // Sou bem-resolvido com o tamanho do meu pau, mas já ouvi dizer que a grossura importa mais na hora de satisfazer uma mulher. Qual a circunferência ideal? // Thammy declara que homens dão prá cima dele”. Aí está, pois, apenas uma lambiscadinha da mostra de nossa alma social. Estas são as personalidades célebres e famosas que o espelho reflete.

No que se refere à administração pública, então, é de morrer de vergonha tanta canalhice. Em matéria no Jornal do Brasil, intitulada “Só a rua salva a Lava-Jato”, a alta técnica jornalística de Hélio Gaspari em apenas uma frase: “Todos operam no caixa dois, diz o coro, mas eu nunca operei, responde cada um dos cantores” mostra o mar de lama em que chafurda esta sociedade da qual os sentimentos nobres fogem como o diabo da cruz. É de espantar como homens da envergadura moral de Jarbas Vasconcelos consegue se aludir à trupe de parasitas do erário chamando-os de colegas. São criminosos chamados de “excelências” que roubam descaradamente o dinheiro do leite das crianças e justificam enriquecimento misterioso negando as acusações, no que são apoiados por advogados de escritórios milionários que de olho no produto do roubo garantem serem falsas as acusações. No mesmo jornal, outras notícias dão conta de um conluio entre “autoridades” e frigoríficos para vender carne podre à população, e o governo, advogando o crime desses criminosos, tal qual os ricos escritórios de advocacia, minimiza tal absurdo. Se para o governo é irrelevante que a população seja envenenada, prá que governo, então? Outra notícia do mesmo Jornal do Brasil dá conta de não se poder mais apurar a denúncia contra Aécio Neves por ter vencido o prazo de validade. Tá certo tamanho absurdo? Então o sujeito rouba o dinheiro do leite das crianças e fica por isso mesmo? Que sociedade é Esta? Mais adiante, o mesmo jornal noticia que mulher de “autoridade” gastou oito vezes a renda que declara possuir. De onde teria vindo o excedente, senão do bolso dos frequentadores de igreja, axé e futebola? Passando para outro jornal, A Folha de São Paulo, aquele que demitiu do quadro de colunistas o Guilherme Boulos por ser um defensor dos fracos e oprimidos que a genialidade de Chico Anísio na figura do deputado Justo Veríssimo queria e a Folha de São Paulo quer que se explodam, dá-se com notícia de que há cinquenta anos Costa e Silva assumiu a Presidência com a promessa de promover o bem geral do país. Tendo em vista que o país continua na mesma merda, conclui-se pela inutilidade dos governos. Outra notícia dando conta de que a incidência de câncer colorretal aumenta entre os mais jovens, evidencia algo de muitíssimo errado no modo de condução da juventude inexperiente. Mais outra notícia dá conta de que um dos ladrões do erário, um tal de Youssef, passa a regime aberto com dívida de R$ 1 bi, dinheiro também tirado da sociedade que vai dar vida faustosa ao meliante. Outro ladrão do erário, um tal de Nestor Cerveró, além de ter liberada sua mansão no Rio de Janeiro, seu advogado que ficará com uma parte do roubo diz que a dívida de seu cliente é impagável. Assim, fica o bandidão de um olho prá cima e outro prá baixo livre para curtir vida faustosa às custas da manada que se dependura no corrimão dos coletivos rumo às senzalas. Que sociedade é esta? Passando para outro jornal, O Globo, tem-se que a diretoria da H. Stern vendeu para o governador Cabral seis milhões e joias, o que desmente a existência de controle sobre o uso do dinheiro público pelos tribunais de conta entre cujos membros também existem ladrões, o que não pode deixar de ser em se tratando desta vergonha de país, no qual, como disse a doutora Eliana Calmon, há bandidos de toga. Isto lá é país? O mesmo jornal noticia também que Romero Jucá, presidente do PMDB, propõe que mais de R$ 3 bilhões de reais sejam destinados a campanhas políticas e que Lula recebeu quase R$ 1 milhão em 2015 de empresa de palestras. É simplesmente inadmissível que a sociedade aceite não só privar-se de um dinheiro daquele tamanho a ser gasto para convencê-la a votar em ladrões para assaltá-la, mas também ser tão boba a ponto de ser convencida de que um analfabeto ganhe um milhão fazendo palestras. O que tem um analfabeto a ensinar? Ao voltar os olhos para a Carta Capital, damos com o seguinte: “Suruba é a palavra perfeita para descrever Brasília atualmente. Os poderosos perderam o pudor, o ambiente é de alegre promiscuidade. Dizem o que pensam e defendem para o País, sem vergonha de parecerem machistas, elitistas, hipócritas, espertalhões, e ainda mergulham em conchavos para salvar a pele de todos e dos amigos contra a Operação Lava Jato. Na mesma revista: “Reforma da Previdência ignora 426 bilhões devidos por empresas ao INSS. Dívida é o triplo do déficit anual calculado pelo governo. Entre as devedoras, estão as maiores do país, como Bradesco, Caixa, Marfrig, JBS e Vale.  Enquanto propõe que o brasileiro trabalhe por mais tempo para se aposentar, a reforma da Previdência Social ignora os R$ 426 bilhões que não são repassados pelas empresas ao INSS. O valor da dívida equivale a três vezes o chamado déficit da Previdência em 2016”.

Esta é a alma da sociedade brasileira refletida no espelho representado pela imprensa. Não há termo capaz de definir a estupidez de uma juventude que chafurda num merdeiro desse tamanho rumo ao caos em vez de articular pacifica e inteligentemente uma sociedade espiritualmente sadia onde seus filhos tivessem paz, água sem bosta, comida sem veneno administração e não respirassem a podridão fedorenta que exala de Brasília. Um pê esse para terminar: Se Lula processou o procurador Dallagnol por acusá-lo de chefe de quadrilha e roubo, por que não processou Ivo Patarra, autor do livro O Chefe, que o acusa dos mesmos crimes? Inté

 

 

 




 

 

 







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quarta-feira, 15 de março de 2017

ARENGA 396


O Ricardo Boechat que me perdoe por trazer seu nome com frequência para estas garatujas. Mas, sendo a preocupação por aqui, procurar despertar ricos, pobres, velhos e novos, brancos, amarelos, pretos e até cor de rosa como trump para a necessidade de pensar, não poderia este mal amanhado blog deixar de se referir ao Boechat por ser uma pessoa que invoca o exercício do pensamento de forma tão convincente como fez no dia 14/03/17, em seu comentário diário na rádio paulista Bandeirantes FM. O Boechat é um verdadeiro enigma. Como é possível alguém capaz de tal compreensão sobre nosso monumental problema social se declarar admirador de futebola, não obstante o que registra o livro O Lado Sujo do Futebol, cujo conteúdo não escapa à sua vivacidade? Enigmas à parte, o que se trata aqui é da realidade de ser o Boechat a única voz que diz coisa com coisa no mar de bolodórios, tagarelices, tergiversações e muita bobagem ouvidos de jornalistas, analistas políticos (entre os quais quem é tão vazio a ponto de usar brinquinho na orelha), cientistas de politicagem, enfim, um converseiro que não leva a nada porque se limita a girar em torno das consequências que amarguram esse belo país de triste sorte sem contudo tocar nas causas que outras não são senão a fome de riqueza própria do sistema adotado no mundo chamado capitalismo no qual as pessoas têm o mesmo comportamento da tartaruga em engoliu enorme quantidade de moedas e precisou ser operada para retirá-las. De forma magistral pela clareza de raciocínio lógico e abrangente, o Boechat mostrou a necessidade de se ponderar sobre a realidade de viver nossa sociedade uma irrealidade tão grande que alto representante da justiça mancomuna com politiqueiros formas canhestras de legalizar ilegalidades, o que inviabiliza totalmente o futuro das próximas gerações porquanto da honradez, da moralidade, dos bons costumes e dos comportamentos éticos nenhuma sociedade pode prescindir, sob pena de sucumbir. Para não sucumbir é que a sociedade criminosa dos politiqueiros estão a deturpar o código de honra da sociedade brasileira, sobre cujo assunto o grande jornalista deu aula monumental. E se a sociedade brasileira não aprender, a sociedade bandida prevalecerá para desastre das futuras gerações.

Quando a Chanceler da Venezuela disse que o Brasil é uma vergonha mundial, embora atitude de macaco que senta sobre o rabo e zomba do rabo dos outros macacos, disse pura verdade. Em termos de honradez, moralidade e legalidade a política brasileira é algo capaz de envermelhar a face de Sergio Moro, Rodrigo Janot, Eliana Calmon, Heloisa Helena, os jovens da Lava Jato e da Polícia Federa, até mesmo a de Joaquim Barbosa. A pose com que se apresenta ao povo Fernando Henrique Cardoso sugerindo uma sacanagem maior que o próprio mundo ao insinuar inexistência de crime no fato de embolsar dinheiro de empreiteiras para a sociedade já imensamente sacrificada pagar, sugerindo não haver motivo de penalização aos politiqueiros de cuja trupe ele faz parte, é algo de assombrar em termos de imoralidade política. De forma tão límpida como água potável no meu copo de cristal de tomar uísque, o Boechat desbancou a pretensão dos politiqueiros de propor medidas destinadas a evitar punição pelos roubos praticados no passado lembrando que os crimes cometidos pela monstruosidade do nazismo nunca deixaram de merecer punição, apesar de terem sido praticados no passado. É por isso que este mal amanhado blog não pode abrir mão de lembrar a necessidade de ouvir as ponderações sensatas daquele jornalista, fora de assunto de futebola. A juventude, sobretudo, sob pena de merecer o escárnio de seus descendentes, deve se ligar nos comentários do Ricardo Boechat e dedicar pelo menos poucos minutos para discutir com seus colegas analfabetos políticos suas análises sobre o mundo da política porque o futuro de seus filhos esta negativamente comprometido ao depender de um mundo asqueroso e indigno de uma juventude mentalmente sadia.

É por falta de tais ponderações que a fração da juventude brasileira considerada mais esperta no bom sentido, a juventude carioca, depois da Lava Jato, mostrou-se tão mentalmente medíocre quanto todos os demais babacas futucadores de telefone e apreciadores de “celebridades” e “famosos” ao ser feita de boba por espertalhões que a espoliaram até deixar seu estado de chapéu na mão. Fosse realmente esperta atentaria nas ponderações do Boechat sobre a inusitada situação de se acreditar na inocência do governador Pezão, unha e carne com o autor da proeza de deixar a zero o erário da juventude carioca “esperta”, tão esperta que aplaudiu dona Dilma ao lado de um velho coxo que passou pela vida sem nada aprender inaugurando a piscina faraônica onde outros jovens tão “espertos” quanto os jovens cariocas exibiriam prozas aquáticas, não obstante o momento demandar proezas mentais. Portanto, o universo jovem não passa de uma trupe imbecil que se engana com a explicação do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) diante da revelação de que uma conta em seu nome num banco suíço movimentou e sacou US$ 833 milhões no final de 2011, tendo ele alegado que o dinheiro foi depositado e sacado por terceiros. Uma juventude levada no bico cem tanta facilidade não passa de uma juventude de merda.

O último parágrafo da matéria publicada no Jornal do Brasil de 12/03/17, no caderno País - Opinião, intitulada O POLÍTICO PERSEGUIDO E O CHEFE DE QUADRILHA faz uma análise semelhante às do Ricardo Boechat, nos seguintes termos: “Enfim, onde está a Justiça que precisa de um acompanhamento só para ter certeza que determinados políticos são ladrões? É só analisar suas evoluções patrimoniais. Não pode um político que tem como rendimento só o que ganha na vida pública ter propriedade de 10, 12 milhões de dólares. E em alguns casos muito mais do que uma só propriedade. Várias com valores iguais ou superiores a esse. Se consegue este dinheiro, não foi pelo tempo na vida pública, e sim pelo tempo que roubou exercendo mandatos na vida pública. A evolução patrimonial é a forma mais simples desses pusilânimes enganadores do povo serem identificados e presos, e seus bens sequestrados. Até porque o tempo que passam na cadeia, comendo e sendo vestidos, passam às custas do povo que eles roubaram. Por isso, não é justo que esses senhores saiam de lá como "baruscos", "cerverós", "paulos robertos costas", ou como empresários corruptos que estão em Portugal em suas mansões”. A propósito, é o próprio Jornal do Brasil que publica mais uma das muitas notícias que justificam a pecha de “vergonha mundial” atribuída a nosso país ao dar conta de que o ladrão Cerveró acaba de recuperar luxuoso apartamento cem Ipanema comprado com dinheiro roubado da sociedade. Que raio de justiça é essa na qual um ministro da mais alta corte de injustiça do país faz voltar ao convívio social o assassino Bruno? APRENDA COM BOECHAT, Ó JUVENTUDE POLITICAMENTE ANALFABETA, ESTAR TUDO ERRADO NA SUA VIDAI! Inté.

 

       

terça-feira, 14 de março de 2017

ARENGA 395


FAZER A ECONOMIA ANDAR. Diz a papagaiada de microfone. O papagaio de microfone é um dispositivo parecido com um ser humano usado pelo sistema que administra a riqueza do mundo para dizer ao povo que ele precisa comprar tudo que estiver à venda até condicionar seu cérebro a convencê-lo de ser realmente necessário comprar, comprar e comprar num frenesi alucinante que abarrota lojas aviões, ônibus, barcos, a fim de atender ao apelo de fazer compras. No começo do século passado, um cientista russo chamado Ivan Petrovich Pavlov, através de uma experiência conhecida como O CÃO DE PAVLOV, demonstrou na prática o condicionamento cerebral da seguinte maneira: Sabendo que o cão saliva à presença de comida, Pavlov tocava uma campainha antes de dar carne ao cão, o que fez repetidas vezes. Após algum tempo, o cérebro do cão foi convencido de que após o som ca campainha viria a carne, razão pela qual, repetida a opoeração por algum tempo, apenas o som da campainha fazia com que o cão salivasse. Na realidade da vida, os fabricantes das coisas a serem vendidas desempenham o papel de um Pavlov que em vez da campainha aciona os papagaios de microfone. Os papagaios de microfone, em vez do cão, condiciona o cérebro do povo através do infindável estímulo para comprar. De tudo isso se conclui não ter o povo percebido ainda ser formado por seres infinitamente superiores ao cão, graças à capacidade de recionar com que a natureza os distinguiu. Em vez disso, comporta-se o elemento povo de modo incompatível com a nobreza existenta na capacidade de pensar, agindo de modo semelhante a um cavalo puxado por um espécime de povo rumo à carroça à qual um vai atrelar o outro.

O modo de viver vivido até aqui não condiz com a posição que o homem deve ocupar na natureza. Absolutamente nada justifica a proteção das grades de ferro como se vivêssemos num zoológico cuja existência também não se justifica porque lugar de bicho é no mato. Está tão fora de sintonia com a realidade a sociedade humana que ainda existem reis, rainha, príncipes e princesas. Até habilidade de chutar bola, cantar bobagens e se segurar sobre um pobre animal que procura se livrar do montador aos saltos é motivo para elevar alguém à categoria de rei na mentalidade de povo.

Recusa-se a humanidade em evoluir espiritualmente. Ao contemplar a história dos seres humanos através dos tempos percebe-se o mesmo comportamento desagregador do qual resultam seres considerados superiores e inferiores, distinção estabelecida pelos próprios seres humanos, quando é a própria natureza criadora que exige união. Embora nem tudo ha História pode ser tomado ao pé da letra, o historiador Henry Thomas, em História da Raça Humana, dá um exemplo que pode muito bem ser a explicação do erro inicial que originou a burrice até hoje considerada sabedoria do comportamento que separa as pessoas em enganados e enganadores através do “levar vantagem”.

Pondera aquele historiador que no lugar onde ocorreu o primeiro agrupamento humano, no Egito, onde a alimentação dependia das enchentes do rio Nilo, por isso ou por aquilo alguém observou o espaço de tempo entre uma enchente e outra, usando desse conhecimento para se fazer superior às outras pessoas do grupo insinuando-se capaz de manter comunicação com entidades divinas responsáveis pelos fenômenos da natureza, esperteza que o elevou à condição de sacerdote, portanto, parasita da sociedade à qual pertencia. Ao lado destes “espertos” individualistas, outra categoria de parasitas veio a ter origem quando alguém acumulava na época da fartura alimento que usava para vender às demais pessoas do grupo na época de escassez, comportamento antissocial do qual resultou se tornarem estas pessoas poderosas, poder que veio afinal a fazer delas autoridades governamentais, portanto, também parasitas do grupo a que pertenciam. Tivessem tido estes “espertos” comportamento social de compartilhar com o grupo suas observações não teria sido instalada a culta da desunião da qual resultaram as revoluções cepadoras de cabeças acontecidas e as que acontecerão.

Como se vê, é a “esperteza”, na verdade uma grande burrada, a fonte de todos os infortúnios humanos. E para perceber o quanto longe da realidade está a humanidade é suficiente constatar que os seres humanos inventaram um tal de Deus como exemplo de virtude, mas em nome do qual corre rios de sangue e muita infelicidade. Inté.     

 

  

 

 

 

 

domingo, 12 de março de 2017

ARENGA 394


Entre as muitas histórias que integram a bela mitologia grega que convidam ao exercício do pensamento existe uma tragédia chamada Medéia, criada por um poeta chamado Eurípedes. Conta que o príncipe Jasão foi encarregado pelo rei Pélias de recuperar o velocino de ouro, uma pele de carneiro alado cuja lã era feita de ouro, usurpado daquele reino. Numa embarcação chamada Argo embarcou ele em companhia de outros bravos jovens que ficaram conhecidos como Argonautas. Chegando ao reino do rei usurpador, Aietes, Jasão foi incumbido de executar três tarefas consideras impossíveis por seus companheiros como condição de ter de volta o velocino de ouro. Como a mulher de Zeus, o deus mais poderosos entre todos os deuses apreciava Jasão, fez com que a filha de Aietes chamada Medéia e que dispunha de grandes poderes se apaixonasse por Jasão e o auxiliasse no cumprimento das difíceis tarefas, o que o levou ao sucesso e Medéia, apaixonada, acompanhou Jasão que algum tempo depois abandonou-a por ter-se apaixonado pela filha do rei Creonte, o que levantou na alma de Medéia um sentimento de vingança tão terrível que ela afirmou ser a mulher comumente temerosa, que foge à luta, que estremece à vista da arma. Mas, quando seu leito é ultrajado, não existe alma mais sedenta de sangue. Foi tão violenta a ação de Medéia que matou os próprios filhos para causar sofrimento no pai, Jasão, e tramava morte pavorosa para ele, sua nova mulher, Glauce, e para seu pai por dado a filha a Jasão em casamento. Embora não pareça, as maquinações de Eurípedes ao criar esta história traz à juventude a necessidade de pensar em outra coisa que não apenas o profissionalismo ganhador de dinheiro. Como assim, haveria de inquirir o incrédulo frequentador de igreja, axé e futebola. Acontece que sendo a sociedade feminina como Medéia e como ela relegada a total desprezo pelos seus dirigentes, estarão seus infelicitadores condenando-se do mesmo modo que Jasão, Glauce e seu pai a se tornarem alvos de terrível vingança por parte da sociedade, como já aconteceu por mais de uma vez durante o curso da História, inclusive, segundo o historiador Barns, página 888 do segundo volume de História da Civilização Ocidental, entre as causas que provocaram os horrores da Revolução Russa de 1917 estaria a sangria dos recursos públicos em função de conluios entre fornecedores do governo e funcionários públicos. Exatamente o que está sendo demonstrado pela Operação Lava Jato, perseguida pelos funcionários públicos que se beneficiam dos conluios.

Os habitantes do planeta Terra estão à deriva do mesmo modo como estariam os passageiros de um barco cuja    tripulação, seduzida pela magia do canto de sereias, abandonasse a responsabilidade de suas funções para viver um mundo irreal de loucas fantasias sugeridas pelo encantamento. Do mesmo modo, seduzidos pelo canto do sistema econômico, os dirigentes do destino da humanidade vivem a falsa realidade de haver vantagem no consumismo e no “levar vantagem” sobre os mais fracos e desprotegidos, desumanidade recomendada pela economia, da qual resultam as grandes riquezas e as grandes pobrezas. Desumanidade aqui não tem o mesmo sentido de piedade, caridade, bondade, pieguices dos frequentadores de igreja, axé e futebola infensos à atividade de pensar em outra coisa que não BBB, “famosos” e “celebridades” cuja mentalidade não vai além dos vasos sanitários. A desumanidade em ser indiferente às dificuldades alheias está na impossibilidade de se formar com tal comportamento uma sociedade espiritualmente elevada, portanto, diga de seres humanos, visto que tal sociedade não pode existir enquanto houver quem não possa satisfazer plenamente suas necessidades essenciais. Equivale a dizer que sentimento humanitário é ter a clarividência necessária para compreender a necessidade de ter em relação à todas as pessoas indistintamente a mesma preocupação que se tem em relação a si mesmo e aos familiares. Embora os babacas repetem como autômatos “deseja para os outros o que deseja para você mesmo”, não é o que fazem, e é em função desse não fazer que se deve a ilusão de serem as coisas necessárias à existência material e a religiosidade os dois únicos aspectos da vida merecedores de meditação. Falsidade das maiores porque se da meditação religiosa resulta a infelicidade do ataque a bomba que matou ao menos quarenta e quatro iraquianos e feriu outros cento e vinte a caminho do templo de orações, como noticia a imprensa, das meditações econômicas resultam infelicidades sem fim como estas registradas em matéria do jornalista Silvio Caccia Bava publicada no jornal Le Monde Diplomatic Brasil, denominada Convulsões Sociais: “Com o corte nas políticas sociais praticado pelo governo federal e o ajuste imposto aos governos estaduais e municipais obrigados a cortar salários e previdência dos servidores públicos o conflito está aberto.  A soma destes fatores com insensibilidade do governo sem voto e sua postura submissa ao rentismo estão levando o país para um período de convulsões sociais.   As pessoas se refugiam em casa com medo da violência generalizada. O atraso no pagamento dos servidores e o congelamento de seus salários levaram as PMs e os bombeiros a permanecer em seus quartéis. Supermercados e mais de duzentas lojas são saqueados pela população na região metropolitana. No estado, outros cem saques são registrados. O comércio fecha as portas. Mais de 170 veículos são roubados no período.”

A sociedade humana é submetida a maus tratos desde que se tem conhecimento dela e é realmente muito impressionante como se submete a isto sem se cogitar outra forma de convivência tanto os maltratadores quanto os maltratados uma vez que de tal comportamento resultará infelicidade para uns e outros. Embora felicidade suponha total ausência de sofrimento, o que é inteiramente impossível na vida porque a maioria deles são impostos pela natureza, realidade desconhecida apenas enquanto dura a inexperiência e o vigor da juventude, a inteligência, contudo, deve levar a procedimentos que evitem os sofrimentos evitáveis. Inté.  

 

 

 

sexta-feira, 10 de março de 2017

ARENGA 393


O mundo só terá desassossego, sobressaltos e crescente infelicidade enquanto tiver a prosperidade material do desenvolvimento econômico por principal objetivo. A economia, assunto sobre o qual papagaios de microfone papagaiam incessantemente, numa distorção total da verdade dos fatos, mereceu do escritor Edmilson Movér, na página 21 do ensaio Antitratado de Economia, a observação lúcida de que se a ciência da economia resolvesse alguma coisa a sociedade americana não deveria sofrer os efeitos das crises econômicas como aconteceu em 2008 porquanto é lá onde se encontram as mais avançadas universidades de ciências econômicas em todo o mundo. Na realidade, a irrealidade do que afirmam os economistas não se deve ao fato de serem pessoas desprovidas de inteligência. A verdade observável no curso da História é que todo e qualquer tipo de governo tem seus apoiadores. Dentro desta irrefutável lógica, os economistas são os apoiadores do sistema capitalista adotado pelos governos que ditam a administração do mundo. Sendo os Estados Unidos o carro-chefe dos países capitalistas, seu Secretário de Estado, o economista Henry Kissinger, bradou e os economistas das repúblicas de banana principalmente repetem à exaustão que a melhor forma de administração é permitir que o mais forte (o mais rico) subjugue o mais fraco. É o que fazem nossos papagaios de microfone quando apontam vantagens no agribiuzinesse, no consumismo e na reforma da previdenciária, o que fazem não por desinteligência, mas pela garantia do emprego que lhes assegura a manutenção da família. O emprego é uma forma de subjugar, de submeter-se à vontade do empregador ante a possibilidade de perder a garantia do sustento da família. Por isso e emprego impele o desenvolvimento mental sempre na direção de riqueza, objetivo que orienta todo empregador e que leva a humanidade a empregar em armas recursos que deveriam ser empregados em bem-estar individual do qual depende o bem-estar social, e vice-versa. No frigir dos ovos, chega-se à conclusão de serem os economistas nada mais do que moleques de recado da ideologia de Donald Trump segundo a qual o aquecimento global é conversa fiada, o que é desmentido pelo descontrole dos fenômenos naturais e pela notícia publicada no Jornal do Brasil sobre matéria do jornal inglês The Guardian onde se lê o seguinte: OMS diz que poluição é responsável por 1,7 mi de mortes de crianças ao ano. Matéria publicada nesta segunda-feira (6) pelo The Guardian conta que de acordo com novos relatórios da Organização Mundial de Saúde a poluição é responsável por uma em cada quatro mortes entre todas as crianças menores de cinco anos. O diário acrescenta que as principais causas seriam ar tóxico, água com impurezas e falta de saneamento básico”.

Considerando, pois, a realidade de defenderem os economistas procedimentos dos quais resulta morte de criancinhas, chega-se à conclusão de serem eles tão nocivos à sociedade quanto os advogados que se tornam milionários por conta da especialização de inocentar ladrões do erário em troca de participação no produto do roubo, prática da qual também resulta na morte de criancinhas por falta do leite redentor. Também na contramão vai o lengalenga dos economistas sobre a esperança de combate ao desemprego. O economista ganhador de Nobel Joseph E. Stiglitz na página 215 do livro O Mundo Em Queda Livre coloca o desemprego como causa impediente à organização social quando afirma que “Enquanto o índice de desemprego permanecer alto, a ameaça da deflação será tão grande quanto a da inflação. A deflação é um risco sério porque, quando os salários e os preços caem, as famílias não conseguem pagar suas dívidas”. É falso o mundo da economia capitalista aprovado pelos economistas, não só por se apoiar no sistema bancário, cupim que corre a tranquilidade das pessoas ao sugar-lhes o suor, mas também por se fundamentar na dependência do emprego quando a realidade é que a fome de riqueza dos patrões dos economistas, os ricos donos do mundo, promove deliberadamente o desemprego a título exatamente de economia. Até as prostitutas perdem seus empregos para a tecnologia que proporciona economia para a avareza dos Midas da revista Forbes como mostra esta notícia: Barcelona recebeu a primeira casa de prostituição apenas com bonecas hiper-realistas de material termoplástico. Não há sequer uma mulher de programa no novo bordel da cidade espanhola. Segundo o jornal “Mirror”, uma hora de programa com as bonecas custa cerca de R$ 330, o que equivale a 100 euros. Os quartos são individuais e a empresa promete que assegura a máxima higiene”.

Prova de se tratar de pura falsidade o mundo da economia é a matéria jornalística dando conta de que na China acabou a escravidão porque os operários de lá ganham salário superior ao salário dos brasileiros. Ora, tal afirmação é conversa para boi dormir ou para massa de frequentadores de igreja, axé e futebola. Sendo o emprego o elo que prende o trabalhador à escravidão, como falar em libertação através do salário que liga o trabalhador ao emprego? Qualquer que seja o salário, será sempre nada mais que apenas pequena parcela do resultado do trabalho desenvolvido pelo trabalhador, como afirmou Marx, cujo grande erro foi depositar esperança na massa bruta de povo ao depositar nela uma capacidade que não existe de formar uma sociedade civilizada. Na página 895 do segundo volume de História da Civilização Ocidental, diz Burns, seu autor, que em 1872 em Amsterdã Marx teria declarado que em países como Inglaterra e Estados Unidos os trabalhadores poderiam alcançar seus fins por meios pacíficos, História tem mostrado provas indiscutíveis desta impossibilidade, inclusive o episódio monstruoso de ter sido uma fábrica fechada e incendiada nos Estados Unidos com os trabalhadores lá dentro por reivindicarem melhores condições de trabalho.

Afirmar libertação da escravidão através de salário é tão tendencioso quanto a afirmação safada do posudo FHC de não haver prejuízo social no financiamento de campanha. Tal afirmação é nada menos que uma verdadeira imoralidade do ponto de visto social por ser, na verdade, um processo diabólico contra a sociedade sobre a qual recairão as consequências dessa safadeza de financiamento de campanha ora demonstradas pela Operação Lava Jato que afetaram de modo mais grave o Rio de Janeiro onde o resultado do financiamento de campanha deixou uma penúria tão grande que os funcionários públicos estão mendigando comida.

A falsidade da afirmação de Fernando Henrique, sobre quem o próprio tio disse não merecer confiança, foi muitissimamente bem analisada e desbancada pelo perspicaz jornalista Ricardo Boechat, cuja capacidade de percepção dos fenômenos sociais contrasta flagrantemente com sua declaração de gostar de futebola, por ser este parte do pão e circo do qual provém a indiferença em relação à política, o analfabetismo político que propicia campo livre às malandragens do mundo da politicagem ao desviar a atenção da massa bruta de povo, tornando-a incapaz de perceber as nuances contra ela como faz magistralmente o grande jornalista admirador de futebola. Inté.

 

 

 

 

 

quarta-feira, 8 de março de 2017

ARENGA 392


A injustiça de haver fome no mundo enquanto imbecis esbanjam fortunas da na revista Forbes é uma realidade espantosa de haver injustiças garantidas pela própria justiça, o que significa não haver justiça no sentido de se corrigir as distorções capazes de inviabilizar a harmonia necessária a uma vida social com o mínimo possível de atribulações. Pois não é isto o que se espera da justiça? A seres ainda tão brutos como os humanos, a noção de justiça não encontra espaço na personalidade porque o sentimento do que é justo não é diferente do de amor, amizade, confiança, que não podem ser impostos por nascerem do mais íntimo e nobre no ser humano, aquilo que se costuma denominar de alma. Os seres humanos não terão tempo para se desenvolverem mentalmente até uma elevação espiritual que lhes permita formar uma sociedade justa. Como tudo o mais, também no que diz respeito ao nobre sentimento de justiça, observa-se algum avanço positivo, embora insignificante ao que devia ser. Tão insignificante quanto o avanço do sentimento de justiça é o avanço da antirreligiosidade que já devia estar muito à frente. No entanto, procedimentos adotados por seres humanos para impor sofrimento a outros seres humanos em nome de Deus, dos quais é possível se ter noção através das imagens a que se pode ter acesso pedindo ao amigão Google temas relacionados à Inquisição, coisas tão repugnantes que parecem de monstros. O fato de ainda haver tanto bafafá em torno de Deus e de terem persistido as monstruosidades da Inquisição até às vésperas da fuga da família real para o Brasil em 1808 como relata Laurentino Gomes no livro 1808, testemunha a recusa em se perceber a realidade. Da mesma forma, quanto ao sentimento de justiça, demonstra algum desenvolvimento positivo o fato de ter sido abolida a barbaridade incompatível com o raciocínio de se acreditar ser razoável equiparar um ser humano a um irracional por ter a pele negra. No entanto, em função da recusa em progredir espiritualmente, a servidão apenas mudou de forma, mas nunca deixou de existir.

O que não falta é conversa jogada fora em torno da infelicidade humana, sem, entretanto, que lhe identifique a causa que outra não é senão o atraso em se desenvolver mentalmente, recusando-se terminantemente a se desgarrar da animosidade que faz indispensável a presença de uma força moderadora do mesmo jeito com as crianças não dispensam a presença de um feitor. Quando Rui Barbosa sentenciou que toda a infelicidade humana decorre da ignorância, esta ignorância pode ser resumida à falta de percepção da necessidade de se pensar sobre a vida em vez de vivê-la como irracionais, em eterna disputa entre o mais forte e o mais fraco. Como não podia ser diferente, sempre com vantagem para o mais forte porquanto a fortaleza em questão é força bruta.

Nesse exato momento, concretiza-se entre nós desta triste república de banana a teoria de que os males decorrem da falta de meditação sobre a vida. Está em andamento uma série de medidas pela força do governo de ricos contra a fraqueza do povo das quais resultará ainda maiores restrições às muitas que limitam a capacidade de ter o povo atendidas suas necessidades, objetivando com isso aumentar ainda mais a riqueza dos poucos que já possuem abundância de riqueza, procedimento que trará um futuro de inquietação para uns e outros. Portanto, nem uns e nem outros estão refletindo sobre como será um futuro com imensa quantidade de excessivamente necessitados ao lado de alguns gatos pingados excessivamente abastados.

A respeito da reforma previdenciária que beneficiará o sistema bancário o jornal do Brasil mostra matéria publicada pelo jornal americano The New York Times intitulada: LÍDERES DO BRASIL DEFENDEM AUSTERIDADE, MAS NÃO PARA ELES, onde se lê: “Reformas de Temer são para menos favorecidos. Enquanto Congresso está se preparando para cortar benefícios de pensão em todo o país, membros do Governo se aposentem com pensões vitalícias depois de apenas dois anos no cargo”. Inté.

 

 

 

 

segunda-feira, 6 de março de 2017

ARENGA 391


Ronaldo Fenômeno acaba de vender o apartamento que mantinha havia mais de dez anos na elegante Avenue Montaigne, em Paris. O ex-craque e a namorada, a modelo Celina Locks, passaram uma derradeira estada no lugar entre o início do segundo semestre e o começo de novembro, quando ela veio ao Brasil a trabalho. O valor da venda segue guardado a sete chaves. Esta notícia publicada na revista Carta Capital era para ser encara pela juventude como uma bofetada na cara. Quando esta juventude for substituída por outra que não leva para casa um zero do Enem e que atinar com a realidade de que seus avó, bisavós, trisavós ou seja lá que “vós” forem pagaram satisfeitos e brincalhões as despesas de mil e uma coisas desse tipo fartamente estampadas na imprensa, enquanto enfrentavam fila na madrugada chuvosa a mendigar empréstimo para pagar o estudo que a constituição lhes garante por conta dos impostos, o que haverá de pensar aquela juventude sobre esta juventude? Que ideia faria ela de seus antecedentes que se dependuram nos corrimão dos coletivos rumo às igrejas para levar o dinheiro de construir templos monumentais e pagar uma plêiade imensurável funcionários completamente inúteis por representarem um Deus que nunca existiu? Ou para os terreiros de requebrar os quadris no axé levar o dinheiro para custear a vida faustosa de “famosos” que não sabem fazer um “O” com um copo e de “famosas” cuja maior especialidade á esfregar as xoxotas? Ou para as lojas, sugestionados pela papagaiada de microfone, levar o dinheiro de trocar por um mais rápido o aparelho de futucar? Ou para os estádios de futebola levar o dinheiro de pagar os iates, apartamentos, aviões, farras monumentais de jogadores de futebola com “modelos”? Ou será que ninguém precisa pagar por nada disso? Virá tudo de um passe de mágica, de um "Fiat” semelhante ao que criou o universo, como acredita a massa ignara da qual faz parte a juventude atual? Ou a juventude começa a usar a capacidade de raciocinar com a qual a natureza lhe diferenciou da besta, ou a amargura que ela amarga agora, embora e não saiba ser amargurada exatamente por não pensar, haverá de amargurá-la de modo tão intensivo que não poderá deixar de tomar conhecimento tal a intensidade dos sofrimentos provenientes do atual modo de viver apenas em função de riqueza e ignorância. Ao se perguntar a um jovem pelo seu estado de saúde, a resposta estou bem, vem inevitavelmente acompanhada de um graças a Deus. Entretanto, ele descobrirá entristecido quando lhe bater à porta da velhice a realidade de que Deus só cuidava dele enquanto jovem com reserva de energia. Na hora da necessidade de UTI, entretanto, se não tiver uma boa conta bancária, estará esperando por ele o mesmo por que passou o personagem de Leon Tolstói no livro A Morte de Ivan Ilitch.  Não admitir esta hora é o pior dos resultados do não pensar porque ele chegará tão certo quanto estou a teclar estas mal traçadas e aquele que atravessou o período de vida sem educar-se espiritualmente amargará sem necessidade sofrimentos dispensáveis. E esta é uma afirmação facílima de ser checada. Basta visitar todas as dependências de um hospital, principalmente os de pobres, embora sejam os preferidos de Deus no dizer dos frequentadores de igreja, axé e futebola, categoria na qual se enquadra noventa e nove vírgula nove por cento da juventude cuja mentalidade está muito bem representada pela mentalidade que molda a personalidade do filho de presidiário Sérgio Cabral ao perguntar a um segurança: “VOCÊ SABE QUEM SOU EU?”. Antes da Lava Jato, certamente ele perguntaria “VOCÊ SABE QUEM É MEU PAI?”. Não o fez certamente por medo de ouvir a seguinte resposta: “SEI. UM LADRÃO”. Certa vez, entre goles de uísque no Aerobar, ouvi que ante a arrogância de um jovem que lhe perguntou se ele sabia quem era seu pai um segurança respondeu: “SE NEM SUA MÃE SABE, COMO É QUE EU VOU SABER?”

Infelizmente, a juventude é isso daí. Não há termo capaz de expressar o tamanho da estupidez de uma juventude que aplaudiu a sacanagem da Olimpíada que segundo matéria publicada no Jornal do Brasil denominada 'Le Monde' chama Rio de Janeiro de favela Olímpica, onde se lê coisas assim: “O jornal francês Le Monde traz em sua edição deste sábado uma reportagem intitulada "La favela olympique" (em português: favela olímpica), onde critica fortemente o estado das instalações feitas para a realização dos jogos olímpicos em agosto de 2016, no Rio de Janeiro, que em menos de seis meses se encontram em total abandono e decadência, como o caso do estádio do Maracanã”...  “Maracanã agora tem sua grama amarelada, seca como feno, cadeiras furadas, e sua luz foi cortada por falta de pagamento”.

E então, juventude, cadê você? Isso não é papel de jovem porque jovem tem jogo de cintura, sagacidade, pronta reação às adversidades. Algo de muito estranho acontece com os jovens ao dirigirem suas energias apenas a duas atividades, ambas inúteis: preparar-se para ser rico ou criminoso, na verdade, a mesma coisa. Tenham pena de seu país e de vocês mesmos, jovens! Não chafurdem na ignorância e nem deixem seu país chafurdar na lama e no ridículo! Deixar de ser palerma é fácil como deixar de fumar. Basta querer, o que significa ser macho que mija na parede feito a rapaziada da Lava Jato e ser fêmea que não se mire no espelho de “famosa” e “modelo”. Jovens que se mirem no espelho de Heloisa Helena e Eliana Calmon. Lembrem-se, sobretudo, que a História contará às futuras gerações o procedimento lamentável que vocês têm tido até agora. Inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

domingo, 5 de março de 2017

ARENGA 390


INSENSATEZ, é tudo insensatez nesse país de merda, e a principal delas todas é uma juventude que leva para casa zero do Enem, não sabe quando um livro está virado de cabeça para baixo e tem como de maior interesse assuntos relacionados com “famosos” e “celebridades” cujos motivos de fama são futilidades como trepadas ou peitos e bundas siliconados.  É INSENSATEZ a declaração de Aécio Neves quando afirma ter sido lícito, legal, o dinheiro que a empreiteira lhe deu, simplesmente por não haver lisura no ato ilícito de se vender a autoridade do cargo aos interesses de empresários, submetendo-se a substituir seu dever de zelar pela sociedade pela obrigação de satisfazer vontades espúrias do espírito de Midas que domina a personalidade de empresários. Desta prática resulta que tais empresários cobrarão em troca desse dinheiro preço tão alto que causam prejuízos irreversíveis à sociedade. Empresário não dá prego sem estopa e a estopa, nesse caso, é a manada imbecil de sacolejadores de quadris. A Operação Lava Jato está mostrando a realidade sobre o retorno que a sociedade é obrigada por conta destas impropriamente chamadas doações por se tratar de empréstimos escorchantes, uma das muitas imoralidades que justificam as grandes fortunas exibidas na revista Forbes uma vez que os financiadores praticam a mesma agiotagem que rende os lucros fabulosos e imorais dos banqueiros. A concordância da justiça com esta ilegalidade decorre da INSENSATEZ que anula a separação de poderes supostamente garantidora da lisura entre os três poderes na democracia. Ficou assentado que os politiqueiros pinçam dos seus quadros os juízes dos tribunais, que aprovam ou desaprovam as decisões dos juízes de primeira instância, e aqueles , em retribuição ao favor, agem em relação aos politiqueiros da mesma forma que os politiqueiros agem em relação aos seus financiadores de campanha, isto é, colocando os interesses destes acima dos interesses da sociedade. Como nas sociedades secretas, algum gato pingado que se opuser a esta INSENSATEZ será perseguido ou “desaparecido”. Apesar de secretas, as sociedades assim denominadas exteriorizam suas ações. Do conluio política/justiça fica exteriorizada a ação do Foro Privilegiado, do qual resulta não só a proteção da justiça aos politiqueiros que não puderam evitar o julgamento, como visto no caso Mensalão, mas também a vista grossa que a justiça faz à deficiência de juízes nos quadros da magistratura, o que é também uma forma de proteção à bandidagem da política. Não havendo juízes suficientes para julgar, muitas malandragens acabam tendo vencido o prazo de validade e incorrem em prescrição, ficando os criminosos livres de julgamento.

É INSENSATEZ o sistema de escolha dos governantes no Brasil de hoje que nenhuma diferença tem do registrado pelo historiador Laurentino Gomes no livro 1808, quando só os ricos podiam ser candidatos e eleitores. Se daquela forma de escolha resultava num governo empenhado em cuidar dos interesses dos ricos, nada mudou porque mesmo podendo os pobres votar e serem votados atualmente, só se elegem aqueles que os ricos escolhem, garantindo com isso, do mesmo modo, sua primazia no interesse das ações governamentais.

É INSENSATEZ a declaração do goleiro Bruno de não haver vantagem em ser ele condenado à prisão perpétua uma vez que disto não resultaria no retorno à vida a mulher de cujo assassinato é acusado. Nesse caso, não podia mesmo ser coerente por se tratar de um pobre jovem vítima do analfabetismo promovido a unhas e dentes pelo governo a fim de evitar que a juventude aprenda o que aprendi nas lições dos Grandes Mestres do Saber: A VERDADE, a única que liberta, como afirma a bíblia, mas em sentido diametralmente oposto à realidade porque a liberdade de que trata a religiosidade é a conformação com a subserviência da escravidão. O estado letárgico em que se encontra a mentalidade popular em função do sucesso governamental na implantação do analfabetismo político foi magnificamente expressada pelo “famoso” carnavalesco Joãozinho Trinta quando disse acertadamente que pobre gosta de luxo. Realmente, o carnaval é a maior demonstração de estultice que o povo poderia dar. O porquê desta afirmação está eficazmente explicado numa reportagem denominada Jamais vou entender este fenômeno chamado Carnaval, publicada no jornal Tribuna Livre, matéria atribuída ao jornalista Arnaldo Jabor, mas contestada a autoria. Embora seja na mesma linguagem ferina do Jabor a matéria jornalística, a contestação parece verdadeira por ser aquele jornalista mais próximo do mundo dos promotores do pão e circo. Inclusive, o intelectualíssimo Jabor publicou matéria denominada Carnaval ainda é a marca de nossa grandeza, de natureza diametralmente oposta à primeira, o que faz mais forte a possibilidade de não ter sido ele o autor de Jamais Vou Entender Este Fenômeno de Carnaval, onde se lê coisas assim:Um povo sofrido, roubado, explorado, muitas vezes sem perspectivas, de uma hora para outra, explode numa alegria sem motivo... sem limites, sem pudor. Homens que até sexta-feira trabalharam de terno e gravata, no sábado, vão para as ruas maquiados, vestidos de mulher, sutien por cima de peitos peludos”. Ou assim: As ruas estão tomadas de foliões urrando de alegria... e eu me pergunto: VOCÊ ESTÁ ALEGRE POR QUÊ, OTÁRIO??? Sua vida melhorou de ontem prá hoje?” É realmente mais uma das incoerências, um povo vitimado por todo tipo de falta de assistência e exposto a sofrimentos, ao mesmo tempo numa tremenda explosão de alegria e o luxo das escolas de samba.

A baixa capacidade mental do povo da qual provém a força da politicagem demonstrada no fato de servir para angariar votos a presença de iletrado jogador de futebola justifica a declaração do goleiro Bruno, declaração que se analisada racionalmente levaria à conclusão da inutilidade de punição para autor de assassinato uma vez ser impossível trazer morto de volta à vida. É tudo INSENSATEZ. A papagaiada de microfone da Rádio CBN entrevistava na manhã do dia 04/03/17 um professor sobre a diferença entre coisa pública e privada. A explicação daquele professor, em vez de explicar a questão posta, explicava de modo completo o motivo pelo qual os jovens levam para casa o zero do Enem. Perguntado pela diferença no trato da coisa pública em relação à coisa privada, tema tão amplo que, na verdade, é a causa de todo o mal da humanidade em decorrência da incivilização dos seres humanos ainda presos ao medo da necessidade dos tempos das cavernas, medo do qual decorre a necessidade de acumular riqueza, necessidade da qual decorre a deformação de personalidade do ser humano e o leva a sobrepor à honradez o atendimento à falsa necessidade de riqueza a qualquer custo. Em vez de se estender sobre tema tão vasto e apropriado para intelectuais como é de supor o entrevistado, em vez disso o professor se limitou a fazer apologia do governo de banqueiros chefiado pelo senhor Michel Temer, inclusive incorrendo em falsidade ideológica ao limitar a prática de corrupção ao governo realmente corrupto dos petistas e afirmar com todas as letras que o atual governo a está combatendo. São falsas ambas as afirmações porque os assuntos políticos continuam sendo também assuntos de polícia uma vez que os escândalos pipocam diariamente, e, como prova de mentir mais uma vez, os livros Os Ben$ que os Políticos Fazem, O partido da Terra, Honoráveis Bandidos e Privataria Tucana denunciando crimes dos governos anteriores evidenciam o que nunca foi novidade de terem os governos anteriores cometidos os mesmos crimes dos petistas denunciados no livro O Chefe. Não menos falsa é a afirmação do professor entrevistado pela papagaiada de microfone da rádio CBN quando afirma que o atual governo está no caminho certo porque, como todos os governos, em todos os tempos, também o atual governo cuida é do interesse dos banqueiros através da privatização da previdência e do corte de gastos sociais. Fala-se em economizar bilhões sem se atinar para a realidade de que todo e qualquer dinheiro que entrar para o erário, inclusive o proveniente da sempre cogitada CPMF, terá o mesmo destino: A tubulação de esgoto da corrupção mostrada diariamente no Jornal Nacional. Inté.

  

 

 

quinta-feira, 2 de março de 2017

ARENGA 388


Este mal amanhado blog tem tido motivo para ter o nariz empinado. Nele consta que o verdadeiro Deus é o erário bem administrado por ser ele a única fonte de bem-estar, o que significa paz, o que significa ausência de necessidade das coisas de que se necessita, o que significa um ambiente de verdadeiros irmãos espirituais. Ressalte-se, entretanto, o BEM ADMINISTRADO porque, quando mal administrado o erário, como é em todas as sociedades do mundo pelo fato de não contar com a fiscalização do povo e ficar sob a exclusiva responsabilidade de autoridades de araque cuja má fé pode ser vista na opulência de suas vidas, com destaque para republiquetas de banana como o Brasil. Nestes casos, o erário serve apenas às forças malignas que impulsionam os Midas assassinos depravados do mundo a se ajuntarem num grupinho de apenas um por cento da humanidade a infelicitar o resto dela condenando-a a uma vida tão indigna a ponto de ter suas crianças condenadas à inanição e morte.

Mas o motivo de orgulho deste mal amanhado blog está numa entrevista do filósofo Giorgio Agamben, que a escola de alfabetização política como deve ser considerado o blog Outras Palavras nos mostra sob a denominação de CAPATALISMO, DINHEIRO E EXCREMENTOS, na qual está dito com todas as letras por ninguém menos do que um filósofo cuja biografia está espiritualmente a anos luz das biografias políticas recomendadas pelo banqueiro Nelson Jobim, cuja atividade de banqueiro justifica sua contrariedade com a Operação Lava Jato. Voltando aos motivos de nosso orgulho, quando o filósofo diz “Deus não morreu, ele se tornou Dinheiro”, como está dito na entrevista, embora difícil de acreditar, reafirma o que está dito em algum lugar por aqui nesse nosso insignificante blog. E quem disse que para por ai? Não vem este mal amanhado dizendo à juventude que é uma burrice do tamanho do mundo concordar em ser conduzido por falsos líderes? Pois aqui está outra perfeita sintonia de pensamento contida na frase do Grande Mestre do Saber Giorgio Agamben: “A tarefa que nos espera consiste em pensar de cabo a cabo a “vida política”. Mas estas coisas só serão objeto de conjectura quando a juventude não levar mais para casa um zero do Enem, superar a fase negra de povo e descobrir ser dona do governo e não apenas das ruas onde saracotear o carnaval. Inté.