quarta-feira, 15 de março de 2017

ARENGA 396


O Ricardo Boechat que me perdoe por trazer seu nome com frequência para estas garatujas. Mas, sendo a preocupação por aqui, procurar despertar ricos, pobres, velhos e novos, brancos, amarelos, pretos e até cor de rosa como trump para a necessidade de pensar, não poderia este mal amanhado blog deixar de se referir ao Boechat por ser uma pessoa que invoca o exercício do pensamento de forma tão convincente como fez no dia 14/03/17, em seu comentário diário na rádio paulista Bandeirantes FM. O Boechat é um verdadeiro enigma. Como é possível alguém capaz de tal compreensão sobre nosso monumental problema social se declarar admirador de futebola, não obstante o que registra o livro O Lado Sujo do Futebol, cujo conteúdo não escapa à sua vivacidade? Enigmas à parte, o que se trata aqui é da realidade de ser o Boechat a única voz que diz coisa com coisa no mar de bolodórios, tagarelices, tergiversações e muita bobagem ouvidos de jornalistas, analistas políticos (entre os quais quem é tão vazio a ponto de usar brinquinho na orelha), cientistas de politicagem, enfim, um converseiro que não leva a nada porque se limita a girar em torno das consequências que amarguram esse belo país de triste sorte sem contudo tocar nas causas que outras não são senão a fome de riqueza própria do sistema adotado no mundo chamado capitalismo no qual as pessoas têm o mesmo comportamento da tartaruga em engoliu enorme quantidade de moedas e precisou ser operada para retirá-las. De forma magistral pela clareza de raciocínio lógico e abrangente, o Boechat mostrou a necessidade de se ponderar sobre a realidade de viver nossa sociedade uma irrealidade tão grande que alto representante da justiça mancomuna com politiqueiros formas canhestras de legalizar ilegalidades, o que inviabiliza totalmente o futuro das próximas gerações porquanto da honradez, da moralidade, dos bons costumes e dos comportamentos éticos nenhuma sociedade pode prescindir, sob pena de sucumbir. Para não sucumbir é que a sociedade criminosa dos politiqueiros estão a deturpar o código de honra da sociedade brasileira, sobre cujo assunto o grande jornalista deu aula monumental. E se a sociedade brasileira não aprender, a sociedade bandida prevalecerá para desastre das futuras gerações.

Quando a Chanceler da Venezuela disse que o Brasil é uma vergonha mundial, embora atitude de macaco que senta sobre o rabo e zomba do rabo dos outros macacos, disse pura verdade. Em termos de honradez, moralidade e legalidade a política brasileira é algo capaz de envermelhar a face de Sergio Moro, Rodrigo Janot, Eliana Calmon, Heloisa Helena, os jovens da Lava Jato e da Polícia Federa, até mesmo a de Joaquim Barbosa. A pose com que se apresenta ao povo Fernando Henrique Cardoso sugerindo uma sacanagem maior que o próprio mundo ao insinuar inexistência de crime no fato de embolsar dinheiro de empreiteiras para a sociedade já imensamente sacrificada pagar, sugerindo não haver motivo de penalização aos politiqueiros de cuja trupe ele faz parte, é algo de assombrar em termos de imoralidade política. De forma tão límpida como água potável no meu copo de cristal de tomar uísque, o Boechat desbancou a pretensão dos politiqueiros de propor medidas destinadas a evitar punição pelos roubos praticados no passado lembrando que os crimes cometidos pela monstruosidade do nazismo nunca deixaram de merecer punição, apesar de terem sido praticados no passado. É por isso que este mal amanhado blog não pode abrir mão de lembrar a necessidade de ouvir as ponderações sensatas daquele jornalista, fora de assunto de futebola. A juventude, sobretudo, sob pena de merecer o escárnio de seus descendentes, deve se ligar nos comentários do Ricardo Boechat e dedicar pelo menos poucos minutos para discutir com seus colegas analfabetos políticos suas análises sobre o mundo da política porque o futuro de seus filhos esta negativamente comprometido ao depender de um mundo asqueroso e indigno de uma juventude mentalmente sadia.

É por falta de tais ponderações que a fração da juventude brasileira considerada mais esperta no bom sentido, a juventude carioca, depois da Lava Jato, mostrou-se tão mentalmente medíocre quanto todos os demais babacas futucadores de telefone e apreciadores de “celebridades” e “famosos” ao ser feita de boba por espertalhões que a espoliaram até deixar seu estado de chapéu na mão. Fosse realmente esperta atentaria nas ponderações do Boechat sobre a inusitada situação de se acreditar na inocência do governador Pezão, unha e carne com o autor da proeza de deixar a zero o erário da juventude carioca “esperta”, tão esperta que aplaudiu dona Dilma ao lado de um velho coxo que passou pela vida sem nada aprender inaugurando a piscina faraônica onde outros jovens tão “espertos” quanto os jovens cariocas exibiriam prozas aquáticas, não obstante o momento demandar proezas mentais. Portanto, o universo jovem não passa de uma trupe imbecil que se engana com a explicação do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) diante da revelação de que uma conta em seu nome num banco suíço movimentou e sacou US$ 833 milhões no final de 2011, tendo ele alegado que o dinheiro foi depositado e sacado por terceiros. Uma juventude levada no bico cem tanta facilidade não passa de uma juventude de merda.

O último parágrafo da matéria publicada no Jornal do Brasil de 12/03/17, no caderno País - Opinião, intitulada O POLÍTICO PERSEGUIDO E O CHEFE DE QUADRILHA faz uma análise semelhante às do Ricardo Boechat, nos seguintes termos: “Enfim, onde está a Justiça que precisa de um acompanhamento só para ter certeza que determinados políticos são ladrões? É só analisar suas evoluções patrimoniais. Não pode um político que tem como rendimento só o que ganha na vida pública ter propriedade de 10, 12 milhões de dólares. E em alguns casos muito mais do que uma só propriedade. Várias com valores iguais ou superiores a esse. Se consegue este dinheiro, não foi pelo tempo na vida pública, e sim pelo tempo que roubou exercendo mandatos na vida pública. A evolução patrimonial é a forma mais simples desses pusilânimes enganadores do povo serem identificados e presos, e seus bens sequestrados. Até porque o tempo que passam na cadeia, comendo e sendo vestidos, passam às custas do povo que eles roubaram. Por isso, não é justo que esses senhores saiam de lá como "baruscos", "cerverós", "paulos robertos costas", ou como empresários corruptos que estão em Portugal em suas mansões”. A propósito, é o próprio Jornal do Brasil que publica mais uma das muitas notícias que justificam a pecha de “vergonha mundial” atribuída a nosso país ao dar conta de que o ladrão Cerveró acaba de recuperar luxuoso apartamento cem Ipanema comprado com dinheiro roubado da sociedade. Que raio de justiça é essa na qual um ministro da mais alta corte de injustiça do país faz voltar ao convívio social o assassino Bruno? APRENDA COM BOECHAT, Ó JUVENTUDE POLITICAMENTE ANALFABETA, ESTAR TUDO ERRADO NA SUA VIDAI! Inté.

 

       

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