A injustiça
de haver fome no mundo enquanto imbecis esbanjam fortunas da na revista Forbes
é uma realidade espantosa de haver injustiças garantidas pela própria justiça,
o que significa não haver justiça no sentido de se corrigir as distorções
capazes de inviabilizar a harmonia necessária a uma vida social com o mínimo
possível de atribulações. Pois não é isto o que se espera da justiça? A seres
ainda tão brutos como os humanos, a noção de justiça não encontra espaço na
personalidade porque o sentimento do que é justo não é diferente do de amor,
amizade, confiança, que não podem ser impostos por nascerem do mais íntimo e
nobre no ser humano, aquilo que se costuma denominar de alma. Os seres humanos
não terão tempo para se desenvolverem mentalmente até uma elevação espiritual
que lhes permita formar uma sociedade justa. Como tudo o mais, também no que
diz respeito ao nobre sentimento de justiça, observa-se algum avanço positivo,
embora insignificante ao que devia ser. Tão insignificante quanto o avanço do
sentimento de justiça é o avanço da antirreligiosidade que já devia estar muito
à frente. No entanto, procedimentos adotados por seres humanos para impor
sofrimento a outros seres humanos em nome de Deus, dos quais é possível se ter
noção através das imagens a que se pode ter acesso pedindo ao amigão Google
temas relacionados à Inquisição, coisas tão repugnantes que parecem de monstros.
O fato de ainda haver tanto bafafá em torno de Deus e de terem persistido as
monstruosidades da Inquisição até às vésperas da fuga da família real para o
Brasil em 1808 como relata Laurentino Gomes no livro 1808, testemunha a recusa
em se perceber a realidade. Da mesma forma, quanto ao sentimento de justiça,
demonstra algum desenvolvimento positivo o fato de ter sido abolida a
barbaridade incompatível com o raciocínio de se acreditar ser razoável
equiparar um ser humano a um irracional por ter a pele negra. No entanto, em
função da recusa em progredir espiritualmente, a servidão apenas mudou de
forma, mas nunca deixou de existir.
O que não
falta é conversa jogada fora em torno da infelicidade humana, sem, entretanto,
que lhe identifique a causa que outra não é senão o atraso em se desenvolver
mentalmente, recusando-se terminantemente a se desgarrar da animosidade que faz
indispensável a presença de uma força moderadora do mesmo jeito com as crianças
não dispensam a presença de um feitor. Quando Rui Barbosa sentenciou que toda a
infelicidade humana decorre da ignorância, esta ignorância pode ser resumida à
falta de percepção da necessidade de se pensar sobre a vida em vez de vivê-la
como irracionais, em eterna disputa entre o mais forte e o mais fraco. Como não
podia ser diferente, sempre com vantagem para o mais forte porquanto a
fortaleza em questão é força bruta.
Nesse exato
momento, concretiza-se entre nós desta triste república de banana a teoria de
que os males decorrem da falta de meditação sobre a vida. Está em andamento uma
série de medidas pela força do governo de ricos contra a fraqueza do povo das
quais resultará ainda maiores restrições às muitas que limitam a capacidade de
ter o povo atendidas suas necessidades, objetivando com isso aumentar ainda
mais a riqueza dos poucos que já possuem abundância de riqueza, procedimento
que trará um futuro de inquietação para uns e outros. Portanto, nem uns e nem
outros estão refletindo sobre como será um futuro com imensa quantidade de excessivamente
necessitados ao lado de alguns gatos pingados excessivamente abastados.
A respeito
da reforma previdenciária que beneficiará o sistema bancário o jornal do Brasil
mostra matéria publicada pelo jornal americano The New York Times intitulada: LÍDERES DO BRASIL DEFENDEM
AUSTERIDADE, MAS NÃO PARA ELES, onde se lê:
“Reformas de Temer são para menos favorecidos. Enquanto Congresso está se
preparando para cortar benefícios de pensão em todo o país, membros do Governo
se aposentem com pensões vitalícias depois de apenas dois anos no cargo”. Inté.
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