Nossa
sociedade chegou a uma degradação tão absoluta e generalizada que se tornou
extremamente desagradável a qualquer pessoas com a mínima capacidade de raciocinar
porque a conclusão a que leva o raciocínio é de se estar vivendo em meio a
bichos dos mais xucros, irracionalidade da qual não escapam as posudas “excelências”
uma vez que no alto e complicado escalão administrativo do país se encontra a
mesma aberração social que encontrei numa simples consulta médica porque tanto
é incompreensível que autoridades minimizem o episódio do consumo de carne
estragada com graves riscos de contaminação das pessoas, não menos
incompreensível é constatar o absurdo que constatei ao tentar consultar um
médico urologista aqui em nossa Cidade de Vitória da Conquista, o que não é
privilégio nosso, e ser informado pela atendente do médico haver necessidade de
se aguardar longo tempo antes da consulta porque o doutor atende quarenta
pessoas apenas pela manhã. É, ou não é algo inteiramente fora de qualquer
lógica? Esse médico não examina o doente, na verdade, ele apenas vende as consultas
como aquele juiz cabeludo vendia sentenças. Portanto, como o juiz cabeludo, também
os médicos que vendem consultas teriam de ser levados às barras da justiça. Mas
aí é que a porca torce o rabo porque se a justiça se fundamenta num conjunto de
normas a que se denominam leis, as leis que deveriam promover justiça, na
verdade, promovem injustiça como a liberação de um condenado por assassinato
muito antes do prazo a que fora condenado a permanecer afastado da sociedade.
Mas a porca torna a torcer o rabo porque o infeliz jovem condenado à reclusão
estaria ilegalmente recluso uma vez que sua prisão não cumpriria o objetivo
visado pela lei que o condenou. E não cumpriria porque a condenação não seria por
vingança como era no tempo ainda mais bárbaro do “olho por olho”, mas, sim,
para ser educado para o convívio social, para aprender sociabilidade, isto é,
que o convívio social não admite assassinato. Para tanto, porém, seria
necessário ambiente pacífico e sadio apropriado ao aprendizado, o que
simplesmente não existe em nossos presídios inferiores às pocilgas bem
organizadas. Desse modo, embora para a família da vítima do assassinato foi uma
grande injustiça a justiça a libertação do assassino, no que tem razão, do
ponto de vista da finalidade da pena, entretanto, teria havido justiça.
É tudo uma
grande irracionalidade que é repassada de geração a geração, transformando as
crianças em adultos desalmados, completamente indiferentes ao relacionamento social,
seres socialmente retrógrados com o único objetivo de disputar riqueza na base
da porrada, numa guerra infindável e socialmente insana porquanto a vida em
sociedade requer harmonia. Faz-se necessário bradar aos quatro cantos a
necessidade de se dar à vida rumo diferente. É extremamente necessário passar
do palavreado vazio para um palavreado que corresponda à realidade das coisas.
Não se pode mais ignorar o fracasso da humanidade no cumprimento da tarefa de
viver uma vez que a vida tem sido pautada por sofrimentos, o que vai no sentido
contrário à razão. Só há irracionalidade em se deixar que o rumo da vida seja
determinado por falsos líderes, sem que a ninguém ocorra a falsidade de uma
liderança que cuida apenas de si mesma. Um mínimo de inteligência é suficiente
para se constatar esta realidade. Quando o líder econômico Emílio Odebrecht
disse em depoimento à Lava Jato que o líder político Antônio Palocci é homem de
visão, um estadista, o resultado do trabalho dos dois deve ser suficientemente
capaz de mostrar a que vem tal liderança. Por que, então, permanecer em tal
situação? A racionalidade, e somos seres racionais, clama por uma vida
diferente da vida dos irracionais. Chega desse negócio de ser a população
tratada como criança da qual muita coisa escapa à compreensão, motivo pelo qual
deve ser omitida do seu conhecimento. Aí estão as “autoridades” garantindo que
a fiscalização sanitária no Brasil é eficiente e rigorosa. Se é assim, como
explicar que a população come carne podre? E como entender também que a Polícia
Federal venha investigando a falcatrua da carne estragada há dois anos
indiferente ao envenenamento da população? Por que viver como irracionais se
somos racionais? Inté.
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