O mundo só
terá desassossego, sobressaltos e crescente infelicidade enquanto tiver a
prosperidade material do desenvolvimento econômico por principal objetivo. A
economia, assunto sobre o qual papagaios de microfone papagaiam
incessantemente, numa distorção total da verdade dos fatos, mereceu do escritor
Edmilson Movér, na página 21 do ensaio Antitratado de Economia, a observação
lúcida de que se a ciência da economia resolvesse alguma coisa a sociedade
americana não deveria sofrer os efeitos das crises econômicas como aconteceu em
2008 porquanto é lá onde se encontram as mais avançadas universidades de
ciências econômicas em todo o mundo. Na realidade, a irrealidade do que afirmam
os economistas não se deve ao fato de serem pessoas desprovidas de
inteligência. A verdade observável no curso da História é que todo e qualquer
tipo de governo tem seus apoiadores. Dentro desta irrefutável lógica, os
economistas são os apoiadores do sistema capitalista adotado pelos governos que
ditam a administração do mundo. Sendo os Estados Unidos o carro-chefe dos
países capitalistas, seu Secretário de Estado, o economista Henry Kissinger,
bradou e os economistas das repúblicas de banana principalmente repetem à
exaustão que a melhor forma de administração é permitir que o mais forte (o
mais rico) subjugue o mais fraco. É o que fazem nossos papagaios de microfone
quando apontam vantagens no agribiuzinesse, no consumismo e na reforma da
previdenciária, o que fazem não por desinteligência, mas pela garantia do
emprego que lhes assegura a manutenção da família. O emprego é uma forma de
subjugar, de submeter-se à vontade do empregador ante a possibilidade de perder
a garantia do sustento da família. Por isso e emprego impele o desenvolvimento
mental sempre na direção de riqueza, objetivo que orienta todo empregador e que
leva a humanidade a empregar em armas recursos que deveriam ser empregados em
bem-estar individual do qual depende o bem-estar social, e vice-versa. No
frigir dos ovos, chega-se à conclusão de serem os economistas nada mais do que moleques
de recado da ideologia de Donald Trump segundo a qual o aquecimento global é
conversa fiada, o que é desmentido pelo descontrole dos fenômenos naturais e
pela notícia publicada no Jornal do Brasil sobre matéria do jornal inglês The
Guardian onde se lê o seguinte: “OMS diz que poluição é responsável por 1,7 mi
de mortes de crianças ao ano. Matéria publicada nesta segunda-feira (6) pelo The
Guardian conta que de acordo com novos relatórios da Organização Mundial de
Saúde a poluição é responsável por uma em cada quatro mortes entre todas as
crianças menores de cinco anos. O diário acrescenta que as principais causas
seriam ar tóxico, água com impurezas e falta de saneamento básico”.
Considerando, pois, a realidade de defenderem os economistas
procedimentos dos quais resulta morte de criancinhas, chega-se à conclusão de
serem eles tão nocivos à sociedade quanto os advogados que se tornam
milionários por conta da especialização de inocentar ladrões do erário em troca
de participação no produto do roubo, prática da qual também resulta na morte de
criancinhas por falta do leite redentor. Também na contramão vai o lengalenga dos
economistas sobre a esperança de combate ao desemprego. O economista ganhador de Nobel Joseph E. Stiglitz na página 215 do livro
O Mundo Em Queda Livre coloca o desemprego como causa impediente à organização
social quando afirma que “Enquanto o índice de desemprego permanecer alto, a
ameaça da deflação será tão grande quanto a da inflação. A deflação é um risco
sério porque, quando os salários e os preços caem, as famílias não conseguem
pagar suas dívidas”. É falso o mundo da economia capitalista aprovado pelos
economistas, não só por se apoiar no sistema bancário, cupim que corre a
tranquilidade das pessoas ao sugar-lhes o suor, mas também por se fundamentar
na dependência do emprego quando a realidade é que a fome de riqueza dos
patrões dos economistas, os ricos donos do mundo, promove deliberadamente o
desemprego a título exatamente de economia. Até as prostitutas perdem seus
empregos para a tecnologia que proporciona economia para a avareza dos Midas da
revista Forbes como mostra esta notícia: “Barcelona recebeu a primeira casa de
prostituição apenas com bonecas hiper-realistas de material termoplástico. Não
há sequer uma mulher de programa no novo bordel da cidade espanhola. Segundo o
jornal “Mirror”, uma hora de programa com as bonecas custa cerca de R$ 330, o
que equivale a 100 euros. Os quartos são individuais e a empresa promete que
assegura a máxima higiene”.
Prova de se tratar de pura falsidade o mundo da economia é a matéria jornalística dando conta de que
na China acabou a escravidão porque os operários de lá ganham salário superior
ao salário dos brasileiros. Ora, tal afirmação é conversa para boi dormir ou
para massa de frequentadores de igreja, axé e futebola. Sendo o emprego o elo
que prende o trabalhador à escravidão, como falar em libertação através do
salário que liga o trabalhador ao emprego? Qualquer que seja o salário, será
sempre nada mais que apenas pequena parcela do resultado do trabalho
desenvolvido pelo trabalhador, como afirmou Marx, cujo grande erro foi
depositar esperança na massa bruta de povo ao depositar nela uma capacidade que
não existe de formar uma sociedade civilizada. Na página 895 do segundo volume
de História da Civilização Ocidental, diz Burns, seu autor, que em 1872 em
Amsterdã Marx teria declarado que em países como Inglaterra e Estados Unidos os
trabalhadores poderiam alcançar seus fins por meios pacíficos, História tem
mostrado provas indiscutíveis desta impossibilidade, inclusive o episódio
monstruoso de ter sido uma fábrica fechada e incendiada nos Estados Unidos com
os trabalhadores lá dentro por reivindicarem melhores condições de trabalho.
Afirmar libertação da escravidão através de salário é tão tendencioso
quanto a afirmação safada do posudo FHC de não haver prejuízo social no
financiamento de campanha. Tal afirmação é nada menos que uma verdadeira
imoralidade do ponto de visto social por ser, na verdade, um processo diabólico
contra a sociedade sobre a qual recairão as consequências dessa safadeza de
financiamento de campanha ora demonstradas pela Operação Lava Jato que afetaram
de modo mais grave o Rio de Janeiro onde o resultado do financiamento de campanha
deixou uma penúria tão grande que os funcionários públicos estão mendigando
comida.
A falsidade da afirmação de Fernando Henrique, sobre quem o próprio tio
disse não merecer confiança, foi muitissimamente bem analisada e desbancada
pelo perspicaz jornalista Ricardo Boechat, cuja capacidade de percepção dos
fenômenos sociais contrasta flagrantemente com sua declaração de gostar de
futebola, por ser este parte do pão e circo do qual provém a indiferença em
relação à política, o analfabetismo político que propicia campo livre às
malandragens do mundo da politicagem ao desviar a atenção da massa bruta de
povo, tornando-a incapaz de perceber as nuances contra ela como faz
magistralmente o grande jornalista admirador de futebola. Inté.
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