terça-feira, 14 de março de 2017

ARENGA 395


FAZER A ECONOMIA ANDAR. Diz a papagaiada de microfone. O papagaio de microfone é um dispositivo parecido com um ser humano usado pelo sistema que administra a riqueza do mundo para dizer ao povo que ele precisa comprar tudo que estiver à venda até condicionar seu cérebro a convencê-lo de ser realmente necessário comprar, comprar e comprar num frenesi alucinante que abarrota lojas aviões, ônibus, barcos, a fim de atender ao apelo de fazer compras. No começo do século passado, um cientista russo chamado Ivan Petrovich Pavlov, através de uma experiência conhecida como O CÃO DE PAVLOV, demonstrou na prática o condicionamento cerebral da seguinte maneira: Sabendo que o cão saliva à presença de comida, Pavlov tocava uma campainha antes de dar carne ao cão, o que fez repetidas vezes. Após algum tempo, o cérebro do cão foi convencido de que após o som ca campainha viria a carne, razão pela qual, repetida a opoeração por algum tempo, apenas o som da campainha fazia com que o cão salivasse. Na realidade da vida, os fabricantes das coisas a serem vendidas desempenham o papel de um Pavlov que em vez da campainha aciona os papagaios de microfone. Os papagaios de microfone, em vez do cão, condiciona o cérebro do povo através do infindável estímulo para comprar. De tudo isso se conclui não ter o povo percebido ainda ser formado por seres infinitamente superiores ao cão, graças à capacidade de recionar com que a natureza os distinguiu. Em vez disso, comporta-se o elemento povo de modo incompatível com a nobreza existenta na capacidade de pensar, agindo de modo semelhante a um cavalo puxado por um espécime de povo rumo à carroça à qual um vai atrelar o outro.

O modo de viver vivido até aqui não condiz com a posição que o homem deve ocupar na natureza. Absolutamente nada justifica a proteção das grades de ferro como se vivêssemos num zoológico cuja existência também não se justifica porque lugar de bicho é no mato. Está tão fora de sintonia com a realidade a sociedade humana que ainda existem reis, rainha, príncipes e princesas. Até habilidade de chutar bola, cantar bobagens e se segurar sobre um pobre animal que procura se livrar do montador aos saltos é motivo para elevar alguém à categoria de rei na mentalidade de povo.

Recusa-se a humanidade em evoluir espiritualmente. Ao contemplar a história dos seres humanos através dos tempos percebe-se o mesmo comportamento desagregador do qual resultam seres considerados superiores e inferiores, distinção estabelecida pelos próprios seres humanos, quando é a própria natureza criadora que exige união. Embora nem tudo ha História pode ser tomado ao pé da letra, o historiador Henry Thomas, em História da Raça Humana, dá um exemplo que pode muito bem ser a explicação do erro inicial que originou a burrice até hoje considerada sabedoria do comportamento que separa as pessoas em enganados e enganadores através do “levar vantagem”.

Pondera aquele historiador que no lugar onde ocorreu o primeiro agrupamento humano, no Egito, onde a alimentação dependia das enchentes do rio Nilo, por isso ou por aquilo alguém observou o espaço de tempo entre uma enchente e outra, usando desse conhecimento para se fazer superior às outras pessoas do grupo insinuando-se capaz de manter comunicação com entidades divinas responsáveis pelos fenômenos da natureza, esperteza que o elevou à condição de sacerdote, portanto, parasita da sociedade à qual pertencia. Ao lado destes “espertos” individualistas, outra categoria de parasitas veio a ter origem quando alguém acumulava na época da fartura alimento que usava para vender às demais pessoas do grupo na época de escassez, comportamento antissocial do qual resultou se tornarem estas pessoas poderosas, poder que veio afinal a fazer delas autoridades governamentais, portanto, também parasitas do grupo a que pertenciam. Tivessem tido estes “espertos” comportamento social de compartilhar com o grupo suas observações não teria sido instalada a culta da desunião da qual resultaram as revoluções cepadoras de cabeças acontecidas e as que acontecerão.

Como se vê, é a “esperteza”, na verdade uma grande burrada, a fonte de todos os infortúnios humanos. E para perceber o quanto longe da realidade está a humanidade é suficiente constatar que os seres humanos inventaram um tal de Deus como exemplo de virtude, mas em nome do qual corre rios de sangue e muita infelicidade. Inté.     

 

  

 

 

 

 

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