Com tanto
sufoco que a gente passa, ainda dizem que nossa sociedade tem melhorado. Aqui,
ó. Ela só piora a cada dia. A juventude está cada vez mais afastada da
realidade e vivendo um mundo falso que haverá de trazer aos velhos em que se
transformarão os jovens muitos sufocos quando chegar o mundo real em que se
resume a aventura de viver percebível apenas depois de passado o vigor dos
requebramentos e outras imbecilidades. Melhor dizendo, a vida, depois da fase
alegre, torna-se desventura para aqueles que conseguiram superar a ignorância da
qual resulta todo o mal-estar social que torna pesada a tarefa de viver. A deseducação
verificada no relacionamento entre as pessoas é deprimente e produto evidente
da ignorância ou do desconhecimento total do que seja uma convivência digna de
ser humano. O mais famoso centro educacional deste país de triste sorte, a USP,
é também lugar onde ocorrem estupros e outros tipos de crime, enquanto a única preocupação
dos estudantes é com a possibilidade de serem canceladas as festas onde
requebram os quadris e são cometidos os crimes, em vez de se indignarem com a
brutalidade da situação. Pode tal ambiente ser apropriado para pessoas
educadas? Evidente que não. O reacionário jornal Folha de São Paulo do dia
29/11/14, certamente contra sua vontade conservadora, publica matéria socialmente
importante do médico Julio Abramczyk, intitulada “Crack, AIDS e tuberculose são doenças da pobreza”, onde se lê
esta realidade: “A maior incidência de casos (destas doenças) está nas favelas,
nos locais com alta densidade domiciliar (mais de seis moradores por
domicílio). Bairros com melhores condições socioeconômicas apresentam menor
incidência”. É exatamente o que este desarrumado blog vem tentando mostrar a
esta juventude parva. O que afirma o cientista é a confirmação de que a
proteção vem é do erário e não do céu, coisa imperceptível a quem não tem
capacidade de raciocinar. Nem mesmo a realidade aí presente e à vista todos é
capaz de fazer perceber o fato de haver maior sofrimento onde há maior
religiosidade porque também é o lugar onde é maior a pobreza da qual decorre a
ignorância. Nada, entretanto, é capaz de tirar o tapa-olho da turba que lota
igrejas e campos de brincadeiras. Quanto mais pobre o lugar, maior a ignorância
e a religiosidade. Este fato facilmente encontrado em todo conta pelaí afora
nada significa para os cegos da pior cegueira: a cegueira mental de onde provém
todo o sofrimento humano.
Se nenhuma
das outras sociedades do mundo ainda saiu de um estágio medíocre de
desenvolvimento espiritual, ainda mais degradante é a situação da nossa
sociedade onde as pessoas saem das igrejas e vão requebrar os quadris ao som do
zumbido de balas mais acertadas que perdidas. Como consequência da baixíssima
espiritualidade dos seres humanos, nos centros educacionais das sociedades mais
civilizadas como a que abriga a Universidade de Cambridge, também abriga uma
visão tão deturpada do que seja aprendizado de finura mental que os estudantes
daquele famoso cento de ensino realizam concursos para determinar qual a bunda
mais bonita, sendo que tal imbecilidade envolve também bundas de homens e de
homens que se prezem não fazem questão de ter a bunda bonita, atributo das
mulheres. Esta estupidez não nos deve servir de consolo porque é muito triste a
situação de ser a nossa sociedade ainda mais bruta do que as outras sociedades
do mundo uma vez que por aqui a inversão de valores que predomina em todas elas
é mais vigorosa do que nos outros lugares. Está aí, prá não dizer que é
mentira, a imprensa noticiando que as empreiteiras patrocinadoras da gatunagem
do erário, depois de apanhadas com a mão na botija alheia, como é do seu feitio
e causa de sua riqueza, estão pleiteando o privilégio de serem julgadas pelo
Supremo Tribunal Federal, a mais alta corte de justiça do país. Para os
requebradores de quadris e enchedores de igreja tal notícia nem mesmo lhes
interessa embora demonstre perigosa desarrumação social ao demonstrar
conivência da justiça com o crime, coisa até então dita apenas à boca pequena e
que é agora tornada notória.
Algumas
poucas pessoas notaram a falta de empenho dos ministros do Supremo Tribunal
Federal em punir os bandidos do Mensalão, livrando-os, inclusive, da acusação
de formação de quadrilha. É esta a corte pleiteada pelos empreiteiros para
julgá-los. Já outras pessoas perceberam um pouco mais. Perceberam que o doutor
Joaquim Barbosa foi o único ministro empenhado em cumprir o dever legal e moral
de defender a sociedade. Também houve quem percebesse que se o doutor Barbosa
foi perseguido por defender a sociedade dos seus inimigos, o que deixa evidente
o absurdo de estarem os adoradores de “famosos” e “celebridades” pagando uma
justiça cara para proteger os seus inimigos em vez de defendê-los como é sua
obrigação porque para isso é que existe. Assim, se os empreiteiros, inimigos
figadais da harmonia social, manifestam preferência pelos juízes que
perseguiram o doutot Barbosa, o verdadeiro amigo da sociedade, é porque contam
com julgadores não empenhados no cumprimento do seu sagrado dever de defender a
sociedade que lhes garante a feira, mas que vive em completo abandono e
entregue a uma ignorância de cuja superação depende o futuro das crianças, inclusive
das crianças destes inimigos sociais. O que levam os empreiteiros a buscar o
STF é que lá os ladrões contam com a proteção dos ministros que escorraçaram o
doutor Joaquim Barbosa exatamente por ser severo com ladrões do dinheiro de
salvar a vida de infelizes que choram no corredor do hospital. Se o STF fosse ainda
comandado pelo Barbosão e seu martelo de Thor, empreiteira nenhuma ia querer
ser julgada por lá e isto evidencia uma situação muito grave de desmoralização
da justiça, coisa pacífica nesta terra desmoralizada de todas as formas.
O fato de
ser o vigor físico o único atrativo a conduzir a juventude não permite que a
sociedade saia do barbarismo dos tempos de quando a força física era realmente
necessária porque a sobrevivência dependia mais do vigor físico do que da
inteligência que naquela época mal despontava ainda. Embora a absoluta maioria
da humanidade ainda acredita depender da força física, já existe grande número
de pessoas que afirmam o contrário e expressam isso no dizer que o SER é
superior ao TER, frase que nada significa para os enchedores de igrejas,
latrinas e terreiros de brincadeiras, mas que na verdade encerra toda a
sabedoria necessária à felicidade por todos procurada onde não pode ser
encontrada exatamente porque quando o TER é preponderante não há lugar para a
paz desde quando as atitudes necessárias para se chegar ao TER são atitudes
antissociais, contrárias, portanto, à existência de um ambiente favorável à
presença de paz sem a qual não se pode falar em felicidade. Nem podia ser de
outra forma uma vez que a cultura do TER é fonte de animosidade e promotora de desarmonia
uma vez que coloca as pessoas umas contra as outras sempre à espreita de se ludibriarem
mutuamente e levar algum tipo de vantagem sobre alguém.
Embora a
humanidade já sinta certa vergonha em afirmar que é bom ser pobre, isso em nada
diminui sua certeza de necessitar da religiosidade, justa razão para o atraso e
a obscuridade mental. Estas pobres criaturas nem de longe desconfiam que a
frase dita com muita pomba “Dai a Cézar o que é de Cézar, e a Deus o que
é de Deus” significa, na verdade, uma recomendação carregada de esperteza para
pagar impostos e fazer orações em vez de questionar não só o destino destes
pagamentos, mas também o sistema invertido de valores onde “famosos” e
“celebridades” orientam o modo chique e preferido de viver na mediocridade.
As ações
contra si mesmos adotadas pelos homens evidenciam o predomínio da
irracionalidade sobre a racionalidade que caracteriza alguns seres humanos
apenas. Desde os gregos houve quem procurasse a razão da existência das coisas
fora das explicações de divindades. Entretanto, o destino de todos é
determinado pelo peso bruto da quantidade dos seres não pensantes. É uma
verdadeira turba de pés rapados mentais que determina o rumo a ser seguido por
todos para desgosto dos poucos que pensam e que são escorraçados para a
insignificância, enquanto a tribuna de honra está destinada a “famosos” e
“celebridades”. Há um monte de repórteres na porta do hospital onde Pelé está
internado. O que eles fazem é para que os jornais e revistas atraiam a atenção
de multidões interessadas em saber a situação do Rei nu. O que foi que Pelé já
fez de útil para a sociedade a não ser ter saído da pobreza para virar grande
milionário? De onde veio sua riqueza? Por que será que a sociedade transforma
em reis e deuses as pessoas com destreza necessária para atividades físicas? Por
que não gozam do mesmo prestígio as habilidades mentais? Há algo de muito
canhestro nisso e a juventude nem desconfia de nada. O rumo da sociedade é
decidido por mentalidade inferior, capaz de criar um mundo onde a mediocridade é
tão importante a ponto de ser publicada na imprensa a seguinte notícia:
“Já que a futura rainha da Inglaterra, Kate, e a eterna rainha
dos realities shows, Kim Kardashian, foram as grávidas mais famosas do mundo, é
justo que a recuperação pós-maternidade seja objeto de curiosidade. Desde que
perdeu 11 quilos, tingiu o cabelo de loiro e reapareceu em decotes abissais,
sem indício de amamentação, Kim vem causando comoção. Mas nada se compara à sua
selfie – a foto de si mesma – de maiô branco, mostrando seu ângulo mais
conhecido. “Vou já para casa” tuitou o pai da criança, o cantor Kanye West. É
ele quem está reprogramando visualmente a mulher, aspirando a um visual mais
sofisticado. Já disse até que tem como modelo a outra mamãe famosa, Kate, que
deixou entrever num jogo beneficente de vôlei que também voltou ao que era, com
zero de barriga”.
Os apreciadores deste tipo de cultura
constitui a absoluta maioria dos seres humanos, razão pela qual o Mestre do
Saber os qualifica como condutores de comida que deixam latrinas cheias como
as únicas marcas de sua passagem pelo mundo. A experiência e a leitura que dão
conhecimento tornam o velho que lê uma pessoa infinitamente superior
espiritualmente ao resto porque não merece outra classificação senão de “resto”
a massa ignara que enche as lojas, igrejas, campos de axé e futebola. O
refinamento espiritual que torna as pessoas capacitadas para a vida em
sociedade não está ao alcance de quem não tem familiaridade com os livros.
Amontoados de seres ignorantes, tão ignorantes que são equiparados a manada não
formam ambiente onde possa se sentir a gosto um velho cuja leitura e
experiência ensinaram que a vida pode ser bem melhor se não fosse a ignorância
das pessoas que não levam em conta a existência das outras pessoas e agem como
se todos fossem tão ignorantes quanto elas. Aqui ao lado há uma construção cuja
estrutura é de ferro e de onde emana uma pancadaria que apesar de imensamente
violenta e prejudicial à saúde a ninguém parece incomodar. O fato de nenhum
enchedor de latrina se rebelar contra esta situação prova tratar-se de falta de
sensibilidade própria de bichos, ambiente impróprio para quem não é bicho e
sabe perfeitamente que aquela obra pode ser embargada mediante ação judicial se
as pessoas à volta se incomodassem com barulho, sendo de se destacar o absurdo
de pertencer a obra a uma instituição educacional. É realmente uma vida
desqualificada quando se vive entre bichos apenas ligados na necessidade de
TER.
Acometido
por uma maldita gripe, não suportando mais tanto sofrimento e mal-estar,
fragilidade a que chegarão todos os jovens requebradores de quadris, fui
procurar socorro no hospital IBR onde permaneci em grande sofrimento e agonia deitado
no colo de Sara por cerca de uma hora, quando fomos avisados de que o médico
havia se retirado. Fui a outro hospital onde um médico receitou remédios que custaram
mais de cem reais e que nenhuma melhora trouxeram, razão pela qual tiveram o
lixo como destino. Depois, outro médico me disse que o procedimento correto do
médico que me atendeu seria ter procedido a uma hidratação por soro fisiológico
em vez de remédio. É ou não é viver entre bichos? Certa ocasião fui
diagnosticado por um médico como necessitando de cirurgia de catarata nos dois
olhos e fui parar nas mãos do mercenário Rui Cunha, tido como o mestre dos
mestres nessa atividade, e ele confirmou a necessidade da cirurgia pela qual
paguei adiantados treze mil e quinhentos reais, vindo a descobrir por acaso não
necessitar de cirurgia nenhuma e estou lutando na justiça para receber de volta
o que me foi roubado pelo médico ajuntador de fortuna que, inclusive, é pastor
e mentiroso como todos os pastores ajuntadores de riqueza. Também já fui
enganado para fazer uma cirurgia desnecessária de ponte de safena para que um
tal de doutor Nilzon do hospital Santa Izabel em Salvador tomasse meu dinheiro.
Isto é lá ambiente para quem não é bicho?
É por não
exercer a atividade de pensar no SER que a humanidade está se afundando e
levando para o brejo a juventude com os olhos duros no aipede e no aipode.
Inté.