quinta-feira, 26 de setembro de 2019

ARENGA 590


ORA, VIVAS! Parafraseando deus, tantos vivas quantos grãos de areia há nos mares do mundo para estes jovens que despertaram para a preservação da natureza, dando lição de sensatez a esta velharia mumificada que apesar de adorar deus entregou a satanás a alma em troca de riqueza, razão pela qual continua destruindo os recursos naturais do mundo, indiferente ao futuro das crianças que felizmente despertaram para esta realidade. O novo comportamento juvenil significa que a hegemonia da velharia mumificada tem seus dias contados antes de dar lugar a uma mentalidade arejada da nova geração que desponta. Bem que Thomas Paine disse: “O TEMPO CONVENCE MAIS QUE A RAZÃO”. Prepare-se, pois, para a volta aos sarcófagos ó velhos decrépitos, adeptos de uma política cujo lema é o “venha a mim e aos meus”, política esta tão inviável que transformou os políticos tão odiados pelo povo que nem mesmo os poucos políticos sérios, mas contaminados pela ojeriza contra a parte canalha de seus colegas teriam coragem de aparecer numa feira-livre, sem saírem de lá sob chuva de vaias, ovos, tomates e mesmo pedradas. Em função deste temor, a bandidagem da política se desloca para os locais dos conchavos contra a juventude em jatinhos pagos pelos jovens que já despertaram para a questão do meio ambiente e que logo despertarão para o fato de haver algo extraordinariamente errado na permanência de uma política na qual os políticos são odiados pelo povo.

Sendo a violência motivo impediente de bem-estar, e sendo a política da velharia antissocial de tamanha violência que enquanto crianças morrem de fome alguém toma indiferentemente um sorvete que tem ouro entre os ingredientes, sob a orientação de tal política a humanidade estará condenada a não desfrutar do benefício do bem-estar. Entretanto, para esperança de melhor sorte para as futuras gerações, no mundo inteiro jovens despertam para a necessidade de se preservar o meio ambiente. Mais cedo ou mais tarde toda a juventude despertará para a necessidade de restabelecer a verdadeira função da atividade política que nem de longe é o enriquecimento individual, inclusive às custas do erário. Este movimento jovem significa que em vez da orientação deformadora de caráter que vem sendo transmitida de pai prá filho pela cultura individualista do cada um por si, a meninada está recebendo outro tipo de orientação, o que significará uma geração de autoridades conscientes de sua responsabilidade social porque estes meninos serão as autoridades de amanhã. Desta forma, sendo curto o caminho entre o despertar da consciência ambiental para a consciência política, as futuras gerações terão a felicidade de contar com autoridades conscientes da realidade de ser impossível viver em sociedade com total ausência de preocupação com a vida coletiva como faz a sociedade moderna mais preocupada com a vida depois da morte do que antes dela, como seria correto.

Tal mudança pode ser iniciada com a inclusão de rápida discussão no final de cada palestra, missa, aula, enfim, qualquer reunião, sobre a proposta de Paulo Freire de incluir no sistema educacional matéria capaz de desenvolver na meninada a capacidade de raciocínio. Assim, raciocinando, a molecada não teria de esperar que o tempo a convencesse de haver algo muito errado em sua vida. Importante também seria bisbilhotar sobre o porquê de ter o velho oráculo do presidente encontrado na proposta do grande educador motivo para odiá-lo se ele é respeitado no resto do mundo. Inté.

  

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

ARENGA 589


Ridículo o estardalhaço que se faz em torno de eleição e dos bilhões desperdiçados com esta palhaçada. O destino do povo sobre o qual pesa o ônus de todos os custos sociais, qualquer que seja o resultado das urnas, é um só: ter de contribuir com mais da metade do valor de tudo que precisa comprar a fim de garantir despensa farta para a camarilha de parasitas proclamados vitoriosos pelo resultado de uma eleição totalmente inútil do ponto de vista do bem-estar social, uma vez que o mundo está se transformando num enorme corredor de hospital onde desvalidos clamam por um socorro que não vem. Cabe, então, indagar: para que servem a eleição e os governo se a injustiça assumiu tamanha magnitude que os injustos submetem os justos a tribunais tendenciosos? Sendo a juventude a maior prejudicada pelos desgovernos, em nome da sensatez ela deve fazer algo a respeito. Sair da apatia eterna em que sempre viveu, deixando-se levar obedientemente pela vontade obscena de verdadeiros monstros de cuja boca escorre baba de dragão e que existem unicamente para amealhar mais e mais riqueza. A parasitagem tem tido vida demasiadamente longa. Na página 27 de A Utopia, Thomas More se refere aos parasitas medievais da seguinte maneira: “Consideremos antes o que se passa sob nosso olhar; vejamos o grande número de nobres que, não satisfeitos com sua própria ociosidade, vivem preguiçosamente como zangões, do trabalho dos seus rendeiros, a quem esfolam até o osso, fazendo-os pagar rendas elevadíssimas ...”. Os parasitas são párias sociais porque o conceito de sociedade é incompatível com a avidez individualista destas figuras que apesar de desprezíveis, ditam as regras a serem seguidas por uma juventude que parece não ter vontade própria.

Despontam, todavia, jovens interessados em tais assuntos, o que é fato alvissareiro para quem sonha com um mundo sem tanta indiferença ante o sofrimento alheio. À medida que mais e mais jovens concluírem por si mesmos em vez de esperar que o tempo lhes convença de haver algo errado, sem sombra de qualquer dúvida, será o começo da mudança necessária para mostrar que a vida, se é um jogo, como afirma Jacob Petry, na página 21 de Poder e Manipulação, é um jogo de cartas marcadas a favor de falsos líderes dos quais, infelizmente, uma injustificada falta de interesse da juventude não lhe despertou ainda para a necessidade de descartá-los. O mesmo Jacob Petry, na página seguinte, observa que a humanidade se encontra envolvida por uma cultura morta, mais preocupada em ensinar sobre as revoluções Francesa e Russa, o Princípio de Arquimedes, a descoberta da América ou a teoria da evolução.

Este viés educacional não é mera coincidência. Faz parte da cultura de se dedicar atenção ao passado e ao presente, mas nunca ao futuro. Daí que o fato de se respirar, comer e beber veneno nada significa para jovens pais convencidos de ser necessário para a economia, como afirma a velharia e os jovens acreditam. Não é por outro motivo que o oráculo do atual presidente da república considera Paulo Freire inimigo do governo. O motivo de tal inimizade é ter Freire sugerido a inclusão no programa educacional de matéria que estimulasse nos jovens o raciocínio. Acontece que raciocinar abre brenhas nas trevas do conservadorismo bolorento, permitindo a penetração da luz de ideias novas das quais as mentalidades arcaicas fogem como o diabo foge da cruz. É por isto que os jovens são levados a saber o que pensaram Robespierre, Danton, Marat, Lênin, Stalin, ao tempo em que têm sua atenção desviada de coisas tão simples quanto o porquê da desarmonia se o ingrediente principal de qualquer sociedade é a harmonia. O raciocínio também levará à conclusão inquestionável da Impossibilidade de haver eleições corretas porque para tanto os eleitos teriam de ser escolhidos por um colegiado de sábios, uma vez ser a idoneidade moral a característica dos sábios. Entretanto, enquanto o raciocínio girar em torno de futebola, axé e igreja, descartada fica tal possibilidade, uma vez que a vilania, a sordidez, o ludíbrio da religiosidade e a estupidez das guerras caracterizam o comportamento da humanidade. Inté.




sexta-feira, 6 de setembro de 2019

ARENGA 588


Entre tantos filósofos e escritores de “Best Sellers” que jogam conversa ao vento, até hoje apenas três deles, Thomas Paine, Carl Marx e Nietzsche deixaram mensagens que se bem analisadas para que fossem observadas e seguidas aliviariam a aflição humana. Quando Thomas Paine afirmou que O TEMPO CONVENCE MAIS QUE A RAZÃO, não fosse a incapacidade de raciocinar da juventude e ela chegaria à conclusão de não haver necessidade de se esperar que o tempo mostre estarem errados comportamento até então tidos como corretos, o que pode ser descoberto pela própria pessoa. É apenas uma questão de raciocinar. Desta forma, sendo a juventude a força que move o mundo, meditando ela sobre a vida e as palavras do filósofo Paine chegará à conclusão de haver erros imensos a esperar que o tempo as desmascare. A guerra é um belo exemplo de erro que o tempo ainda não conseguiu convencer ser um mal irreparável. Assim, em vez de esperar, a força viva da sociedade humana precisar meditar sobre o absurdo de se ter de viver coletivamente e brigando ao mesmo tempo. Da mesma forma, não há motivo para esperar que o tempo convença de não haver razão para deixar seu destino ser decidido por velhos amorais, movidos por interesses opostos àqueles que interessam aos jovens tais como a acumulação de riqueza num lugar e miséria nos demais lugares, visto ser isto uma fonte de conflitos. Nem há justificativa para os gastos astronômicos com máquinas de destruição e os templos fabulosos que abrigam os inimigos que parasitam a sociedade. É por esperar pela ação do tempo que o erro da Inquisição permaneceu por mais de quinhentos anos até que fosse defenestrado pelo inevitável esclarecimento que o tempo trouxe e mostrou a barbaridade daquela instituição absurda que afirmava agir em benefício do condenado à fogueira uma vez que tirava sua alma das garras de satanás e a entregava nas mãos divinas de deus. Assim, não há motivo para esperar pelo convencimento do tempo para se perceber o que está errado porque o raciocínio pode fazer isto em tempo de evitar os estragos que os falsos líderes impingem impiedosamente à juventude e seus descendentes. O filósofo brasileiro, Jacob Petry, provando que esta terra não dá origem apenas a canalhas, disse na página 9 do seu livro Poder e Manipulação ter sido tomado de tamanho espanto quando jovem ao tomar consciência de como somos manipulados pelos falsos líderes que teria exclamado admirado: “Meu DEUS, COMO SOMOS OTÁRIOS! ELES USAM ESSAS ESTRATÉGIAS O TEMPO TODO CONTRA NÓS, SEM SEQUER PERCEBERMOS!”. Assim, para não ser otário, é suficiente se ligar no sentido das palavras do filósofo, lendo Senso Comum.

Se Thomas Paine lembrou à humanidade de algo de tal magnitude, Carl Marx não deixou por menos quando advertiu sobre a realidade de que OS FILÓSOFOS SE RESUMEM A ANALISAR O MUNDO QUANDO AQUILO DE QUE REALMENTE SE FAZ NECESSÁRIO É MODIFICAR O MUNDO. De fato. É realmente necessário mudar este mundo onde o mal supera o bem de forma tão espetacular que pessoas morrem de fome enquanto outras pessoas pagam quantias exorbitantes por uma refeição contendo ouro, nos restaurantes de Dubai. E para que absurdo maior do que usar tão mal a riqueza existente que jovens são transformados inexplicavelmente em multimilionários? Nossa sociedade, então, escancarou para a juventude do mundo as janelas da necessidade de mudança vez que aqui foi aprovada uma lei que obriga a juventude a pagar advogados para defender os ladrões que roubam o povo e os desordeiros passam a ter supremacia sobre os ordeiros.

Por último, vem a observação de alcance monumental do filósofo do bigode de vassoura, Friedrick Nietzsche, quando advertiu ao mundo a grandiosidade do mal decorrente da religiosidade. Ela é parceira da política na maldade de explorar a estupidez humana. Nietzsche advertiu quanto a esta realidade ao dizer que a religiosidade é a Circe da humanidade. Aqui o filósofo foi de uma clarividência própria de sua genialidade porque assim como a feiticeira Circe da obra de Homero transformou em porcos os companheiros de Ulisses, a religiosidade também transforma seres racionais em irracionais ao convencê-los da existência de um deus nunca visto por ninguém, todo poderoso, que os espera de braços abertos no céu. Só mesmo não raciocinando por si próprio, mas adotando o raciocínio de salafrários estelionatários para que alguém possa depositar esperança numa vida depois da morte. Logo estes ladrões convencerão a malta ignorante a fazer como os antigos egípcios que entregavam fortunas a seus sacerdotes para que a usassem na manutenção de seus espíritos. Inté.