Desperte ó
juventude de mentalidade paquidérmica! Despertem, jovens, para o que lhes
espera no futuro se vocês permanecerem com a mentalidade tão tacanha a ponto de
considerar dona Ivete Sangalo como a segunda mulher mais importante deste país.
Tão desprovidos de sensatez estão vocês que não conseguem distinguir a
vulgaridade da sabedoria. Deixem de lado as toupeiras que vocês consideram
celebridades e se liguem na sabedoria de quem, como Thomas Paine, que a tinha
em tão grande quantidade que deixou conselhos capazes de contribuir grandemente
para a elevação espiritual. Uma das advertências do pensador Thomas Paine, que
vocês nem sabem de quem se trata, procura nos despertar para a dura realidade de
sermos nós sofredores que fornecemos aos governantes as ferramentas que eles
usam para nos fazer sofrer. É extremamente necessário que se dê prioridade a
tais pensamentos do que perder tempo ocupando o pensamento com vulgaridades. As
pessoas que vocês consideram merecedoras de fama e celebridade em absolutamente
nada podem contribuir com a elevação mental necessária à construção de uma
sociedade civilizada. Elas não passam de pobres diabos de tamanha incapacidade
mental que se consideram realmente importantes, quando, na realidade, não
passam de robôs manipulados pelo trabalho nefasto do pão e circo, que
juntamente com a aparência de seriedade das religiões, tem por único objetivo
obstruir a meditação capaz de levar à conclusão de se poder viver sem os sofrimentos
causados pela irracionalidade de haver apenas um por cento da humanidade se
apossado de noventa e nove por cento dos recursos materiais necessários ao
atendimento das necessidades de todos. Sendo a juventude a detentora da força
que mentem o mundo funcionando, não pode deixar de conhecer a situação inaceitável
de ter sido a sociedade montada de forma tão insustentável que o produto do
trabalho de quem trabalha tem dois destinos totalmente absurdos: aumentar a
riqueza de uma minoria de abastados e socorrer a título de esmola os
necessitados. A existência de ricos e necessitados denunciam descontrole
social. Faz-se mais do que necessário que a juventude se deixe conduzir como
autômatos, preocupada apenas em se tornar um técnico porque serão outros quem
mais se beneficiarão do produto do seu trabalho.
A maior
contribuição que a sociedade dá aos governantes para que eles a faça sofrer é a
falta de interesse em acompanhar o que eles estão fazendo com a fortuna tão
grandiosa que apesar de desbaratada a torto e a direito como mostra a Operação
Lava Jato ainda sobra riqueza. Da
indiferença a esta realidade resulta que os governantes assumiram poder tão
absoluto sobre a sociedade que justificam a ausência de ação efetiva de governo
apresentando condolências às famílias vitimadas pelas desgraças que cabiam e
eles evitar. Não é assim que deve ser, ó jovens. Os governantes têm obrigação
de governar em benefício da sociedade. Nunca em benefício próprio como fazem
mancomunando as autoridades entre si num corporativismo tão cínico e criminoso
que estão cuidando de se blindar contra qualquer ação legal que lhes possa prejudicar
as facilidades até aqui encontradas para delinquir contra a sociedade. Os
cupinchas de tais governantes demonizam Marx, Guevara, Fidel Castro, Hugo
Chaves, Nicholas Maduro e quantos mais se oponham. Evidente que também estes não
são chefes políticos exemplares porque o ser humano ainda é muito bruto para
preterir a busca do poder em favor da busca do bem-estar social. Mas, nem de
longe a papagaiada de microfone condena os assassinos capitalistas que na louca
busca por riqueza aliena a juventude induzindo-a à loucura do consumismo.
É notório
que qualquer forma de governo está divorciada dos interesses sociais porque
cargos públicos dos mais importantes são ocupados por empresários milionários de
mentalidade mumificada cujos interesses são diametralmente opostos aos
interesses da sociedade vez que as jovens se ligam na recomendação de enfeitar
suas xoxotas com pedras preciosas, conforme coluna X do Sexo no jornal Folha de
São Paulo. É assim que se chega à velhice tão inocente quanto Pelé, que de tão
idolatrado foi elevado à condição de rei, e tão desprovido de conhecimento não
obstante a idade que diz lamentar a morte de outro jogador de futebola e que
jogará com ele no céu, embora a realidade seja de nem existir céu e nem ser
possível jogar bola lá.
A inocência tem sido a tônica da humanidade.
Um exemplo: SERIAM OS ECONOMISTAS IMBECIS? Esta pergunta que serve de manchete
para um artigo de jornal é uma cabal demonstração de inocência porque os economistas,
muito mais do que apenas imbecis, são robôs imbecis azeitados pelos ricos donos
do mundo que manipulam os cordões que dos economistas seus cupinchas para
auxiliá-los na arte antissocial de esconder a realidade de ser prejudicial à
humanidade a existência das caixas-fortes nos infernos fiscais. Descartada a
burrice, posto que aprenderam matemática, resta a hipótese da prostituição da
consciência para que em troca de vantagem fingir crer na estabilidade social com
base em emprego porque qualquer Zemané sabe perfeitamente ser impossível haver
emprego para todos que precisam dele. Do mesmo modo, contrariamente ao que
dizem os economistas, é impossível admitir que através da atividade parasitária
da agiotagem se chegue à estabilidade social. No entanto, para dar vazão à
ganância dos agiotas do sistema financeiro internacional, o economista-chefe da
economia do governo atual quer que os estados brasileiros em dificuldade se
endividem no exterior, como diz a imprensa.
A inocência
explica também a manchete NÃO HÁ PALAVRAS PARA EXPLICAR O INEXPLICÁVEL, no
Jornal Estado de São Paulo, sobre mais um episódio de jovens matando jovens. É
que a explicação não está ao alcance da mentalidade minúscula dos
frequentadores de igreja, axé e futebola quem acendem velas e fazem orações
ante tão tenebroso espetáculo. O que ocorre é tão claro quanto água limpa no
meu copo de tomar uísque: é que os jovens são ducados na cultura antissocial da
violência necessária à competição, cultura esta que se bem pensada se mostra
contrária à boa convivência pelas seguintes razões: atribuir fama e celebridade
a pessoas ignorantes; ensinar serem deus e riqueza os valores merecedores do
melhor da atenção humana; ser indiferente às necessidades dos necessitados; louvar
a ignorância social de quem faz pose na revista Forbes; permite o roubo do
dinheiro público pelas autoridades encarregadas de sua aplicação; permitir que
as autoridades ladravazes façam leis garantidoras de sua segurança como
ladrões. Pronto, aí está a explicação para a matança de jovens. Como então não
haver palavras que a expliquem? Quem é criado em meio a violência tem obrigatoriamente
de ser violento. E a violência está visível no hábito de lotar cinemas para ver
Programado para Matar, O Exterminador do Futuro e coisas que tais, tão
apreciadas que renderam a imensa riqueza do Silvestre Stallone mostrada na
imprensa. Se não se encontra a explicação para a violência é porque as pessoas
se negam a pensar sobre a vida, preferindo, como as bestas, se limitarem a
comer, trepar e cagar. Custa nada lembrar o que disse Leonardo da Vince: QUEM
NADA APRENDE NA VIDA NÃO PASSA DE CONDUTOR DE COMIDA. A ÚNICA MARCA QUE DEIXA
DE SUA PASSAGEM PELO MUNDO SÃO LATRINAS CHEIAS. Esta preciosidade aplicável à
humanidade inteira foi lembrada pelo jornalista Alex Ferraz do jornal Tribuna
da Bahia, que também lembra um pensamento de George Orwell, inalcançável pela
malta de frequentadores de igreja, axé e futebola: Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo
o resto é publicidade. Mas o povo não terá condição de assimilar tais
pensamentos enquanto permanecer na condição reles de povo incapaz de perceber
ser pura armadilha a expressão alegre assumida pelos papagaios de microfone quando
passam a falar de esporte, um ramo do pão e circo. Para entender o que seja pão
e circo é preciso ter a mente acima das baixarias em que se liga a juventude. A
convivência com pessoas de baixa mentalidade é a causa do mal-estar de intelectuais
como Nietzsche, justificada inclusive pela mediocridade intelectual das pessoas
consideradas merecedoras de fama e celebridade. Inté.