domingo, 31 de março de 2019

ARENGA 559


Criança morre à espera de leito no hospital.

Silvio Santos choca seguidores com novo visual.

Clube paulista paga cinco milhões de euros por rescisão de contrato de jogador de futebola.

Governo vai reduzir impostos de empresas para gerar empregos.

Se estas notícias na imprensa dão conta de que se o mundo realmente precisa de mudança, como observou Marx, este paiseco de merda, capacho das botas do Tio Sam, precisa mudar muito mais ainda. Como pode haver tamanho desleixo na assistência à saúde a ponto de uma criança morrer por falta de atendimento enquanto malas e malas de dinheiro são encontradas pelaí afora, dinheiro roubado do erário por ladrões que contam com proteção da alta cúpula da justiça?

Qual poderá ser o futuro de um povo seguidor de Silvio Santos? O povo sempre foi fantoche de algum tipo de espertalhão que se torna bilionário às suas custas, o que mostra ser o elemento povo totalmente débil. Como se justificar, então, que se atribua a um elemento débil a responsabilidade pela indicação dos dirigentes políticos, como se faz no sistema democrático? A constatação de que a democracia só a melhor forma de governo porque não existe outra pior demonstra claramente sua ineficácia. Apesar disto, nenhuma providência é tomada no sentido de corrigir a falha da qual resulta toda esta desarrumação. Ao contrário, a troco da despensa abastecida, ferrenhos defensores da nefasta cultura democrática juram de pés juntos ser esta aberração a melhor forma de se administrar a riqueza pública, embora o que se vê como resultado desta “maravilha” é uma violenta exclusão social criadora de inimigos da própria sociedade da qual fazem parte as consciências prostituídas que a troco do que acreditam ser vantagem condenam seus descendentes a vítimas do ódio acumulado das pessoas que veem seus filhos morrerem por falta de dinheiro enquanto imbecis disputam quem é dono da maior riqueza individual do mundo, qual o país que tem o maior e mais caro porta-aviões, submarino, o mais poderoso avião bombardeio, o prédio mais luxuoso, tudo isto uma grande burrice por ser contrário à simplicidade de uma vida sadia e prazerosa.

Enquanto por falta de dinheiro uma criança morre à mingua, cinco milhões de euros são pagos para que um jovem venha jogar futebola em São Paulo. Como pode um povo ser tão demente a ponto de não perceber que tal situação não deveria acontecer? É por conta destas loucuras que os jovens perdem a razão. Enquanto um jovem vê pela frente uma estrada de mais de vinte anos de sacrifícios para se tornar capaz de virar um empregado, outro jovem, que por ser capaz de jogar bola, embora não seja capaz de fazer um O com um copo passa a não saber o que fazer com tanto dinheiro que recebe. Apesar de inteiramente inaceitável tal situação, as consciências prostituídas nave veem de anormal e levas de imbecis lotam estádios alheios à realidade de estarem sendo feitos de idiotas ainda maiores do que os idiotas que realmente são.

Que dizer da última notícia, a de que o governo vai permitir que os empresários sejam ainda mais desobrigados de pagar impostos para que disto resultem empregos? Isto é de uma falta de lógica tão grande que só mesmo partindo de um governo composto de militares e religiosos. Se já é o elemento repugnante povo o responsável pela maior parte do custo da administração pública, a obrigação a menos para os ricos empresários será uma obrigação a mais para o elemento desprezível povo porquanto as despesas aumentam a cada dia com a roubalheira e o compadrio político entre os malandros que o povo eleva à condição de autoridade. Tal medida, pois, é a essência da burrice. A maior parte do salário dos beneficiados com um emprego por conta dela será destinada ao cumprimento da obrigação que seria do empregador, enquanto que os desempregados haverão se ver ainda mais em palpos de aranha com o aumento da obrigação de sustentar a plêiade de parasitas sociais de sempre. Inté.


sábado, 30 de março de 2019

ARENGA 558


O movimento feminista pela libertação sexual resultou no culto a bundas e peitos recheados de silicone e em “celebridades” tornando público assuntos relacionados com suas trepadas, além de popularizar a prostituição de luxo, para felicidade de quem não tem mais charme para conquistar uma namorada jovem. Mas eis que surge um movimento feminista político no qual sobressaem a americana Nancy Fraser, a brasileira Marielle Franco, e, para quem a conhece, Heloisa Helena, que o analfabetismo político alagoano preteriu pelos Calheiros. A estas brasileiras o Brasil deve agradecimentos por mostrar ao mundo que por aqui não existe só canalha.

Um movimento feminista que contasse com mulheres politicamente alfabetizadas o bastante para perceber não passarem de marionetes do pão e circo que as eleva à condição de ridículas celebridades com objetivo de afastar para assuntos chulos o interesse público que assim se mantém longe dos assuntos políticos dos quais depende o bem-estar social. Um grande número de mulheres salutarmente politizadas pode realmente dar origem a um movimento capaz de resultar numa nova fase histórica de administração pública no mundo porque a elas se juntariam muitos homens também sedentos de uma política que levasse em conta justiça social, e, desta forma, o número de eleitores conscientes suplantaria de longe o número de eleitores marionetes politicamente analfabetos manipulados por propaganda que é a arte de explorar a estupidez humana. Sendo as autoridades escolhidas pelo maior número de eleitores, e sendo consciente a maioria destes, evidente que estariam excluídos da política os párias sociais que hoje se escondem atrás da fantasia de autoridades tendo o roubo por objetivo.

Que o mundo clama por mudança, disto não se pode ter a menor dúvida. As pessoas conservadoras podem ser comparadas a um bando de perus porque o que há para ser conservado é um monte de porcaria cujo fedor se faz sentir em todos os lugares. Quando o velho Marx afirmou que os filósofos se limitam a analisar o mundo, mas aquilo que se faz realmente necessário é mudar o mundo, foi de uma eficácia monumental porque quem se limita a analisar a imundície material e espiritual em que se transformou o mundo comporta-se exatamente como o peru que examina o monte de porcaria antes de bicá-lo. Inté.

sexta-feira, 29 de março de 2019

ARENGA 557


Ou a imprensa endoidou, ou a irracionalidade em que tem vivido a humanidade começa a dar lugar à razão. O otimismo se justifica porque segundo notícia na imprensa o socialismo que para o analfabetismo político sempre foi coisa do demônio, começa a ser visto com bons olhos nos Estados Unidos e na Inglaterra, países onde é mais robusta a aversão à palavra socialismo, e o povo, como todos os povos do mundo considerado bárbaro, também não dispensa as orações e as igrejas. Na Inglaterra, segundo a imprensa, se as eleições fossem agora, o deputado socialista Jeremy Corbyn, venceria com tranquilidade. Isto lembra a afirmação de Thomas Paine de que o tempo convence mais que a razão. Como a correria para buscar dinheiro e puxar o saco de deus não deixa tempo para que as pessoas possam raciocinar sobre as lições que os Grandes Mestres do Saber nos legaram, a humanidade permanece no barbarismo. Mas se refletissem os seres humanos sobre as lições que eles nos deixaram a sociedade humana já estaria mais civilizada. Veja-se, por exemplo, quanta verdade há na afirmação de que o tempo é capaz de convencer mais do que a razão. Foi o tempo que mostrou a irracionalidade de queimar pessoas vivas acreditando estar fazendo bem a estas infelizes criaturas por aproximá-las de deus. Também foi o decorrer do tempo que convenceu ser a Peste Negra causada por bactéria e não por bruxaria. Agora, enfim, a ação do tempo está convencendo ser erro dos maiores a sociedade se orientar pela cultura bárbara do mundo dos irracionais onde o mais forte devora o mais fraco. Por aqui, entretanto, estas bandas brasileiras escola de coisas ruins, a ação do tempo se faz mais lenta. Nesse exato momento, numa demonstração de medievalismo, o Supremo Tribunal Federal decidiu ser legal o sacrifício de animais em cultos de religiões de matriz africanas como a umbanda e candomblé, exatamente como fez Noé ao descer da arca. Inté.














quinta-feira, 28 de março de 2019

ARENGA 556


“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”. Nestas sábias palavras de Bertolt Brecht está o porquê da perda de tempo da papagaiada de microfone com seus “eu acho que” insuportáveis. Esta turma de lambe-botas do poder lambe as botas de qualquer tipo de poder, papagaiando contra tudo que for contra o poder do momento. Falar, falar e falar é o ganha pão da turma do “eu acho que”. Como na humanidade predomina o analfabetismo político, os seres humanos não percebem que esperar de seus representantes políticos algum resultado positivo para seu bem-estar é tão inútil quanto esperar que o beijo do Papa no pé do infeliz previna a infelicidade. Estes senhores bem-falantes que se postam diante de microfones para falar de desonestidades, malham em ferro frio porque no Brasil, como bem disse o Ruy Barbosa, é vergonhoso ser honesto. E as mais altas autoridades, aquelas que ocupam postos para os quais são exigidos os requisitos de reputação ilibada e notório saber jurídico, dão provas da veracidade da afirmação de Ruy mancomunando com bandidos e congressistas tomam posse dos cargos de legisladores de dentro das cadeias. O que pode a sociedade esperar de leis elaboradas por presidiários senão a legalização do roubo e a ilegalização de prender bandido rico? Desta forma, tendo sido transformado em certo o errado, qual a vantagem da falação sobre erros de que tanto falam os senhores que ganham seu pão para falar “eu acho que”?

Pode alguém ter dúvida de se tratar de ladrões essa cambada que a justiça afirma ser constrangimento ilegal meter na cadeia? Ser obediente à esculhambação passou a significar obediência à ordem uma vez que a desordem virou ordem. A militarização do ensino, como observa uma professora de Goiás, visa à obediência à desordem porque militar aprende a obedecer sem pensar.  Se em lugar da baboseira enfadonha que é o estuda da história humana, onde bobagens como a melosidade da afirmação de que o príncipe Syddharta Sakya-Muni Gautama, ao abandonar o palácio para a peregrinação que fez dele o Buda teria olhado para sua jovem esposa e seu filho adormecidos, teria sentido vontade de beijá-los, mas retirou-se para não os acordar. Isto é de uma bobagem infinita porque ninguém presenciou a cena. O estudo de História da Humanidade teria maior utilidade se se limitasse a pinçar as lições de sabedoria que pessoas observadoras nos legaram. Melhor faria a História dando ênfase às conclusões de pensadores cuja sabedoria deixaram conclusões que se observadas em muito adiantariam o processo de civilização humana. Mas como o errado é que é o certo, considera-se errada a observação de Carl Marx de haver necessidade de mudar o mundo. Como pode ser errado mudar um mundo onde as coisas se inverteram de tal forma que é considerado haver desordem em combater a corrupção, e colocar os filhos na escola é submetê-los à possibilidade de serem metralhados?  Inté. 


segunda-feira, 25 de março de 2019

ARENGA 555


Na Carta Capital, sobre reforma agrária, pode-se ler: Luís Clóvis Schons ainda recorda da madrugada fria e chuvosa em que foi despejado do primeiro acampamento, em 1986. Tinha, à época, apenas 13 anos. O pai, um agricultor que tentava fugir da indigência, engrossava o exército de miseráveis que buscavam um pedaço da terra para sobreviver.  “Os policiais chegaram batendo. Não importava se havia crianças, mulheres ou velhos. Destruíram as lonas, pegaram nossos pertences e jogaram à beira da estrada. Foram três dias de violência”. Os líderes acabaram marcados na perna com ponta de baioneta. “Meu pai ainda tem a cicatriz”. O povo não toma conhecimento de notícias assim por ter maior interesse nas futilidades dos “famosos” e “celebridades” de merda. Entretanto, meditar sobre esta notícia leva à conclusão de que a realidade por ela exposta é o contrário do que devia ser. Em primeiro lugar, soldado é povo, e povo é pobre. Portanto, pobre deve ser solidário com pobre em vez de se solidarizar com os ricos que exploram a terra da mesma forma como fazem os gigolôs com suas amantes. Através de negociatas no BNDES com ajuda de políticos safados, enchem as burras de dinheiro e impedem ao pobre ter seu pedaço de terra onde viver. Expulsos do campo, os pobres vão para as cidades, e o resultado desta inversão é acirrar a violência e doenças. Portanto, procedimento contrário ao bom senso. Outra notícia na imprensa mostrando a inversão de valores é a que dá conta de que a cúpula militar procura evitar excesso nas comemorações de aniversário do golpe militar de 1964. Comemorar? Mas como comemorar, se aquilo é para se lamentar? A verdade sobre aquele movimento militar revela falta de patriotismo e a eterna subserviência e ignorância do povo que foi às ruas para aplaudir soldados espancando jovens idiotas que procuravam justiça social por meios violentos. Ou não é idiota quem se mete a enfrentar metralhadora atirando pedrinhas com badoque? Os militares deviam é se envergonhar da falta de patriotismo de perseguir seus nacionais por ordem do governo americano viciado em riqueza e que por meio de agiotagem explora quem precisa de dinheiro e volta seu poderio bélico contra quem quer que ameace seu capitalismo parasitário. Aberrações políticas como Maluf e ACM foram criações do governo militar além de incrementar a corrupção como mostra brilhantemente o grande jornalista Mauro Santayana no artigo A CRISE DA RAZÃO POLÍTICA E A MALDIÇÃO DE BRASÍLIA. Portanto, comemorar o que é de lamentar, é mais um modo de viver ao contrário, como também o é a declaração do presidente Bolsonaro de ser uma vergonha o brasileiro ilegal no exterior porque vergonha de verdade é a incompetência dos governos em evitar que num país de tantas riquezas seus jovens precisem mendigar mundo afora um emprego pelo amor de deus. É tudo ao contrário do que deve ser. Segundo outra notícia no jornal, uma professora de Goiás revela que por lá se está militarizando a educação visando tornar os jovens obedientes. Isto também é contrário porque jovens devem ser rebeldes. A imprensa noticia também que a Rússia vai emprestar trinta e oito milhões de euros para Cuba comprar armas. A ser verdade a pobreza que rola por lá, esta grana devia comprar comida. Também dá conta a imprensa de que nosso governo vai dividir dezessete bilhões de reais com Estados e municípios. Sabendo que essa grana vai parar na tubulação do Jornal Nacional, é também um comportamento contraditório. Mas a imprensa também noticia que o presidente Jair Bolsonaro, apesar de afirmar categoricamente defender racionalização nos gastos públicos, como deputado federal, entre 1995 e 2018, recebeu R$ 1,8 milhão em salários extras, oficialmente chamados de ‘ajudas de custo’, e mais R$ 2,4 milhões em auxílio-moradia. Um total de R$ 4,2 milhões em valores atualizados pela inflação. Bolsonaro chegou a receber seis ajudas de custo em 1996 e em 1997, sem contar o 13º salário. Em 24 anos, recebeu 62 salários extras. A inversão das prioridades é tão absoluta que os jovens não tiram as vistas do telefone para meditar sobre o porquê da falta de dinheiro para a previdência, se cada deputado tem custo tão alto e são mais de quinhentos deputados. Se esta é a realidade e se a realidade não interessa porque o interesse maior está em saber qual “celebridade” é mais rica ou não usa calcinha, ou vestiu o vestido mais caro, ou estava na festa com a xoxota à vista, como esperar viver senão como se vive? Inté. 





















  




sábado, 23 de março de 2019

ARENGA 554


As notícias na imprensa levaram nosso pensamento a passear em torno de um imenso auditório cujo espetáculo fosse um programa de perguntas e respostas no qual o apresentador fizesse a última pergunta questionando o seguinte: Suponhamos que todas as empresas do maior Shopingue do mundo, o Dubai Mall, nos Emirados Árabes, resolvessem contratar um número de funcionários quatro vezes maior do que o necessário, pagando altos salários aos funcionários com cargo de chefia e lhes permitindo suprir sem necessidade de controle algum todas as necessidades de suas famílias lançando mão dos produtos de suas lojas. O que estaria o Dubai Mall imitando? Dou-lhe uma...dou-lhe duas... dou-lhe t..... Acertou quem disse GOVERNO BRASILEIRO.... O acertador pode se aproximar para receber seu prêmio, e as pessoas restantes do auditório respondam agora: O que acontecerá com o Dubai Mall? (Resposta em coro) FALÊNCIA! FALÊNCIA! Absolutamente certo! – Diz o apresentador –  e vocês poderão receber prêmio infinitamente mais valioso do que o recebido pelo Zemané que acertou a primeira resposta, evitando a hecatombe que a falência do Brasil deixará para seus filhos.

Não obstante ser apenas conjetura de pensamento que não tem nada melhor a fazer do que pensar, encarando de frente a realidade, qual será o futuro das crianças se os recursos públicos são roubados abertamente sob total indiferença de um povo tão xucro que ainda acredita em proteção divina e vai para as igrejas em vez de ir para os órgãos da administração pública acompanhar o que acontece por lá? Já está por demais provado o cinismo das autoridades. Hoje, uma autoridade da prefeitura de São Paulo, falando sobre a remoção do rebotalho humano que se encontra num terreno visado pela especulação imobiliária dizia que o motivo da remoção era a preocupação com as crianças. Havia uma linha férrea por perto e um trem podia acidentá-las.

Está corretíssima a observação do historiador Henry Thomas de ser o homem um aluno atrasado na escola da vida. Mas vai ser atrasado assim nos quintos dos infernos, pô. A cerca de quatro mil anos atrás os egípcios descobriram que era bobagem esperar que a conservação do corpo de faraó conservasse a segurança e integridade do Egito, constatação que os levou a mudar de postura. Decorrido todo esse tempo, Hoje, depois de algum massacre, inclusive em igrejas, o povo acende velas, deposita flores, faz oração para os mortos e levantam novas igrejas. Sabe-se ser a humanidade submetida a uma constante lavagem cerebral que a torna alheia à realidade. Seu apreço por estes merdas de “famosos” e “celebridades” evidencia esta realidade. Quando os Beatles apareciam, ou quando Michael Jackson mostrava o saco, o povo era tomado de incontrolável euforia que o levava às lágrimas. O ser humano pode ser conduzido para onde quiser o condutor. É preciso, pois, que uma condução sensata conduza o povo rumo à percepção de estar tudo errado porquanto assumiram postura de desordeiros as autoridades encarregadas de manter a ordem de que todos necessitam a fim de poder criar seus filhos. A juventude é conduzida para a futucação de telefone pela papagaiada de microfone que por conta do emprego induz os jovens a trocar quase que diariamente seu aparelho velho por outro mais moderno. Isto vai dar num desastre sem tamanho e é preciso que os jovens ainda não completamente alienados procurem advertir seus companheiros para a necessidade de um mundo novo. Inté.  

   












sexta-feira, 22 de março de 2019

ARENGA 553


Este semialfabetizado aqui vai mostrar o porquê de necessitarmos de uma juventude inteligente: É ridículo esse pessoal do “eu acho que” das rádios e televisões tergiversando sobre os problemas sociais brasileiros porque os problemas sobre os quais eles gastam grande quantidade de “eu acho que” não são para ser resolvidos. São para ser eternizados uma vez que têm origem nas próprias autoridades encarregadas das soluções e não há como se livrar das autoridades no sistema vigente. O prefeito do Rio de Janeiro, acaba afirmar e dá provas de que o Rio é uma grande esculhambação. E, como se vê, todo o país não passa de uma esculhambação. Se o sujeito rouba um pão, como Jean Valjean, em Os Miseráveis de Vitor Hugo, vai comer o pão que Satanás amassou com os pés. Agora, se o sujeito rouba bilhões, é logo defendido por advogados de olho em parte do roubo. Quando o presidente Bolsonaro diz que os brasileiros ilegais no exterior são uma vergonha para o Brasil, erra fragorosamente porque o Brasil é que é uma vergonha por ser incapaz de proporcionar qualidade decente de vida, forçando seus filhos a procurar socorro em outros lugares, do mesmo modo como fazem os pobres nordestinos procurando em São Paulo um trabalho pelo amor de deus. Quando o agiota presidente do Bradesco diz que o presidente da república precisa aprovar a reforma da Previdência, na verdade, está é de olho grande na possibilidade de atochar ainda mais o ferro no rabo da classe trabalhadora por meio de uma previdência privada. Quando a imprensa dá conta de ter o poder econômico ajudado os delatores da Lava Jato a obter penas mais brandas, diz que o poder do dinheiro está acima dos valores morais, o que sempre foi uma realidade que não deveria ser. Os “famosos” e as “celebridades” pela sensualidade e putarias serão velhos e velhas infelizes quando chegarem as pelancas. Infelizes também serão seus admiradores por serem pessoas vazias de intelectualidade e que nada aprenderam na vida. Não há autoridades interessadas em resolver os problemas do povo porque se houvesse o dinheiro público não correria pelo esgoto mostrado no Jornal Nacional. O senador Tarso Jereissati, uma das autoridades inúteis, aliás, prejudiciais porque se examinar sua vida pregressa aparecerão coisas do arco da velha, acaba de declarar não haver motivo para colocar na cadeia o Michel Temer, não obstante ter ele roubado, segundo a imprensa, quase dois bilhões desse desgraçado povo brasileiro de merda. Se autoridade pode traficar drogas, por que iria querer resolver o problema do tráfico? Certa vez, o procurador Luiz Francisco disse que a autoridade senador Jereissati tinha contas a prestar à justiça. Por denunciar ratazanices de autoridade foi punido sob aplausos da turma do “eu acho que”, papagaios de microfone que em troca da despensa abastecida se dependuram no saco dos detentores do poder, qualquer forma de poder. Nenhuma autoridade no mundo quer problemas resolvidos. A solução que a ONU apresenta para o problema do esburacamento e envenenamento do planeta foi a seguinte segundo consta da página 40 do livro CUIDAR DA TERRA, PROTEGER A VIDA, de Leonardo Boff: em assembleia geral, por unanimidade, acolheu a resolução de chamar a Terra de Mãe Terra, declarando o planeta sujeito de direito. É ou não é o cúmulo da filhadaputem? Portanto, de absolutamente nada adianta o “eu acho que” nojento dessa gente nojenta. Ou vira o disco ou quebra a vitrola porque esse rame-rame de “eu acho que” já saturou o saco. Inté.   












quinta-feira, 21 de março de 2019

ARENGA 552


A parceria entre os velhos do STF e agentes da corrupção que corrói os recursos públicos, influenciando negativamente a formação moral dos jovens pode levar alguém menos avisado a pensar ter sido quebrada a regra segundo a qual os jovens têm muito o que aprender com a experiência dos velhos. Porém, estaria redondamente enganado quem assim pensasse porque no Brasil a desonra, a falta de moral e o instinto de rato são os degraus da escada para o sucesso. Sendo os velhos do STF catedráticos nestes assuntos, com eles os jovens poderão aprender maravilhas sobre a corrupção que faz tamanho sucesso no Brasil que a imprensa noticia que o filho de Lula com apenas mil reais ganhou dez milhões. Desta forma, sendo a indignidade o forte dos velhos do STF, continua valendo a regra de terem os jovens muito a aprender com os velhos se querem fazer sucesso na vida.

Sabe-se que os velhos sempre olharam para os jovens com um pé atrás. Mas isto se deve à inveja da vitalidade que neles se esvai enquanto que sobra nos jovens. Porém, no tocante aos velhos do STF, existe mais um motivo além da inveja pela juventude perdida para justificar o pé atrás em relação aos jovens procuradores, principalmente a ira do velho Gilmar Mendes contra o jovem doutor Dallagnol. É que os jovens procuradores estão dando aos velhos do STF um banho de lição de moral, envergonhando-os publicamente pelo desconhecimento de sociabilidade tanto quanto Sócrates envergonhava os cidadãos atenienses demonstrando publicamente seu desconhecimento de intelectualidade. Ao fazer isto, Sócrates, assim como os velhos do STF em relação aos jovens procuradores, despertou em seus conterrâneos desmoralizados tamanha ira que estes condenaram o velho filósofo à morte. É também por conta da desmoralização pública que os velhos do STF estão irados com os jovens procuradores. Inté.

  










sábado, 16 de março de 2019

ARENGA 551


Pelo que se vê na imprensa, está em palpos de aranha esta sociedade brasileira de ímpar prodigalidade em tudo que há de ruim e baixeza. E não podia mesmo ser de outra forma porquanto sua população está mais interessada nas baixarias do Yahoo Notícias dando conta de quantas vezes determinada “celebridade” trepou com determinado “famoso” ou da coluna X do Sexo do jornal Folha de São Paulo recomendando lamber as xoxotas e enfeitá-las com joias. Enquanto a sociedade se liga em tais preciosidades literárias, os meios de comunicação, jornais, rádio, TV e internete dão conta de tão grande descalabro que pelo visto nosso futuro é de estarmos fu-di-dê-ó-dós, como se não bastassem os estupradores que representam deus para fazer isto com as crianças. Chega-se ao cúmulo de ministros da mais alta corte de justiça do país, o STF, agirem para atrapalhar elucidação de casos da corrupção que dilapida o erário com tamanha tranquilidade que dinheiro público tem sido encontrado às dezenas e centenas de milhões escondidos em casas de autoridades políticas. Como afirmar ser deficitária a Previdência Social, se todo a riqueza pública é roubada? Como assistir impassível a população às privatizações sabendo que serão roubados os bilhões da venda dos aeroportos? Como não entregar aos procuradores o bilhão e meio proveniente da Petrobrás, se ao contrário dos políticos, eles não são ladrões? A apatia do povo em relação àquilo que deveria ser de seu maior interesse se torna ainda mais espantosa aos olhos de quem se preocupa com o futuro das crianças porque as evidências da esculhambação são de tal forma incontestáveis que não se pode mais duvidar de haver ministros do STF apadrinhando ladrões milionários, o que é simplesmente o fim da picada. A mais escandalosa prática de inversão do papel da justiça envolve o ministro Gilmar Mendes e um multimilionário empresário do ramo de transporte coletivo do Rio de Janeiro, um tal de Barata, também conhecido como rei dos ônibus. O brasileiro adora enriquecer mendigos espirituais para depois intitulá-los de rei para mostrar ao mundo sua prodigalidade em produzir reis uma vez que nada tem de relevante para mostrar. Pois bem, (e vejam só que coisa do carái:). O tal de rei dos ônibus, que já era amigo do ministro Gilmar Mendes, virou também compadre dele porque foi padrinho de casamente da filha daquele ministro. Vai daí que a barata, que dizer, o Barata, patrocina uma festa de casamento de lascar o cano para que a filha do ministro Gilmar Mendes seu amigo e compadre se cassasse no estilo de roliúde. Agraciando a filha do ministro com a festa de arromba, o Barata agraciou também seu compadre ministro Gilmar Mendes poupando os bolsos dele da quantia necessária para fazer a festa de arromba. Acontece que como todo empresário é ladrão (salvo para os economistas), também é ladrão o empresário dos ônibus, e ladrão azarado porque foi apanhado se locupletando com o dinheiro público pelos procurados de justiça e foi preso. O que aconteceu em seguida é algo de botar em pé os cabelos de quem os tem: o ministro mandou soltar seu compadre ladrão. Inconformados, os procuradores conseguiram que ele fosse preso novamente, mas o ministro tornou a libertá-lo. Preso pela terceira vez, libertado também pela terceira vez pelo seu compadre ministro Gilmar Mendes.   

É preciso fazer um parêntese para pensar se já não é hora de dar um basta no corporativismo da Ordem dos Advogados fazendo vistas grossa para a realidade de estarem seus afiliados dividindo com os ladrões o produto do roubo do erário. Fechado o parêntese, vamos em frente: não há como esconder a realidade de que os três habeas corpus concedidos pelo ministro decorreu do compadrio entre ele e o ladrão. Isto significa que além do salário, da grana que deixou de gastar com a festa da filha, das mordomias, o povo ainda tem de ficar sendo roubado porque o ladrão é compadre do ministro que não deixa ele ficar preso.

Esse ministro também livrou da cadeia outros meliantes. Segundo a imprensa, não obstante ter sido outro fora-da-lei, um tal de Paulo Preto, apanhado com mais de cem milhões de dinheiro público escondidos em sua casa e que também foi beneficiado por habeas corpus que os advogados ricos com o dinheiro do povo requereram e o ministro soltador de ladrões concedeu na hora. A esse ponto de degradação moral chegou nossa sociedade, sob o olhar indiferente da população muito mais interessada em igreja, axé e futebola. Alguma coisa precisa acontecer porque não tem mais para onde acomodar tanta torpeza, indiferença ante o insuportável, e falta de senso comum dos prejudicados que diante de descalabros se limitam a fazer orações, acender velas e homenagear mortes com montes de flores que viram lixo em seguida.

Como isto realmente parece inacreditável, os descrentes tornar-se-ão convencidos desta realidade demoníaca tomando conhecimentos de apenas estes cinco episódios que o amigo Googão mostrará com prazer se lhe for solicitado: 1 – Kajuru desmoraliza e expõe relatório oficial da F@RRA dos privilégios do STF; 2 – Cretino? Veja quando Onyx Lorenzoni enquadra Gilmar Mendes; 3 – Augusto Nunes fala sobre Gilmar Mendes; 4 – Gilmar liberta prefeito de Mauá acusado de fraudar contratos de merenda escolar; 5 – Gilmar Mendes dá mais um habeas corpus a Paulo Preto.

Se nada for feito no sentido de moralizar a política, as crianças de hoje excomungarão seus pais com justíssima razão por futucar telefone em vez de conversar com elas sobre estas coisas. Vê se aprendem algo na vida, ó pais babacas acendedores de vela e fazedores de oração. Inté.






sexta-feira, 15 de março de 2019

ARENGA 550


É verdade incontestável que só o conhecimento leva ao ateísmo. É por isto que o pernóstico e antipático doutor Dráuzio Varela afirmou ser ateu porque estudou. A certeza de que só a luz do esclarecimento conduz ao ateísmo está no fato visível de não haver um só ateu analfabeto no mundo, salvo se houver algum grupo em algum recanto do planeta que nunca tenha ouvido sobre deus. Não menos verídico é o fato de ser maior a convicção da descrença do ateu quanto maior for o seu grau de intelectualidade. Intelectual só é religioso em troca de alguma vantagem. Salvo se sua intelectualidade for de meia tigela. Tomando como exemplo para este devorteio do pensamento pela vida, percebe-se que o ateísmo do Grande Mestre do Saber, o filósofo Nietzsche, não comporta vacilação graças à sua imensa intelectualidade que o fazia convicto de ser a religiosidade tão prejudicial à humanidade que ela precisa ser combatida e nunca tolerada uma vez que só a ignorância faz alguém desconhecer que o mal à sociedade é também contra si próprio. Portanto, longe de ser ignorante, Nietzsche esbravejou e lutou contra a cretinice de todo tipo de religiosidade. Comparou-a à feiticeira Circe da mitologia grega que transformou os companheiros de Ulisses em porcos, comparação que se encaixa como luva na religiosidade porque da mesma forma como os seres humanos transformados em porcos pela feiticeira Circe deixaram de raciocinar, por ser o porco um animal irracional, também a religiosidade, se não anula completamente o raciocínio como fez a feiticeira, ela o inibe ao convencer os religiosos da desnecessidade de se questionar os mistérios de deus afirmando que eles devem ser aceitos sem mais nem menos. É por aí que a cambada de representantes dos céus limita a inteligência das pessoas, o que é realmente nocivo à evolução mental necessária à construção de uma sociedade civilizada, razão pela qual a sociedade dos seres humanos tal qual a sociedade dos bichos também envolve matança. Portanto, tão correta quanto a conclusão do verdadeiro ateu Nietzsche é a conclusão do também ateu Marx de ser necessário mudar o mundo.

São de meia tigela ateus como o doutor Dráuzio Varella que diz respeitar a religiosidade das pessoas. Não se pode ser indiferente e muito menos respeitar a religiosidade se é por meio dela que os pais passam para os filhos o desânimo de lutar por uma vida digna com o argumento imbecil do “deus proverá”. Desta forma, o certo é combater a em vez de respeitar ou ser indiferente à religiosidade por ser contra o bem senso respeitar um trabalho que imbeciliza as pessoas convencendo-as de que o universo existe apenas há seis mil anos, ou que os dinossauros não existiram, ou ainda que depois de morrer continua vivendo.

Por que será que excluindo os gatos pingados de ateus a humanidade é religiosa? Nenhum frequentador de igreja, axé e futebola é capaz de responder a esta pergunta embora a resposta esteja à vista de quem tem olhos de ver. Acontece que por interessar aos ricos donos do mundo que as pessoas se mantenham longe da atividade de pensar sobre a vida, eles dão ordens a seus serviçais, os governantes, para que estes articulem maneiras de envolver o povo com trabalho, religião e pão e circo. Este trabalho é executado com perfeição porque a humanidade se deixa conduzir com tamanha facilidade que o poeta a comparou à manada. Os cupinchas que representam os interesses dos ricos donos do mundo e das pessoas sob o pseudônimo de governantes até premiam o empregado mais conformado em seu servilismo com uma caneta de ouro, o que o tornava orgulhoso de ser um escravo perfeito.

É por aí que se explica o porquê da religiosidade humana. Embora vinda de um apenas alfabetizado Zemané, duvido que algum egresso das Harvards do mundo possa explicar de forma melhor. Inté.     




quinta-feira, 14 de março de 2019

ARENGA 549


Desperte ó juventude de mentalidade paquidérmica! Despertem, jovens, para o que lhes espera no futuro se vocês permanecerem com a mentalidade tão tacanha a ponto de considerar dona Ivete Sangalo como a segunda mulher mais importante deste país. Tão desprovidos de sensatez estão vocês que não conseguem distinguir a vulgaridade da sabedoria. Deixem de lado as toupeiras que vocês consideram celebridades e se liguem na sabedoria de quem, como Thomas Paine, que a tinha em tão grande quantidade que deixou conselhos capazes de contribuir grandemente para a elevação espiritual. Uma das advertências do pensador Thomas Paine, que vocês nem sabem de quem se trata, procura nos despertar para a dura realidade de sermos nós sofredores que fornecemos aos governantes as ferramentas que eles usam para nos fazer sofrer. É extremamente necessário que se dê prioridade a tais pensamentos do que perder tempo ocupando o pensamento com vulgaridades. As pessoas que vocês consideram merecedoras de fama e celebridade em absolutamente nada podem contribuir com a elevação mental necessária à construção de uma sociedade civilizada. Elas não passam de pobres diabos de tamanha incapacidade mental que se consideram realmente importantes, quando, na realidade, não passam de robôs manipulados pelo trabalho nefasto do pão e circo, que juntamente com a aparência de seriedade das religiões, tem por único objetivo obstruir a meditação capaz de levar à conclusão de se poder viver sem os sofrimentos causados pela irracionalidade de haver apenas um por cento da humanidade se apossado de noventa e nove por cento dos recursos materiais necessários ao atendimento das necessidades de todos. Sendo a juventude a detentora da força que mentem o mundo funcionando, não pode deixar de conhecer a situação inaceitável de ter sido a sociedade montada de forma tão insustentável que o produto do trabalho de quem trabalha tem dois destinos totalmente absurdos: aumentar a riqueza de uma minoria de abastados e socorrer a título de esmola os necessitados. A existência de ricos e necessitados denunciam descontrole social. Faz-se mais do que necessário que a juventude se deixe conduzir como autômatos, preocupada apenas em se tornar um técnico porque serão outros quem mais se beneficiarão do produto do seu trabalho.
A maior contribuição que a sociedade dá aos governantes para que eles a faça sofrer é a falta de interesse em acompanhar o que eles estão fazendo com a fortuna tão grandiosa que apesar de desbaratada a torto e a direito como mostra a Operação Lava Jato ainda sobra riqueza.  Da indiferença a esta realidade resulta que os governantes assumiram poder tão absoluto sobre a sociedade que justificam a ausência de ação efetiva de governo apresentando condolências às famílias vitimadas pelas desgraças que cabiam e eles evitar. Não é assim que deve ser, ó jovens. Os governantes têm obrigação de governar em benefício da sociedade. Nunca em benefício próprio como fazem mancomunando as autoridades entre si num corporativismo tão cínico e criminoso que estão cuidando de se blindar contra qualquer ação legal que lhes possa prejudicar as facilidades até aqui encontradas para delinquir contra a sociedade. Os cupinchas de tais governantes demonizam Marx, Guevara, Fidel Castro, Hugo Chaves, Nicholas Maduro e quantos mais se oponham. Evidente que também estes não são chefes políticos exemplares porque o ser humano ainda é muito bruto para preterir a busca do poder em favor da busca do bem-estar social. Mas, nem de longe a papagaiada de microfone condena os assassinos capitalistas que na louca busca por riqueza aliena a juventude induzindo-a à loucura do consumismo.
É notório que qualquer forma de governo está divorciada dos interesses sociais porque cargos públicos dos mais importantes são ocupados por empresários milionários de mentalidade mumificada cujos interesses são diametralmente opostos aos interesses da sociedade vez que as jovens se ligam na recomendação de enfeitar suas xoxotas com pedras preciosas, conforme coluna X do Sexo no jornal Folha de São Paulo. É assim que se chega à velhice tão inocente quanto Pelé, que de tão idolatrado foi elevado à condição de rei, e tão desprovido de conhecimento não obstante a idade que diz lamentar a morte de outro jogador de futebola e que jogará com ele no céu, embora a realidade seja de nem existir céu e nem ser possível jogar bola lá.
 A inocência tem sido a tônica da humanidade. Um exemplo: SERIAM OS ECONOMISTAS IMBECIS? Esta pergunta que serve de manchete para um artigo de jornal é uma cabal demonstração de inocência porque os economistas, muito mais do que apenas imbecis, são robôs imbecis azeitados pelos ricos donos do mundo que manipulam os cordões que dos economistas seus cupinchas para auxiliá-los na arte antissocial de esconder a realidade de ser prejudicial à humanidade a existência das caixas-fortes nos infernos fiscais. Descartada a burrice, posto que aprenderam matemática, resta a hipótese da prostituição da consciência para que em troca de vantagem fingir crer na estabilidade social com base em emprego porque qualquer Zemané sabe perfeitamente ser impossível haver emprego para todos que precisam dele. Do mesmo modo, contrariamente ao que dizem os economistas, é impossível admitir que através da atividade parasitária da agiotagem se chegue à estabilidade social. No entanto, para dar vazão à ganância dos agiotas do sistema financeiro internacional, o economista-chefe da economia do governo atual quer que os estados brasileiros em dificuldade se endividem no exterior, como diz a imprensa.
A inocência explica também a manchete NÃO HÁ PALAVRAS PARA EXPLICAR O INEXPLICÁVEL, no Jornal Estado de São Paulo, sobre mais um episódio de jovens matando jovens. É que a explicação não está ao alcance da mentalidade minúscula dos frequentadores de igreja, axé e futebola quem acendem velas e fazem orações ante tão tenebroso espetáculo. O que ocorre é tão claro quanto água limpa no meu copo de tomar uísque: é que os jovens são ducados na cultura antissocial da violência necessária à competição, cultura esta que se bem pensada se mostra contrária à boa convivência pelas seguintes razões: atribuir fama e celebridade a pessoas ignorantes; ensinar serem deus e riqueza os valores merecedores do melhor da atenção humana; ser indiferente às necessidades dos necessitados; louvar a ignorância social de quem faz pose na revista Forbes; permite o roubo do dinheiro público pelas autoridades encarregadas de sua aplicação; permitir que as autoridades ladravazes façam leis garantidoras de sua segurança como ladrões. Pronto, aí está a explicação para a matança de jovens. Como então não haver palavras que a expliquem? Quem é criado em meio a violência tem obrigatoriamente de ser violento. E a violência está visível no hábito de lotar cinemas para ver Programado para Matar, O Exterminador do Futuro e coisas que tais, tão apreciadas que renderam a imensa riqueza do Silvestre Stallone mostrada na imprensa. Se não se encontra a explicação para a violência é porque as pessoas se negam a pensar sobre a vida, preferindo, como as bestas, se limitarem a comer, trepar e cagar. Custa nada lembrar o que disse Leonardo da Vince: QUEM NADA APRENDE NA VIDA NÃO PASSA DE CONDUTOR DE COMIDA. A ÚNICA MARCA QUE DEIXA DE SUA PASSAGEM PELO MUNDO SÃO LATRINAS CHEIAS. Esta preciosidade aplicável à humanidade inteira foi lembrada pelo jornalista Alex Ferraz do jornal Tribuna da Bahia, que também lembra um pensamento de George Orwell, inalcançável pela malta de frequentadores de igreja, axé e futebola: Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade. Mas o povo não terá condição de assimilar tais pensamentos enquanto permanecer na condição reles de povo incapaz de perceber ser pura armadilha a expressão alegre assumida pelos papagaios de microfone quando passam a falar de esporte, um ramo do pão e circo. Para entender o que seja pão e circo é preciso ter a mente acima das baixarias em que se liga a juventude. A convivência com pessoas de baixa mentalidade é a causa do mal-estar de intelectuais como Nietzsche, justificada inclusive pela mediocridade intelectual das pessoas consideradas merecedoras de fama e celebridade. Inté.

terça-feira, 12 de março de 2019

ARENGA 548


Entre os acontecimentos que encerram um período histórico a dão início a outro está o episódio do João de Deus. Ele tirou a máscara que encobria a farsa do milagre de forma tão perfeita que a palavra “milagre” deve ser substituída por pela palavra “inexplicável”. Milagre é nada mais nem menos que acontecimento de explicação ainda desconhecida. Em casa de uma família muito rica de São Paulo (ambiente preferido dos embusteiros), minha irmã viu Thomas Green Morton espremer a mão sem nada dentro e pingar gotas de cheiro agradabilíssimo, semelhante à essência pura de uma rosa das mais perfumadas. Milagre? De jeito nenhum. Um Mister M mostraria não passar tudo de mera ilusão. Mas como a explicação é desconhecida, torna-se mistério para quem é gente e milagre para quem é povo que escreve “presente de deus” no carrinho peba, se emociona quando a bola toca a rede e quando o Papa limpa o chulé de algum pé para beijá-lo depois.  

Embora nunca tenha havido milagre nenhum, a inocência das pessoas as deixa vulneráreis ao assédio de malandros de todos os tipos. O comportamento de comprar carro e não receber, enriquecer pilantras pagando dízimo, fomentar a indústria do turismo em Lourdes, Juazeiro e Aparecida justifica o “neste mundo tem bobo prá tudo”. E realmente tem. Está aí na imprensa o resultado de pesquisa colocando Fernanda Montenegro e Ivete Sangalo como as duas mulheres em primeiro e segundo lugares na preferência do bicho povo. Com perdão da Fernanda, em termos de contribuição para a evolução mental de uma política correta cuja falta dá origem à tormenta da massa bruta de povo, as duas mulheres vivas mais importantes entre nós são Heloisa Helena e Eliana Calmon, trocadas pelo analfabetismo político pelos mesmos promotores de escândalos de sempre. Tem bobo até para questionar a veracidade da teoria da evolução afirmando que se fosse verdade que macaco virasse homem ele estaria até hoje virando homem, o que não mais acontece. Vai ser burro assim no inferno, pô. Ouvir tamanho disparate corresponde a um chute no saco da mentalidade. Tenham paciência, ó babacas. A evolução do primata ao homem de hoje demandou bilhões de anos. BILHÕES. É possível imaginar o que sejam bilhões de anos? Se não, como é que pode alguém ver um macaco se tornando homem? Tamanha é a inocência humana que quase a totalidade dos seres humanos são religiosos e pensam ter sido o universo surgido por ordem do deus deles apenas seis mil anos atrás.

Mas o foco desta “prosa” é a importância da figura do João de Deus desmascarando a mentira do milagre. Ele representa o derradeiro espetáculo mundial de demonstração da INOCÊNCIA, única responsável pela crendice. A religiosidade se sustenta na desnecessidade de pensar, sob a alegação de que os “mistérios de deus” não são para serem discutidos, mas simplesmente acatados sem mais nem menos. Esta armadilha é defendida a ferro e fogo pela pilantragem dos representantes de deus porque no momento em que alguém se dispuser como eu fiz a procurar conhecer a verdade sobre as religiões descobrirá inevitavelmente não passar de uma grandiosíssima sacanagem cujo objetivo, ao lado da política, é atochar o ferro no rabo da massa bruta de povo. Pensar leva à conclusões assim, por exemplo: Se esse tal de deus é um ser de inimaginável sabedoria e pureza espiritual não é admissível que atribuísse a um criminoso como João de Deus poderes e posição de milagreiro, facilitando-lhe o trabalho de cometer crimes. Seria o mesmo que a polícia fornecesse o revólver ao assaltante para fazer assaltos em vez de tirá-lo do meio social. As únicas vezes em que deus agiu por conta própria, teria sido quando falou a Abrão antes de transformá-lo em Abraão (Gênesis 17:5), com Moisés (Êxodo 3:1; 4:1 e 7:1), quando deus teria aparecido em forma de labaredas que ardiam sem consumir o material inflamado, quando do batizado de Cristo, ocasião em que deus apareceu na forma de uma pomba que esvoaçava em devorteios trovejando lá do alto ESTE É MEU FILHO e quando ressuscitou Lázaro. Todos as demais ações de deus foram executadas por um intermediário humano. Portanto, não seria verdade que o espírito puríssimo de deus onisciente iria facilitar as coisas para que o estuprador João de Deus pudesse satisfazer sua libido bestial estuprando rebotalhos mentais a procura de milagre, a não ser que para deus estuprar e enriquecer às custas da malta ignorante de frequentadora de igreja, futebola e axé seja uma pratica isenta de condenação, o que é provável porquanto tem sido comum que seus representantes barbarizem crianças para também dar vasão a instintos bestiais e também encherem as burras de riqueza. O poder do deus todo poderoso da malta ignorante é de um ridículo tão grande que embora desejando o bem, predomina o mal.

Como para tudo há explicação, a ignorância que dá origem à crendice está na lentidão com que se processa a evolução mental, infinitamente atrasada em relação à evolução física. É daí que vem a estupidez humana mencionada pelo historiados Henry Thomas. Se a evolução física que é mais rápida demorou bilhões de anos para que o corpo do homem chegasse à fase atual, é provável que a evolução mental precise de mais alguns bilhões de anos antes de vir a humanidade a desenvolver-se mentalmente, civilizar-se e deixar de se preocupar com as coisas sem explicação e dedicar sua atenção para as coisas das quais depende seu bem-estar. Mas para que isto aconteça é preciso perceber que parte do atraso do desenvolvimento mental é propositadamente arquitetado por espertalhões fantasiados de líderes que através do instituto milenar do pão e circo mantêm a mente humana envolvida em futilidades. Um dos jornais mais importantes do país, a Folha de São Paulo tem uma coluna sobre putaria denominada O X do Sexo cuja última sugestão é para que as mulheres enfeitem suas xoxotas com joias.

Uma vez envolvida a mente com vulgaridades, fica impossibilitada de elevar-se a assuntos relevantes. É por isto que pelo fato de promoverem brincadeiras e espetáculos chulos, principalmente relacionados com sexo, toupeiras mentais adquirem fama e riqueza inimaginável por pessoas que prestam relevantes serviços à sociedade, como, por exemplo, os professores. Embora indiscutível tal insensatez, é a realidade vivenciada e cuja explicação não é outra senão a dificuldade encontrada pela evolução mental cuja falta condiciona os seres humanos à condição de massa que legitima ladrões como autoridades. Tão chula é ainda a mentalidade popular no mundo inteiro que não se cogita da atividade de meditar sobre a realidade de que a vida merece certos cuidados e preparos sem os quais é inevitável sofrer ao ser surpreendido pela inevitável velhice, prenúncio da morte, como se esta fosse alguma novidade em vez de benvinda por trazer a única e verdadeira paz que é o destino de tudo que é vivo, paz que poderia ser desfrutada ainda em vida, não fosse a estupidez humana ainda dominante. Inté.








sexta-feira, 8 de março de 2019

ARENGA 547


Estão na imprensa notícias dando conta de que:



– Filho de Bolsonaro fica com parte do salário dos funcionários e filho de Renan Calheiros distribui cargos entre parentes.

– Das reformas resultarão restrição à Lava Jato além de mais favorecimento à agiotagem bancária.

– A presidência do Senado Federal deixou de ser exercida por um empresário milionário e passa a ser exercida por um empresário milionário.

– A Câmara dos Deputados continua a ser presidida, conforme observou Zé Simão, pelo Kiko do Chaves.  

– Ministro me chamou para ser laranja e desviar dinheiro, diz candidata do PSL (que em se tratando de política certamente recusou porque dos cem mil a serem afanados ela só ficaria com dez).

Ante tantas novidades, digaí, ô analfabetagem política, cadê a mudança? Analfabeto só sabe ser analfabeto. Por conta disto é que os analfabetos políticos não podem saber ser impossível melhorar suas vidas porque por meio do corporativismo as “autoridades” acobertam mutuamente as bandalheiras das quais decorrem as dificuldades. Os analfabetos políticos cariocas e carnavalescos não podem saber o quanto lhes custou a lambança entre Gilmar Mendes e a barata que lhes rói o bolso para que possam ir de ônibus trabalhar.

Talvez venha das mulheres a única ação capaz de trazer alguma racionalidade à estupidez humana uma vez que elas formaram o primeiro contingente humano que no Dia Internacional da Mulher esbraveja contra a cultura competitiva capitalista excludente e desumana. No mais, é tudo estupidez. No livro – AFINAL, POR QUE SOFREMOS?    tergiversando sobre a existência de vida depois da morte o autor afirma que se a vida não tivesse um sentido mais elevado os seres humanos seriam iguais aos bichos. Ora, os seres humanos são iguais aos bichos. Onde está a diferença se são gerados, se desenvolvem e se comportam do mesmo modo: retirando energia da carne de animais que ambos sacrificam, através do mesmo processo de ingestão, digestão e expulsão de resíduos. Se do lado material são iguais, do lado espiritual os humanos também não se mostram diferentes dos bichos porque também se matam entre si. E na forma de organizar-se socialmente os humanos se mostram inferiores aos bichos ao instituírem uma sociedade de senhores e escravos porquanto muitos trabalham para poucos desfrutarem.

Na mesma linha de bobagens, o autor do citado livro diz ser opcional o sofrimento. Ora, vá lamber sabão, pô. Então, os condenados ao sofrimento de morrer assado em nome de deus teriam feito opção por tamanha barbaridade? E teria Nietzsche optado por viver em meio à malta humana dominada pela religiosidade que ele comparou à feiticeira Circe? Teria minha irmã escolhido morrer num sofrimento atroz causado por um câncer de estômago? Os argumentos do livreco sobre vida no além dá razão ao historiador Henry Thomas que afirmou ser a humanidade constituída de seres estúpidos. E podemos afirmar, tão estúpidos que consideram como mais importantes as pessoas menos importantes espiritualmente, e em vez de se lançarem à tarefa de viver de forma agradável desperdiçam o pouco tempo de vida a procurar saber se continua vivendo depois de morrer ou se há vida também em outros lugares no espaço. A existência de vida pós morte, como tudo mais na religiosidade, perde força com o passar do tempo. Entre povos mais antigos enterravam-se armas e alimentos para serem usados na outra vida. Se não mais procede tamanha imbecilidade é porque aos poucos as credulidades perdem força até se tornarem mitologia. Quem viver haverá de ver. Inté.










quinta-feira, 7 de março de 2019

ARENGA 546


Ao roubar a Nissan e a Renault, Carlos Ghosn provou que quem nasce no Brasil não deixa cair a peteca do instinto de rato que no brasileiro é mais determinante do que no rato. Como roubou de outros ladrões, segundo a teoria de Marx que afirma serem ladrões os empresários, sua pena deve ser cem anos de perdão, e as autoridades brasileiras devem se empenhar nesse sentido porque o Ghosn elevou ainda mais alto o pedestal da desonra sobre o qual se apoia a honra do Brasil. O filósofo Marildo Menegat, no livro As Críticas do Capitalismo em Tempos de Catástrofes, deu um passo maior que o passo da bota de sete léguas ao recomendar repensar a filosofia de Marx. É uma grande lição ao mundo inteiro. Mostra haver algo de estranho na condenação às ideias marxistas desancadas pelos sabujos dos ricos com uma verborragia eivada de profundo ódio que angaria a simpatia da ignorância popular. Mas ódio sem fundamento porque a Lava Jato está provando que o empresário é realmente ladrão como Marx garantiu e assinou embaixo. A mente tacanha da malta barulhenta e ignorante de povo não lhe permite perceber esta realidade por estar ocupada fazendo orações, discutindo a sexualidade de determinada “celebridade” do BBB e Fazenda ou aguardando com ansiedade o resultado do exame de urina do jogador de futebola.

 Os empresários encontram um mar de facilidades para exercitar sua atividade de roubar através do viés econômico da organização social capitalista corretamente combatida por Marx com grande lucidez porque o sistema econômico capitalista dá provas evidentes de inviabilizar uma sociedade civilizada porquanto sua atividade de fazer bilionários tem como contrapartida impossibilitar que a sociedade possa evoluir para a harmonia civilizatória uma vez que a cada moeda que produz para o rico produz em contrapartida um pobre, descompasso do qual resulta uma quantidade infinitamente maior de pobres ignorantes que acreditam receber de deus carrinhos ordinários. Mas acontece que esta massa amorfa de débeis mentais descobrirá um dia que os carrinhos marca peba são, na verdade, uma das muitas fontes da riqueza de seus escravizadores, ocasião em que a pose que estes fazem na revista Forbes em função de sua monumental ignorância de sociabilidade será substituída por pavor.

É realmente necessário repensar as lições do velho comunista que só errou, e errou muito, em depositar esperança nesse tal de proletariado, sinônimo de pobre, que é sinônimo de rebotalho mental, que é sinônimo de analfabetos políticos que elegem palhaço, jogador de futebola, lutador de box, “celebridade” e diretor de escola de samba para o cargo de legislador. Disto resulta uma desorganização política tão desnorteada que leva à situação inusitada de ministro do STF ser empresário ao mesmo tempo, e, como todo empresário, desonesto como Marx descobriu. Joaquim Barbosa disse na tampa do nariz do ministro Gilmar Mendes que ele é chefe de jagunços e ele não provou o contrário. Portanto, um fora da lei ocupando o cargo de ministro da mais alta corte de justiça do país uma vez que para ter necessidade de se acobertar à sombra de jagunços é preciso estar à margem da legalidade. Desta forma, comprovado que está ser o empresário um ladrão, fica justificada a roubalheira desenfreada na política porque o político que ainda não é empresário está roubando para ser. Inté.




quarta-feira, 6 de março de 2019

ARENGA 545


O Tolo vê o sábio como um Tolo no que diz respeito à criação do universo. Independentemente de especulações filosóficas a respeito desta afirmação, para o tolo responsável por estas mal traçadas não passam de tolos todos os sábios que enchem páginas e mais páginas, principalmente de “best-sellers” sobre os problemas sociais dos quais decorre o mal-estar que aflige os seres humanos sem exceção nenhuma. Os que se imaginam exceções por se acreditarem superiores o fazem em virtude da ignorância tanto do passado histórico quanto dos acontecimentos presentes de saques por meio dos quais fizeram e mantêm riqueza apenas material. Espiritualmente, porém, continuam tão brutos quanto aqueles de quem se julgam superiores. Fenômenos tão ridículos quanto João de Deus e o beijo do Papa no pé do sofredor atraem também as pessoas do mundo que se acha civilizado, não obstante a realidade de demonstrarem tais fenômenos o mesmo primitivismo espiritual do tempo em que se orava para o espírito do rio furioso que precisava ser atravessado. A curiosidade demonstrada pelas crianças e que acompanha o ser humano para sempre exige explicações para tudo. Como a falta de conhecimento não permite as explicações desejadas, inventam-se explicações. Mas os sábios ainda não perceberam que o atraso mental seja a fonte de onde emanam todos os problemas. Este atraso impossibilita perceber faltar na composição da sociedade humana o ingrediente essencial que é a CONVIVÊNCIA. A falta da percepção da necessidade de convivência pode ser notada desde os quitais das casas humildes nos quais um festival de latidos de cães demonstra que os moradores destas casas são indiferentes não só ao barulho dos seus cães, mas também das motos e carros de propaganda que estrondam em suas ruas. A ausência do elemento convivência torna essa gente infensa ao barulho indiferente também à possibilidade de haver pessoas que meditam e que precisam de silêncio. Este comportamento significa proximidade com as bestas que atendem às suas necessidades bestiais indiferentemente às pessoas ao lado.

Entretanto, tal bestialidade não é privilégio das casas humildes habitadas pelo elemento reles de povo cujo laborar junto com a ação nefasta do pão e circo que torna toupeiras mentais em “famosos” e “celebridades” não permite meditar sobre a vida. Nem só a ralé humana, mas também expoentes da cultura se mostram alheios à necessidade do elemento CONVIVÊNCIA. O escritor Michael J. Sandel nos dá excelente demonstração desta realidade no capítulo terceiro do livro Justiça – O Que é Fazer a Coisa Certa –, onde estão registradas opiniões de pessoas como Friedrick A. Hayek, Milton Friedman e Robert Nozic, todos defendendo a indefensável teoria de não ser antissocial a riqueza individual exorbitante. Analisada do ponto de vista da indispensável CONVIVÊNCIA, o argumento daqueles expoentes do saber se mostram capciosos. Afinal, Schopenhauer mostrou que para vencer um debate não é preciso ter razão. A ninguém em sã consciência pode ser dado o direito de desconhecer que a retenção por uma só pessoas dos recursos materiais necessários ao atendimento das necessidades de milhões de pessoas seja motivo impediente de sucesso do objetivo de proporcionar bem-estar social, razão de ser da sociedade humana.

A tendência natural tem de ser necessariamente afastar o obstáculo que impede à sociedade humana alcançar seu objetivo porque, afinal, é para isto que ela foi instituída. Esta tendência levará os necessitados à percepção de ser conversa fiada a crença de uma vida feliz ao lado de deus depois de morto e sepultado, não obstante a infantilidade que faz velhos de notório saber jurídico acreditarem em milagres. Os seres humanos são tão emocionalmente vulneráveis que podem ser convencidos de qualquer coisa por mais absurda que seja. Michael Jackson demonstra esta realidade com total perfeição ao levar multidões ao êxtase e lágrimas de emocionada satisfação espiritual pelo gesto de lhes apontar o saco, normalmente obsceno fora daquele ambiente espetacular. É a esta facilidade de se deixar levar que se deve a conformação em contemplar e até admirar as imensas fortunas privadas para puro deleite de ignorantes de sociabilidade indiferentes ao elemento CONVIVÊNCIA. Inté.  



           

segunda-feira, 4 de março de 2019

ARENGA 544


No livro Justiça, Editora Civilização Brasileira, Michael J. Sandel narra um episódio que mostra com perfeição a monstruosidade desse tal Livre Mercado, que apesar de ser uma barbárie em termos de vida em sociedade, é endeusado por economistas, estas criaturas de um Fiat satânico emitido pelas Harvards do mundo que, por sua vez não são mais do que lavanderias de cérebros tão eficientes que anula a personalidade de quem as frequenta e os torna lambe-botas dos Reis Midas do empresariado de avareza tão brutal quanto incontida. A observação do autor do livro gira em torno da polêmica a que deu origem à exorbitância dos preços cobrados pelos produtos demandados por pessoas aflitas em consequência do furacão Charley, que fez devastação na Flórida. Naquela ocasião, feito abutres na carniça, empresários se aproveitavam da fragilidade das pessoas atingidas para extorqui-las. Entre os exemplos de extorsão dados pelo autor estão a cobrança de vinte e três mil dólares para que fossem retiradas duas árvores caídas sobre uma casa, e um casal desabrigado de idosos com uma filha deficiente que se viu obrigado a pagar cento e sessenta dólares para que pudessem se abrigar por uma noite num motel, quando o preço normal era de apenas quarenta dólares. Não obstante tanta brutalidade, pode-se garantir que se declaram cristãos tanto estes monstros aproveitadores do sofrimento de quem sofre quanto os economistas que afirmavam na ocasião e certamente ainda hoje e sempre não haver nada de anormal em tal procedimento porquanto se trata de Livre Mercado, onde as pessoas que compram e vendem determinam o valor da transação comercial. A canalhice destes sabujos de ricos subestima a capacidade de racionar das pessoas porque aquele que se encontra fragilizado tanto pelo inusitado da emergência quanto pelo sofrimento não dispõe do poder de barganha. É a estúpida humanidade, como foi classificada pelo historiador Henry Thomas. E haja estupidez para determinar comportamento tão selvagem em seres espiritualmente bestiais, não obstante a capacidade de raciocinar. Não há como não merecer ser chamado de bestas seres capazes de se aproveitarem do sofrimento do semelhante para levar o que acredita erradamente ser vantagem porque não há vantagem na desunião uma vez que sociedade alguma chega a bom termo com seus membros se devorando mutuamente. Toda e qualquer sociedade precisa antes de tudo da união de todos os elementos que a compõem em torno do objetivo a que se propõem, o bem-estar, no caso da sociedade humana. Como pode alguém ter a tranquilidade necessária para que haja bem-estar estando de vigília constante contra um ataque iminente e inevitável que virá a qualquer hora e de qualquer lugar, como acontece nas sociedades que apesar de chamadas de civilizadas não raro acontecem rajadas de metralhadora sobre requebradores de quadris? Mas é assim que caminha a humanidade. Aos trancos e barranco, devorando-se a si mesma numa antropofagia explicável apenas pela estupidez a que se referia o historiador acima mencionado.

Ante tanta rudeza espiritual, onde fica o sentimento cristão do qual as bestas humanas se dizem seguidoras? Apesar de anos atrasados em relação aos ateus no que diz respeito a solidariedade humana, estes molambos espirituais torcem o nariz para quem despreza a cretinice de lamber o saco de um deus capaz de nomear criminosos para representá-lo. Graças à sua monumental ignorância os religiosos odeiam aquele que se declara ateu por desconhecerem serem estes capazes de conviver em paz entre graças à certeza não só de que seu bem-estar depende das próprias pessoas, mas também de depender da união de todos a tão almejada tranquilidade que as feras humanas dizem ter por objetivo. Uma sociedade de ateus não admitiria jamais a desumanidade mais condizente com Satanás praticada pela indústria farmacêutica capitalista e cristã ao se aproveitar da infelicidade dos doentes para extorquir deles as fortunas que acumulam à custa do sofrimento de quem sofre. É o que fazem estes MONSTROS E CANALHAS em cujos escritórios não falta a imagem de Cristo Crucificado onde deveria haver a lembrança do demônio.

Mas é assim que caminha a humanidade: usando o vigor da sua juventude para festejamentos, inclusive religiosos, carregando imagens prá cima e prá baixo entre cânticos, ignorando estar sendo esperada por uma velhice chorosa nos corredores dos hospitais a lamentar o tempo estupidamente jogado fora por ter se dedicado exclusivamente às mesmas atividades das bestas: trabalhar, comer, trepar e cagar. Os ricos, em vez do corredor, irão contribuir para a obesidade da conta bancária da UTI onde descobrirão a duras penas que a riqueza não tem a grandeza que supunham ter.

É assim que caminha a humanidade: detestando Marx cujas ideias estão muito mais próximas da irmandade recomendada pelo Cristo que diz lhe servir de paradigma. Por estas e outras é que não se justifica a indiferença quanto à necessidade de se pensar em substituir por outra esta fase histórica tão obscura em termos de civilização quanto a pior fase da Idade Média. Inté.

  

domingo, 3 de março de 2019

ARENGA 543


De acordo com a interpretação do filósofo Zygmunt Bauman, no livro Babel, sobre o pensamento de dois grandes pensadores, Thomas Hobbes e Thomas Paine, a humanidade estaria irremediavelmente condenada à opressão do medo da barbárie, portanto, infeliz. Por conta do instinto de bicho (lobo, na comparação de Hobbes) a sociedade criou o Estado, bancando o custo para que ele pudesse exercer com eficiência o poder de proteção que lhe era transferido por cada um dos membros da coletividade, objetivando maior eficiência na defesa contra a violência inata do homem, vez ser este orientado mais por instinto e menos por sentimento. Esta proteção, diz Thomas Hobbes, seria a razão de ser da existência do Estado. Nesse sentido, teria Freud observado que em nome desta proteção cada indivíduo abre mão inclusive de parte da sua liberdade individual, enquanto Thomas Paine observa com inteira razão que quando em vez de protetor o Estado passa a causador aflições, os cidadãos ficam expostos a maior sofrimento ainda ao constatar estarem fornecendo os recursos necessários para que o Estado funcione para criar-lhes aflições em vez de paz.

Eis que chega agora o filósofo Zygmunt Bauman, junta as observações de Hobbes e de Paine e conclui pela materialização nos tempos modernos das suposições de ambos. E pior é que esta realidade estamos sentindo na pele, quando o Estado transfere para nós nossa própria defesa ao autorizar-nos a nos armar para enfrentar a bandidagem.

E aí, em que pé fica a sociedade humana diante da inexistência de um Estado protetor, conduzido por homens capazes de liderança? Para tristeza de quem superou a fase bruta de frequentadores de igreja, axé, futebola e admiradores de “famosos” e “celebridades”, Bauman observa com absoluta razão na página 15 que diante da urna, ante a impossibilidade de poder fazer uma boa escolha, por inexistir uma só pessoa que possibilitasse tal escolha, o eleitor, na verdade, faz opção pelo candidato que pensa ser o menos pior. Daí ser questionável o destino da humanidade, impossibilitada de ter um Estado interessado em seu bem-estar, verdade que é atestada pela submissão em que se encontram todos os governados do mundo à obrigação imposta pelos seus governantes de produzirem imensa riqueza a ser desfrutada por apenas um por cento da humanidade.

Esta situação exige mudança. Exige novos ares, nova cultura, nova juventude. Pior de tudo é que logo depois de nascer a criança é logo transformada em escravo de deus, dinheiro, e estimulada a valorizar notícias sobre “celebridades” mostrando “as partes” saradas, apesar de seus sessenta anos, sobre Neymar, Messe, Ronaldinho, Ronaldão e o carái a quatro. Inté.










sábado, 2 de março de 2019

ARENGA 542


Logo estará em polvorosa a mentalidade mumificada proveniente do sarcófago capitalista materializado nas Harvards do mundo, pregadoras da cultura da brutalidade da competição, juntamente com o séquito de puxa-sacos que em troca da despensa abastecida defendem a ferro e fogo as ideias desta mentalidade bolorenta. E estarão em polvorosa porque é no país carro-chefe do capitalismo, os Estados Unidos da América do Norte, onde começa a se perceber a irrefutável realidade de ser prejudicial à humanidade a acumulação de grandes fortunas em mãos de uma só pessoa, defendida pelo capitalismo ora agonizante em virtude da exagera quantidade de necessitados a que dá origem.

Embora pareça impossível, começa a acontecer. O blog Outras Palavras traz a notícia de jornal americano publicando matéria denominada – E se nos livrássemos de todos os bilionários? –, levanta a questão (que já devia ter sido levantada) de ser antiético e imoral, portanto antissocial, permitir-se que alguém possa reter para seu uso exclusive riqueza superior a um bilhão de dólares. Suprimir as imensas riquezas, diz a matéria, seria um passo rumo à civilização. Com que cara ficarão agora os sabujos que em troca de pagamento afirmam desavergonhadamente serem os ricos benéficos à sociedade porque suas indústrias proporcionam empregos, se o desemprego é a ferrugem que corrói o capitalismo? E com que cara ficará também a sociedade dos idiotas jovens americanos da Juventude de Fé para os quais Marx é representante de Satanás, se foi ele, Marx, quem se bateu ferrenhamente para mostrar à escória mental de frequentadores de igreja, axé e futebola o grande mal agora admitido de que a acumulação de riqueza causa à sociedade?

Para qualquer lado que se vire depara-se com a afirmação de Henry Thomas de não ser a humanidade nada mais do que um amontoado de seres estúpidos. Tão estúpidos que só agora começam a perceber o que é tão claro quanto água cristalina (se existisse) no meu copo de cristal de tomar uísque: a realidade palpável de que a acumulação de riqueza num só lugar gera miséria em outro lugar, e que a miséria produz violência, e que a violência produz a infelicidade que toma conta do mundo exatamente porque a riqueza que a todos devia servir está retida em mãos de apenas um por cento da humanidade.

Colocar pacificamente em prática a ideia de extinção da acumulação num só lugar dos recursos que a todos devem servir é promover a verdadeira revolução de que o mundo sempre careceu. Será uma revolução tão completa que desbancará, inclusive, deus junto com os possuidores de dezenas de bilhões de dólares porque aparecerá em todo esplendor o bem-estar social que os frequentadores de igreja dizem depender de deus, mas que nunca existiu apesar de sempre ter existido deus. Aparecerá porque a única coisa que tem impedido sua aparição é a falta do dinheiro que em vez de estar satisfazendo necessidades se encontra retido nas caixas-fortes dos infernos fiscais para deleite apenas dos imbecis que têm orgulho em vez de vergonha em figurar na revista Fobes num escárnio ao sofrimento dos pobres, indiferentes aos acontecimentos de 1789 na França e l917 na Rússia.

A limitação da riqueza individual para um bilhão de dólares, apesar de salutar, precisa ser alterada porque ninguém precisa mais do que um centésimo dessa quantia para viver maravilhosamente. Inté.    


















sexta-feira, 1 de março de 2019

ARENGA 541


A capacidade de raciocinar na turba de frequentadores de igreja, axé e futebola, é tão insignificante que não lhe ocorre o interesse de saber o motivo pelo qual empresários milionários se tornam empregados públicos. Sabendo-se que o único objetivo de milionário é tornar-se bilionário, não fosse a juventude um zero à esquerda, haveria de se interessar pelo assunto porque depois das lições de Marx, a ninguém mais é dado o direito de desconhecer que os interesses dos ricos empresários são opostos aos interesses da sociedade. Desta forma, não há como esperar a sociedade que lhe sejam favoráveis decisões tomadas pelos ricos empresários que ela coloca nos postos de mando.

O mal maior do ser humano é desprezar a capacidade cerebral de que é dotado e que lhe confere nobreza espiritual, razão pela qual a humanidade vive da mesma forma como vivem os bichos, na eterna concorrência pelo direito de viver. Em se tratando de humanos, para viver não é preciso que uns sejam excluídos desse direito. Todo o problema está em não se despertar para a necessidade de usar com racionalidade as coisas necessárias à vida que são capazes de produzir, adequando o número de consumidores à quantidade de coisas a serem consumidas e à reação do meio-ambiente de onde saem as matérias primas a serem usadas na produção.

Mas, em vez de usar da capacidade de raciocinar para assuntos desse tipo, as pessoas se envolvem em discutir da vantagem de seus filhos cantarem o hino nacional nas escolas, uma bobagem monumental porque o hino nacional é nada mais do que um embuste fantasioso para demonstrar uma grandeza que na realidade este país de merda nunca teve nem nunca terá com a juventude imprestável que tem. PÁTRIA AMADA? Pátria vendida, isto sim. Cadê os minérios, as seringueiras, o pau-brasil, as florestas, os rios? Tudo trocado por um dinheiro que de nada serve para a sociedade porque vai direto para as caixas-fortes dos ricos empresários que mamam nas tetas do Estado, melhor, da população.

A incapacidade de raciocinar do ser humano é demonstrada também no fato de não lhe despertar curiosidade para o fato de eminências do saber jurídico não se diferenciarem dos analfabetos. Nesse momento, juízes do STF se declaram impedidos de julgar o criminoso João de Deus por se acharem gratos a ele em virtude de lhes ter curado através de milagre. Segundo os lambe-botas de deus, o milagre acontece somente por meio de intervenção da intervenção divina, o que quer dizer que deus anda de mãos dadas com bandidos. E haja saco! Inté.