Nas páginas 30, 31 e 47 do livro A Que Custo?, de
Nicholas Freudenberg, há as seguintes declarações de fazer pensar a quem não
tem cifrões no lugar de pupilas, sendo as duas primeiras declarações vindas de
gente da gema do capitalismo. Primeira declaração: “O capitalismo, tal como
o conhecemos, está morto. Essa obsessão que temos por maximizar lucros apenas
para acionistas levou a uma desigualdade espantosa e a uma emergência
planetária.” (Marc Benioff).
Segunda declaração: “... o capitalismo
desenfreado foi longe demais; a ganância empresarial pôs em perigo o planeta;
chegou o momento de uma mudança radical.” (Tim Wu).
Terceira declaração: “... para centenas de
milhões de norte-americanos e bilhões de outras partes do mundo, a forma como o
capitalismo evoluiu agrava as alterações climáticas e corrói a democracia.” (autor
do livro A que Custo?). Não obstante a importância destes avisos de desastre,
tudo continua do mesmo jeito, sem que ninguém se lembre, de que antes do
furdunço de 1789 na França também houve avisos quanto à insensatez do momento
exatamente como acontece agora. A estes ouvidos moucos, nada melhor do que o
conselho que um membro sensato de nossa família deu a um seu irmão ganancioso,
cego de um olho, e que mandava matar gente. Este fato me foi narrado pelo
inteligente e saudoso primo/irmão Belisário Ferraz de Oliveira Neto e é o seguinte
o conselho: “Um dia você há de enxergar a verdade da vida até pelo olho
cego”. Assim, peço licença àquele primo sensato para tomar-lhe emprestadas
suas palavras e dizer às insensatas autoridades e ajuntadores de riqueza que
eles haverão de enxergar a verdade da vida não obstante a cegueira mental de que
são vítimas e que não lhes permite observar a sabedoria que a esse respeito há na
primeira sentença de Mateus 6,19: "Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a
ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês
tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não
arrombam nem furtam”.