quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

ARENGA 665

 

Nas páginas 30, 31 e 47 do livro A Que Custo?, de Nicholas Freudenberg, há as seguintes declarações de fazer pensar a quem não tem cifrões no lugar de pupilas, sendo as duas primeiras declarações vindas de gente da gema do capitalismo. Primeira declaração: “O capitalismo, tal como o conhecemos, está morto. Essa obsessão que temos por maximizar lucros apenas para acionistas levou a uma desigualdade espantosa e a uma emergência planetária.” (Marc Benioff).

Segunda declaração: “... o capitalismo desenfreado foi longe demais; a ganância empresarial pôs em perigo o planeta; chegou o momento de uma mudança radical.” (Tim Wu).

Terceira declaração: “... para centenas de milhões de norte-americanos e bilhões de outras partes do mundo, a forma como o capitalismo evoluiu agrava as alterações climáticas e corrói a democracia.” (autor do livro A que Custo?). Não obstante a importância destes avisos de desastre, tudo continua do mesmo jeito, sem que ninguém se lembre, de que antes do furdunço de 1789 na França também houve avisos quanto à insensatez do momento exatamente como acontece agora. A estes ouvidos moucos, nada melhor do que o conselho que um membro sensato de nossa família deu a um seu irmão ganancioso, cego de um olho, e que mandava matar gente. Este fato me foi narrado pelo inteligente e saudoso primo/irmão Belisário Ferraz de Oliveira Neto e é o seguinte o conselho: “Um dia você há de enxergar a verdade da vida até pelo olho cego”. Assim, peço licença àquele primo sensato para tomar-lhe emprestadas suas palavras e dizer às insensatas autoridades e ajuntadores de riqueza que eles haverão de enxergar a verdade da vida não obstante a cegueira mental de que são vítimas e que não lhes permite observar a sabedoria que a esse respeito há na primeira sentença de Mateus 6,19: "Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam”.

 

                      

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