A história da humanidade a partir de quando as
ocorrências passaram a ficar registradas com a invenção da escrita é uma
sequência de insanidades, brutalidade desmedida e desprezo às sábias
orientações de pessoas espiritualmente superiores. Coerência nunca foi a praia
da humanidade. No livro 36 ARGUMENTOS PARA A EXISTÊNCIA DE DEUS, livro de
leitura tão enfadonha que só mesmo o extraordinário poder negativo da crendice
sobre a mente humana é capaz de levar alguém persistir na leitura. Nenhum
argumento é capaz de provar a existência de deus porque ele só existe para quem
acredita que existe. Para quem não acredita ele não existe. A escritora do
livro enfadonho acima citado, Rebecca Newberger Goldstein, refere-se da
seguinte maneira à pessoas para as quais deus não existe: “...estudos
revelam que uma grande proporção de americanos coloca os ateístas num nível
abaixo dos muçulmanos, imigrantes, gays e comunistas. Os ateístas parecem estar
desempenhando o papel de párias que um dia foi atribuído aos católicos, judeus
e comunistas...passíveis de serem criminosos, estupradores, viciados em
drogas”.
Tais afirmações são fruto da raiva canina que as
pessoas religiosas destilam sobre as pessoas não religiosas e que leva a
escritora a cometer vários enganos e fortes laivos de grosseria, entre eles o
de citar a opinião do povo americano como expressão da verdade. Como expressar
verdade um povo que por considerar tempo sinônimo de dinheiro dizimou pessoas
mundo afora para tomar-lhes os bens, principalmente petróleo, e em consequência
desta brutalidade amarga agora vingança dos espoliados com explosões, rajadas
de metralhadoras, facadas e esmagamento por carros arremessados contra
multidões? Tal povo desconhece o que é verdade. Também erra a escritora ao dizer
que os ateístas parecem desempenhar papel de párias, expressão que o dicionário
define como alguém que a sociedade repele. Mas o erro da escritora está é no
“parece” porque os descrente são realmente repelidos pela sociedade que por
desconhecerem a verdade, odeiam quem deles discorda. Esta verdade pode ser facilmente
observável no fato de não ser encontrado em todo o mundo um só ateu analfabeto
e de ser maior a crendice entre pessoas que por serem desprovidas de recursos materiais
não puderam, infelizmente, elevar-se espiritualmente por meio do hábito da
leitura. Quanto à crença baseada na fé, também já se teve fé na existência de
Papai Noel, em que a Peste Negra era obra de feiticeiras e que a Terra era o
centro do universo. Quanto à possibilidade de serem criminosos por ser
descrente, a história das religiões mostra guerras e horrores praticados por
religiosos em nome de deus, haja vista a Inquisição, ao passo que não há
narrativa sobre algum descrente matar alguém por ser crente. Além disso, a
escritora foi rude com os muçulmanos quando disse “abaixo dos muçulmanos” por
considerar os muçulmano num nível abaixo do qual é ofensivo.
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