segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

arenga 662

 

A Operação Lava Jato foi uma oportunidade perdida de mostrar à juventude que política é algo inteiramente adverso do que ela tem presenciado com péssimos exemplos além de danos morais e físicos cujas consequências recairão sobre as futuras gerações com prejuízos muito difíceis de serem reparados porque nem Hércules conseguiria reverter os estragos feitos à natureza. O encerramento da Lava Jato com espetacular volta por cima do banditismo sobre a honestidade aconteceu com tal eficiência que os representantes da ordem, da moralidade política e do bom exemplo passaram a ser perseguidos como foras-da-lei e até ameaçados de prisão, enquanto ladrões de bilhões do dinheiro público desfrutam impavidamente do produto colossal do roubo de verbas que faltarão para saúde educação, e, sobretudo, medidas preventivas da brutal violência decorrente da pobreza, ignorância, e falta de assistência. Acima de quaisquer outras preocupações, principalmente com festejamentos, o chamamento da juventude mundial para a realidade de estar a vida conduza de modo contrário a seus interesses por falsos líderes deve merecer total atenção. Como ser possível que atividades mais recompensadoras para os jovens são as relacionadas com criminalidade, brincadeiras ou vulgaridades de forma tão evidente que os envolvidos nestes misteres na realidade de baixa importância social não precisam de nível escolar para que sejam elevados a tão alta posição social que são denominados celebridades, recebendo valores várias vezes superiores ao que recebem profissionais que depois de batalharem anos a fio prestam relevantes serviços à sociedade?

Se qualquer pessoa fica indignada ao ser roubada ainda que de valor de pequena monta, por que então, quando em sociedade, esta mesma pessoa fica indiferente ao roubo de bilhões que pertencendo à comunidade também pertence a cada indivíduo? 

Na capa do livro Operação Banqueiro, de Rubens Valente, há importante exemplo da desimportância com que as pessoas encaram desvios bilionários do dinheiro de assegurar qualidade vida. É o que diz o texto seguinte: “Uma trama brasileira sobre poder, chantagem, crime e corrupção. A incrível história de como o banqueiro Daniel Dantas escapou da prisão com apoio do Supremo Tribunal Federal e virou o jogo, passando de acusado a acusador”.

Quando nossos antepassados deixaram a vida nômade e passaram a viver em sociedade, fizeram isso no intuito de que viessem todos a ter melhor condição de vida, intenção esta que por conta do egoísmo antissocial se perdeu no tempo. A inescrupulosidade de pessoas incapazes da vida social veio a predominar sobre os sociáveis. Entretanto, sendo as pessoas que não têm condições de viver em sociedade numericamente insignificantes em relação àquelas outras pessoas como nossos antepassados que procuraram viver em sociedade como meio de viver melhor, por que então deixar prevalecer a vontade dos individualistas que por isso ou por aquilo deturpam as condições de vida social?


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