domingo, 28 de novembro de 2021

ARENGA 628

 

Sendo aqui um cantinho de pensar, sempre tem um pensamento pensado para compartilhar com os gatos pingados que devorteiam por aqui para não desmentir a opinião de quem afirma haver no mundo bobo prá tudo. O que me fez garrar a imaginar desta vez foi o porquê de ter outro leitor de jornal saído de borduna e xingamento prá cima de mim quando opinei contrariamente à nomeação do pastor para a mais alta corte de injustiça. A discordância se deveu à exigência de notório saber jurídico e não de notório saber sobre deus. Todo caso, se o STF abriga ETs cujas capas lhes dão a aparência de besouro rola-bosta, por que não também um vendedor de feijão santo?

 Mas, sendo inocente o religioso porquanto  a religiosidade cai em desuso a cada dia, sendo predominante em recantos onde maior seja o atraso mental, não seria realmente de se discordar da nomeação de um religioso? Já não é tempo de se concluir não haver mais espaço para a crendice, perceber que tudo isto não passa de monumental farsa, se  os representantes de deus não contam com nenhuma proteção divina vez que se adoecem procuram os hospitais e têm sua segurança física assegurada por carros blindados? Que é verdade a evolução de espécie inferior para superior se é absoluta nossa semelhança com os bichos? Que são inúteis as orações do Papa vez que quanto mais ele ora pela paz mas recrudesce a violência? Que é fazer papel de bobo conversar com estátua e comprar feijão milagroso? Faz-se necessário despertar para o fato ser bem outra a realidade que procuram nos fazer crer. Na página 19 do livro A gênese, Allan Kardec emite a opinião de que uma revelação implica em passividade tão absoluta que deve ser aceita independentemente de verificação, exame, discussão. Ora, é não pensar, ponderar, meditar e raciocinar sobre o que é dito o que interessa àqueles que se acreditam em situação tão confortável que temem mudança. Como é apenas gatos pingados em situação confortável, estando a maioria absoluta em situação desconfortável, faz papel de bobo quem se deixa levar pela fala mansa e traiçoeira dessa gente. Vamos despertar para a realidade ó juventude!

 

 

 

terça-feira, 23 de novembro de 2021

ARENGA 627

 

Uma semana depois de completar oitenta e cinco anos e dormir por quase cinco horas, despertei às duas da madrugada, engoli o comprimido de dor de estômago, contribuindo com a primeira parcela do dia para riqueza dos Bezos da Indústria Farmacêutica, e abri o livro Economia do Desejo de Eduardo Moreira. Pulei o prefácio que é puro intelectualismo chatíssimo e passei à introdução onde vi o seguinte: “Agora, finalmente, estamos nos colocando seriamente a perguntar se de fato é necessário existir as chamadas ‘classes baixas’ da sociedade: ou seja, se é preciso existir um grande número de pessoas condenadas desde seu nascimento a um trabalho duro, para prover a outros os requisitos de uma vida refinada e privilegiada; enquanto eles próprios são proibidos, por sua pobreza, de ter qualquer fatia dessa vida”.

Embora já tivesse lido antes, foi desta vez que isto me despertou perspectivas de novidades a serem acrescentadas às bobagens destas arengas que passo a registrar com tamanho entusiasmo como se isto pudesse despertar na juventude pensamentos capazes de levar os jovens à conclusão de que algo precisa ser feito em prol de seus descendentes condenados a integrar a maioria que se sacrifica para dar vida regalada a parasitas, comportamento de burro-de-carroça. Inexiste justificativa para se concordar com a realidade de terem algumas pessoas se apoderado de exorbitantes quantidades dos recursos indispensável à sobrevivência, deixando, desta forma, sem meios de sobreviver a grande maioria, principalmente por ser esta grande maioria quem produz estes recursos. Como haver justificativa para o fato de produzir para que outros desfrutem?

Não é mais possível no presente estágio da evolução humana manter-se a humanidade apegada aos padrões de centenas ou milhares de anos atrás. Na página 693 do segundo volume de História da Civilização Ocidental, de Edward Mac Nall Burns, lemos o seguinte: “Um clérigo inglês, escrevendo por volta de 1830, expôs o ponto de vista de que era uma lei da natureza o serem alguns pobres, a fim de que os misteres sórdidos e ignóbeis da comunidade pudessem ser desempenhados. Opinava que desse modo era muito aumentado o cabedal de felicidade humana, pois os mais delicados não somente ficam aliviados de trabalhos penosos e ingratos e daquelas ocupações ocasionais que os tornariam infelizes, mas também podem seguir as profissões que mais se ajustam aos seus diversos temperamentos e que mais úteis sejam ao estado”.

Ora, que diabo de raciocínio é este que relega seres humanos à condição de burro-de-carroça que dispensa o elemento dignidade? Sendo outros os tempos, também de ser outra a cultura. Não mais se justificam algumas forma de pensamentos ainda que de grandes pensadores como mestre Rousseau que segundo consta da página 21 do livro O Livro da Economia, afirmava que a propriedade deve ser privada porque as pessoas não poderiam ser generosas se não tiverem alga para dar, o que implicaria n existência de quem para viver tenha de depender da generosidade de outrem, o que está fora de qualquer lógica do ponto de vista de sociedade cuja existência exige comunhão de condições de vida.

O que acontece com a humanidade é que o tempo passa e ela não acompanha. Não adquire experiência bastante para saber quando mudar como muda o tempo. Ao contrário, permanecem os seres humanos agrilhoados a carcomidas ideias de antanho, submissa a preconceitos, crendices e regras inteiramente defasadas. A escravidão, por exemplo, apenas na forma foi abolida porque o emprego á também uma forma de escravidão, realidade a que se chega aprendendo os ensinamentos de velho e sábio Marx. Mas a humanidade é tão burra que se deixa levar por seus exploradores e abominam as ideias daquele sábio pensador.


 


 

 

 

 

 

 

 

 

   

domingo, 21 de novembro de 2021

ARENGA 626

 

“Quanto mais alto nos elevamos, menores parecemos aos olhos de quem não sabe voar” (Nietzsche). Assim é que tirando fora os gatos pingados que sabem voar mentalmente, os demais economistas do mundo não sabem ou fingem por conveniência não saber voar para ver do alto as causas de todos os problemas que afligem a humanidade sobre os quais tanto tergiversam infinita e inutilmente porque a tal da economia não foi e nem será capaz de fazer com que todos tenham qualidade de vida.

Assim como há políticos para todos os preços, há economistas para todas as vontades dos parasitas que vivem à custa do trabalho alheio. Desde economistas pés-de-chulé a serviço dos agiotas do sistema financeiro parasitário fingindo em programas de rádios receberem pedidos de orientação financeira de pobres diabos até  economistas que apesar de considerados sérios e competentes são incapazes ou por alguma conveniência fingem não saber que todo o mal que aflige a humanidade se resume na irracionalidade do uso da imensa riqueza existente no mundo. Ao contrário de náufragos em um barco que estabelecem regras rígidas para o uso dos recursos de que dispõem, no barco Terra no qual se apinha a humanidade e ainda existe o problema da reprodução, ao contrário, permite-se que Bezos e Hangs açambarquem para si sós tantos recursos quanto queira sua avidez mórbida independentemente das necessidades dos demais. É na falta de rigorosa observação do uso racional dos recursos existentes a causa dos transtornos que com raríssimas exceções os economistas não percebem ou fingem por conveniência não perceber ser o nó górdio da infelicidade humana.   

Não raro, por obra da prostituição da consciência, economistas chegam ao desplante de afirmar estar no agrobiuzinesse a salvação do Brasil. Que raio de salvação seria esta se o agribiuzinesse produz riqueza para ser usada na agiotagem dos proxenetas do sistema financeiro, deixando atrás da exploração intensiva do solo e uso indiscriminado de venenos desertificação e cânceres? Isto é condenação em vez de salvação.

A humanidade estará condenada a um eterno desassossego enquanto permanecer incapaz de perceber que em virtude de ser obrigatória a vida comunitária, as vantagens obtidas pela comunidade em vez de servir a todos os seus membros, serve a um grupinho de nada de parasitas que ganham o pão de cada dia com o suor da cara do povo imbecilizada, jamais utilizadas para assegurar qualidade de vida coletiva. Esse é o problema ao qual não se dá a atenção merecida.



 

 

 

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 17 de novembro de 2021

arenga 625

 

À primeira vista, a frase “insanos governam porque covardes toleram” parece conter infinita sabedoria visto que sem a obediência de quem se submete às insanidades de brutamontes travestidos de líderes não haveria governantes tão insanos a ponto de abandonar sua responsabilidade com seus governados que lhes garantem tripa forra e vida suntuosa deixando-os ao leu para se juntar aos Bezos e Hangs do mundo com os quais formam uma casta tão privilegiada que se coloca fora do alcance das leis que obrigam as demais pessoas.

Porém, procedendo de acordo com a sábia orientação para que se purifique as informações antes de acatá-las como verdades, conclui-se não ser bem assim. A não rejeição à política praticada por governantes insanos em todo o mundo, da qual resulta a desgraça que infelicita a humanidade, sem maiores conjeturas pode levar realmente à conclusão de se tratar de covardia conformar-se com ela. Mas, na verdade, se o jugo nunca foi aceito sem despertar rebeldia é ser diferente de falta de coragem sua aceitação. Se covardia é incapacidade de superar o medo, superaram todos os medos estes jovens que matam e morrem tanto em busca de meios necessários à sobrevivência quanto aqueles que induzidos por por falsos líderes, sabujos da indústria de guerra, sacrificam-se nos campos de batalha. Portanto, se superaram o medo tanto os que enfrentam o aparato policial dos Bezos e dos Hangs quanto os que enfrentam supostos inimigos é porque não são covardes, cabendo, portanto, buscar outra explicação para a passividade com que se entrega o pescoço ao jugo.

Recorrendo ao ensinamento de mestre Platão, – O rumo que a educação dá à criança em seus primeiros passos determina o destino do adulto em que se transformará aquela criança –,  e observando que a educação na cultura vigente, contando com bênçãos divinas, orienta as crianças no rumo do conformismo com o sofrimento e da submissão aos desmandos, percebe-se ser a educação e não a covardia a causa da conformação.  Crianças educadas para se tornarem cidadãos e cidadãs em vez de religiosos, bailarinos de axé, torcedores e admiradores de “famosos”, “celebridades” e reis de pau oco jamais aceitariam governantes insanos e sem noção de honradez. Para evitar a possibilidade de virem as crianças a se transformarem em cidadãos e cidadãs é que se institui ensino religioso e se fomenta o pão e circo com verbas suficientes para acabar com a pobreza no mundo. Mas as notícias na imprensa dão conta de precariedade de recursos para educação e exuberância de recursos para festejamentos, copas do mundo, e salários fabulosos para promotores das brincadeiras nas quais se deixa envolver a atividade cerebral da humanidade.

 

sábado, 13 de novembro de 2021

ARENGA 624

 

Recusar a realidade de que o bem-estar depende unicamente da política é erro terrível em que a humanidade incorre com graves consequências. Quem superou a mentira e não procura passa adiante a verdade comete crime de omissão de socorro previsto na legislação penal. Escritores famosos premiados com o Nobel de literatura passam ao largo desse problema como se o desconhecessem. É aí onde está a fonte de absolutamente todos os infortúnios humanos. Não haverá paz no mundo sem que os desavisados tomem conhecimento de que o bom mocismo incutido nas crianças por Papai Noel, o conformismo incutido pela religiosidade, e a paixão pelas brincadeiras incutida pelo pão e circo constituem perigosa armadilha engendrada pela mente sinistra dos Bezos e Hangs do mundo, armadilha que em função de desconhecimento funciona com tamanha eficácia que atrofia a mente dos adultos e os induz a protagonizar espetáculos constrangedoramente ridículos do entusiasmo e alvoroço em terno de brincadeiras. Tanto é ridículo comportamento infantil em adultos quanto a indiferença ao desperdício de imensurável riqueza em monumentais terreiros de espetáculos circenses que deveriam ficar restritos à criançada em cuja mentalidade ainda não há espaço para preocupação.

Não há como deixar de reconhecer a necessidade de mostrar aos adultos o erro crasso em que incorrem deixando-se levar inocentemente pela armadilha que os leva a menosprezar a deterioração política que a fez virar notícia das páginas policiais. Moralidade, honestidade, sinceridade, honra e bom caratismo foram mandados para as cucuias. O que esperar de crianças criadas em tal ambiente? Sem qualquer sombra de dúvida, isto está resultando numa juventude desprovida de valores nobres e que por isso resultará em banditismo  e  autoridades que em vez de proteger a sociedade contra seus inimigos protegem os inimigos  contra a sociedade. Ou se extirpa a imoralidade da falta de ética na política ou será instalado o caos.

Pais, mães, avôs, avós, irmãos, irmãs, tios e tias, ante o descalabro em que nos encontramos, não devem nem podem ser indiferentes à absorção da política pelo banditismo. Não haverá salvação para o futuro das criancinhas de hoje se não estancar a sangria despudorada e impiedosa do erário, tratado como de ninguém porque é desse dinheiro que depende o futuro das gerações ora ainda em berços  agitando seus bracinhos e perninhas.

Este cantinho de pensar insiste em chamar a atenção para o perigo de viver sem se cogitar da realidade vivida. Apesar de estar fora de qualquer lógica levar a vida do mesmo modo de irracionais, é o que estão fazendo os seres humanos. A atividade policial, por exemplo, resume em pobres perseguindo pobres para matar. São vidas sacrificadas em defesa de uma suposta ordem pública que, na verdade, é uma desordem total. 

Em termos de avanço mental a humanidade está no mesmo ou em nível inferior ao de cerca de duzentos anos passados. Segundo a História, no início dos anos 1800, pipocou na Europa um movimento liderado por Joseph de Mainstre contra as ideias que deram origem à Revolução Francesa. Defendia a tese de que a crença na infalibilidade da igreja devia orientar os passos dos homens. Pois, apesar de tamanha idiotice visto que quanto mais orações maiores desgraças, o que se vê são imensas igrejas onde se ajuntam imensas multidões para orar em vez de fiscalizar como a política usa a riqueza da qual depende aquilo que procuram nas orações: bem-estar, paz e tranquilidade.

  


 

 

 

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

ARENGA 623

 

Sempre que morre alguém a falta de imaginação e inteligência da trupe de papagaios de microfone se torna ainda mais insuportável com a repetição enfadonha, cansativa e burra da “perda irreparável”. A única perda irreparável que existe é a perda causada de inteligência tomada que foi por tamanha estupidez que condena a humanidade a viver uma vida de sofrimentos em decorrência do comportamento de produzir riqueza para poucos e pobreza para muitos, insanidade que embora oposta uma vida social equilibrada, é enaltecida por infinita papagaiada de microfone. 

O mundo foi levado para bem longe da realidade. Falsidades incontáveis envolvem a humanidade de modo tão completo que a tira do sério a ponto de não saber que a atividade de viver é a mais importante de todas as atividades. Aí estão fenômenos climáticos a pôr em risco a sobrevivência humana no planeta sem que tão pavorosa perspectiva se faça merecedora de atenção por parte de nenhum grupo reunido em igrejas, maçonarias, centros espíritos, botecos ou qualquer outro lugar. A ninguém ocorre estar se concretizando a previsão de Thomas Malthus sobre faltar alimento para a humanidade. Se população do mundo pulou de l80 milhões para 460 milhões em pouco mais de cem anos, período que vai do fim da Revolução Francesa em 1809 ao começo da Primeira Guerra Mundial (1914), na direção oposta ao incremento populacional tem-se que a desertificação dos solos, o apodrecimento das águas, a extinção de da flora e fauna prometem escassez num futuro não muito distante.


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Arenga 622

 

A história pode transformar a vida num imenso palco onde se apresentam acontecimentos que atraem reflexões das quais decorrem desenvolvimento mental sem necessidade de deixar a relativa tranquilidade do “lar doce lar” para se aventurar mundo afora onde a intranquilidade pode levar a se tornar vítima de terrorismo como fazem os infelizes que por fanatismo religioso se aventuram por igrejas levando suas inocentes crianças em busca de proteção e acabam encontrando facadas, bombas e rajadas de metralhadora.

Na paz destas últimas madrugadas, não obstante o latir de cães cujos donos, brutamontes mentais que certamente roncam feito bicho de barriga forra, graças a uma benvinda falta de sono, em lugar de drogas para dormir, com pequeno custo, tenho feito interessantíssima viagem pela história e visitado pensadores que deram um banho de sabedoria aos brutamontes da contemporaneidade ridiculamente chamados de civilizados. Nesta viagem por alguns séculos antes do nosso século, percebo coisas que a preocupação com o futuro das criancinhas me faz contar na esperança de que algum gato pingado entre os muitos desocupados que têm visitado este cantinho de pensar viesse a cogitar de contribuir com a luta contra a insistência dos ajuntadores de riqueza para conduzir a juventude no rumo de um caminho que a levará inevitavelmente à catástrofe porquanto os desastres climáticos estão mostrando a possibilidade de virem os humanos a ter o destino dos dinossauros. 

 Autoridades de araque e de bundas aboletadas em luxuosos palácios reúnem-se num país dito dos mais civilizados do mundo, a Escócia, e anunciam providências para surtirem efeito daqui há cinquenta anos, quando então todos eles já tiverem virado comida de germes e nenhuma serventia mais tiverem as imensas fortunas que trocaram pelo futuro de quem sobreviver a eles. Nada justifica que no século XXI ainda haja tanta estupidez se no século XV já se pensava com maior clarividência porquanto na Inglaterra, apesar de escravocrata e cuja rainha se entusiasmou tanto com o lucro do tráfico de escravos que despachou para a África um navio negreiro chamado Jesus para aprisionar negros, lá, ainda no século XV, pensadores apresentavam ideias propondo mudar a cultura do mundo, como, aliás, mais recentemente, fez o velho mestre e sábio Marx que em troca da despensa abastecida ridículos papagaios de microfone e comentadores de politicagem procuram inutilmente transformar em figura menor. O futuro haverá de mostrar quanta razão tinha Marx e o quanto a humanidade perde em não lhe dar ouvidos principalmente sobre a mais valia porque ela, quando compreendida, mostra claramente ser o emprego uma escravidão que ao contrário da revolta que a escravidão da chibata provocava nos escravos, na escravidão do emprego, em grandes filas, pessoas imploram pela oportunidade de se tornarem escravos.

Prosseguindo nossa viagem pela história, dizíamos que lá na Inglaterra onde com a Revolução Industrial e o advento do capitalismo teve início a transformação da escravidão da chibata pela do emprego, pensadores expuseram ideias que se fossem postas em prática em vez de serem desprezadas como foram as ideias de Marx o mundo não haveria de estar agora em palpos de aranha.

As ideias daqueles homens vieram a compor uma escola filosófica conhecida por Iluminismo, movimento inovador que ainda hoje a humanidade não foi capaz de assimilar, para tristeza de quem pensa, visto estarmos no século XXI e ainda nos encontramos defasados em relação ao ideário daqueles pensadores de quinhentos anos atrás como podemos ver apenas nos dois primeiros postulados do ideário dos chamados iluministas apresentados pelo historiador Edward Burns, no primeiro volume de História da Civilização Ocidental: postulado número um:

“A razão é o único guia infalível da sabedoria. Todo conhecimento tem suas raízes na percepção sensorial, mas as impressões dos nossos sentidos não são mais do que o material bruto da verdade, o qual precisa ser purificado no cadinho da razão antes que o possamos utilizar para explicar o mundo ou para indicar o caminho de uma vida melhor”.

Grande banho de sabedoria prá cima da cultura burra e individualista de ajuntar riqueza! Estes brutamontes desconhecem o que aqueles homens já sabiam: que sem sabedoria não se vive bem e nem que a razão é o guia infalível para a sabedoria. Não sabem também os brutamontes ajuntadores de riqueza que as raízes da sabedoria estão na percepção sensorial, e muitíssimo menos ainda sabem que diante da possibilidade de falha dos sentidos, toda informação por eles transmitida precisa ser cuidadosamente analisada antes de ser aceita como verdade. Soubessem disso, os Bezos e os Hangs da vida teriam percebido ser estupidez o ajuntamento de riqueza.

Postulado segundo:

“O universo é uma máquina governada por leis inflexíveis que o homem não pode desprezar. A ordem da natureza é absolutamente uniforme e de nenhum modo comporta milagres ou qualquer outra forma de intervenção divina”.

E tome banho de sabedoria. Homens como René Descartes, Baruch Espinosa, Thomas Hobbes, Isaac Newton, John Locke, os italianos Galileu Galilei e Leonardo da Vinci, os franceses Montesquieu e Rousseau entre outros, já sabiam o que ainda é ignorado hoje se doutores ainda acreditam em intervenção divina e desconhecem a necessidade de se observar as leis da natureza sob pena de sucumbência.

Embora seja inegável a evolução mental em função do decorrer do tempo como sentenciou Thomas Paine (“O tempo convence mais que a razão”), esta evolução precisa passar sebo nas canelas ou não chegará a tempo de tirar a humanidade do buraco em que se afunda cada vez mais.