domingo, 21 de novembro de 2021

ARENGA 626

 

“Quanto mais alto nos elevamos, menores parecemos aos olhos de quem não sabe voar” (Nietzsche). Assim é que tirando fora os gatos pingados que sabem voar mentalmente, os demais economistas do mundo não sabem ou fingem por conveniência não saber voar para ver do alto as causas de todos os problemas que afligem a humanidade sobre os quais tanto tergiversam infinita e inutilmente porque a tal da economia não foi e nem será capaz de fazer com que todos tenham qualidade de vida.

Assim como há políticos para todos os preços, há economistas para todas as vontades dos parasitas que vivem à custa do trabalho alheio. Desde economistas pés-de-chulé a serviço dos agiotas do sistema financeiro parasitário fingindo em programas de rádios receberem pedidos de orientação financeira de pobres diabos até  economistas que apesar de considerados sérios e competentes são incapazes ou por alguma conveniência fingem não saber que todo o mal que aflige a humanidade se resume na irracionalidade do uso da imensa riqueza existente no mundo. Ao contrário de náufragos em um barco que estabelecem regras rígidas para o uso dos recursos de que dispõem, no barco Terra no qual se apinha a humanidade e ainda existe o problema da reprodução, ao contrário, permite-se que Bezos e Hangs açambarquem para si sós tantos recursos quanto queira sua avidez mórbida independentemente das necessidades dos demais. É na falta de rigorosa observação do uso racional dos recursos existentes a causa dos transtornos que com raríssimas exceções os economistas não percebem ou fingem por conveniência não perceber ser o nó górdio da infelicidade humana.   

Não raro, por obra da prostituição da consciência, economistas chegam ao desplante de afirmar estar no agrobiuzinesse a salvação do Brasil. Que raio de salvação seria esta se o agribiuzinesse produz riqueza para ser usada na agiotagem dos proxenetas do sistema financeiro, deixando atrás da exploração intensiva do solo e uso indiscriminado de venenos desertificação e cânceres? Isto é condenação em vez de salvação.

A humanidade estará condenada a um eterno desassossego enquanto permanecer incapaz de perceber que em virtude de ser obrigatória a vida comunitária, as vantagens obtidas pela comunidade em vez de servir a todos os seus membros, serve a um grupinho de nada de parasitas que ganham o pão de cada dia com o suor da cara do povo imbecilizada, jamais utilizadas para assegurar qualidade de vida coletiva. Esse é o problema ao qual não se dá a atenção merecida.



 

 

 

 

 

 

 

 

 

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