sábado, 31 de março de 2018

ARENGA 480


Fracassaram os filósofos denominados pacifistas, aqueles que segundo Henry Thomas, na página 131 de História da Raça Humana, procuraram ensinar aos homens a arte de viver em paz, em contraposição à arte de guerrear e matar ensinada com sucesso por Alexandre, O GRANDE. O fato de ter sido em épocas passadas alguém considerado grande por ser hábil em guerrear e matar é resultado da eterna obtusidade humana recusando-se a evoluir espiritualmente como mostra a realidade atual quando futilidades e imbecilidades são motivos para que alguém seja considerado célebre e famoso. As tentativas de convencer os seres humanos a viver de modo mais condizente com sua condição de ser capaz de pensar têm sido tão infrutíferas quanto as tentativas de conter a infelicidade e a violência através dos beijos e pedidos do Papa, autoridade inútil por não se impor pela força, mas por beijos e pedidos. Todavia, não há como deixar de reconhecer haver mérito naqueles que lutaram e lutam por um mundo pacífico, luta justificada uma vez que muita coisa considerada impossível de acontecer em determinado tempo acontece em outro tempo. Não é por outro motivo que se diz ser o tempo o senhor da razão. Este raciocínio deve ter tido origem no filósofo Thomas Paine, que há mais de duzentos anos afirmou: “O tempo faz mais convertidos que a razão”, conforme consta na introdução do seu livro Senso Comum. Efetivamente, nada como a experiência adquirida com o passar do tempo para convencer da necessidade de substituir por outros, comportamentos até então tidos como absolutamente justificáveis. Fartos são os exemplos desta realidade. Se antes seria risível falar-se em mulher grávida ou viúva de outra mulher, atualmente a imprensa noticia e as pessoas não se espantam em ouvir que a “celebridade” Daniela Mercury manifesta a seus admiradores tão vulgares quanto ela que gostaria de ficar grávida de sua namorada, e sobre a viúva de Marielle Franco. Da mesma forma, o fenômeno da morte. A tendência de descabelar-se que tinham as pessoas ante o cadáver de um ente querido foi substituída atualmente por um comportamento de maior tranquilidade. O pavor à morte, na verdade, só se justifica pela incapacidade de raciocinar sobre a realidade de que indiscutível da substituição do vigor físico que mantém as emoções por um desânimo tão profundo que a vida deixa de despertar interesse por ter-se tornado realmente tão desagradável que a morte passa a ser aceita com tranquilidade. Não é à toa que ao morrer pessoas apresentam ar de felicidade.

Os filósofos costumam ser considerados ou malucos ou pessoas dotadas de grandes conhecimentos e inteligência privilegiada, um tipo de extraterrestre. Mas isto  não é verdade porque a única diferença entre um filósofo e qualquer pessoa é que o filósofo se põe a pensar sobre a vida enquanto as demais pessoas, embora também pensem, mas o pensamento delas não pode lhes proporcionar as condições necessárias para ter uma visão mais profunda sobre as coisas porque está tão envolvido com a lida diária quanto estavam nossos antepassados peludos cuja única preocupação era sobreviver num mundo dominado por feras maiores, mais fortes e imensamente mais ferozes do que eles, e onde só se tinha comida quando achada ao acaso. Na página 16 do livrinho de bolso Boas Vindas à Filosofia, Marilena Chauí diz que certa vez perguntaram a um filósofo qual a finalidade da filosofia e ele respondeu que era evitar que as pessoas dessem sua aceitação imediata às coisas sem maiores considerações. Não é à toa que num de seus contos Machado de Assis afirma que toda informação deve ser purificada no cadinho da verdade antes de ser aceita como verdadeira. O hábito de não se pensar sobre o que se ouve tem sido a causa de toda a tragédia humana que se esconde atrás de uma cortina da falsa felicidade tecida com os festejamentos do pão e circo que faz alarde sobre a gravidez de Xuxa e que Juliana Paes gosta de sair sem calcinha, o que é próprio de quem não pensa em como viver melhor, razão pela qual vive pior. A vida precisa ser encarada com mais realidade e menos fantasias. Sobre a morte da menina Isabella de Oliveira Nardoni, espancada e jogada pela janela de um sexto andar em São Paulo, em tom poético, alguém dizia que ela não morrera, mas que fora chamada para o lado de Deus e hoje se encontra nas cores do arco-íris. Ora tudo isto é algo de uma imbecilidade sem fim porque a morte não decorre de chamamento algum, principalmente ter uma criança de passar por tamanho sofrimento a fim de ir para o lado de Deus. Na mesma linha está a afirmação registrada na reportagem sobre a biografia do ex-Beatle George Harrisson, publicada pela revista Época de janeiro deste ano, com título DEUS, LSD E POLÍTICA. Ali diz ter sido mística a sensação do jovem Beatle a primeira vez que consumiu a droga LSD, sensação comparada ao misticismo que envolveu um perseguidor de cristãos chamado Paulo, que durante uma viagem a cavalo, ofuscado por uma inexplicável luz incandescente, caiu da sela, ouviu a voz de Cristo e se tornou São Paulo o grande pregador do cristianismo. Dito assim, faz crer haver vantagem no que aconteceu com o Paulo que virou São Paulo. Mas a realidade histórica mostra que por ordem do imperador um soldado matou São Paulo justamente por pregar a palavra de Cristo numa época em que ela era proibida porque afirmava que César não era Deus. Vindo depois o imperador a perceber a possibilidade de usar a palavra de Deus como grande excelente auxiliar na arte de manter a massa bruta de povo na mansidão a enquanto a política lhe atochava o ferro, adotou a palavra de Deus e até hoje ela é usada pela política dos habitantes dos palácios que trabalham três dias na semana, têm metade do ano de folga, o erário à disposição e tão superiores que são tratados por EXCELÊNCIAS, razão pela qual as igrejas não pagam impostos sobre as fortunas mostradas na revista Forbes.

Por falta de pensar é que a humanidade vive presa a tradições que em nada correspondem à realidade. A religião é uma fonte inesgotável de informações que se analisadas sem fanatismo provar-se-ão totalmente infundadas. Não é por outro motivo que cérebros geniais afirmaram e afirmam ser a religiosidade uma grande farsa. Confrontando com a realidade da vida o que pregam as religiões, percebe-se haver uma grande diferença entre o aquilo que ela diz ser e aquilo que realmente é. Um exemplo: No capitulo Oriente versus Ocidente, página 30 do livro Filosofia, de Stephen Law, Editora Zahar, há uma informação que contradiz frontalmente com a informação religiosa, tanto no que diz respeito ao poder absoluto de Deus, quanto a emanar de Deus a luz da qual provém a sabedoria que conduz à paz e à tranquilidade. Da leitura daquele capítulo e do seguinte, intitulado A Queda de Roma, deduz-se que o período do maior apogeu do poder da religião correspondeu a um período tão obscuro da existência humana que foi denominado Idade das Trevas. Nesta fase da Idade Média o poder da igreja era tão absoluto que a não observação dos seus dogmas era punida com pena de morte dolorosa executada na fogueira, e o Papa era mais poderoso do que qualquer governante do mundo ocidental, tão poderoso que o Papa Clemente VII não permitiu que o rei Henrique VIII se divorciasse da rainha Catarina de Aragão para casar-se com Ana Bolena, por quem estava apaixonado. Cai por terra, pois, a realidade religiosa de supor ser absoluto o poder de Deus representado pelo Papa porque se põe contra ela a realidade histórica segundo a qual os religiosos eram simplesmente massacrados por adorar Deus em vez de Cesar. Depois, outro imperador, Constantino, ante a possibilidade do desmoronamento do seu império, do mesmo modo como desmoronou o antigo Templo de Salomão, e como também precisa desmoronar o moderno templo de Salomão, de São Paulo, onde estelionatários tomam dos pobres as fortunas mostradas pela Revista Forbes.

A realidade histórica mostra ter sido a tentativa de unificar o império romano o motivo pelo qual o imperador decretou como oficial a religião cristã, o que deixa claro depender a religião da vontade do homem e não da vontade de Deus. Nem podia ser de outra forma porque ao contrário de ter Deus criado o homem à sua imagem, foi o homem o criador de Deus à imagem do próprio homem. Vários historiadores afirmam que os primeiros homens levados a pensar (razão pela qual são chamados de filósofos) foram alguns gregos que se puseram a desconfiar da afirmação até então pacificamente aceita de que as coisas existem porque uma entidade divina mandou que elas existissem. Para raciocinar não é preciso ter uma inteligência privilegiada. Se a humanidade ainda não chegou também à conclusão dos primeiros pensadores é simplesmente por se recusar a meditar sobre a realidade da vida. Deus só existe porque a ideia de sua existência é incutida na personalidade do recém-nascido de modo tão eficiente que ele se torna adulto certo de não haver necessidade de se pensar a respeito da possibilidade de haver erro nesta informação, embora todas as evidências levam à conclusão contrária. Diz-se, por exemplo, que os pobres têm a preferência de Deus. No entanto, são os que mais sofrem. Só eles são arrastados e soterrados como consequência de temporais. Só eles choram no corredor dos hospitais e passam fome convencidos da necessidade do sofrimento por ser ele purificador. São contradições que não resistem à menor análise. Diz-se que a vontade de Deus é suficiente para fazer existir as coisas. No entanto, as igrejas são postos de arrecadação de dinheiro e criminosos têm procuração de Deus para agir em nome dele. Uma única questão é suficiente para se concluir pela inexistência de Deus: a necessidade de se esconder, de ser uma ideia, na verdade uma ideia colocada na memória das pessoas quando chegaram por aqui.   

Em meio à barbárie que caracteriza o comportamento humano do Polo Norte ao Polo Sul, destaca-se com louvor nossa república de bananas habitada por Neandertais, onde as pessoas consideradas a fina flor não passam de imbecis tão imbecis que estão inseminando as mulheres com esperma dos americanos das bundas brancas para que seus filhos nasçam com aspecto diferente do resultante de sua origem proveniente da mistura de brancos, índios e negros. Não pode haver maior baixeza espiritual num povo do que se envergonhar de sua origem. Vi, com estes olhos que até home as mulheres elogiam, um professor mulato meu conhecido e grande amigo ilustrar um livro que escreveu com uma fotografia de um menino louro dizendo ser ele quando criança. Nosso país só não é uma vergonha maior porque faz parte de um mundo tão bárbaro que os presidentes das diversas repúblicas, segundo notícia na Revista Quatro Rodas, precisam de automóveis blindados para aguentar explosões e ataque químico, carregando, inclusive, armamento e reserva de sangue do mesmo tipo do sangue do presidente que transporta. Por isso, graças à incivilidade do mundo, não causa espécie o fato de só existir inidoneidade no Brasil para pobres e pretos, realidade que acaba de ser confirmada pela decisão do governo de considerar a Construtora Odebrecht como não inidônea depois da roubalheira que ela praticou contra esta massa bruto de povo que deve de logo ir providenciando seu pote de vaselina porque há pelaí um banqueiro pretendendo ser presidente da república. Inté.    

segunda-feira, 26 de março de 2018

ARENGA 479


Por não ter coisa melhor a fazer, muita gente desgasta seu tempo lendo as mal alinhavadas coisas que são escritas aqui e a generosidade da internete permite sejam publicadas. Os desocupados que assim procedem não podem deixar de saber que há muito é afirmado aqui ser ainda muito forte no ser humano a lembrança dos tempos de bicho quando só se comia se encontrasse o que comer, e não era raro morrer por comer frutas ou raízes venenosas, o que só não intriga quem acredita ser Deus que determina a morte porque quem assim pensa não lê por não saber ou por não entender o que lê. Em várias oportunidades está registrado nestas mal traçadas o fato de que o medo da fome dos tempos em que não se sabia produzir comida porque éramos ainda mais bichos do que somos agora, esse medo continua presente. Mesmo depois de produzir alimento, o que descarta a necessidade de contar com o acaso para se ter comida, ainda assim o medo da escassez dá origem à ânsia por acumular riqueza como precaução contra a possibilidade de incorrer em estado de necessidade. Tal conclusão pode ser encontrada por aqui em várias oportunidades. Qual não é, pois, nossa perplexidade ao deparar com esta mesma opinião na pessoa de ninguém menos do que o filósofo Yuval Noah Harari, na página 49, do seu livro SAPIENS, uma breve história da humanidade, no seguinte teor: “Para entender nossa natureza, nossa história e nossa psicologia, devemos entrar na cabeça dos nossos ancestrais caçadores-coletores. Durante praticamente toda a história da nossa espécie, os sapiens viveram como caçadores-coletores. Os últimos 200 anos, durante os quais um número cada vez maior de sapiens ganham o pão de cada dia como trabalhadores urbanos e funcionários administrativos, e os 10 mil anos precedentes, durante os quais a maioria dos sapiens vivia como agricultores e pastores, são um piscar de olhos em comparação com as dezenas de milhares de anos durante os quais nossos ancestrais foram caçadores e coletores. O campo próspero da psicologia evolutiva afirma que muitas de nossas características psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era pré-agrícola. Ainda hoje, afirmam especialista da área, nosso cérebro e nossa mente são adaptados para uma vida de caça e coleta. Nossos hábitos alimentares, nossos conflitos e nossa sexualidade são todos consequência do modo como nossa mente de caçadores-coletores interage com o ambiente pós-industrial de nossos dias, com megacidades, aviões, telefones e computadores. Esse ambiente nos dá mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer geração anterior, mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e pressionados. Para entender por quê, apontam os psicólogos evolutivos, precisamos nos aprofundar no mundo de caçadores-coletores que nos moldou, o mundo que, subconscientemente, ainda habitamos”, É justamente o que temos dito há quase uma década. Caso mais algum desocupado chegue por aqui pela primeira vez e não acredite na possibilidade de haver coincidência de opinião entre um capiau e um intelectual, perca mais algum tempo e veja outras bobagens denominadas arengas que haverá de encontrar por lá várias afirmações no sentido de ser fruto do medo da escassez dos tempos de bicho a avareza que leva um por cento da humanidade a abocanhar para si sós noventa e nove por cento da riqueza do mundo.

Entretanto, como todos os egressos das Harvards do mundo, o autor de Sapiens também não diz que o ajuntamento das riquezas nos infernos fiscais tanto é desnecessária quanto prejudicial ao convívio social porque as fortunas que abarrotam caixas-fortes nos infernos fiscais dá origem à pobreza da qual resultam necessidades e violência. Ao contrário, o filósofo faz apologia do ajuntamento de riqueza ao discorrer sobre o progresso decorrente da evolução mental que possibilitou a criação da ficção denominada pessoa jurídica. Como exemplo desse progresso, nas páginas 36 e 37 o filósofo cita a indústria Peugeot, cuja atividade teria produzido mais de um milhão e meio de automóveis no ano de 2008, gerando uma receita de mais ou menos 55 bilhões de euros. Livros desse tipo são próprios do mundo dos intelectuais. Fornecem muitas informações, é verdade, mas informações que passam longe daquilo de que mais precisam os seres humanos para que possam viver na tranquilidade da paz. O que se faz necessário é encarar a realidade da necessidade de uma forma de vida diferente da vivida até aqui quando apenas um por cento da humanidade pode satisfazer as necessidades, embora elas sejam comuns à humanidade inteira. As mesmas necessidades que tinha o senhor Armand Peugeot tinham seus 200 mil empregados. Entretanto, a estes e a todos os trabalhadores do mundo cabe apenas o correspondente à sobrevivência porque o restante daquilo que produzem tem as caixas-fortes nos infernos fiscais como destino, realidade que precisa ser escondida a todo custo. Um exemplo desta necessidade de esconder a verdade: O jornal Folha de São Paulo, que mentem uma coluna sobre cachorro, publicou matéria do jornalista André Singer sobre o Supremo Tribunal Federal, tão submisso aos interesses dos ricos quanto as demais instituições. Como aprendiz de problemas sociais, comentei a matéria da seguinte forma, comentário que foi sumariamente censurado pelos quebra-faca que protegem como cães-de-guarda os interesses de seus patrões evitando que a massa bruta de povo tome conhecimento da irrealidade em que vive. Foi este o comentário censurado:O mundo está nas mãos do grupinho de um por cento de Midas que detêm para puro deleite noventa e nove por cento da riqueza que a todos deveria servir. A estes monstros espirituais que dão as cartas interessa exatamente a injustiça. Enquanto a massa bruta de povo permanecer no analfabetismo político seu destino será esse que está aí.”

Sabendo ou não sabendo explorar a força-trabalho da massa bruta de povo, os exploradores evitam como o diabo evita a cruz que os explorados tomem conhecimento de sua eterna condição de explorado. A escravidão, como o jogo de lego tão citado no livro O Mundo de Sofia, com a diferença de que o jogo da escravidão além de ser formado apenas por duas peças, escravo e escravizador, é também como o bumerangue que volta sempre ao ponto de partida. Em  1789 e em 1917, respectivamente na França e na Rússia a massa bruta de povo esperneou, sangrou, decepou cabeças fora do corpo, esquartejou e barbarizou a fim de se livrar da escravidão, mas depois de abaixada a poeira do barbarismo, voltou a ser submetida aos grilhões do emprego e do salário, forma de escravidão que consiste em dar a vitalidade em troca da manutenção. É como o burro de carroça, realidade que os escravizadores escondem debaixo de artimanhas como o pão e circo que se faz presente de várias maneiras. Uma delas é a cena ridícula mostrada pela imprensa na qual religiosos estelionatários, parasitas sociais, se apresentam no ato de filiação do inocente útil jogador de futebola Ronaldinho Gaúcho ao partido político PSC, objetivando repetir a mesma malandragem da votação obtida pelo também inocente útil Tiririca que serviu para eleger vários parasitas sociais.

É também interessantissimo o fato de mais alguém de comprovada capacidade mental e conhecimento do mundo fazer coro com as afirmações que embora expostas de maneira rude, há muito vem sendo aqui defendidas, entre elas a necessidade de haver interesse da massa bruta de povo pelo destino do erário em vez de deixá-lo a cargo de ladravazes que fazem dele a Casa da Mãe Joana, e portanto, afirmando ser indispensável à ação política a participação da massa bruta de povo. Pois, para orgulho deste blog tosco, não foi outra coisa o que disse, em um dos seus contundentes comentários matinais na Rádio Band News, o Deputado custa mais de R$ 2 milhões por anojornalista Ricardo Boechat disse que ririam dele se quatro anos atrás, antes da Operação Lava Jato, ele dissesse que figurões do mundo da política (politiqueiros) iriam parar na cadeia por roubar dinheiro público. Realmente, ninguém seria capaz de acreditar antes da Lava Jato que iriam para a cadeia ladrões do dinheiro público com as bocas entortados durante séculos pelo cachimbo da impunidade aceita de forma tão mansa e pacífica que até já se afirmou ser bom o governante que rouba, mas faz. É pois, de espantar que surgisse uma instituição denominada Operação Lava Jato levantada por um grupinho de jovens que embora participando da mesma administração pública corrupta se insurgisse contra a corrupção. Foi a insurreição destes jovens cumpridores do seu dever de defensores da sociedade que está a colocar no xilindró ladrões do erário que sempre se deram bem na ação criminosa de rapinar o dinheiro cuja falta infelicita a sociedade. Na continuação do lúcido comentário do jornalista está a coincidência entre suas afirmações e aquilo que aqui vem sendo dito porque ele afirmou que a Lava Jato só ainda não sucumbiu porque a opinião pública é favorável ao seu trabalho. Perfeito! Senão perfeitíssimo! Não fosse a opinião pública a apoiar a ação da Lava Jato ela já teria sucumbido pela ação dos que se beneficiam com a corrupção e que se escondem covardemente atrás de imunidade parlamentar, foro privilegiado, corporativismo, inclusive de altas autoridades da justiça que a favor dos corruptos bradam contra aqueles que se insurgem contra a roubalheira com argumentos de inconstitucionalidade, direitos humanos, e coisa e tal.

Não é senão o medo que os politiqueiros tem da massa bruta de povo, como ficou demonstrado quando o prefeito de São Paulo fugiu apavorado em um helicóptero quando grande multidão saiu em protesto nas ruas daquela cidade. Apesar da cegueira mental que liga a massa bruta de povo ao pão e circo, tal cegueira, entretanto, como não afeta a visão, a massa bruta vendo meias, cuecas, malas e apartamentos abarrotados do seu dinheiro carreado pracá e pralá, apesar da notória estupidez, a massa bruta de povo vislumbrou vantagem no trabalho da Lava Jato e ficou ao lado dela dando-lhe apoio.  Como a coisa que ladrões mais temem é a presença de multidões cuja fúria já demonstrou várias vezes ser capaz de cepar fora cabeças até mesmo de reis, por conta desse medo é que a Lava Jato ainda não sucumbiu malgrado o esforço nesse sentido que fazem todos aqueles acostumados a levar vantagem com a corrupção e a privatizar o erário em benefício próprio e dos seus.

Portanto, quem sabe o que diz corrobora nossa humilde opinião de ser impossível haver administração pública sadia não havendo efetivo interesse da massa bruta de povo em fiscalizar o que está sendo feito do erário porque enquanto for assim ela continuará impossibilitada de satisfazer suas necessidades primárias enquanto que os malandros da politicagem se colocam em posição tão privilegiados às custas do erário que até se autodenominam EXCELÊNCIAS às quais absolutamente nada pode faltar e das quais nada pode ser cobrado, embora sejam os que nada podem que lhes garante a despensa abastecida de finas iguarias.

A história da humanidade mostra que o povo sempre teve o comportamento de manada a seguir o berrante dos falsos líderes. Na página 131 de História da Raça Humana consta que em função das matanças promovidas por Alexandre Magno a juventude do seu tempo se tornara desiludida. Tempos depois, por época da Segunda Guerra Mundial, eis a juventude novamente desiludida em função daquela nova matança. Atualmente, em função da ação dos monstros espirituais de cujas bocas escorre baba de dragão, que em troca de dinheiro transforma os jovens em robôs futucadores de telefone, eis que novamente está a juventude tão desiludida que os jovens ficaram deprimidos pela falta de comunicação pessoal e vítimas de uma depressão que os levará à demência e à alucinação. Quem viver, verá. É preciso trocar por outro mais inteligente este jeito estúpido de se viver. Inté. 

domingo, 18 de março de 2018

ARENGA 478


SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A atriz Juliana Paes fez revelações surpreendentes em entrevista para Matheus Mazzafera no programa “Hotel Mazzafera”, no Youtube. Entre as revelações, a atriz afirmou que gostar de mandar nudes e que muitas vezes precisa sair sem calcinha.SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A atriz Juliana Paes fez revelações surpreendentes em entrevista para Matheus Mazzafera no programa “Hotel Mazzafera”, no Youtube. Entre as revelações, a atriz afirmou que gostar de mandar nudes e que muitas vezes precisa sair sem calcinha.SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A atriz Juliana Paes fez revelações surpreendentes em entrevista para Matheus Mazzafera no programa “Hotel Mazzafera”, no Youtube. Entre as revelações, a atriz afirmou gostar de mandar nudes e que muitas vezes precisa sair sem calcinha”.

O mundo das “celebridades” e “famosos” gira em torno de futilidades assim. Se a massa bruta de povo fosse capaz de perceber o motivo pelo qual a imprensa valoriza vulgaridades, putarias e atividade esportiva; se soubesse o que há por trás do fato inexplicável de verdadeiras toupeiras mentais, pessoas sem absolutamente nenhuma noção de sociabilidade e que nem mesmo sabem quando um livro está de cabeça para baixo são elevadas à categoria de “famosos” e “celebridades”, se a juventude do mundo soubesse que toda esta tramoia tem por objetivo condicionar sua mentalidade ao mesmo nível de inferioridade, tornando-a incapaz de elevar-se a uma altura que lhe permitisse vislumbrar a realidade de ter sido conduzida à situação de burro de carroça para carregar no lombo o peso da tarefa de abastecer nos infernos fiscais as caixas fortes dos Midas sedentos de riqueza. Se a juventude se livrasse das peias mentais que os meios de comunicação lhes impõem, o mundo não seria tão ruim. Há uma atividade socialmente nefasta dos meios de comunicação manipulados pela papagaiada de microfone que por força do emprego coloca-se a serviço dos perversos capitalistas avarentos que montaram uma tal de economia capitalista nos moldes da Mega Sena. Isto é, tira milhões de reais de milhões de pessoas para dá-los a um, dois ou três apenas. Para não correr o risco de ser descoberta sua tramoia, os Reis Midas através de seu exército de servidores subservientes como são todos os empregados, atribui aos papagaios de microfone a missão de convencer as pessoas de que as brincadeiras são mais importantes do que os assuntos sérios dos quais depende não só a qualidade de vida, mas a própria vida. Quando o papagaio de microfone do Jornal Nacional cita o sucesso do Agribiuzinesse como prova de que as coisas estão melhorando porque a economia melhora, na verdade, está cumprindo seu papel de marionete dos ricos porque o sucesso do agribiuzinesse tem por contraponto o insucesso do surgimento de uma sociedade civilizada posto que esse “sucesso” do agribiuzinesse é arrancado do lombo da massa bruta de povo através de negociatas com o BNDES em financiamentos facilitados com os quais capitalistas, muitos deles gringos, tornam nosso país o maior consumidor de venenos comprados da Monsanto, ação nefasta que deixa atrás de si uma epidemia de câncer. Outro papagaio de microfone ao puxar o saco de seus patrões capitalistas censurava o comunismo dizendo ser coisa de pobre do terceiro mundo a foice e o martelo que o simboliza porque nos Estados Unidos existem colheitadeiras de um milhão de dólares. É justamente aqui onde está o Nó Górdio da enganação porque a solução para a produção de alimentos está é na pequena agricultura onde não há colheitadeiras de um milhão de dólares, nem Midas e nem contas nos infernos fiscais para serem abastecidas para puro deleite dos magnatas causadores da infelicidade humana. A ação nefasta da papagaiada de microfone não afeta apenas países colonizados como o nosso onde as criancinhas são obrigadas a aprender inglês, e um iletrado jogador de bola elevado pela massa bruta de povo à categoria de “celebridade” e milionário declara que estádios para jogos são mais importantes do que escolas e hospitais. Toda a parafernália de vulgaridades incessantemente martelada pela grande imprensa do mundo inteiro mantém no mesmo nível de vulgaridade a mentalidade coletiva, fomentando a ilusão de ser a vida uma eterna brincadeira. Através desta maldosa manipulação cerebral as pessoas não conseguem chegar a um discernimento que lhes permita perceber sua condição de escravos felizes em sua escravidão. Tão inocentemente felizes a ponto de não pensar na realidade de que uma velhice desassistida lhes espera no momento em que mais se precisa de assistência.

Enquanto isto, pessoas esclarecidas que muito poderiam servir à causa do esclarecimento popular, em vez disso, escrevem livros e mais livros que nem de longe fazem referência ao problema maior da humanidade que é o erro monumental de acreditar haver vantagem na ilusão de acumular riqueza, erro que apesar de infelicitar a raça humana é aprovado por escritores ganhadores do Nobel, instituição que tem por finalidade exatamente sustentar a falsa crença de ser possível construir um mundinho particular com riqueza, o que é uma grande farsa porque o mundo é um só e seus recursos a todos devem servir. Da falsa crença de haver vantagem em se amontoar ouro resulta que brutamontes espirituais como banqueiros e seus comparsas criminosos do mundo empresarial, numa atitude egoísta, portanto, antissocial, açambarcam para si sós toda a riqueza do mundo, sobrando para os frequentadores de igreja, axé e futebola as orações e esperança no bem-estar do céu. A consequência do comportamento de privar a apenas alguns a riqueza do mundo é espalhar misérias e infelicitar a humanidade com a violência que tal situação provoca. Razão absoluta tinham os primeiros filósofos que afirmavam ser a busca por uma vida agradável a única coisa a merecer a atenção dos seres humanos, o que é uma verdade absoluta. Entretanto, para que se tenha vida agradável faz-se indispensável escorraçar para os quintos dos infernos os banqueiros e o pão e circo sustentado pelos “famosos” e as “celebridades”, além dos escritórios luxuosos de advocacia e sua fonte de renda: o crime de colarinho branco. A essa turma malfazeja porquanto socialmente prejudicial ajuntam-se os cérebros condicionados pelas Harvards do mundo, preparados para a missão de defender a ideia insana de ser a competição a melhor forma de se viver em sociedade. Ao lado destes, também integram o rol dos escorraçáveis a plêiade dos representantes de Deus que com sua apologia ao sofrimento eliminam no homem a dignidade e o orgulho de ser um ser pensante em vez de trapo a mendigar perdão e proteção de estátuas de gesso.   

Os elementos negativos acima citados sempre contaram com ajuda da atividade literária que coopera com o pão e circo na tarefa de estimular o desinteresse pela leitura da qual resulta a elevação mental que leva ao esclarecimento e à elevação espiritual. Livros com títulos sugestivos para quem busca conhecimento sobre problemas sociais, são, na verdade, uma grande baboseira de leitura tão enfadonha que desestimula a busca pelo saber. Um destes livros é QUADROS DE GUERRA, e sua autora é a filósofa Judith Butler. Na página 19, há o seguinte: “Como, então, a condição de ser reconhecido deve ser entendida? Em primeiro lugar, ela não é uma qualidade ou uma potencialidade de indivíduos humanos. Dita dessa forma pode parecer absurdo, mas é importante questionar a ideia de pessoa como individualidade. Se argumentarmos que essa condição de ser reconhecido é uma potencialidade universal e que pertence a todas as pessoas como pessoas, então, de certo modo, o problema que temos diante de nós já está resolvido. Decidimos que determinada noção particular de “pessoa” determinará o escopo e o significado da condição de ser reconhecido. Por conseguinte, estabelecemos um ideal normativo como condição preexistente de nossa análise; de fato, já “reconhecemos” tudo o que o que precisamos saber sobre o reconhecimento.” Isto aí em absolutamente nada incentiva a busca das causas da infelicidade humana, assunto que deve ser a principal preocupação coletiva.

Da mesma forma, o livro SOCIEDADE DA TRANSPARÊNCIA, do filósofo Byung Chul Han, onde se lê: “A sociedade da transparência não padece apenas com a falta de verdade, mas também com a falta de aparência. Nem a verdade nem a aparência são transparentes. Só o vazio é totalmente transparente. Para exorcizar esse vazio coloca-se em circulação uma grande massa de informações. A massa de informações e de imagens é um enchimento onde ainda se faz sentir o vazio. Mais informações e mais comunicação não clarificam o mundo. A transparência tampouco torna clarividente. A massa de informações não gera verdade. Quanto mais se liberam informações tanto mais intransparente torna-se o mundo. A hiperinformação e a hipercomunicação não trazem luz à escuridão”. Isto é nada mais que uma grande xaropada. O que se faz necessário é mostrar à massa bruta de frequentadores de igreja, axé e futebola que toda a informação por ela recebida não passa de deslavada mentira e que é preciso descobrir esta realidade a fim de não repassá-la aos descendentes antes que seja tarde demais. Isto deve ser feito em linguagem simples e objetiva a fim de mostrar ao elemento asqueroso povo estar errado tudo que é considerado correto, inversão esta do maior interesse de seus inimigos os donos do poder aos quais é desinteressante o correto porque num mundo correto não haveria terreno para suas falcatruas. Aí estão “autoridades” afirmando em alto e bom som ser inconstitucional processar ladrões do erário. Pode haver afirmação mais incorreta?

 Outro livro inútil em termos de conhecimento prático sobre como se chegar a melhores condições de vida chama-se SOCIEDADE DO CANSAÇO, também do filósofo Byung-Chul Han, onde se lê: “O sujeito de desempenho está livre da instância externa de domínio que o obriga a trabalhar ou que poderia explorá-lo. É senhor e soberano de si mesmo. É nisso que ele se distingue do sujeito de obediência. A queda da instância dominadora não leva à liberdade. Ao contrário, faz com que liberdade e coação coincidam. Assim, o sujeito de desempenho se entrega à liberdade coercitiva ou à livre coerção de maximizar o desempenho. O excesso de trabalho e desempenho agudiza-se numa autoexploração (desse jeito). Essa é mais eficiente que uma exploração do outro, pois caminha de mãos dadas com o sentimento de liberdade. O explorador é ao mesmo tempo o explorado. Agressor e vítima não podem mais ser distinguidos. Essa autorreferencialidade (desse jeito) gera uma liberdade paradoxal que, em virtude das estruturas coercitivas que lhe são inerentes, se transforma em violência. Os adoecimentos psíquicos da sociedade de desempenho são precisamente as manifestações patológicas dessa liberdade paradoxal”. Também esta baboseira em nada contribui no sentido de fazer ver à massa bruta de povo sua condição de escravo feliz. Muito mais úteis à sociedade fariam os escritores e filósofo se descessem do pedestal da intelectualidade para combater a ignorância política e fizessem ver à juventude seu triste papel de capacho submetendo-se ao sistema perverso de administração pública mundial que eleva os administradores à condição de intocáveis. À juventude faz-se extremamente necessário mostrar a necessidade de se engendrar uma nova forma de vida. Simples assim.

Outro livro que segue na mesma linha de inutilidade chama-se ÉTICA E PÓS-VERDADE, de vários escritores, entre eles o filósofo Vladimir Safatle, onde se lê o seguinte: “Outros, eles, antes, podiam, escreveu certa vez Juan José Saer, abrindo com essas palavras um dos contos mais radicais já escritos nestas e em outras terras, cada passo de seu plural protagonista interrompido por uma angustiante vírgula. De que falava nesse momento o escritor argentino talvez não seja fácil determinar; o que era exatamente que outros, eles, antes, podiam, e que estes, nós, agora, não podemos mais”. Alguém é capaz de não se arrepender de comprar um livro assim? E não se diga tratar-se de trecho isolado porque de cabo a rabo o livro é só baboseira de intelectual para intelectual.

Outro livro também inútil no que diz respeito à necessidade premente de aparar as arestas da brutalidade da massa bruta de povo é O FIM DO PODER, do filósofo Moisés Naim que afirma ESTAR O PODER EM QUEDA LIVRE. Ora, como se afirmar tal coisa quando os imbecis denominados de poderosos, os Reis Midas do mundo, estão tão poderosos que já se arvoraram em donos desse mundo e desconsideram a realidade de haver quem também dele necessite? O poder dos criminosos conhecidos como poderosos, disfarçado embora, continua tão opressor e convencedor de que o errado é o certo quanto no tempo do Rei Sol. A Rede Bandeirantes de Rádios, por exemplo, no dia 17/03/18 pela manhã, colocava papagaios de microfone a soldo de seus ricos patrões para afirmar que a Operação Lava Jato não pode se eternizar e que precisa acabar para não prejudicar a economia cujo carro-chefe é o agribiuzinesse. A verdade, porém, é que o agribiuzinesse é um monstro causador de cânceres. Aí está, pois uma total inversão da realidade porque o que precisa acabar é o agribiuzinesse, mas nunca a Lava Jato. Ela precisa eternizar-se porque neste mundo de monstros sedentos por dinheiro não se pode abrir mão de uma eterna fiscalização sobre suas ações criminosas.

Na mesma inversão está a necessidade da REFORMA PREVIDENCIAL alardeada pelos economistas a soldo de seus patrões por ser armação dos banqueiros visando mais uma fonte de renda através de uma PREVIDÊNCIA PRIVADA. Não há falta de dinheiro. O que há é roubo de todo o dinheiro que houver como mostra esta notícia: Dívida ativa dos estados soma R$ 770 bilhões, mas só 0,55% é recuperada   -   A Fenafisco e o Sindsefaz apresentaram nesta quarta (14), no Fórum Social Mundial, um levantamento que mostra o tamanho da dívida ativa dos estados. São números que chamam a atenção e que demonstram como atua parte do setor empresarial no Brasil, cobrando os impostos da sociedade embutidos nos produtos/serviços e sonegando-os do poder público. Aí está, pois, mais uma demonstração de poder dos brutamontes espirituais esfoladores do rabo da massa bruta de povo. Embolsam os impostos que os requebradores de quadris dos rabos esfolados pagam e vão chorar no corredor do hospital por falta da assistência que aquela grana lhes garantiria se contasse com uma vigilância eficiente destes babacas inúteis em termos de sociabilidade.

Este escritor que afirma estar acabado o poder dos poderosos, certamente inspirado pela atividade de diretor executivo que foi do Banco Mundial, afirma na página 203 que a supremacia militar americana atua como guardiã da estabilidade do sistema internacional e garante a segurança de mais de cinquenta países. Mas o que se vê na realidade é o fato de não garantir o governo americano nem mesmo a segurança de seus cidadãos apavorados ante a possibilidade se serem explodidos a qualquer momento.  

Ainda outro livro no mesmo teor de inutilidade social é CRIANÇAS DINAMARQUESAS, de Jessica Joelle Alexander, Iben Dissing Sandahl e Andre Fontenele. Afirma que a felicidade dos dinamarquezes se deve à educação dos filhos. Ora, nenhuma novidade há nisso porque o adulto é o resultado do que foi ensinado às crianças. Mas às crianças dinamarquesas, como as demais crianças do mundo, também não lhes é ensinado a indispensabilidade da sociabilidade que une os seres humanos porque se fosse elas não poderiam ser felizes ao lado de tanto sofrimento e infelicidade que torna angustiante a vida de outras crianças cuja infelicidade força seus pais a se aventurarem com elas em toscas embarcações mar a dentro numa busca desesperada de salvação que acaba na morte que também leva consigo estas pobres e inocentes criaturinhas às quais país desnaturados pelo convencimento religioso levam consigo para igrejas em busca de proteção e acabam espativadas por bombas. É tudo só uma questão de pensar. Inté.

 

 

 

 

 

 

    

sábado, 3 de março de 2018

ARENGA 477


Creditar o bem-estar social ao desenvolvimento de empresas é tão falso quanto combater violência com violência maior. Isto é facilmente percebível. Basta que se disponha a pensar. Qualquer empresa tem por único objetivo o lucro, o que seria justificável se esse lucro tivesse um limite baseado na sensatez de remunerar adequadamente o trabalho que têm os empresários para adquirir bens e pô-los à disposição de quem deles necessite, poupando-lhes de maior esforço e gasto na tarefa de obtê-los. Mas a realidade é diferente. Graças à presença ainda forte da lembrança dos tempos de bicho que faz os humanos ainda terem o mesmo comportamento de bicho ao avançar ferozmente sobre as posses das outras pessoas, num comportamento individual, portanto egoísta e antissocial. Não é este o comportamento de absolutamente todos os empresários, tirar o mais que puder das pessoas que procuram seus serviços? Portanto, arrancar da sociedade tudo aquilo que for possível sem limite para deter a ganância superior à ganância da fera por comida porquanto esta para de comer quando não suporta mais. A única preocupação dos empresários com a sociedade é que a sociedade tenha muitos consumidores que paguem pontualmente as prestações de suas compras. Portanto, restrita puramente ao aspecto material. Acontece que o ser humano não é só matéria. O lado espiritual é infinitamente mais importante. Todo o mal da humanidade é reduzir sua espiritualidade a igrejas feitas de tijolos, cimento e seres humanos paramentados e tão longe da verdadeira espiritualidade quanto aqueles que os têm como guias espirituais. É aí que a humanidade erra fragorosamente porque a espiritualidade está é no respeito mútuo, na observação de que a presença do outro precisa não só ser levada em conta e respeitada, mas, também e principalmente estimada em função de sua elevada importância dado que a companhia para o ser humano é tão importante quanto respirar. Os comportamentos prejudiciais de seres humanos para com outros seres humanos mostram o quanto distante estão eles da verdadeira espiritualidade. Um exemplo: Um certo doutor Nilzon, em Salvador, quando fui acometido por um problema cardíaco, queria me submeter a uma intervenção cirúrgica desnecessária só para ganhar dinheiro. Um dentista aqui de nossa Vitória da Conquista, me fez um implante dentário que depois teve de ser desfeito com considerável sofrimento para mim. A explicação para o insucesso foi de não haver base óssea suficiente. Ora, se assim fosse, por que fazer o procedimento? São inúmeras as demonstrações de desconsideração com o outro. Estes são exemplos típicos do comportamento de empresários.

Em torno desta coisa simples da falta de união e do descompasso na vida dos seres humanos, escritores, filósofos e uma incontável papagaiada de microfone tergiversam inútil e superficialmente sobre os problemas que os afligem. O livro OS ERROS FATAIS DO SOCIALISMO, do escritor F. A. Hayek, procura demonstrar o porquê de não funcionar na prática o socialismo, enquanto que o filósofo Norberto Bobbio, na página 126 do livro ESTADO, GOVERNO, SOCIEDADE diz textualmente o seguinte: Estado socialista ou Estado de não-liberdade. Falta aos intelectuais e aos papagaios de microfone um salto para fora da realidade atual já inteiramente superada a fim de que se lhes vislumbrem novos horizontes. A falta de liberdade que o filósofo afirma haver num Estado socialista só pode ser entendida como erro de considerar socialismo uma prática política. A ideia de socialismo vai anos luz além desta mesquinharia porque ela envolve uma elevação espiritual ainda fora do alcance dos brutamontes seres humanos capazes de se matarem mutuamente por Deus e por dinheiro. Socialismo, na verdade, é sinônimo da convicção da realidade de ser o comportamento cooperativista em uma sociedade na qual o resultado do trabalho de seus trabalhadores é usado em benefício de todos, objetivando alcançar uma forma ideal para a vida coletiva da qual os seres humanos não podem prescindir.

Em termos de Histórica da Humanidade, a atual fase não demora a sucumbir uma vez que precisa escamotear a verdade e convencer as pessoas de que a mentira é que é a verdade. É tão sem pé nem cabeça a atual civilização que a prostituição, embora tida como atividade aviltante, proporciona posição social mais alta do que qualquer outra forma de trabalho considerado nobre e que proporcione maior benefício à coletividade. O mesmo se observa com as atividades lúdicas. Brincadeiras passam a ser consideradas tão importantes que seus executores passam a ser “famosos” e “celebridades” além de milionários. Por trás disso rola tantas coisas que a massa bruta de povo sequer imagina. As pessoas mais valorizadas socialmente são aquelas, na verdade, as de menor valor. O “mistério” que transforma em rei com vida de rei por cantar ou chutar bola basta para determinar o fim da atual cultura porque a elevação espiritual é que faz com que o homem possa ser considerado importante. Essa modalidade de vida cujo objetivo primeiro é a riqueza logo provará ser um grande fiasco. Desta forma de vida resulta a monstruosidade demonstrada na matéria publicada pela escola de alfabetização política também conhecida como blog Outras Palavras, matéria intitulada A EPIDEMIA DE JOVENS RECLUSOS EM SEUS QUARTOS, no seguinte teor: “O fenômeno dos “hikikomori”, jovens em auto reclusão, torna-se uma epidemia no Japão, atinge um milhão de pessoas, e avança no Ocidente. Quais suas bases?  -  Eles estão entre os 14 e 25 anos e não estudam nem trabalham. Não têm amigos e passam a maior parte do dia em seus quartos. Dificilmente falam com os pais e parentes. Eles dormem durante o dia e vivem à noite para evitar qualquer confronto com o mundo exterior. Eles se refugiam nos meandros da Web e das redes sociais com perfis falsos, único contato com a sociedade que abandonaram. São chamados de hikikomori, palavra japonesa para “ficar de lado”. Na Terra do Sol Nascente já atingiram a cifra alarmante de um milhão de casos, mas é equivocado considerá-lo um fenômeno limitado apenas às fronteiras japonesas. É um mal que assola todas as economias desenvolvidas – As últimas estimativas falam de milhares de casos italianos de hikikomori, um exército de presos que pede ajuda.  -   Também do ponto de vista médico, o hikikomori sofre de uma classificação nebulosa. No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), a “Bíblia” da psiquiatria, ainda está registrada como síndrome cultural japonesa: uma imprecisão que tende a subestimar a ameaça do distúrbio no resto do mundo e cria consequências perigosas. Muitas vezes é confundido com síndromes depressivas e, nos piores casos o jovem é carimbado com o rótulo de dependência em internet.” Isto prova de modo irrefutável não passar de deslavada mentira a pregação dos meios de comunicação através da papagaiada de microfone de que o consumismo proporciona bem-estar social. O estado mórbido em que se encontram estes jovens submetidos a um tipo de loucura deve-se unicamente à ação criminosa dos empresários e de suas marionetes, os papagaios de microfone, que os insufla ao consumismo e os transforma em robôs. Monstruosidade é palavra mais adequada para o comportamento de quem leva a juventude a tamanho estado de morbidez em troca de fortunas cuja única finalidade é encher caixas-fortes nos infernos fiscais para dar direito a fazer pose na revista Forbes.

Absolutamente toda a infelicidade humana decorre do crime monstruoso de se instruir o recém-nascido a acreditar em duas grandes falsidades ao presenteá-lo com um crucifixo e uma caderneta de poupança. O resultado de tal aprendizado é um adulto capaz de encontrar algo de sério em vez do ridículo no ato do Papa beijar o pé de um infeliz como meio de combater a infelicidade, ou de pedir aos violentos que se tornem pacíficos como meio de promover a paz. O Papa pode beijar os dois pés da humanidade inteira e pedir durante toda sua vida por paz que será pura perda de tempo porque a humanidade será infeliz enquanto tiverem a riqueza e o poder por objetivos maiores. Seu principal objetivo deve ser a elevação espiritual que requer maior apreço ao conhecimento do que ao ouro que fez a infelicidade do Midas mitológico e fará dos Midas das caixas-fortes nos infernos fiscais. Quem viver, verá. Inté.