Por não ter
coisa melhor a fazer, muita gente desgasta seu tempo lendo as mal alinhavadas
coisas que são escritas aqui e a generosidade da internete permite sejam
publicadas. Os desocupados que assim procedem não podem deixar de saber que há
muito é afirmado aqui ser ainda muito forte no ser humano a lembrança dos
tempos de bicho quando só se comia se encontrasse o que comer, e não era raro
morrer por comer frutas ou raízes venenosas, o que só não intriga quem acredita
ser Deus que determina a morte porque quem assim pensa não lê por não saber ou
por não entender o que lê. Em várias oportunidades está registrado nestas mal
traçadas o fato de que o medo da fome dos tempos em que não se sabia produzir
comida porque éramos ainda mais bichos do que somos agora, esse medo continua
presente. Mesmo depois de produzir alimento, o que descarta a necessidade de contar
com o acaso para se ter comida, ainda assim o medo da escassez dá origem à
ânsia por acumular riqueza como precaução contra a possibilidade de incorrer em
estado de necessidade. Tal conclusão pode ser encontrada por aqui em várias
oportunidades. Qual não é, pois, nossa perplexidade ao deparar com esta mesma
opinião na pessoa de ninguém menos do que o filósofo Yuval Noah Harari, na
página 49, do seu livro SAPIENS, uma breve história da humanidade, no seguinte
teor: “Para entender nossa natureza,
nossa história e nossa psicologia, devemos entrar na cabeça dos nossos
ancestrais caçadores-coletores. Durante praticamente toda a história da nossa
espécie, os sapiens viveram como caçadores-coletores. Os últimos 200 anos,
durante os quais um número cada vez maior de sapiens ganham o pão de cada dia
como trabalhadores urbanos e funcionários administrativos, e os 10 mil anos
precedentes, durante os quais a maioria dos sapiens vivia como agricultores e
pastores, são um piscar de olhos em comparação com as dezenas de milhares de
anos durante os quais nossos ancestrais foram caçadores e coletores. O campo
próspero da psicologia evolutiva afirma que muitas de nossas características
psicológicas e sociais do presente foram moldadas durante essa longa era
pré-agrícola. Ainda hoje, afirmam especialista da área, nosso cérebro e nossa
mente são adaptados para uma vida de caça e coleta. Nossos hábitos alimentares,
nossos conflitos e nossa sexualidade são todos consequência do modo como nossa
mente de caçadores-coletores interage com o ambiente pós-industrial de nossos
dias, com megacidades, aviões, telefones e computadores. Esse ambiente nos dá
mais recursos materiais e vida mais longa do que a desfrutada por qualquer
geração anterior, mas também nos faz sentir alienados, deprimidos e
pressionados. Para entender por quê, apontam os psicólogos evolutivos,
precisamos nos aprofundar no mundo de caçadores-coletores que nos moldou, o
mundo que, subconscientemente, ainda habitamos”, É justamente o que temos
dito há quase uma década. Caso mais algum desocupado chegue por aqui pela
primeira vez e não acredite na possibilidade de haver coincidência de opinião
entre um capiau e um intelectual, perca mais algum tempo e veja outras bobagens
denominadas arengas que haverá de encontrar por lá várias afirmações no sentido
de ser fruto do medo da escassez dos tempos de bicho a avareza que leva um por
cento da humanidade a abocanhar para si sós noventa e nove por cento da riqueza
do mundo.
Entretanto,
como todos os egressos das Harvards do mundo, o autor de Sapiens também não diz
que o ajuntamento das riquezas nos infernos fiscais tanto é desnecessária
quanto prejudicial ao convívio social porque as fortunas que abarrotam
caixas-fortes nos infernos fiscais dá origem à pobreza da qual resultam
necessidades e violência. Ao contrário, o filósofo faz apologia do ajuntamento
de riqueza ao discorrer sobre o progresso decorrente da evolução mental que
possibilitou a criação da ficção denominada pessoa jurídica. Como exemplo desse
progresso, nas páginas 36 e 37 o filósofo cita a indústria Peugeot, cuja
atividade teria produzido mais de um milhão e meio de automóveis no ano de
2008, gerando uma receita de mais ou menos 55 bilhões de euros. Livros desse
tipo são próprios do mundo dos intelectuais. Fornecem muitas informações, é
verdade, mas informações que passam longe daquilo de que mais precisam os seres
humanos para que possam viver na tranquilidade da paz. O que se faz necessário
é encarar a realidade da necessidade de uma forma de vida diferente da vivida até aqui quando apenas um por cento da
humanidade pode satisfazer as necessidades, embora elas sejam comuns à
humanidade inteira. As mesmas necessidades que tinha o senhor Armand Peugeot
tinham seus 200 mil empregados. Entretanto, a estes e a todos os trabalhadores
do mundo cabe apenas o correspondente à sobrevivência porque o restante daquilo
que produzem tem as caixas-fortes nos infernos fiscais como destino, realidade
que precisa ser escondida a todo custo. Um exemplo desta necessidade de
esconder a verdade: O jornal Folha de São Paulo, que mentem uma coluna sobre
cachorro, publicou matéria do jornalista André Singer sobre o Supremo Tribunal
Federal, tão submisso aos interesses dos ricos quanto as demais instituições.
Como aprendiz de problemas sociais, comentei a matéria da seguinte forma,
comentário que foi sumariamente censurado pelos quebra-faca que protegem como
cães-de-guarda os interesses de seus patrões evitando que a massa bruta de povo
tome conhecimento da irrealidade em que vive. Foi este o comentário censurado: “O mundo está nas
mãos do grupinho de um por cento de Midas que detêm para puro deleite noventa e
nove por cento da riqueza que a todos deveria servir. A estes monstros
espirituais que dão as cartas interessa exatamente a injustiça. Enquanto a
massa bruta de povo permanecer no analfabetismo político seu destino será esse
que está aí.”
Sabendo ou não sabendo explorar a força-trabalho da
massa bruta de povo, os exploradores evitam como o diabo evita a cruz que os
explorados tomem conhecimento de sua eterna condição de explorado. A
escravidão, como o jogo de lego tão citado no livro O Mundo de Sofia, com a
diferença de que o jogo da escravidão além de ser formado apenas por duas
peças, escravo e escravizador, é também como o bumerangue que volta sempre ao
ponto de partida. Em 1789 e em 1917, respectivamente
na França e na Rússia a massa bruta de povo esperneou, sangrou, decepou cabeças
fora do corpo, esquartejou e barbarizou a fim de se livrar da escravidão, mas
depois de abaixada a poeira do barbarismo, voltou a ser submetida aos grilhões
do emprego e do salário, forma de escravidão que consiste em dar a vitalidade
em troca da manutenção. É como o burro de carroça, realidade que os
escravizadores escondem debaixo de artimanhas como o pão e circo que se faz
presente de várias maneiras. Uma delas é a cena ridícula mostrada pela imprensa
na qual religiosos estelionatários, parasitas sociais, se apresentam no ato de
filiação do inocente útil jogador de futebola Ronaldinho Gaúcho ao partido político
PSC, objetivando repetir a mesma malandragem da votação obtida pelo também
inocente útil Tiririca que serviu para eleger vários parasitas sociais.
É também interessantissimo o fato de mais alguém de
comprovada capacidade mental e conhecimento do mundo fazer coro com as
afirmações que embora expostas de maneira rude, há muito vem sendo aqui
defendidas, entre elas a necessidade de haver interesse da massa bruta de povo
pelo destino do erário em vez de deixá-lo a cargo de ladravazes que fazem dele
a Casa da Mãe Joana, e portanto, afirmando ser indispensável à ação política a
participação da massa bruta de povo. Pois, para orgulho deste blog tosco, não
foi outra coisa o que disse, em um dos seus contundentes comentários matinais
na Rádio Band News, o jornalista Ricardo Boechat disse
que ririam dele se quatro anos atrás, antes da Operação Lava Jato, ele dissesse
que figurões do mundo da política (politiqueiros) iriam parar na cadeia por
roubar dinheiro público. Realmente, ninguém seria capaz de acreditar antes da
Lava Jato que iriam para a cadeia ladrões do dinheiro público com as bocas
entortados durante séculos pelo cachimbo da impunidade aceita de forma tão
mansa e pacífica que até já se afirmou ser bom o governante que rouba, mas faz.
É pois, de espantar que surgisse uma instituição denominada Operação Lava Jato
levantada por um grupinho de jovens que embora participando da mesma administração
pública corrupta se insurgisse contra a corrupção. Foi a insurreição destes
jovens cumpridores do seu dever de defensores da sociedade que está a colocar
no xilindró ladrões do erário que sempre se deram bem na ação criminosa de
rapinar o dinheiro cuja falta infelicita a sociedade. Na continuação do lúcido
comentário do jornalista está a coincidência entre suas afirmações e aquilo que
aqui vem sendo dito porque ele afirmou que a Lava Jato só ainda não sucumbiu
porque a opinião pública é favorável ao seu trabalho. Perfeito! Senão
perfeitíssimo! Não fosse a opinião pública a apoiar a ação da Lava Jato ela já
teria sucumbido pela ação dos que se beneficiam com a corrupção e que se
escondem covardemente atrás de imunidade parlamentar, foro privilegiado,
corporativismo, inclusive de altas autoridades da justiça que a favor dos corruptos
bradam contra aqueles que se insurgem contra a roubalheira com argumentos de
inconstitucionalidade, direitos humanos, e coisa e tal.
Não é senão
o medo que os politiqueiros tem da massa bruta de povo, como ficou demonstrado
quando o prefeito de São Paulo fugiu apavorado em um helicóptero quando grande
multidão saiu em protesto nas ruas daquela cidade. Apesar da cegueira mental
que liga a massa bruta de povo ao pão e circo, tal cegueira, entretanto, como
não afeta a visão, a massa bruta vendo meias, cuecas, malas e apartamentos
abarrotados do seu dinheiro carreado pracá e pralá, apesar da notória
estupidez, a massa bruta de povo vislumbrou vantagem no trabalho da Lava Jato e
ficou ao lado dela dando-lhe apoio. Como
a coisa que ladrões mais temem é a presença de multidões cuja fúria já
demonstrou várias vezes ser capaz de cepar fora cabeças até mesmo de reis, por
conta desse medo é que a Lava Jato ainda não sucumbiu malgrado o esforço nesse
sentido que fazem todos aqueles acostumados a levar vantagem com a corrupção e
a privatizar o erário em benefício próprio e dos seus.
Portanto,
quem sabe o que diz corrobora nossa humilde opinião de ser impossível haver
administração pública sadia não havendo efetivo interesse da massa bruta de
povo em fiscalizar o que está sendo feito do erário porque enquanto for assim
ela continuará impossibilitada de satisfazer suas necessidades primárias enquanto
que os malandros da politicagem se colocam em posição tão privilegiados às
custas do erário que até se autodenominam EXCELÊNCIAS às quais absolutamente
nada pode faltar e das quais nada pode ser cobrado, embora sejam os que nada
podem que lhes garante a despensa abastecida de finas iguarias.
A história
da humanidade mostra que o povo sempre teve o comportamento de manada a seguir
o berrante dos falsos líderes. Na página 131 de História da Raça Humana consta
que em função das matanças promovidas por Alexandre Magno a juventude do seu tempo
se tornara desiludida. Tempos depois, por época da Segunda Guerra Mundial, eis
a juventude novamente desiludida em função daquela nova matança. Atualmente, em
função da ação dos monstros espirituais de cujas bocas escorre baba de dragão, que
em troca de dinheiro transforma os jovens em robôs futucadores de telefone, eis
que novamente está a juventude tão desiludida que os jovens ficaram deprimidos
pela falta de comunicação pessoal e vítimas de uma depressão que os levará à
demência e à alucinação. Quem viver, verá. É preciso trocar por outro mais inteligente este jeito estúpido de se viver. Inté.
Nenhum comentário:
Postar um comentário