sábado, 29 de junho de 2013

PROSEAMENTO


As pessoas que não pensam, e que são a maioria delas, acreditam tratar-se de religiosidade o fato de que toda maldade praticada algum dia volta contra seu praticante. Quanto maior o número de pessoas atingidas pela maldade, maior o preço a exigido. Nada há de mistério nisso. É que a maldade deixa mágoa e esta deixa cicatrizes na alma onde fica o registro daquele ativo a ser cobrado. É por isso que a harmonia, em virtude de ser a única forma de se eliminar os rancores dos quais provém tanta infelicidade, é infinitamente superior para o convívio social do que a desarmonia que leva um a magoar o outro, e este, por sua vez, magoará de volta quem lhe magoou, criando um ciclo infindável de infelicidade gerando infelicidade.  Como não temos ainda condição de viver civilizadamente face à vizinhança espiritual com nossos antepassados ainda peludos, que apesar de terem menor capacidade de raciocinar em função de ainda estar o seu cérebro gatinhando na arte de pensar, ainda assim, nos ensinaram a sábia lição nunca aprendida da necessidade de vivermos juntos. Sendo imprescindível que vivamos juntos, nesse caso, devemos viver em paz. Não há explicação para seres que pensam e sabem disso viverem se agredindo mutuamente.

Por desconhecer a necessidade da harmonia como condição indispensável à existência de uma sociedade civilizada é que vive a humanidade a infelicidade de viver dentro de várias e infindáveis guerras sempre em busca de tomar alguma coisa de alguém. Embora as pessoas também creditem à religião o caráter das pessoas e as classifiquem de boas ou más, o comportamento de quem está sempre à espreita de alguma vantagem como os empreiteiros, os banqueiros, aos quais se juntam todos os demais parasitas da sociedade, cuja ação é tão perniciosa para o corpo social da humanidade quanto prejudicial é para o corpo de uma pessoa ter sua vitalidade sugada por uma sanguessuga. Entretanto, embora seja realmente danoso o comportamento do parasita social, ele acredita ter a mesma necessidade de parasitar que tem a sanguessuga cuja vida depende disso. Embora imaginária a necessidade do parasita social, ele está certo de ser real porque seu cérebro ainda não se desvinculou do aprendizado dos tempos em que a natureza o obrigava a orientar nossos primos ainda peludos a matar até seres da mesma espécie na busca difícil de comida. O peso deste lado bruto ainda supera o lado que a humanidade conseguiu polir através de um sistema tão falho de educação que os aprendizes ainda não aprenderam ser tão necessário cuidar da sociedade quanto da família de cada um porquanto a sociedade é tão importante para a família de cada um quanto é importante para cada um a sua família. Como estamos longe de tal compreensão, e pensamos que ainda precisamos viver sacrificando outro vivente para viver, resulta daí muito choro na televisão.

Depois de caídos os pelos e mais desenvolvida a capacidade do cérebro, não mais se justifica ainda se viver tomando a coisas das outras pessoas como fazem os parasitas sociais, ajuntadores da riqueza produzida pelos trabalhadores de todo o mundo, eternamente obrigados a servir a todo tipo de senhores. Da submissão de se entregar a leões famintos para serem devorados, passando pela submissão ao chicote e à senzala do senhor da casa grande e do rei, até à submissão moderna aos parasitas sociais dos bancos, dos planos de saúde, das empreiteiras, das autoridades e da FIFA, sendo esta forma de servidão moderna considerada até lisonjeira sob o nome pomposo de Liberdade Democrática, forma de administração social tão incoerente consigo mesma que se baseia nas orientações de uma lei tida como maior e intitulada Constituição Federal, que deveria ser tão importante para os administradores públicos quanto importante é a bíblia para o religioso fanático dada a exuberância de sua promulgação e sua denominação de Lei Máxima e resultado da inspiração de homens protegidos por Deus, apesar de tudo isso jaz inerte e desmoralizada porque até as crianças sabem que de nada vale sua afirmação de serem todos iguais perante a lei. A opressão exercida sobre o povo pelos parasitas sociais, ainda que compulsivamente exigida pela lembrança dos tempos de antanho, é também uma maldade porque toda ação parasitária prejudica o parasitado, também chamado de hospedeiro. Como a maldade tem efeito bumerangue, nos lugares do mundo onde as maldades já estão voltando contra seus arquitetos, suas vítimas se insurgem de vários modos sobre seus opressores e pipocar de bombas vai tornar o mundo num São Joaozão. Até por aqui uma pequena parte da juventude percebeu estar sendo vítima de maldade por parte das classes parasitárias, sendo de se lamentar que a maioria absoluta da juventude continua parasitada e satisfeita em correr alienadamente para os terreiros de futebola e axé, como muito bem me lembrou o professor Edmilson Movér ao ler um escrito que escrevi estropiando a gramática chamado TRITUBO À JUVENTUDE, onde manifesto grande entusiasmo com a ação heróica destes jovens que adiantaram-se aos demais na percepção do que seja sociabilidade, ou seja, uma mistura de conhecimento científico e espiritualidade em que se resume a capacidade de viver bem em grupo, única forma de que dispomos para viver. É extremamente necessário que os outros jovens se juntem aos que estão lutando pelo futuro dos filhos de todos. É preciso botar na cabeça ainda vazia que sua qualidade de vida depende totalmente do resultado da luta em que se empenham bravamente os poucos jovens que despertaram para o engodo em que se encontram todos vocês e lutam contra ele combatendo seus enganadores. É extremamente injusto que apenas uns gatos pingados como afirma o professor Movér se sacrifiquem por milhões de idiotas a se interessar pelo resultado do exame de urina do jogador de futebola enquanto quem luta pelo bem-estar de todos sofre e até perde a vida. Temos vivido uma situação esquisita em que a convicção das pessoas não corresponde à realidade e é preciso mudar esse negócio mal amanhado. O processo da perfeita comunicação está capenga porquanto na comunicação, ao receber uma informação, o cérebro de quem a recebe e examina e manda a resposta ao informante. Não é o que acontece com nosso povo, tirando fora esses gatos pingados que bravamente estão nas ruas a impor moralidade no trato social, única maneira de se proteger as crianças de hoje, o resto da juventude continua alienada. Em conversa com um jovem universitário, perguntei sobre o comentário entre seus colegas a respeito dos protestos e recebi a triste notícia de que eles nada comentavam. A indiferença às inconseqüências em que vivemos mergulhados é a causa dos tormentos causadores de tanto choro na televisão. De todo lado chove absurdos aos quais o povo é indiferente. Do mundo da Economia Política ouve-se o absurdo de ser muito bom produzir muitos carros, quanto mais, melhor. Isto é mentira. Os canos de descarga estão infelicitando a velhice e as crianças impedindo-as de respirar, além de tornar difícil e já quase impossível a locomoção dos jovens trabalhadores, e de encarecer o preço das mercadorias.  Também se ouve e acata como coisa boa a coisa ruim de atender ao chamado do berrante das lojas e comprar bugigangas adoidado. Isso terá como resultado uma montanha de lixo tão grande de fazer medo. Também nos informam os mentirosos da economia que só há maravilha no fato de tirar dinheiro do povo através de um tal de PROER para dar a banqueiros canalhas que apesar de já não saber o que fazer com tanto dinheiro, ainda assim, compram estoques de alimento para especular e ganhar mais dinheiro com o aumento de preço ocasionado pela falta da comida escondida à espera de lucro.

Dos lados da política ouve-se que as autoridades são tão superiores ao povo que devem determinar seus salários, o horário de trabalhar e o de folgar, as regalias complementares que incluem viagens e gastos no exterior, passaportes especiais inclusive para os apaniguados que levarão vantagem sobre os inferiores sujeitos às complicações para embarcar. De lambuja, ainda contam as autoridades com cartões de crédito para fazer compras a serem pagas pelo povo. Como a comunicação não depende de apenas palavras, a visão de enganadores do povo que chegam pobres a seus postos e saem ricos deveria dizer a esse povo que ele está sendo roubado. Os enganadores do povo estão se tremendo com medo de que muitos outros jovens se juntem àqueles bafejados por uma espiritualidade mais elevada que os convenceu da necessidade de dar um basta a tanto sofrimento, e ante a possibilidade de serem expulsos dos seus postos de arquitetar maldades contra o povo, estão propondo medidas a serem executadas por eles mesmos. Se estes corajosos jovens não se cuidarem, serão engabelados pela viscosidade dos politiqueiros e dos ricos seus apaniguados. É preciso que a juventude tome nas mãos a tarefa de expulsar da cena política os politiqueiros e colocar estadistas em seu lugar. Os politiqueiros e os ricos construíram seu próprio mundo independente do mundo do povo e nesse se acastelaram sob o mundo de mil benesses pagas pelo povo do outro lado da fronteira que separa o mundo daqueles a quem nada falta do mundo daqueles a quem tudo falta. Mas, como a prosa vai se fazendo longa e chata, prosearemos e chatearemos depois de esvaziados os sacos. Inté.

 

 

 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

TRIBUTO À JUVENTUDE


Perdão, jovens, por ter escrito um livreto chamado A Inferioridade do Brasileiro, onde os considero imprestáveis para outra coisa que não bailar axé e futebola, além de enfeitar como faziam os índios seus corpos com espetos enfiados da sobrancelha às “partes”. Estas eram as únicas coisas em que vocês se ligavam quando eu disse tal coisa. Ninguém poderia jamais imaginar que vocês fossem capazes de fazer o que estão fazendo! Qual cabeça conceberia a idéia de que aqueles jovens aparentemente abobalhados que aceitavam todo tipo de desmando, que se sentiam à vontade nas filas onde conversavam alegremente sobre futebola, Pelé, Neymar, Ivete Sangalo, Ronaldinho, Daniela Mercury, e tantas nulidades do ponto de vista social viessem a se ligar na sociedade? A diferença entre o que os jovens prometiam e o que estão fazendo é tão positivo para a sociedade quanto negativo foi o que Lula prometia fazer e o que realmente fez. Venho pedir perdão de joelhos à juventude por sua iniciativa heróica e quero agradecer de todo o coração a alegria de ter alcançado em vida a possibilidade de ver acontecer o que sempre desejei: o início dos trabalhos para a construção de um Brasil sem miséria, sem tanto choro e tanta ignorância, um Brasil onde as futuras gerações pudessem ser livres dos perigos que rondam nosso ir e vir, assunto que até agora, embora da maior importância para quem cuida dos filhos,  inteiramente ignorado pelos jovens anteriores a estes que estão nas ruas. Não era sem razão, portanto, o descrédito que eu lhes atribuía.

E o que houve com a juventude? Houve o mesmo que sempre houve e sempre haverá de haver com todos os enganados do mundo. Um dia eles despertam do berço esplêndido onde dormiam o sono dos injustiçados. Todos os povos de todo o mundo vivem enganados porquanto não há necessidade de haver miséria e fome num mundo abarrotado de dinheiro empregado em suntuosidades como edifícios cristalinos que chegam às nuvens, ou em esplendorosos terreiros destinados a brincadeiras, ou em aventuras pelo espaço sideral em vez de cuidar do planeta onde vivemos. Um pouco da realidade de haver as autoridades deixado de lado sua obrigação de cuidar da sociedade começa a bafejar os jovens mais espertos e eles percebem a sujeira em que foi transformado o sistema de administrar os recursos públicos, e embora tenham ficado decepcionados em ser feito de bobos, passaram a exigir educadamente a devida correção de rumo para uma posição de se observar o merecido respeito à sociedade. Era inteiramente impossível imaginar que aqueles supostos idiotas fossem capazes não só de fazer, mas, ainda por cima, fazer melhor do que sempre se fez quando são descobertas as safadezas que dão origem à falta de dinheiro para as coisas básicas. Nestas ocasiões costuma haver morticínio. Nossos jovens, porém, apesar de terem descoberto que estão sendo enganados, tiveram a lucidez da maturidade espiritual de dar um basta aos sofrimentos desnecessários sem causar novos sofrimentos como sempre se fez através da História. A atitude de nossos jovens é uma lição de paz para os demais oprimidos do mundo.

Os que ainda se servem do povo para ajuntar fortunas são pessoas que ainda não perceberam a diferença entre os tempos modernos quando o mundo abriga mais de sete bilhões de seres humanos, e o tempo em que por aqui não havia nem mesmo um terço de toda esta gente e não havia tantos necessitados a espreitar a riqueza acumulada. Continuam os ajuntadores de riqueza a proceder como se procedia no tempo do rei Salomão, que escravizava seu povo em troca de suntuosidade. A juventude a quem tive a burrice de chamar de imprestável se mostra altamente prestável, principalmente por adotar o procedimento altamente positivo de convencer às suas crianças da necessidade de haver necessidade de se cuidar da sociedade e que isso não é feito porque os recursos públicos são desviados em razão do gene de rato que determina o caráter de ladrão do brasileiro. Assim, agora que a juventude resolveu participar da administração da montanha de dinheiro mostrada no Impostômetro, teremos daí que uma fiscalização eficiente fará com que jorre dinheiro das pastas pretas dos frequentadores de corredores de palácios. O entusiasmo despertado pela juventude é a prova mais contundente de que a esperança não morre antes do esperançoso. Estamos diante da possibilidade do surgimento de uma sociedade de jovens que mereçam a nobreza encerrada nas palavras HOMEM e MULHER, e não deixa de ser interessante o fato de eu ter desejado isso no livreto em que os xinguei.

 Não dava mais para seguir este caminho absurdo. Se até os irracionais que vivem em sociedade procedem instintivamente de modo a não prejudicar sua sociedade, então, por que entre seres que raciocinam há tão grande desunião entre as pessoas? A filha de uma autoridade, o Dr. Guilherme Afif Domingues, que felizmente foi salva para felicidade de todos, principalmente para sua família, de um ataque de bandidos que poderiam matá-la. O que felizmente a salvou foi a proteção do carro blindado no qual se encontrava. Gratificante o fato de ter sido um ser humano salvo de uma morte desnecessária e evitável, sobretudo se tratando de uma jovem com muitas coisas ainda por fazer na vida. Entretanto, vai longe da razão uma administração pública que arruma as coisas de modo a que as famílias do povo, aquelas que pagam a proteção para os filhos das autoridades sejam obrigadas a chorar a morte de seus filhos e filhas para os quais não há proteção alguma. Estas coisas evidenciaram a realidade decepcionante do desinteresse das autoridades pelo povo e a juventude não podia deixar de perceber isso porquanto todos os caminhos levam a esta conclusão. Até mesmo a jogatina do Cassino Caixa Econômica Federal deixa ver que o interesse das autoridades pelo povo é o mesmo interesse que tem o dono de cassino pelos seus frequentadores.

O Brasil acordou! Bradam os mesmos jovens que levavam a mão ao peito em sinal de respeito a uma bandeira que só justificava sua presença nos campos de futebola. Uma vez despertos, devem assumir o poder e estabelecer novos valores entre os quais a convicção da necessidade de haver um limite para o ajuntamento de riqueza individual. É causa de desarmonia a posse de bens que chegam a valores infinitamente superiores às reais necessidades de seu dono para viver uma vida magnificamente boa. A busca por riqueza acompanha a humanidade desde sempre, e sempre lhe fez muito mal. Assim, os jovens que assumirem o poder deverão estabelecer que só se pode ser rico a partir do momento em que não mais houver pobreza. No livreto que escrevi e que renego, eu disse que os filhos dos jovens atuais haveriam de se envergonhar de seus pais pela indiferença quanto ao futuro de seus filhos. Quanto engano! Felizmente, que engano maravilhosamente enganador! Os filhos destes jovens iluminados por uma espiritualidade de irmãos para lutar pelo futuro de seus filhos, só haverão eles de lhes dedicar o mais puro reconhecimento por tanta nobreza e firmeza de caráter ao enfrentar os malfeitores que se beneficiam com os recursos produzidos com o trabalho de seus pais. Estes heróis deram início a um sistema mais racional de se administrar a sociedade, cabendo aos seus sucessores a tarefa de aprimorá-lo, o que será possível apenas com fiscalização sobre a aplicação dos recursos produzidos pela população e que deverão visar acima de tudo a educação e saúde sem que se precise pagar mais nada além dos impostos que são pagos. Não faz sentido enriquecer donos de escolas e planos de saúde, verdadeiros parasitas da sociedade. Se todo o dinheiro desembolsado pelo povo para os gastos com educação e saúde fossem efetivamente aplicados em educação e saúde, haveria realmente educação e saúde sobrando para todos. Entretanto, a parte destinada a recompensar os inúteis atravessadores entre o Estado e o usuário do serviço é maior do que o gasto real com o serviço prestado. Se, num passe de masga, os próprios pagadores de impostos fossem seus aplicadores, ou se por outra masga pudessem saber o que acontece com o dinheiro de custear as despesas sociais, certamente discordariam com o enriquecimento de parasitas e a displicência das autoridades em sua omissão criminosa de delegar suas obrigações à ganância de ajuntadores de riqueza, usando para politicagem o tempo de trabalhar pela sociedade. Apenas o dinheiro carreado pelos parasitas planos de saúde é suficiente para não haver choro nos corredores dos hospitais. Se aplicados pelos próprios usuários, os recursos que enriquecem os donos das empresas de transporte seriam suficientes para proporcionar locomoção eficiente a todos.

Ainda bem que ao lado dos impropérios que dirigi aos jovens, eu disse também que a juventude é a máquina que move o mundo. Os últimos acontecimentos comprovam o dito.

 

sábado, 22 de junho de 2013

OS QUASE HUMANOS


                O tapa-olho da estupidez do consumismo desenfreado conduzido pelo berrante do mercado mantém a visão da manada humana sempre voltada para as portas das lojas e isso cria absoluta incapacidade de diversificação de pensamento, e, consequentemente, menor ou nenhuma capacidade de raciocinar, o que deixa a humanidade condenada a um eterno mesmismo mecânico que dispensa a necessidade do raciocínio. Os três setores mais importantes para a vida social, EDUCAÇÃO em primeiro lugar, porque havendo educação muitos dos outros problemas estariam resolvidos, o que diminuiria bastante o trabalho dos outros dois setores que são SAÚDE e JUSTIÇA. Sem estas instituições em funcionamento satisfatório nenhum grupo pode se constituir numa sociedade tranquila. Entretanto, de tanto ouvir falar de saúde e justiça as pessoas acreditam que elas existem e que funcionam. Quem conseguiu burlar o tapa-olho e enxerga o que a absolutíssima maioria dos seres humanos não enxerga, como nos ensinam os Grandes Mestres do Saber, conhece a realidade da inexistência de educação, saúde e justiça. A começar pela estrela-guia de uma sociedade agradável, a educação, inexiste totalmente em toda a humanidade, mormente para os moradores das bandas de cá. Uma pessoa educada é alguém preparado para viver numa sociedade pacífica e por isso mesmo fica deslocada no meio dos beligerantes seres humanos. Em nenhum lugar do mundo a educação ensina que a parte mais nobre do ser humano, a espiritual, não pode ser encontrada em outro lugar senão em si mesmo. Ao contrário, ensina que a espiritualidade está no céu ou no inferno. O sistema educacional no Brasil nem mesmo o objetivo de preparar técnicos em juntar dinheiro consegue alcançar em vista de estar o governo despudoradamente sendo obrigado a contratar seis mil técnicos estrangeiros por absoluta incapacidade dos nacionais.

No que diz respeito à JUSTIÇA, a educação que não ensina espiritualidade, irmandade, companheirismo e respeito ao próximo, ensina desprezo a tudo isso e enaltece um individualismo egoísta e sem caráter, ambiente no qual não se pode falar em justiça, como nos mostra uma das muitas aberrações que ornamentam esta democracia de mercado dos ricos e seus representantes politiqueiros sempre com o berrante soando para atrair a manada humana que obedientemente acha legal construir estádios com o dinheiro de lhe diminuir o choro e a espera no corredor do hospital quando a inevitável necessidade chegar. O hábito de não pensar é a causa de todos os males que afligem o povo. Os recursos de lhes atender as necessidades são desbaratados de todas as formas Abre-se um jornal, e pronto! Lá está alguma malandragem. Esta que vejo no momento conta a seguinte história: Um riquíssimo escritório de advocacia de um advogado tipo chapa branca do Rio de Janeiro, o que quer dizer ser bom de conchavos, chamado Sergio Bermudes, amigo íntimo do ministro Luis Fux do Supremo Tribunal Federal. Óia o desenlace da tramóia: o rico e influente advogado é também patrão de uma filha do seu amigão ministro Luis Fux. Esta advogada é postulante ao cargo de desembargadora e a nomeação é feita pelo corrupto governador do Rio que também participaria da festança em homenagem do ministro. Magina só se havia possibilidade de não ser a filha do ministro nomeada pelo governador festeiro apanhado numa festança em Paris com o lenço na cabeça. Desta transação resultaria uma desembargadora sem necessidade de provar habilidade para o cargo, excluindo possivelmente outra pessoa talvez mais preparada e mais necessitada do emprego, resultaria ainda numa dívida do ministro para com o patrono da festa que nomeou sua filha, e ainda de lambuja um débito também com o governador festeiro a ser saldado pelo povo uma vez que o patrono da festança também é patrocinador de causas milionárias que vão ser submetidas à apreciação do ministro moralmente de rabo preso e que teria de dar nó em cobra para entortar a verdade sobre uma decisão num processo do interesse de seu bem-feitor. Como falar em justiça?

Quanto a saúde, é suficiente dar uma espiada nos corredores do hospital e a quantidade de jovens cancerosos e com outras doenças que só vitimavam pessoas adultas como problemas circulatórios. A monstruosidade dos administradores algozes dos administrados transformou o sofrimento dos pobres em fonte de riqueza para os parasitas da sociedade através dos famigerados planos de saúde. É preciso ser cego em todos os sentidos para não perceber ser a hora de procurar outro rumo por onde seguir. Não faltam pessoas com capacidade para escolhê-lo. Falta apenas a convicção da necessidade de fazê-lo, necessidade flagrante, mas que está fora do campo de visão permitido pelo tapa-olho que veda a visão de outros caminhos. Vivemos todos mergulhados numa grande rede de intrigas e calhordices de todos os tipos que precisam ser retiradas da cultura humana, feito realizável tão somente através de uma verdadeira educação que ensinasse às crianças coisas diferentes das que lhes são ensinadas. Só há desatinos na sociedade humana. Num dos países onde o povo alcançou o mais elevado nível educacional deste tipo de educação que educa a humanidade, a Inglaterra, seu povo ignora os pobres do mundo e presta atenção num programa de televisão onde uma mulher fica nua e dois homens analisam e comentam o aspecto físico do seu corpo. Não há outra explicação senão bestialidade e desinteresse por assuntos sérios porquanto o corpo de uma mulher nua deve ser utilizado para coisa bem diferente, agradável e salutar do que ser explicado. Se o suprassumo da civilização é capaz de tamanha imbecilidade, dá tristeza pensar na situação de uma sociedade formada de requebradores de quadris onde um ex-ministro da justiça passa de defensor do povo para defensor da quadrilha que assaltou esse povo para ficar com uma parte do roubo, e tal absurdo ser encarado com naturalidade. O crime praticado por quem tem o dever de coibi-lo é mais grave ainda. Comportamento assim vem do sistema de educação que põe o dinheiro acima da moral. Uma pessoa que aceita dividir o roubo do dinheiro público, aquele dinheiro de salvar a menininha que ficou oito dias no hospital com uma bala em seu corpinho e morreu por falta dele, é uma pessoa inteiramente deseducada para outro tipo de vida social que não a sociedade de Chás Beneficentes onde rescende aroma de perfumes finos entre plumas e mesuras.

Não se admite que o ser humano seja capaz de aprender tão pouco a ponto de haver necessidade de limitar sua atuação a apenas um ponto entre os muitos que sua atividade abrange. Fiz uma consulta a um escritório de advocacia de Salvador e recebi resposta de não serem os advogados competentes para responder a consulta por se tratar de vários assuntos. Três, na verdade. Não está bem em termos de justiça uma educação que faz advogados de belos escritórios, mas incompetentes para esclarecer ao leigo qualquer dúvida sobre determinado comportamento frente às leis. Se o técnico do direito lida com as leis não se explica que não tenha conhecimento do que a lei estabelece em relação a questões sobre regras de convivência. Portanto, também pelo lado da educação, estamos de recibo passado.

No setor de SAÚDE, então, o descalabro é proposital. A exigência de dinheiro para se ter acesso aos serviços dos profissionais da saúde tem por objetivo a morte dos pobres para não causar transtorno aos ricos. Os bailarinos de axé e de futebola, tanto quanto os leitores de bíblia, não sabem disso, se fossem menos estúpidos e quisessem cuidar de proteger a pele da prole deveriam aprender a ler e depois ler um livrinho chamado O Horror Econômico, da escritora de renome internacional Viviane Forrester, pela Editora UNESP. Lá, perceberão a monstruosidade do individualismo da sociedade em que vivemos e o destino dos filhos que dizem amar. A autora afirma a intenção dos ricos de eliminar do mundo os pobres excedentes ao número necessário para tocar suas máquinas. Enquanto isso, os pais que dizem amar seus filhos estão a requebrar os quadris, indiferentes ao futuro deles. Inté.

 

 

 

 

 

terça-feira, 18 de junho de 2013

CONVERASA COM DEUS


Olha, Deus, como não sei se Você sabe, porque embora digam de Você sabe tudo, a verdade é que não sabia de muita coisa como veremos já. Vou ter a arrogância de começar esta conversa falando sobre mim mesmo: sou uma pessoa que nasceu com o defeito de me preocupar com as outras pessoas e disto não tenho culpa porque é Você que faz com que as pessoas sejam assim ou assado. Estou preocupado com Você, mesmo tendo certeza absolutíssima de que Você não existe. Mas, como quase absolutamente toda a humanidade está convicta de que Você existe e é Quem faz a gente nascer, viver e morrer, devotando-Lhe tal dedicação e submissão que até nos escritórios, nos apartamentos dos hotéis e em todas as casas há um livro chamado bíblia que é o livro mais vendido no mundo apenas porque todos creem que nele estão registrados os Seus recomendamentos quanto aos nossos procedimentos. Todo mundo se borra de medo e de agradecimento a Sua Pessoa. Medo de castigos e agradecimento pela concessão da vida, ainda sem ter o que comer ou morar. Quando estão sadias é graças a Você, e quando estão doentes vão melhorar graças a Você, e quando morrem é porque Você sabe o que faz. Apesar disso, também dizem ser uma perda irreparável. Até carros as pessoas acreditam que foi Você que lhes deu. Em função de tão grande influência sobre nós é que venho Lhe alertar para o fato inevitável de que Você vai acabar ficando destronado e desmoralizado mais cedo ou mais tarde, e, por isso mesmo, deveria tomar uma providência. As pessoas dizem que Você mora no coração delas. Não sabem que Você mora é na cabeça delas. Como o mundo das idéias é complexo a ponto de parecer aos inocentes coisas de milagre, pode ser que algumas das consciências nas quais Você mora se encontrem com as idéias desta conversa que procura Lhe alertar para a desmoralização e deste encontro resulte no despertar daquelas consciências para a verdade contida nessa prosa.

Você acabará sendo desacreditado do mesmo modo como já o foram vários outros deuses. Já houve deus só para os rios, para o fogo, para o mar, o raio, o trovão, etc. Foram todos descartados por Sua ordem, acreditam as pessoas. Entretanto, o que levou ao desaparecimento dos outros deuses é que depois de conhecidos os rios, os raios, o trovão e as tempestades, sendo que até eu sei, e o professor Edmilson Movér me autorizou a dizer que o trovão é uma consequência da descarga elétrica que causa o clarão, aquece o ar, e o deslocamento desse ar superaquecido provoca o estrondo. O conhecimento explica o que parecia mistério e dispensou todos os outros deuses assim como também haverá de Lhe dispensar. Percebe-se claramente que as pessoas perdem o medo de Você a cada dia. Eu não devia perguntar porque as consciências onde Você mora garantem que Você sabe de tudo. Entretanto, como Você não sabia que o faraó sabia da masga que Você mandou Moisés fazer, sou obrigado a confirmar se Você se lembra do Seu ordenamento para não se cobrar juros, Se lembra? Pois hoje até o Vaticano é agiota e participa de negociatas no mundo da politicagem que nutre os banqueiros. Sua força vem enfraquecendo a olhos vistos e é por isso que é bom ir amansando a barra, face já ser grande o número de pessoas que percebem a verdade de Sua inexistência fora da imaginação. Além do mais, transformaram Você num monstro capaz de se comprazer com o sofrimento. Dizem que foi Você quem fez Seu próprio filho passar todo aquele sufoco para nos mostrar a necessidade da conformação com o sofrimento. Historiadores que estudam a História da Humanidade citam horrorizados a imposição de sofrimento a seres humanos para Lhe agradar. Eles dizem que o povo inca chegava a trucidar milhares de seres humanos em apenas um mês em Sua homenagem. O fato de ter diminuído a quantidade das pessoas mortas por Sua conta também é um demonstrativo de enfraquecimento de Sua influência porque não cabe em cabeça sadia que Você haveria de ficar contente em receber cadáveres como presente e é por isso e ainda muito mais que é bom manerar para evitar uma desmoralização muito desmoralizadora. Em respeito a Você, as pessoas tratam Seus representantes com tanta benevolência que todos eles são milionários. Há uma revista estrangeira chamada Forbes que publicou as fortunas de alguns de Seus representantes. Se Você quiser ver, leve a consciência onde mora até o amigão Google e peça a ele para Lhe mostrar a “riqueza dos pastores brasileiros”. Assim Você vai acabar ficando sem nenhum crédito. É realmente bom Você tomar uma providência porque até concubinato há quem afirme que Você patrocina no céu ao oferecer trintas garotas virgens para serem comidas por quem se fizer explodir com bomba amarrada na barriga. Estas coisas não combinam com a grandiosidade da Sua grandeza. Se Você existisse, certamente as consciências onde você mora seriam menos desinteligentes e teriam capacidade de raciocinar direito. Entretanto, os donos de tais consciências estão sendo enquadrados como manada, e, realmente, ao toque do berrante das lojas o que se vê é um verdadeiro estouro de compradores. Dia desses, uma manada de gringos da bunda branca nos Estados Unidos estourou em direção a uma loja que acabara de abrir as portas e pisotearam um dos integrantes até a morte. Outra demonstração de total incapacidade de raciocinar dos donos e donas das consciências onde Você mora é que eles e elas batem pé firme que Você adora pobres e que por isso os pobres devem se conformar com sua pobreza. Até há uma música que fala assim: “Com os pobres de Paris aprendi uma lição, a fortuna encontrei no meu coração”. É tudo uma grande tramóia armada com o Seu nome e que mais cedo ou mais tarde será descoberta e Você será descartado como foram os deuses do fogo, dos rios, das montanhas, etc. Ficará muito mal para Você no dia que a consciência de todos despertar para a falta de lógica da ação que Lhe é atribuída de mandar o capeta encher o pobre do Jó de perebas até ele ficar fedorento.

É bom descartar esse negócio de haver mérito na pobreza porque a verdade é que bom mesmo é ter as coisas de que se necessita. Foi a distorção da medida desta necessidade que deu origem à Sua existência. Como algumas pessoas querem ter uma quantidade de coisas tão grande que seria impossível haver o mesmo tanto para todos, inventaram essa história de que Você garante que só os pobres vão se dar bem ao Seu lado no céu, mentira esta que vem mantendo os pobres realmente conformados com o sofrimento e satisfeitos em ver de dentro do seu mundo de miséria as festas fabulosas dos que tem muitas coisas. Outra grande safanagem que as pessoas que tem um montão de coisas inventaram em Seu nome é caridade. Garantem que Você recompensa quem dá esmola e socorre os abandonados pela vida, o que muito Lhe vai desmerecer quando ficar patente que a caridade é um mal tão grande que transforma em trapo um ser humano. Algum dia as pessoas perceberão que a caridade é artimanha que beneficia os politiqueiros ao amenizar a necessidade dos necessitados, economizando-lhes esta despesa para botar no bolso. Em Seu nome, arrecadadores de comida se postam nas portas dos supermercados a pedir um quilo disso ou daquilo para caridade, o que leva outros pobres a se sentirem constrangidos em Lhe negar um quilo de feijão, açúcar ou arroz, ainda que esta doação lhe faça falta.

Por enquanto, pode continuar na Sua que nada é capaz de tirar Você da consciência da absolutíssima maioria dos seres humanos. Eles passam por cadáveres no asfalto que leva às igrejas onde pensam que Você mora, sem saber que saiu de casa Lhe carregando na consciência. As evidências de que tudo não passa de mentira são maiores a cada dia. O Rio Jordão, sagrado, onde Batista batistou Cristo, está poluído e salinizado como nos informa a amigona Wikipédia. A Revolução Francesa assassinou na França entre dois e três mil padres e freiras. Pessoas são assassinadas no trajeto de ir e vir das igrejas, ou mesmo dentro delas, por morte matada ou por acidentes naturais como desabamentos e neste caso fica patente a realidade de que apenas a natureza e somente ela é a senhora de tudo porque se Você existisse fora da consciência é claro que não ia deixar que a natureza matasse pessoas nas Suas casas para aonde se dirigiam em atendimento ao Seu chamado. Entretanto, absolutamente nada é capaz de Você deixar de comandar a consciência do povo ainda que diante da maior contradição como aconteceu quando um gorducho que trabalha para Você disse na televisão do patrão dele que o homem sem Você é tão ruim que é capaz de cometer crimes horrendos. É nestas coisas que Você precisa colocar ordem. Veja só o contra-senso do gorducho que fala em Seu nome. O patrão dele é Seu representante, e, portanto, de pura integridade na opinião do gorducho. Entretanto, esse Seu representante é acusado de ser criminoso. Para encurtar a prosa, caso Você queira saber, porque se soubesse não ficava aí parado, para saber quem é este Seu representante, chamado Edir Macedo, que o gorducho garante ser todo boas qualidades, para se saber os podres dele é só consultar outro Seu representante chamado Silas Malafaia, e se quiser saber dos podres de Silas Malafaia, pergunte a Edir Macedo. Fica o aviso. Quem avisa amigo é. O resto é com Você. Cada dia mais e mais pessoas Lhe despejam da consciência e chegará o dia em que a verdade tomará Seu lugar em todas as consciências e você ficará ao léu. Inté.   

 

 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

NEM NAÇÃO NEM ESTADO


Somos uma Nação vagabunda e um Estado zero à esquerda de outro zero. O conceito de nação está ligado à espiritualidade mais do que a qualquer outra coisa. É um sentimento comum a todos os membros de um grupo considerável de pessoas que comungam a mesma cultura e que se sentem ligados por laços sentimentais oriundos principalmente do fato de terem sofrido os mesmos sofrimentos e regozijado os mesmos regozijos. Isto é o que faz com que as pessoas de todos os lugares do território sobre o qual se assenta a nação brasileira entendam e sejam capazes de continuar a cantar a segunda estrofe se eu chegar e cantar a primeira de, por exemplo, “Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar”. Ainda que não cantar, quem assim ouvir saberá que a continuação é: “Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar”. Assim, estando a idéia de nação vinculada à idéia de sentimento, entende-se a razão pela qual a nação brasileira é uma nação vagabunda. É que esse sentimento coletivo que caracteriza a noção de nação é produto da soma do sentimento individual de todos os componentes do povo daquela nacionalidade. Como o sentimento dos brasileiros é de vagabundos, tão vagabundos que suas empresas só dão lucro depois de passadas para as mãos de gringos da bunda branca, e tão vagabundos que vivem a devorteiar no axé e no futebola enquanto acontecem coisas tenebrosas que comprometem seu bem-estar, em consequência desta vagabundagem temos a desordem total. Recentemente uma revista inglesa, o que significa tratar-se da opinião de um povo um milionésimo de milímetro menos bruto do que o nosso, falou que isso aqui é uma grande esculhambação. Quem procurou ridicularizar a matéria da revista foi Delfim Neto. Como o povo só quer saber de requebrar os quartos e orar, não quer saber da farsa de tudo isso. Seja lá qual for o motivo da revista inglesa, não se pode negar que isto aqui é realmente uma grande esculhambação. Até cenas de assassinatos são apresentadas ao vivo dentro das casas. A esculhambação por aqui chega ao ponto do governo fazer campanha incentivando a prostituição e criar uma bolsa estupro a ser colocada em algum lugarzinho ainda desocupado no lombo do povo  a quem será também imposta a obrigação de criar os filhos gerados em decorrência de violência sexual. A ironia da defesa do ex-ministro Delfim Neto é que ele foi um dos responsáveis pela esculhambação, e, portanto, nenhuma novidade em querer esconder o resultado da politicagem da qual participou ativamente para nossa infelicidade. Assim, em se tratando de pessoas que não pensam e que em função disso não raciocinam, o único sentimento a alimentar a espiritualidade do brasileiro é o de vagabundagem e sem-vergonhice. Tão baixo é o astral de nossa nação que qualquer bunda branca esculhamba com ela.

Se do ponto de vista de Nação estamos afundados na lama, do ponto de vista de Estado estamos de recibo passado porque o Estado é sinônimo de Poder, poder este exercido por representantes que o povo nomeia para administrar o dinheiro que ele, o povo, lhes entrega para as despesas de cuidar de todos. E para bem poder desempenhar esse papal de cuidar da sociedade o povo delega poder àqueles seus representantes ao outorgar-lhes autoridade sobre as demais pessoas para exigir que elas se comportem de modo a não prejudicar o convívio social, chegando o poder concedido às autoridades até mesmo decidir se uma pessoa deve morrer. Parece razoável a idéia de ter quem zele por manter a casa arrumada para aqueles que labutam e providenciam os meios de atender às despesas. Mas, só no papel. Os seres humanos são ainda muito bestiais para que alguém detenha qualquer forma de poder sem usá-lo em seu próprio benefício.  Isto só pode acontecer entre pessoas convencidas da necessidade de se viver civilizadamente, o que não acontece entre seres que se matam entre si, inclusive por ordem do Estado, quando só entre irracionais se justifica o ato de matar porque a indiferença que muitos negam haver na natureza assim os condiciona. Entre pessoas não deve haver isso de haver morte sem ser de doença incurável. Se uma pessoa não tem condição de viver em meio a outras pessoas, em casos assim é preciso retirá-la do convívio social até que adquira a compreensão da necessidade de se observar o comportamento necessário à convivência, ou, no caso de ser impedida por algum distúrbio de absorver tal aprendizado, neste caso o anti-social deve ser mantido no retiro, mas tratado com o respeito devido a todo ser humano, o ser que devia ser superior a todos os outros seres em razão da sua espiritualidade, a qual, não raro, se mostra inferior ao instinto dos irracionais.

Todos os Estados do mundo estão administrados por autoridades que se colocam fora da obrigação de observar o comportamento exigido para a sociedade. Alguns povos, tão idiotas quanto os demais, mas que acreditam ser civilizados, estes ainda recebem um pouco mais de atenção das autoridades. Os ainda inferiores na inferioridade humana, estes coitados vivem ainda mais subjugados pelas autoridades. Entre nós, por exemplo, as autoridades ainda merecem a mesma veneração merecida pelo deus que havia na figura do rei quando era rei que governava. Aqui, as autoridades montaram para elas um verdadeiro paraíso. Para se ter uma idéia da pose das autoridades sobre o povo, basta pedir ao amigão Google para mostrar um artigo do Mestre do Jornalismo Mauro Santayana intitulado A CRISE DA RAZÃO POLÍTICA E A MALDIÇÃO DE BRASÍLIA. Ali as autoridades dão um espetáculo de superioridade sobre a população. É verdade que o melhor meio de convivência entre seres brutos é à sombra do cassetete, mas que sua exigência de comportamento social adequado atinja a todos, sem a odiosa, desumana e injustificável divisão entre povo com direito apenas a trabalhar e pensar que está vivendo de um lado, e, de outro lado, autoridades & ricos com direito de apenas desfrutar o resultado do trabalho do povo. Da mediocridade mental de todos surgiu um sistema em que as autoridades sejam submissas aos ricos que as colocam nos postos de autoridade, resultando daí uma situação absurda em que as autoridades mal suportam o povo em face da convivência contagiante do bem bom do mundo dos ricos que atrai mais que a luzinha mágica da televisão.

A superioridade das autoridades está na razão inversa do esclarecimento do povo sob seu governo. Nosso povo, por exemplo, tido como manada humana atraída pelo berrante das lojas, nomeia para suas autoridades pessoas tão anti-sociais que nada fazem senão bajular e ajudar os ricos a ficarem mais ricos, além de também ficarem ricas elas mesmas. Está aí na imprensa duas fotos portadoras de tal poder de convencimento que confirmam a afirmação de mais valer um cartaz do que mil palavras. Numa destas fotos a líder máxima desse povo bailarino de axé e de futebola aparece numa demonstração de grande apreço pelo escroque e bilionário Eike Batista, cuja atividade é roubar o povo como é demonstrado pelo vasto conhecimento do jornalista Hélio Fernandes no seu heróico jornal Tribuna da Imprensa. Outra prova material do conluio entre autoridade e rico é a denúncia do jornalista Carlos Newton na Tribuna da Imprensa de que a líder máxima dos escutadores do berrante das lojas se recusou a receber de volta o roubo praticado contra as pessoas prejudicadas por ação fraudulenta da Rede Globo em São Paulo. Ao contrário deste apego aos ricos, na outra foto, a fisionomia da líder máxima dos requebradores de quadris está com uma fisionomia de desagrado por estar participando da posse de Joaquim Barbosa, inimigo dos ladrões do povo roubado de todos os lados como nos dá notícia matéria do jornalista Alex Ferraz, publicada na Tribuna da Bahia de 12/06/2013, intitulado Corrupção ridiculariza programas oficiais. Pedir ao amigão Google para dar uma olhada lá dá uma boa idéia de como as autoridades se sentem totalmente à vontade para usar o lombo do povo como depósito de suas pretensões escusas na maior das vezes, como trepadas no espaço. Sabe duma coisa? Cala-te boca e inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

     

domingo, 9 de junho de 2013

ESTUPIDEZ DESUMANA II


                  Até antes dos atuais acontecimentos relacionados à estupidez do futebola eu tinha a impressão de que entre todos os povos do mundo os espanhóis teriam alcançado um desenvolvimento espiritual tão elevado que lhes teria dado uma perfeita absorção do sentimento de sociabilidade. Vivendo numa sociedade onde filho bota fogo na mãe, e ouvindo as maravilhas contadas sobre o modo de vida dos espanhóis por parentes próximos que lá estiveram por tempo suficiente para ter contado e se familiarizar com o modo de vida daquele povo, principalmente a maravilha de se poder andar tranquilamente pelas ruas, o que me deixou com inveja porque sou medroso, não saio mais à noite e por isso perdi de ver o Zé Ramalho, autor de um recado incompreendido através da música POVO MARCADO, POVO FELIZ. Mesmo durante o dia, aqui na terra que não posso mais chamar de minha terra porque se fosse minha eu poderia sair sem nada temer. Ante tantas coisas boas existentes nas bandas de lá, e eu acostumado a tantas coisas ruins na banda de cá, até pensei que talvez os espanhóis estivessem se redimindo da desumanidade que praticaram contra os incas, como estou vendo aqui no fabuloso livro Uma Breve História do Mundo, de Geoffrey Blainey, nas páginas que antecedem e precedem a página 172. Ali se vê coisas do arco da velha, como, por exemplo, o assombroso poder de convencimento que a religiosidade exerce sobre as pessoas. Como é fácil conduzir o cérebro e fazê-lo funcionar seguindo esta condução! E ainda mais impressionante é o fato de ainda haver traços vigorosos na cultura atual da cultura de povos que existiram há milhares de anos atrás quando, por exemplo, entre os incas, um jovenzinho e uma jovenzinha com inteiro apoio dos pais iam ambos satisfeitos para o martírio de serem dependurados de cabeça para baixo, sangrados por um sacerdote com uma faca de pedra, e depois terem o coração arrancado e queimado numa fogueirona. A convicção daqueles jovenzinhos e do seu povo de estar fazendo algo extremamente útil para si e para seu povo, ainda hoje, milhares de anos depois, continua convencendo pessoas de haver vantagem em ir para o cadafalso. Aliás, de modo ainda mais brutal porque naqueles tempos subiam ao patíbulo os dispostos a isto, enquanto nos tempos modernos até pobres crianças sem discernimento são sacrificadas. A estupidez de tal comportamento é visível para tantos quantos não sofram a influência maligna dos tempos demoníacos de arrecadar dinheiro e enlouquecer as pessoas com um fanatismo satânico capaz de encontrar algo de bom em ser sangrado ou explodido. Olha que o Professor Geoffrey Blainey sabe onde tem o nariz e ele parece horrorizado quando afirma que os sacrifícios humanos como ato religioso entre os incas mais parecia uma carnificina porquanto podia chegar a milhares de vítimas no mesmo mês. Entretanto, para aqueles cujo cérebro foi conduzido a convencer seu portador de que aquilo era muito bom, era tudo realmente muito bom para eles. A diferença entre os mortos para satisfação de Deus do tempo dos incas e os de hoje está na quantidade de sacrificados e isto significa que toda a evolução que a humanidade conseguiu alcançar em milhares de anos foi tão somente diminuir o número dos que se matam por Deus. É muito pouco e é preciso que se pense sobre isso em termos diferentes de juntar dinheiro, querer saber como aparecemos por aqui, ou o que está lá bem longe no espaço, ou precisar de armas.

O convencimento determina o comportamento físico e espiritual de tal forma que o camarada toma injeção de água, convencido de estar tomando um medicamento infalível, e fica recuperado da doença. Neste momento estamos tendo um perfeito exemplo de convencimento sobre os fanáticos convencidos da santidade do pastor Marcos Pereira que estão absolutamente certos de se tratar de uma santidade em vez de um bandido tão bandido que mandou o próprio sobrinho matar uma garota que falava demais sobre suas peripécias. Tá tudinho na Revista Veja. Não se entende porque o convencimento de ser mentira a denúncia da revista não leva os fanáticos a interpor uma ação judicial por calúnia e difamação contra a revista Veja por falar mentiras. O convencimento encontra campo fértil em cérebros desprovidos de conhecimento sobre o assunto apresentado. A religiosidade, por exemplo, como se pode facilmente notar, floresce entre as pessoas que só tem a bíblia como paradigma. Ninguém, absolutamente ninguém, com conhecimento sobre a origem e o desenvolvimento de cada uma das religiões existentes seria religioso. Como o aprendizado da História só é chamado de estudo, nunca de leitura, as pessoas não se interessam em função da idéia de obrigação que acompanha a palavra estudar. Porém, o livro chamado A Papisa Joana, um romance muito agradável e que prende o leitor, é uma pequena amostra da realidade no ambiente do Vaticano. Quem pensa haver santidades por lá, leia o livro. Ao fazer isso, tem-se duas vantagens: Deliciar-se com um romance maravilhoso, e, ao mesmo tempo, ter uma visão microscópica do que seja o catolicismo. São casos de crimes escabrosos revelados por quem estudou profundamente a questão como os historiadores, e eles nos revelam não haver nem vestígio de santidade lá dentro. O livro citado trata de religião só nas entrelinhas. Nas linhas só existe uma história muito bem bolada e emocionante. Trata-se de um romance destes que quando se pega não se quer mais largar. Por desconhecer a existência de outros caminhos, a humanidade caminha sempre pelo mesmo. Mas, é preciso trocar por outro o convencimento que convenceu a humanidade a caminhar por este caminho porque está demasiadamente lento o afastamento dos tempos de pura animalidade. A Inglaterra e a Espanha acabam de nos demonstrar esta triste verdade. Os ingleses, os mesmos que mudaram tanto as coisas e até fizeram a Revolução Industrial, regrediram para a situação atual de tal apego às tradições que ainda mantém uma realeza caríssima e inútil, e o povo de lá está tão imbecilizado pela vulgaridade quanto todas as bestas humanas de todo o mundo. A futilidade de idiotas está levando homens ingleses a se contorcerem com as dores do parto. Era só o que faltava! Deve ser uma forma deturpada de homossexualismo. A Espanha com a qual eu sonhava, se esqueceu do exemplo da capacidade de inovação com que despachou Colombo para as descobertas, depois de botar um ovo em pé. Aqueles ares de curiosidade salutar e inovação que deviam levar a Espanha a ser um baluarte no desbravamento da selva de ignorância, maldade e muita infelicidade que contaminam o mundo, em vez disso o que se vê é um povo tão idiota que ainda se encontra também envolvido com realeza e capaz de fazer um alvoroçado escarcéu em torno de um pobre, inocente e insignificante garoto cuja única habilidade é jogar futebola e esbanjar imaturidade. Pois os espanhóis, sofrendo crises de todo tipo, pagaram uma montanha de dinheiro para que fosse prá lá correr atrás de uma bola aquele garoto pobre de espírito para quem a vida se resume em ganhar dinheiro para comprar carros carros e lindas prostitutas televisivas. Total bestialidade envolveu os seres humanos de tal modo que as futilidades adquiriram hegemonia sobre os assuntos importantes para o bem estar social como o desemprego, por exemplo. A falta de ocupação capaz de prover o sustento de mais de um bilhão de pessoas no mundo é uma coisa muito grave e levada na troça. Um dia esse pessoal se cansa de ser empurrado mais prá lá. A impossibilidade de haver emprego para todos já está levando o governo a fazer campanha em prol da prostituição como ocupação. Era só o que faltava! Além da televisão, também o governo a promover prostituição. O governador de São Paulo avisou que qualquer dia vai faltar guilhotina.

A recomendação do Mestre do Saber Spinoza para se observar a vida e o mundo, contém mais sabedoria do que todo o ensinamento de todos os profetas que recomendaram Deus. Juntando a leitura de Uma Breve História do Mundo e a observação das peripécias pelas quais passamos em nossa trajetória desde tempos chamados imemoriais, deste dueto resultará real benefício social porque desta conjectura chega-se à conclusão de haver necessidade urgente de mudarmos nosso comportamento para posição oposta à que estamos indo. Estamos andando ao contrário uma vez que ainda estamos mais brutos do que quando éramos nômades e o eterno caminhar em busca de comida, a coisa mais importante da vida, nos obrigava a abandonar os velhos e os nascidos com problema físico para que morressem. Quem já saiu do estado de manada e aprendeu a pensar, percebe que só a natureza determina nossa vida. A necessidade de buscar comida, exigência máxima da natureza, era a causa da morte dos nascidos com defeito e dos velhos porque quando se está com fome a natureza não permite que vá carregar mais peso do que o seu porque isto atrapalharia o deslocamento e poderia mesmo ocasionar a morte pelo atraso em conseguir comida. Entretanto, como para se chegar à tal conclusão faz-se necessário usar o pensamento, e como manada não pode pensar, decorridos milhões de anos ainda estejamos praticando os mesmos atos, e com maior brutalidade porque as crianças nem precisam ser mal formadas para serem abandonadas. Tá ou num tá tuderrado? Inté. 

sábado, 8 de junho de 2013

ESTUPIDEZ DESUMANA


O Brasil está mudando surpreendentemente. Não pelo que dizem os economistas cuja opinião depende de quem pague mais. A mudança significativa é o surgimento de homens e mulheres capazes de dizer a verdade e nos mostrar o quanto temos sido idiotas. Temos a Eloisa Helena que disse corajosamente da tribuna do próprio senado a verdade incontestável de que o senado não merece respeito por não se fazer respeitar. Que político já disse tão cruel verdade? Para nosso infortúnio, o povo não alcança o significado de tais palavras. Depois dela, aparecem simultaneamente o doutor Joaquim Barbosa e a doutora Eliana Calmon, duas personalidades que apesar de pertencerem à administração do Estado Brasileiro, de onde tiram seu sustento, estão dispostos tanto ele quanto ela a contrariar o mundo das mentiras que nos infelicitam, e isto é inédito porque a História da Humanidade nos conta que todas as administrações de todos os Estados de todo o mundo só falam mentiras ao povo. Surpresa ainda maior é sair de quem saiu uma verdade ainda maior do que as já reveladas pelas ilustres pessoas citadas até agora em número de três. A quarta pessoa da cúpula administrativa a dizer a verdade é Ninguém menos do que o governador do Estado de São Paulo, que fez uma bombástica e corajosa declaração esclarecendo coisas das quais o povo nem faz idéia sobre o quanto é enganado. Por exemplo, Alguém sabe por que nulidades são reis e rainhas? Alguém pode explicar por que Ronaldo, Ronaldinho, e seus iguais são afortunados empresários enquanto o médico precisa fazer de conta que examina o pobre doente para receber por muitas consultas a fim de atender a imposição da cultura de ser rico? E quem é capaz de adivinhar por que motivo o professor é tratado a cassetete? Alguém é capaz de imaginar por que o governo e os integrantes do colarinho branco mantêm um relacionamento promiscuo como mostra esta foto publicada no Jornal do Brasil?


 
Claro que o povão requebrador de quadris nem faz idéia destas coisas porque teve anulada sua capacidade de raciocinar de tal forma que só tem vistas para coisas insignificantes. A quarta nobre personalidade a declarar a verdade que esclarece o motivo de tanto choro na televisão, o Dr. Geraldo Alckmin, é quem muito bem pode falar da cadeira de mestre porque ele faz parte dos enganadores por ele denunciados ao dizer que se o povo soubesse das falcatruas armadas contra ele, tal conhecimento seria capaz de levá-lo a cepar fora do corpo as cabeças de seus enganadores tal a gravidade destas enganações. Se não disse textualmente as palavras “cortar o pescoço” deixou isto claro ao fazer referência à guilhotina, que era uma máquina de cortar pescoços. Estão aí, pois, quatro personalidades dizendo grandes verdades. É verdade que esta quarta personalidade destoa das outras três pelo fato de ser um dos engenheiros da enganação por ele denunciada. É capaz de ter se arrependido pelo desabafo. Entretanto, como esse país sempre viveu de esperança, não devemos perder a ilusão dum país sem miséria, violência e mentiras, com rios limpos e comida saudável para as futuras gerações. Se todas as nossas oportunidades foram vãs até agora, se só temos servido para enriquecer políticos como nos mostram os livros Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos e O Chefe (tá tudo aí no amigão Google), nem por isso vamos perder a esperança. Vamos depositá-la em primeiro lugar no doutor Joaquim Barbosa. Não pelo fato de ser homem. Justifica sua liderança porque ninguém é mais indicado do que ele para implantar nesses energúmenos separatistas de todos os tipos de separação uma cultura de irmandade, do convencimento nem que fosse na base do cacete da necessidade da união de todos em torno do ideal de paz. Uma boa maneira de provar aos inventadores de diferenças a igualdade absoluta seria levar eles lá no cemitério e botar eles prá cavar com as mãos uma sepultura de quem era do tipo que eles admiram e outra de quem era do tipo que não admiram por ser diferente, e compará-las para que vissem a igualdade total à qual também eles irão se juntar depois do axé.
É incompreensível como a humanidade não percebe o quanto é estúpida. Sua estupidez é percebida até por um iletrado que nem sabe escrever. Pessoas do mais alto nível intelectual desancam o comportamento das bestas humanas como fez o doutor Vinícius Bittencourt, de cujo conhecimento devo e agradeço ao advogado e poeta doutor Raimundo Cunha. O que ele disse a respeito da estupidez humana, vou pedir licença a este Mestre do Saber para reproduzir suas exatas palavras sobre o comportamento humano, tiradas do seu fabuloso livro FALANDO FRANCAMENTE:
“O flagelo da humanidade não é a peste, a guerra, a fome, a idolatria, o fanatismo, a corrupção ou o crime. O flagelo da humanidade é a ignorância. Sem ela, essas calamidades não existiriam ou seriam drasticamente reduzidas. Apesar disso, o homem foge dos livros como o diabo da cruz. Reencarnando os párias, os impuros ou intocáveis da velha Índia, nossos professores vivem na miséria. Os rebentos da classe abastada desperdiçam o tempo com televisão e jogos eletrônicos. Os da classe pobre não tem livros, escolas, professores, nem motivação para estudar. Por toda parte alastra-se a ignorância. E nela se sevam os políticos, os curandeiros, os pastores de almas, os publicitários, a mídia eletrônica, a corrupção e o crime. A peste não existe onde há saneamento básico, assepsia, higiene. Na Idade Média, entretanto, a peste era atribuída a sortilégios e combatida com exorcismo. Em vez de matar os micróbios, cuja existência desconheciam, nossos antepassados matavam as feiticeiras.
A guerra seria evitável se os povos não fossem ignorantes. Como disse Frederico, O Grande, se os soldados raciocinassem, abandonariam o comandante na primeira esquina. A fome não ocorre onde não há latifúndio improdutivo ou explosão demográfica. O fanatismo desaparece quando a sabedoria arranca a máscara dos ídolos ou sacode seus pés de barro. A corrupção elimina-se com a vigilância, a efetiva aplicação das leis e a transparência dos atos administrativos”.
Excetuadas as causas psiquiátricas, o crime violento é, quase sempre, produto da ignorância. Basta ver onde ele mais ocorre e quem são seus autores. O crime intelectual também, porque sem a simplicidade da vítima o estelionato não prospera...”.
A realidade contida nestas palavras do sábio está muito longe do alcance da manada humana mais atenta ao berrante das lojas, ao exame de urina do jogador de futebola e do axé. Inté.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

ALGO BOM, ATÉ QUE ENFIM.


Além de ter nascido com o defeito de não conseguir deixar de participar do sofrimento de quem sofre, este defeito veio acompanhado de outro ainda maior de querer ajudar os sofredores a sofrer menos ou sofrer nada, se possível. É com este espírito de enxerido que venho trazer um vídeo e o endereço do link onde ele pode ser localizado no You Tube. Trata-se de um trabalho de grande importância porque dele pode resultar o benefício de menor sofrimento para alguém que incorra em algum acidente. Este trabalho ensina pessoas leigas a socorrer com técnica e segurança um acidentado. Sendo nosso país campeão de tudo que não presta, também é campeão em acidentes de trabalho. Vale a pena conferir em primeiros socorros centresaf. Vale a pena não só pela utilidade do trabalho, mas também pela sua criadora e apresentadora.