quinta-feira, 13 de junho de 2013

NEM NAÇÃO NEM ESTADO


Somos uma Nação vagabunda e um Estado zero à esquerda de outro zero. O conceito de nação está ligado à espiritualidade mais do que a qualquer outra coisa. É um sentimento comum a todos os membros de um grupo considerável de pessoas que comungam a mesma cultura e que se sentem ligados por laços sentimentais oriundos principalmente do fato de terem sofrido os mesmos sofrimentos e regozijado os mesmos regozijos. Isto é o que faz com que as pessoas de todos os lugares do território sobre o qual se assenta a nação brasileira entendam e sejam capazes de continuar a cantar a segunda estrofe se eu chegar e cantar a primeira de, por exemplo, “Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar”. Ainda que não cantar, quem assim ouvir saberá que a continuação é: “Vamos dar a meia volta, volta e meia vamos dar”. Assim, estando a idéia de nação vinculada à idéia de sentimento, entende-se a razão pela qual a nação brasileira é uma nação vagabunda. É que esse sentimento coletivo que caracteriza a noção de nação é produto da soma do sentimento individual de todos os componentes do povo daquela nacionalidade. Como o sentimento dos brasileiros é de vagabundos, tão vagabundos que suas empresas só dão lucro depois de passadas para as mãos de gringos da bunda branca, e tão vagabundos que vivem a devorteiar no axé e no futebola enquanto acontecem coisas tenebrosas que comprometem seu bem-estar, em consequência desta vagabundagem temos a desordem total. Recentemente uma revista inglesa, o que significa tratar-se da opinião de um povo um milionésimo de milímetro menos bruto do que o nosso, falou que isso aqui é uma grande esculhambação. Quem procurou ridicularizar a matéria da revista foi Delfim Neto. Como o povo só quer saber de requebrar os quartos e orar, não quer saber da farsa de tudo isso. Seja lá qual for o motivo da revista inglesa, não se pode negar que isto aqui é realmente uma grande esculhambação. Até cenas de assassinatos são apresentadas ao vivo dentro das casas. A esculhambação por aqui chega ao ponto do governo fazer campanha incentivando a prostituição e criar uma bolsa estupro a ser colocada em algum lugarzinho ainda desocupado no lombo do povo  a quem será também imposta a obrigação de criar os filhos gerados em decorrência de violência sexual. A ironia da defesa do ex-ministro Delfim Neto é que ele foi um dos responsáveis pela esculhambação, e, portanto, nenhuma novidade em querer esconder o resultado da politicagem da qual participou ativamente para nossa infelicidade. Assim, em se tratando de pessoas que não pensam e que em função disso não raciocinam, o único sentimento a alimentar a espiritualidade do brasileiro é o de vagabundagem e sem-vergonhice. Tão baixo é o astral de nossa nação que qualquer bunda branca esculhamba com ela.

Se do ponto de vista de Nação estamos afundados na lama, do ponto de vista de Estado estamos de recibo passado porque o Estado é sinônimo de Poder, poder este exercido por representantes que o povo nomeia para administrar o dinheiro que ele, o povo, lhes entrega para as despesas de cuidar de todos. E para bem poder desempenhar esse papal de cuidar da sociedade o povo delega poder àqueles seus representantes ao outorgar-lhes autoridade sobre as demais pessoas para exigir que elas se comportem de modo a não prejudicar o convívio social, chegando o poder concedido às autoridades até mesmo decidir se uma pessoa deve morrer. Parece razoável a idéia de ter quem zele por manter a casa arrumada para aqueles que labutam e providenciam os meios de atender às despesas. Mas, só no papel. Os seres humanos são ainda muito bestiais para que alguém detenha qualquer forma de poder sem usá-lo em seu próprio benefício.  Isto só pode acontecer entre pessoas convencidas da necessidade de se viver civilizadamente, o que não acontece entre seres que se matam entre si, inclusive por ordem do Estado, quando só entre irracionais se justifica o ato de matar porque a indiferença que muitos negam haver na natureza assim os condiciona. Entre pessoas não deve haver isso de haver morte sem ser de doença incurável. Se uma pessoa não tem condição de viver em meio a outras pessoas, em casos assim é preciso retirá-la do convívio social até que adquira a compreensão da necessidade de se observar o comportamento necessário à convivência, ou, no caso de ser impedida por algum distúrbio de absorver tal aprendizado, neste caso o anti-social deve ser mantido no retiro, mas tratado com o respeito devido a todo ser humano, o ser que devia ser superior a todos os outros seres em razão da sua espiritualidade, a qual, não raro, se mostra inferior ao instinto dos irracionais.

Todos os Estados do mundo estão administrados por autoridades que se colocam fora da obrigação de observar o comportamento exigido para a sociedade. Alguns povos, tão idiotas quanto os demais, mas que acreditam ser civilizados, estes ainda recebem um pouco mais de atenção das autoridades. Os ainda inferiores na inferioridade humana, estes coitados vivem ainda mais subjugados pelas autoridades. Entre nós, por exemplo, as autoridades ainda merecem a mesma veneração merecida pelo deus que havia na figura do rei quando era rei que governava. Aqui, as autoridades montaram para elas um verdadeiro paraíso. Para se ter uma idéia da pose das autoridades sobre o povo, basta pedir ao amigão Google para mostrar um artigo do Mestre do Jornalismo Mauro Santayana intitulado A CRISE DA RAZÃO POLÍTICA E A MALDIÇÃO DE BRASÍLIA. Ali as autoridades dão um espetáculo de superioridade sobre a população. É verdade que o melhor meio de convivência entre seres brutos é à sombra do cassetete, mas que sua exigência de comportamento social adequado atinja a todos, sem a odiosa, desumana e injustificável divisão entre povo com direito apenas a trabalhar e pensar que está vivendo de um lado, e, de outro lado, autoridades & ricos com direito de apenas desfrutar o resultado do trabalho do povo. Da mediocridade mental de todos surgiu um sistema em que as autoridades sejam submissas aos ricos que as colocam nos postos de autoridade, resultando daí uma situação absurda em que as autoridades mal suportam o povo em face da convivência contagiante do bem bom do mundo dos ricos que atrai mais que a luzinha mágica da televisão.

A superioridade das autoridades está na razão inversa do esclarecimento do povo sob seu governo. Nosso povo, por exemplo, tido como manada humana atraída pelo berrante das lojas, nomeia para suas autoridades pessoas tão anti-sociais que nada fazem senão bajular e ajudar os ricos a ficarem mais ricos, além de também ficarem ricas elas mesmas. Está aí na imprensa duas fotos portadoras de tal poder de convencimento que confirmam a afirmação de mais valer um cartaz do que mil palavras. Numa destas fotos a líder máxima desse povo bailarino de axé e de futebola aparece numa demonstração de grande apreço pelo escroque e bilionário Eike Batista, cuja atividade é roubar o povo como é demonstrado pelo vasto conhecimento do jornalista Hélio Fernandes no seu heróico jornal Tribuna da Imprensa. Outra prova material do conluio entre autoridade e rico é a denúncia do jornalista Carlos Newton na Tribuna da Imprensa de que a líder máxima dos escutadores do berrante das lojas se recusou a receber de volta o roubo praticado contra as pessoas prejudicadas por ação fraudulenta da Rede Globo em São Paulo. Ao contrário deste apego aos ricos, na outra foto, a fisionomia da líder máxima dos requebradores de quadris está com uma fisionomia de desagrado por estar participando da posse de Joaquim Barbosa, inimigo dos ladrões do povo roubado de todos os lados como nos dá notícia matéria do jornalista Alex Ferraz, publicada na Tribuna da Bahia de 12/06/2013, intitulado Corrupção ridiculariza programas oficiais. Pedir ao amigão Google para dar uma olhada lá dá uma boa idéia de como as autoridades se sentem totalmente à vontade para usar o lombo do povo como depósito de suas pretensões escusas na maior das vezes, como trepadas no espaço. Sabe duma coisa? Cala-te boca e inté.

 

 

 

 

 

 

 

 

     

Nenhum comentário:

Postar um comentário