sábado, 8 de junho de 2013

ESTUPIDEZ DESUMANA


O Brasil está mudando surpreendentemente. Não pelo que dizem os economistas cuja opinião depende de quem pague mais. A mudança significativa é o surgimento de homens e mulheres capazes de dizer a verdade e nos mostrar o quanto temos sido idiotas. Temos a Eloisa Helena que disse corajosamente da tribuna do próprio senado a verdade incontestável de que o senado não merece respeito por não se fazer respeitar. Que político já disse tão cruel verdade? Para nosso infortúnio, o povo não alcança o significado de tais palavras. Depois dela, aparecem simultaneamente o doutor Joaquim Barbosa e a doutora Eliana Calmon, duas personalidades que apesar de pertencerem à administração do Estado Brasileiro, de onde tiram seu sustento, estão dispostos tanto ele quanto ela a contrariar o mundo das mentiras que nos infelicitam, e isto é inédito porque a História da Humanidade nos conta que todas as administrações de todos os Estados de todo o mundo só falam mentiras ao povo. Surpresa ainda maior é sair de quem saiu uma verdade ainda maior do que as já reveladas pelas ilustres pessoas citadas até agora em número de três. A quarta pessoa da cúpula administrativa a dizer a verdade é Ninguém menos do que o governador do Estado de São Paulo, que fez uma bombástica e corajosa declaração esclarecendo coisas das quais o povo nem faz idéia sobre o quanto é enganado. Por exemplo, Alguém sabe por que nulidades são reis e rainhas? Alguém pode explicar por que Ronaldo, Ronaldinho, e seus iguais são afortunados empresários enquanto o médico precisa fazer de conta que examina o pobre doente para receber por muitas consultas a fim de atender a imposição da cultura de ser rico? E quem é capaz de adivinhar por que motivo o professor é tratado a cassetete? Alguém é capaz de imaginar por que o governo e os integrantes do colarinho branco mantêm um relacionamento promiscuo como mostra esta foto publicada no Jornal do Brasil?


 
Claro que o povão requebrador de quadris nem faz idéia destas coisas porque teve anulada sua capacidade de raciocinar de tal forma que só tem vistas para coisas insignificantes. A quarta nobre personalidade a declarar a verdade que esclarece o motivo de tanto choro na televisão, o Dr. Geraldo Alckmin, é quem muito bem pode falar da cadeira de mestre porque ele faz parte dos enganadores por ele denunciados ao dizer que se o povo soubesse das falcatruas armadas contra ele, tal conhecimento seria capaz de levá-lo a cepar fora do corpo as cabeças de seus enganadores tal a gravidade destas enganações. Se não disse textualmente as palavras “cortar o pescoço” deixou isto claro ao fazer referência à guilhotina, que era uma máquina de cortar pescoços. Estão aí, pois, quatro personalidades dizendo grandes verdades. É verdade que esta quarta personalidade destoa das outras três pelo fato de ser um dos engenheiros da enganação por ele denunciada. É capaz de ter se arrependido pelo desabafo. Entretanto, como esse país sempre viveu de esperança, não devemos perder a ilusão dum país sem miséria, violência e mentiras, com rios limpos e comida saudável para as futuras gerações. Se todas as nossas oportunidades foram vãs até agora, se só temos servido para enriquecer políticos como nos mostram os livros Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos e O Chefe (tá tudo aí no amigão Google), nem por isso vamos perder a esperança. Vamos depositá-la em primeiro lugar no doutor Joaquim Barbosa. Não pelo fato de ser homem. Justifica sua liderança porque ninguém é mais indicado do que ele para implantar nesses energúmenos separatistas de todos os tipos de separação uma cultura de irmandade, do convencimento nem que fosse na base do cacete da necessidade da união de todos em torno do ideal de paz. Uma boa maneira de provar aos inventadores de diferenças a igualdade absoluta seria levar eles lá no cemitério e botar eles prá cavar com as mãos uma sepultura de quem era do tipo que eles admiram e outra de quem era do tipo que não admiram por ser diferente, e compará-las para que vissem a igualdade total à qual também eles irão se juntar depois do axé.
É incompreensível como a humanidade não percebe o quanto é estúpida. Sua estupidez é percebida até por um iletrado que nem sabe escrever. Pessoas do mais alto nível intelectual desancam o comportamento das bestas humanas como fez o doutor Vinícius Bittencourt, de cujo conhecimento devo e agradeço ao advogado e poeta doutor Raimundo Cunha. O que ele disse a respeito da estupidez humana, vou pedir licença a este Mestre do Saber para reproduzir suas exatas palavras sobre o comportamento humano, tiradas do seu fabuloso livro FALANDO FRANCAMENTE:
“O flagelo da humanidade não é a peste, a guerra, a fome, a idolatria, o fanatismo, a corrupção ou o crime. O flagelo da humanidade é a ignorância. Sem ela, essas calamidades não existiriam ou seriam drasticamente reduzidas. Apesar disso, o homem foge dos livros como o diabo da cruz. Reencarnando os párias, os impuros ou intocáveis da velha Índia, nossos professores vivem na miséria. Os rebentos da classe abastada desperdiçam o tempo com televisão e jogos eletrônicos. Os da classe pobre não tem livros, escolas, professores, nem motivação para estudar. Por toda parte alastra-se a ignorância. E nela se sevam os políticos, os curandeiros, os pastores de almas, os publicitários, a mídia eletrônica, a corrupção e o crime. A peste não existe onde há saneamento básico, assepsia, higiene. Na Idade Média, entretanto, a peste era atribuída a sortilégios e combatida com exorcismo. Em vez de matar os micróbios, cuja existência desconheciam, nossos antepassados matavam as feiticeiras.
A guerra seria evitável se os povos não fossem ignorantes. Como disse Frederico, O Grande, se os soldados raciocinassem, abandonariam o comandante na primeira esquina. A fome não ocorre onde não há latifúndio improdutivo ou explosão demográfica. O fanatismo desaparece quando a sabedoria arranca a máscara dos ídolos ou sacode seus pés de barro. A corrupção elimina-se com a vigilância, a efetiva aplicação das leis e a transparência dos atos administrativos”.
Excetuadas as causas psiquiátricas, o crime violento é, quase sempre, produto da ignorância. Basta ver onde ele mais ocorre e quem são seus autores. O crime intelectual também, porque sem a simplicidade da vítima o estelionato não prospera...”.
A realidade contida nestas palavras do sábio está muito longe do alcance da manada humana mais atenta ao berrante das lojas, ao exame de urina do jogador de futebola e do axé. Inté.

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