O Brasil está mudando surpreendentemente. Não pelo que
dizem os economistas cuja opinião depende de quem pague mais. A mudança
significativa é o surgimento de homens e mulheres capazes de dizer a verdade e
nos mostrar o quanto temos sido idiotas. Temos a Eloisa Helena que disse corajosamente
da tribuna do próprio senado a verdade incontestável de que o senado não merece
respeito por não se fazer respeitar. Que político já disse tão cruel verdade? Para
nosso infortúnio, o povo não alcança o significado de tais palavras. Depois dela,
aparecem simultaneamente o doutor Joaquim Barbosa e a doutora Eliana Calmon,
duas personalidades que apesar de pertencerem à administração do Estado
Brasileiro, de onde tiram seu sustento, estão dispostos tanto ele quanto ela a
contrariar o mundo das mentiras que nos infelicitam, e isto é inédito porque a
História da Humanidade nos conta que todas as administrações de todos os
Estados de todo o mundo só falam mentiras ao povo. Surpresa ainda maior é sair
de quem saiu uma verdade ainda maior do que as já reveladas pelas ilustres
pessoas citadas até agora em número de três. A quarta pessoa da cúpula
administrativa a dizer a verdade é Ninguém menos do que o governador do Estado
de São Paulo, que fez uma bombástica e corajosa declaração esclarecendo coisas
das quais o povo nem faz idéia sobre o quanto é enganado. Por exemplo, Alguém
sabe por que nulidades são reis e rainhas? Alguém pode explicar por que
Ronaldo, Ronaldinho, e seus iguais são afortunados empresários enquanto o
médico precisa fazer de conta que examina o pobre doente para receber por muitas
consultas a fim de atender a imposição da cultura de ser rico? E quem é capaz
de adivinhar por que motivo o professor é tratado a cassetete? Alguém é capaz
de imaginar por que o governo e os integrantes do colarinho branco mantêm um
relacionamento promiscuo como mostra esta foto publicada no Jornal do Brasil?
Claro que o povão requebrador de quadris nem faz
idéia destas coisas porque teve anulada sua capacidade de raciocinar de tal forma
que só tem vistas para coisas insignificantes. A quarta nobre personalidade a
declarar a verdade que esclarece o motivo de tanto choro na televisão, o Dr.
Geraldo Alckmin, é quem muito bem pode falar da cadeira de mestre porque ele
faz parte dos enganadores por ele denunciados ao dizer que se o povo soubesse
das falcatruas armadas contra ele, tal conhecimento seria capaz de levá-lo a cepar
fora do corpo as cabeças de seus enganadores tal a gravidade destas enganações.
Se não disse textualmente as palavras “cortar o pescoço” deixou isto claro ao
fazer referência à guilhotina, que era uma máquina de cortar pescoços. Estão
aí, pois, quatro personalidades dizendo grandes verdades. É verdade que esta
quarta personalidade destoa das outras três pelo fato de ser um dos engenheiros
da enganação por ele denunciada. É capaz de ter se arrependido pelo desabafo.
Entretanto, como esse país sempre viveu de esperança, não devemos perder a
ilusão dum país sem miséria, violência e mentiras, com rios limpos e comida
saudável para as futuras gerações. Se todas as nossas oportunidades foram vãs
até agora, se só temos servido para enriquecer políticos como nos mostram os
livros Privataria Tucana, Honoráveis Bandidos e O Chefe (tá tudo aí no amigão
Google), nem por isso vamos perder a esperança. Vamos depositá-la em primeiro
lugar no doutor Joaquim Barbosa. Não pelo fato de ser homem. Justifica sua
liderança porque ninguém é mais indicado do que ele para implantar nesses
energúmenos separatistas de todos os tipos de separação uma cultura de
irmandade, do convencimento nem que fosse na base do cacete da necessidade da
união de todos em torno do ideal de paz. Uma boa maneira de provar aos
inventadores de diferenças a igualdade absoluta seria levar eles lá no
cemitério e botar eles prá cavar com as mãos uma sepultura de quem era do tipo
que eles admiram e outra de quem era do tipo que não admiram por ser diferente,
e compará-las para que vissem a igualdade total à qual também eles irão se
juntar depois do axé.
É incompreensível como a humanidade não percebe o
quanto é estúpida. Sua estupidez é percebida até por um iletrado que nem sabe
escrever. Pessoas do mais alto nível intelectual desancam o comportamento das
bestas humanas como fez o doutor Vinícius Bittencourt, de cujo conhecimento
devo e agradeço ao advogado e poeta doutor Raimundo Cunha. O que ele disse a
respeito da estupidez humana, vou pedir licença a este Mestre do Saber para
reproduzir suas exatas palavras sobre o comportamento humano, tiradas do seu
fabuloso livro FALANDO FRANCAMENTE:
“O flagelo da humanidade não é a peste, a guerra, a
fome, a idolatria, o fanatismo, a corrupção ou o crime. O flagelo da humanidade
é a ignorância. Sem ela, essas calamidades não existiriam ou seriam drasticamente
reduzidas. Apesar disso, o homem foge dos livros como o diabo da cruz.
Reencarnando os párias, os impuros ou intocáveis da velha Índia, nossos
professores vivem na miséria. Os rebentos da classe abastada desperdiçam o
tempo com televisão e jogos eletrônicos. Os da classe pobre não tem livros,
escolas, professores, nem motivação para estudar. Por toda parte alastra-se a
ignorância. E nela se sevam os políticos, os curandeiros, os pastores de almas,
os publicitários, a mídia eletrônica, a corrupção e o crime. A peste não existe
onde há saneamento básico, assepsia, higiene. Na Idade Média, entretanto, a
peste era atribuída a sortilégios e combatida com exorcismo. Em vez de matar os
micróbios, cuja existência desconheciam, nossos antepassados matavam as
feiticeiras.
A guerra seria evitável se os povos não fossem
ignorantes. Como disse Frederico, O Grande, se os soldados raciocinassem,
abandonariam o comandante na primeira esquina. A fome não ocorre onde não há
latifúndio improdutivo ou explosão demográfica. O fanatismo desaparece quando a
sabedoria arranca a máscara dos ídolos ou sacode seus pés de barro. A corrupção
elimina-se com a vigilância, a efetiva aplicação das leis e a transparência dos
atos administrativos”.
Excetuadas as causas psiquiátricas, o crime
violento é, quase sempre, produto da ignorância. Basta ver onde ele mais ocorre
e quem são seus autores. O crime intelectual também, porque sem a simplicidade
da vítima o estelionato não prospera...”.
A realidade contida nestas palavras do sábio está
muito longe do alcance da manada humana mais atenta ao berrante das lojas, ao
exame de urina do jogador de futebola e do axé. Inté.
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